terça-feira, 12 de abril de 2016

BAURU POR AÍ (125)


REVIVENDO A HISTÓRIA DO BAURUZINHO, DO CARANGUEJO E SEU ENVOLVIMENTO COM O “NÃO VAI TER GOLPE”
Certa feita uma visitante que não conhecia Bauru, ao chegar à cidade via terminal rodoviário se depara com aquele negócio esquisito ali incrustado no hall de entrada do local e pergunta de cara para quem lhe foi buscar:

- Me diga, que treco esquisito é esse? Aqui não tem mar e esse caranguejo aí no canto? Que pode ser isso, coisa boa não pode ser.

A explicação lhe foi dada, mas por mais que tenha sido tentado fazer uma aproximação de semelhanças, o máximo conseguido foi risos e mais risos. Não podia dar outra. Tudo nasceu de uma iniciativa empresarial visando dividendos para seus auspiciosos negócios e daí, fazendo uso do famoso sanduíche, tacaram-lhe o nome de Bauruzinho. A história do mesmo é dessas de inenarráveis contornos sádicos. Criaram o danado e conseguiram que o poder público o intalasse em praça pública. Daí por diante só bazófias, desde o desaparecimento quando fixado na Nações Unidas, depois sua localização numa república estudantil e após muito matutarem acabaram por encontrar um local seguro para fiel depositário da obra caranguejeira, a entrada lateral esquerda do terminal rodoviário e com direito a iluminação noturnica e segurança 24h do dia e da noite.

E o caranguejo ali permanece, como peça nada decorativa de algo a demonstrar o mau gosto de alguns para com as coisas da cidade. Como Caranguejo hoje é o nome dado ao deputado federal, também presidente da Câmara dos Deputados, já comprado, ops, digo, comprovado rufião, ainda solto não se sabe por que cargas d’água, impossível não juntar coisa com outra. O nome do impolutíssimo deputado, também conhecido como “Senhor Impeachment”, Eduardo Cunha está lá na lista de doações da empreiteira Odebrecht com o nome de “Caranguejo”, acredita-se que na verdade, por debaixo dos panos, a homenagem mantida em pé pela cidade não corresponda de fato para o famoso sanduíche (aliás, gostoso demais da conta, o original, diga-se de passagem). Como muitos pela aqui apreciam a forma de atuação do Cunha, reconhecido e já comprovado estelionatário que está a comandar o processo de impedimento de uma reconhecida impoluta presidenta da República, algo clamava por uma ação na calada da noite.

Para desagravo e conluio com as referidas e citadas semelhanças, a já famosa thurma de intrépidos e abnegados provocadores de muito mal estar estiveram visitando o citado monumento (sic) de péssimo gosto e o encontram numa lastimável condição, já em adiantado estado de decomposição, pintura toda desbotada e perninhas descascadas. Ficaram com dó do danado e já pensam em avisar quem o criou para que cuide dele.Ou será que querem que a Prefeitura promova os reparos no bicho marítimo? Seria o fim da picada, né!!! Enfiam o danado lá na rodoviária, como solução para seu descarte e ainda exigem da depositária a manutenção. Isso é outra história e nessa que aqui relato, foi pensado que, como marca para o atual momento do estático bichano, nada melhor do que ocupar suas até então vazias mãos com algo mais condizente com os tempos atuais. Daí, em cada mão estendida, agora repousam dois vistosos cartazes com os dizeres do momento: “NÃO VAI TER GOLPE”.

Ufa! Finalmente deram uma boa destinação para o caranguejo bauruense.

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