quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

DO LADO DE FORA

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

PALANQUE - USE SEU MEGAFONE (210)


NÃO DÁ PRA FICAR QUIETO, CALADO, CONTIDO - OU REAGIMOS OU "ELES" TOMARÃO CONTA DO BRASIL
O ato nacional contra a putrefação do país já está marcado. Vai acontecer no próximo domingo, 14/12. Este é o momento. Nas ruas, unidos vergaremos os vendilhões. Os de todos os lugares, daqui e de Brasília. Creio eu, a nação inteira esteja cansada - eu estou, e muito -, mas este momento não é para esmorecer, nem para arrefecer o ânimo. Precisamos buscar forças lá no fundo da alma e irmos todos para as ruas defendendo o que nos resta de soberania e de independência. O descalabro ocorre hoje em todas as instâncias, chegando naquilo que alguém repetia como mantra até pouco tempo atrás, "tá tudo dominado". Pode até existir a impressão de que, tudo está de fato dominado, mas se formos para as ruas verificaremos e constataremos que a coisa não é bem assim. Nós, o povo, na verdade, não sabemos a força que temos. Este é o momento de exercitá-la. A cidade de Bauru está sendo ultrajada, o estado de São Paulo está sendo vilimpediado e o país, com a ação do seu Congresso Nacional e Senado estão nos levando a barbárie, quando a impressão generalizada é a de que a bandidagem está se apossando de todas nossas instituições. Só uma ampla revolta popular, numa clara demonstração de descontentamento e de que, a mesa pode ser virada, daí eles se aquietarão. Só assim. Não existe mais outro remédio. Domingo próximo é o dia. Eu posso estar combalido, exaurido, envelhecido, porém, forças ainda possuo para resistir, ir à luta e enfrentar este touro à unha. Contem comigo no próximo domingo e no que for preciso. Os vendilhões todos passaram de todos os limites. Fale e divulgue isso. Dia 14 é o dia de ocuparmos as ruas e darmos uma basta nos vendilhões querendo fazer deste país uma República da Patifaria.

EXATAMENTE

A CRISE SÃO ELES
Hugo Motta é o retrato mais cru do ponto a que o Congresso e o país chegou. Não há projeto, não há escrúpulo, não há limite, sobram as negociatas e os arranjos. Ele ocupa a cadeira da presidencia da câmara de forma cínica movido por pressão e traição. É um covarde.

Quando um personagem assim se torna peça central, o risco deixa de ser pontual. A mínima dinâmica institucional esperada se rompe. As regras passam a valer menos que os humores do grupo que ele representa. Tudo vira chantagem, tudo vira moeda, tudo vira cálculo imediato.

É por isso que a crise entre Poderes não é uma hipótese distante. Ela está sendo preparada no dia a dia por figuras que tratam o Estado como peça de leilão. Não é agradável dizer isso, mas é necessário manter atenção: a instabilidade não nasce do acaso, nasce da permissividade com esse tipo de atuação.
É um território fertil para o golpismo. 
RICARDO QUEIROZ

EM BAURU, UMA CÂMARA DIZENDO AMÉM PARA SUÉLLEN ROSIN - ATÉ QUANDO?
Montagem por IA, feita por Dirceu Mosquette Junior.

NO DIA DO PALHAÇO, NADA COMO COMEÇAR A REAGIR
O Dia Universal do Palhaço é celebrado anualmente em 10 de dezembro. Esta data foi criada para homenagear esses profissionais, que ficaram populares através de suas participações em circos. Afinal de contas, um circo sem palhaço não é nada divertido! Bobo da corte (ou bufão) era uma figura histórica das cortes europeias contratada para entreter nobres e monarcas com piadas, músicas e sátiras, usando roupas extravagantes, mas sua função ia além do riso, pois podia criticar a autoridade e dizer verdades desconfortáveis disfarçadas de humor, atuando como uma "válvula de escape" social e, hoje, como um arquétipo cultural de sabedoria disfarçada e irreverência. Por esse motivo sempre estou tecendo criticas aos políticos! Eles querem me fazer de palhaço mas palhaço não sou! Um abraço a todos os "Palhaços Bobos da Corte" no nosso dia! Continuaremos criticando as autoridades através do humor e irreverencia!
DIRCEU MOSQUETTE JUNIOR

