quinta-feira, 7 de abril de 2016

BEIRA DE ESTRADA (62)


INTRÉPIDOS ENCONTRARAM A SUCURSAL DOS EUA NA CIDADE E CRAVARAM LÁ UM “NÃO VAI TER GOLPE”

Carlos abre a revista e lá está em destaque: “Exemplos recentes também fazem reviver o mal-estar da época da Guerra Fria, quando a América Latina foi palco de golpes militares com o objetivo de destituir presidentes não alinhados com o projeto dos Estados Unidos e das elites regionais”. Volta-se para o amigo do lado e diz:

- Mas não é exatamente isso o que fizeram a pouco tempo com o Zelaia lá na Guatemala e com o Lugo no Paraguai, um velado golpe civil/judicial, sem uso de armas . É a deposição de governos legitimamente eleitos pelas urnas em conluios golpistas para reestabelecer a vontade das elites, dos donos do poder. É o mesmo que tentam fazer com a Dilma nesse momento, sem tirar nem por.

- Exatamente – responde Marcos. E sempre os Estados Unidos por detrás desses golpes todos. Dizem até que o Sergio Moro recebeu instrução de uma escola norte-americana e com intuito claro de conhecer os procedimentos desse tipo de astuto encaminhamento via transversal de conseguir seus intentos de forma límpida, inodora e sem sangue.

- Mas se isso está em curso, algo precisa ser feito e por que não diante do órgão máximo dos Estados Unidos da América aqui em Bauru?, questiona José.

Rindo, Carlos lhe diz:
- Mas aqui não tem nenhum órgão que represente o poderio norte-americano. Nem Consulado, quanto menos Embaixada, nem mera representação diplomática. Só uns puxa sacos sempre de plantão.

- Como não – esclarece José. Fica logo ali no alto das Nações Unidas, quase no trevo de entrada da cidade, aquela réplica meio distorcida da Estátua da Liberdade e do Capitólio, com aquelas colunas enfurnadas num templo de consumo.

- Verdade. Ali na Havan foi levantado o monumento de maior mau gosto da história dos tantos que já foram inaugurados em Bauru. Uma coisa sem pé nem cabeça, que não quer dizer nada, além de uma louvação sem merecimento para uma Liberdade, que até lá nos Estados Unidos vale internamente para eles, mas nunca para o que fazem mundo afora, conclui Marcos.

- Só tem uma coisa a ser feita. Vamos lá deixar nossa marca registrada, primeiro para evidenciar mais uma vez da besteira daquele monstrengo estar encravado na entrada da cidade e depois, uma estocada no que o Governo norte-americano faz de ingerência golpista nos países latinos, conclui Carlos.

- Vou só se me deixarem urinar no pé da coisa - diz José.

E na sequência vão todos para a frente do Capitólio bauruense, ops, digo, da ilha de Manhattan, onde está edificada a tal estátua, ops, desculpe, o totem lá na Nações e cravam no pé do mesmo a sentença sendo repetida cidade afora: NÃO VAI TER GOLPE. E depois vão todos para suas casas, missão cumprida, dormir o sonos dos justos e sem fazer xixi na cama diante de tamanha travessura.

Obs.: Se o Golpe segue seu cruel e insano curso, construção urdida pelos que torcem para o retrocesso conservador nesse país varonil, nada melhor do que, tentar seguir o curso da vida, jocosamente pisando no calo dos golpistas de plantão. Amanhã tem mais (assim dizem eles) e fica a pergunta que não quer calar: Em que monumento ou lugar irão cravar o cartaz do NÃO VAI TER GOLPE? Depois da estátua do astronauta, da praça da ITE e do palacete da UNIMED, agora do hall luminoso da Embaixada Americana (sic) de Bauru. Ajudem o trio e indiquem o melhor e mais adequado lugar onde o cartaz deve circular nos próximos dias.

6 comentários:

Anônimo disse...

O que você acha do que está acontecendo com o povo ribeirinho e a Belo Monte??
Aquele povo também não está sendo golpeado??

NA Guerra Fria era a potência Soviética contra a Norte-americana, comunistas versus capitalistas, mas e hoje?? Seria uma única briga entre canalhas??

Você viu a fala do Maluf hoje?? Inacreditável, aqui é a terra dos caras de pau. Vai compor com essa gente, agora colhe tudo isso.

Camarada Insurgente Marcos

Anônimo disse...

Henrique, agora entendi, peço desculpas pelo meu erro, vi uma foto agora no blog e entendi o protesto. Vocês são contra o impeachment pelo mesmo motivo que o meu que já escrevi aqui, o slogan "não vai ter golpe" é sobre outra coisa, nos cartazes que seus amigos seguravam estava escrito, "contra o ajuste fiscal", "contra a reforma da previdência", "contra a lei anti-terrorismo", "contra a retirada dos direitos trabalhistas", e aí fechavam com o "não vai ter golpe", agora saquei, contra o impeachment sim, mas que o governo pare de golpear os trabalhadores com essa política e com desvios de conduta. Salve os ribeirinhos e os expulsos de suas casas devido as Olimpíadas.
Saquei agora, grande slogan.

Camarada Insurgente Marcos

Anônimo disse...

ahahahahahaha. realmente da vontade de rir com vcs quantas pessoas apoiam vcs 5 10 15 ou 20
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Mafuá do HPA disse...

Somos poucos, não se importem tanto com a gente, queremos mais é rie de tudo isso, para não ter que chorar do que querem transformar o país.

A bravata do pessoal dos cartazes é para que o país não piore mais do que já está. Quem se envolve nessa luta, entende de fato o que está se passando não pode em momento algum se posicionar ao lado daqueles que querem piorar mais e mais o país. Se ruim está (temos o pior Congresso de todos os tempos), tudo pode piorar com o fim das liberdades democráticas e quando isso está em questão o melhor mesmo é se unir e fazer algo.

Marcão, passo seu nome a eles e peço para passarem em sua casa hoje. Eles vão adorar te conhecer.

Henrique - direto do mafuá

Anônimo disse...

Henrique acho que não saiu parte do seu comentário ou você esqueceu de me responder, não entendi?? Você respondeu ao engraçadinho anônimo e depois me falou "eles vão adorar te conhecer", eles quem?? rsrs

Camarada Insurgente Marcos

Mafuá do HPA disse...

Marcos

Com voce eu me entendo quando te leio e nas respostas que dou.
Mas tem gente que passa dos limites.
Quis te dizer que, voce, mesmo com todas as críticas iria adorar fazer as incursões noturnicas repudiando o golpe pela frente, que nos danará ainda mais um bocado do que já estamos.
Queris muito que fosse com "eles" na colagem dos cartazes pela í. iria adorar, como uma que me contaram defronte uma loja maçônica.
Vamos?
Henrique - direto do mafuá