sábado, 2 de agosto de 2014

FRASES (121)


O QUE ESTÁ EM JOGO

PRIMEIRA PARTIDA – Daqui de onde me encontro, no Cone Sul do continente observo bem de perto a reação popular, a do povão em si, a das classe médias, as dos mais abastados e da mídia de uma forma geral, no quesito onde o país onde me encontro está sendo perversamente obrigado a quase declarar “default” junto aos fundos abutres norte-americanos. Já escrevi aqui mesmo sobre o que acho disso tudo: uma perversidade sem fim da Corte-Suprema dos EUA agindo declaradamente a favor do capital especulativo. Ou nos unimos todos e já, ou eles continuarão fazendo de nós aqui do Sul (e do resto do planeta) o que bem entendem. A única linguagem que os de lá de cima entendem, ao meu ver, é quando com uma união consistente o caldo começar a entornar pro lado econômico deles. Essa a única possibilidade de reverem algo. Posto isso, vejo a grande mídia daqui agindo igualzinho a do Brasil. Preferem ver o país se afundar do reconhecer que algo precisa ser feito para salvá-lo. Não estão interessados em salvar o país e sim, recolocar no poder alguém mais palatável aos seus interesses (ano que vem tem eleições aqui na Argentina e a Cristina não pode ser reeleger). Os ricos torcem veladamente, a mídia declaradamente incentivando a classe média, como se o que defendem fosse de grande interesse nacional. Nas ruas percebo algo diferente, o apoio e uma torcida sem fim para que o país se safe, pois percebem que a partir disso estarão sendo impostas as novas regras de como o país vai seguir vivendo. Tiro uma foto de um senhor na calle Corrientes, um vendedor de amendoim, com um cartaz defendendo as Malvinas e num canto algo sobre o que pensa do momento do país. O que me sensibiliza por aqui é perceber esse apoio popular vindo das "calles". Esses são os que sustentam e continuam dando o seu necessário quinhão para o atual governo argentino. Essa foto me diz muito.

SEGUNDA PARTIDA – Não existe como permanecer indiferente ao brutal genocídio imposto pelo governo israelense e apoiado pelas nações mais abastadas do planeta junto ao povo palestino. A carnificina já tomou ares de puro massacre, cruel, insano e sem tirar nem por, uma repetição da mesma insanidade cometida contra os judeus na Segunda Guerra, só que agora tendo eles como os algozes. Leio a bestialidade de alguns apregoando que o Brasil deveria se manter isento e indiferente. A tomada de decisão do país contra o genocídio e seu voto foi decisivo para que a ONU iniciasse um esboço de investigação. Nem isso iria ocorrer por lá, tal a dependência de alguns países aos ditames dos norte-americanos. Aqui na Argentina vejo estampado numa banca de jornais a capa de um revista semanal aqui deles, a Vein ti Tres (www.veintitres.com), uma espécie de Carta Capital platina, com a seguinte manchete, “El império de la Ley o la Ley del Imperio”. Isso serve tanto para a decisão dos fundos abutres, como para a decisão dos EUA em permanecer ao lado dos criminosos israelenses e a favor do massacre dos palestinos. Essa é a mais pura realidade escancarando quem de fato ganham com o pânico. Nessa insanidade os grandões fazem seu jogo sem escrúpulos, não possuem nenhum tipo de preocupação em ocultar o que pensam e como agem. Deixam claro como jogam essas e todas as outras batalhas. Para esses, que se dane o resto (o resto somo nós, viu!). Enquanto o restante do mundo aceitar isso assim só emitindo desagravos, nada além disso, eles não mudarão de posição. O algo mais é preciso.

A frase da semana para mim é, portanto, essa: “O IMPÉRIO DA LEI OU A LEI DO IMPÉRIO”. Sacaram???

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