TANTA COISA PODRE JUNTA E SENDO EXPLICADA AOS POUCOS - ESTARRECEDORAS HISTÓRIAS
A MORTE DO MINISTRO TEORI ZAVASCKI E DO ASSASSINATO DO DELEGADO QUE INVESTIGAVA O CASO. COISAS NÃO ESCLARECIDAS.
Eu publiquei umas frases soltas para chamar a atenção.
Agora, vou colocar tudo junto, para mostrar que minha perplexidade de quase dez anos faz sentido.
Se não, vejamos.
1. O Ministro do Supremo Teori Zavascki era o encarregado do processo da Lavajato, anulou as interceptações telefônicas envolvendo a presidente afastada Dilma Rousseff, feitas por Sergio Moro.
2. Interrompeu as férias para cuidar das “famosas” delações. Voltou no avião de um amigo, que caiu misteriosamente.
3. Registros da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostram que o avião estava com os certificados atualizados.
4. Agora, a ex-juíza Luciana Bauer, que atuou na 17ª Vara Federal de Curitiba conta que denunciou os crimes e foi agredida por sergio moro.
5. Ela contou a agressão a quem? Ao Ministro Teori Zavascki.
6. O Delegado da Polícia Federal, Adriano Antônio Soares, que investigava a morte do Ministro foi mandado para Florianópolis.
7. Pergunto: Quem o mandou e para quê?
8. Oficialmente, dizem que para participar de um curso de capacitação interna da Polícia Federal. Um “cursinho de atualização”. Logo em Florianópolis?
9. Em 31 de maio de 2017, provavelmente foi atraído a uma cilada, num bordel, junto com o colega, Delegado Elias Escobar e lá assassinados por um leão de chácara, Nilton César de Souza Júnior. Na época, era apresentado como leão de chácara. Fui pesquisar agora e aparece como “comerciante” de cachorro quente.
10. O assassino não tinha porte de arma, mas usou uma pistola 380.
11. Tenho uma matéria, do dia, assim: “De acordo com informações do Copom (Centro de Operações Policiais Militares), os dois delegados teriam chegado ao local de táxi. Um terceiro homem teria entrado logo em seguida, iniciando uma intensa troca de tiros.”
12. Na mesma matéria que tenho: “Está sendo apurada a participação de outros dois indivíduos não localizados até o momento”, afirmou a PF.”
13. Depois, as notícias mudaram completamente.
14. O assassino ficou três semanas internado no hospital e foi liberado no dia 21 de junho. Dois dias depois, a Justiça de Santa Catarina concedeu ao suspeito o direito de responder ao processo em liberdade. Ou seja, mata dos delegados da PF e passa dois dias preso.
15. O assassino foi treinado no “Clube de tiro .38”, na cidade de São José, na Grande Florianópolis.
16. QUE CLUBE É ESSE?
17. Pertence ao marido da deputada Júlia Zanatta.
18. Neste clube treinaram os filhos do ex-presidente, agora presidiário condenado.
19. No mesmo Clube também foi treinado lá o “MILIONÁRIO” ADÉLIO BISPO, famoso por ter burlado a segurança de um candidato e lhe dado uma facada sem sangue.
RICARDO JOSÉ MARTINS

ARREPENDIMENTO QUE NÃO COLA - CONIVÊNCIA

terça-feira, 9 de dezembro de 2025

HISTÓRIAS REALMENTE ACONTECIDAS (247)


NÃO É SOMENTE BAURU VIVENDO O CLIMA DE FORA DA LEI, MAS TODO O PAÍS
O extremismo da ultra-direita chega a limites cada vez maiores. É sabido que, estes estão aí para tornar o país um ditadura, se possível devolvendo o poder para o seu líder, o hoje condenado Jair Bolsonaro. Na Câmara dos Deputados, o presidente Hugo Motta escancarou de uma vez por todas suas reais intenções e para quem está a serviço. Suas últimas atitudes são verdadeiras aberrações jurídicas, num protecionismo descasrado para favorecer o lado mais pérfido deste país. O processo de cassação do deputado do PSOL Glauber Braga é só a ponta deste iceberg. Acelera este processo, mas senta em cima do do Bolsonaro e Ramagem, foragidos nos EUA e de Carla Zambelli, presa na Itália. São dois pesos e duas medidas. Sua calhordice segue quando aciona a Polícia Legislativa para retirar Glauber do plenário, mas não agindo da mesma forma quando os de sua linhagem política o fizeram por três dias. A estratégia de complicar o país, mesmo ele estando em franco progresso, algo mais que palpável é a forma de agir dos mais perversos, fazendo de tudo e mais um pouco - como se viu hoje -, para contra a própria Constituição, agir e promover a desordem nacional.

Se o momento é grave lá pelos lados de Brasília, não é diferente na maioria das Câmaras municipais país afora. Numa dela, interior de Minas, um vereador recebeu propina e expõe o dinheiro oferecido para votar favorável a uma composição na Mesa daquela Câmara. Isso, pelo visto, não difere de muitas outras, diria centenas delas, mas a diferença é que, na maioria os acordos financeiros ocorrem e tudo continua como dantes, em segredo. Aqui em Bauru, o ocorrido ontem com uma votação se estendendo até por volta da madrugada, vencida pela incomPrefeita Suéllen Rosin, 11 x 9, mas contestada pela ilegalidade de como o presidente Marcos Souza conduziu os trabalhos. Tudo para favorecer Suéllen, impondo para os seus uma urgência, sem que o projeto tivesse nenhuma planificação de execução. Ela impõe aprovação sem seguir normas, regras, rituais e um mínimo de embasamento. E aprova no grito.

Este clima de desordem hoje tem nome e sobrenome. O Brasil foi varrido por uma onda mais que conservadora. O domínio da imensa maioria dos parlamentos hoje país afora estão nas mãos de quem já deixou de defender os interesses de sua cidade, estado e país. O fazem para defender interesses próprios, benesses pessoais e na maioria das vezes, agindo fora da lei. A Justiça, mais precisamente o STF tenta de todas as formas manter tudo dentro do enquadramento previsto pela Constituição. Não está sendo fácil. O domínio dessa facção direitista está promovendo uma ruptura com a legalidade. Isso por todas partes. Ou o povo sai pras ruas, promove muita pressão ou pelo que se vê, o país num todo irá se deteriorando. O país foi pras ruas recentemente e numa demonstração de força, obrigou a Câmara dos Deputados a recuar em decisões fora do contexto. Ou isso volta a ocorrer neste momento, obrigando vereadores, deputados estaduais e federais, senadores a rever seus posicionamentos ou, pelas suas descabidas ações, o caos estará estabelecido. Essses interesses espúrios não podem vingar sobre os de Regimentos Internos e a própria Constituição.
Estes agem em Bauru, igual ou até pior do que vemos acontecendo em Brasília. 

outra coisa, enfim, espairecer é preciso
AMENIDADES (1) MINHA MÃE*
* Enquanto o pau come feio nas instâncias políticas, daqui e dali, por todo lugar, tento desviar bocadinho deste foco e escrevinho sobre algo mais que pessoal.

Ando nos últimos tempos num vai e vem constante para o distrito rural de Tibiriçá, distante uns 16 km de Bauru. Enfronhado num projeto de recolher depoimentos de moradores do lugar, em cada contato, sempre surpresas agradáveis. Primeiro, porque busco rememorar algo guardado lá no fundo da alma e do coração dessas pessoas. Ouvir aquilo me enche de gás para continuar fazendo o que gosto de fazer. Surpresas me aquecem por dentro e por fora. Conto uma dessas.

Estava semana passada colhendo o depoimento do seu Rubinho, 65, aposentado e amante do verde, sendo sua casa um verdadeiro paraíso. Casa de madeira, com tudo no lugar, parecendo um cenário montado para um filme sobre os cafundós do mundo. Na frente de sua casa, como acontece uma vez por mês por ali, uma barraca vendendo roupa feminina. Não sei se chamo aquilo de brechó, pois o que vi ali na calçada é uma loja, só com roupas novas. Quem comanda a coisa é EUNICE SANTOS, 63 anos, conhecida também por sua banca na feira dominical, agora localizada na quadra da rua Julio Prestes, entre a Antonio Alves e a Gustavo. Atua na mesma feira há algumas décadas e quando me vê, relembra algo a me encher o dia de boas recordações.

"Eu conheci muito sua mãe, Eni Perazzi de Aquino", conta. Minha mãe foi uma das fundadoras da Associação de Artesanato de Bauru e depois de aposentada, não conseguindo ficar presa dentro de casa, produzia de tudo, desde vidros decorados, panos variados e muito de pintura em tecido. De minhas recordações, todo domingo, a levava pela manhã na feira, onde a ajudava montar sua barraca, tempos da quadra na Ezequiel Ramos e depois das meio dia, voltava para ajudá-la desmontar, levando tudo para sua residência, logo ali, depois dos trilhos. Pois quem trabalhava ali aoseu lado, uma dentre tantas era justamente Eunice. 

Com sua recordação, parei por instantesde fazer o que ali me trazia e fiquei ouvindo suas histórias na feira. O filme da vida volta na memória e nela, minha mãe e de como fazia para que pudesse continuar sonhando, realizando-se como pessoa humana e dos relacionamentos com todos ali à sua volta. Lembro de muita gente, mas nada de Eunice. Ela conta muito de minha mãe. Diz que minha mana, Helena Aquino, sabe muito daquilo tudo e continuam mantendo relacionamento conversativo até hoje. Fiz questão de não só lhe dar aquele baita abraço, pois quando alguém revira as entranhas de nossa memória, algo de salutar acontece e nos faz sairmos da realidade vivida no momento. Com este transporte ao passado, logo depois passo na feira dominical e vejo a mesma loja que vi lá em Tibiriçá transportada para a feira, com tapete e tudo na entrada. Minha mãe vivenciou isso tudo e, felizmente, como recordação, guardo algumas peças, alguns panos de prato e garrafas pintados, como jóias raras. Infelizmente não sei que fim levou sua barraca. Vou em busca de fotos daqueles anos. Eunice revirou bocadinho minha vida.

AMENIDADES (2) MEU PAI*
* Eu sei, o momento é pau puro, política perversa nos calcanhares do povão, mas tenho que dar meu breque e relatar algo ocorrido dias atrás comigo.

Eu comento sempre que posso - e posso quase sempre - sobre essa divinal banca de livros da Feira do Rolo, a do Carioca. Ele não só revende livros, como esperança, ou seja, um lugar, para aos domingos, chegar e se sentir bem consigo mesmo. Bato cartão religiosamente e me sinto muito mal quando não consigo ali estar aos domingos. Ele, sempre que me vê checgando, vem logo com aquele baita sorriso, me oferece uma cerveja - nem sempre gelada, mas tudo bem - e me diz: "Comprei mais uns treco por aí e dentre eles, algo que é a sua cara. Não lhe vendo, lhe dou como forma de expressar minha amizade". Como não gostar de uma sujeito destes. Carioca fez minha cabeçe e hoje, reproduzo suas histórias com orgulho. E ele tem muitas para contar. Bom de prosa igual a ele deve existir, melhor, sei não.

Neste último domingo, chego e ele me acerca: "Sei que gostas muito de ferrovia, eis o calendário que ganhei junto com umas compras de LPs, isso do Silvio, o antigo dono da Discoteca de Bauru". E me apresenta uma celendário, o "Estações 2005", nele fotos de muitas daqui da região, como as de Borebi, Virgílio Rocha, Alfredo Guedes, Pederneiras, São Manuel, Lençóis, Torrinha, Botucatu e uma, que não existe, mas me diz muito, Capim Fino. Peguei aquilo e comecei a tremer ali diante dele. Tudo foto das antigas Cia Paulista, Sorocabana e Araraquarense, com texto de apresentação do CArlos Nascimento e projeto gráfico do Caio Vannini. Todos tiveram belas recordações ferroviárias em suas vidas. Conto a minha.

Capim Fino não existe mais. Meu pai, Heleno Cardoso de Aquino, foi ali chefe de estação, lá pelos idos de 1964, ano do fatídico golpe militar. Ali me queimei, costas inteira pela água quente de uma chaleira atirada pela janela extamente no dia do golpe, 31/03/1964. Tenho duas fotos do lugar, mas nada. Capim Fino pertence ao município de Mineiros do Tietê e terras hoje pertencente à família Sbeghen. Meu pai trabalhou no trecho existente, nessa ferrovia, entre Dois Córregos e Barra Bonita, hoje nem sequer um mero tijolo existe por lá para confirmar ter existido. As fotos resistem ao tempo. Dos meus quatro anos, vaga lembrança do dia em que me queimei e "aquelas plataformas de de pedra foram testemunhas de nossos primeiros amores" (Carlos Nascimento).

A lembrança de meu pai com o quepe na cabeça me veio na memória. Tempos atrás, passando ali na estrada que liga Mineiros com Barra Bonita, tentei achar o local da estação. Perguntei, assuntei, preferi não adentrar lugares sem lembrança física. Ainda encontro resquícios e gente que viveu aquela época. O calendário presentado coaupará lugar de destaque em meus guardados. Com a foto tirada em 1912, arquivo da família Sbeghen, página 2 do calendário, relembro de meu velho pai e de como o via trabalhando com dedicação e amor por essas ferrovias todas, findando seu ciclo na maior delas, a Cia da NOB, na praça Machado de Mello. Vislumbrei meu pai em Capim Fino e de mim e meus irmãos correndo ao redor da estação e cachoeira junto da de Mineiros. meu mano Edson nasceu em Mineiros. A ferrovia continuará dentro de mim ad eternum e de Capim Fino, algo muito além de minha recordação gravada no corpo, a queimadura. Fisicamente nada mais daquilo existe. Carioca me proporciona tudo isto e muito mais. Adoro ser seu amigo.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

RETRATOS DE BAURU (310)


ELES QUEREM EXATAMENTE ISTO, A IMPOSSIBILIDADE DO ACOMPANHAMENTO DO QUE ESTÃO A FAZER COM A CIDADE
Em Bauru já tivemos em administrações anteriores algo denominado como Trem Bala, uma denominação acertada para tudo o que era aprovado a toque de caixa pela Câmara dos Vereadores. Na verdade, olhando para trás e vendo como está sendo tocada a atual administração municipal da incomPrefeita Suéllen Rosin e o time formado pelos 17 x 4 vereadores dentro da atual legislatura, a coisa piorou e muito. 

Na sessão desta eegunda, 08/12, uma das últimas do ano, Suéllen propõe e a Câmara bate no peito e está promovendo, primeiro a provação a toque de caixa de 70 (isso mesmo, setenta) projetos num só dia. O presidente da Câmara de Vereadores, Marcos Souza, que um dia já foi da Diversidade, está no seu quarto mandato - gosta de repetir isso - e a cada um deles, piora politicamente. Escolheu um lado e agora, assume sem nenhum pudor o de estar ao lado das piores ações dos pultimos tempos no Legislativo municipal. Na pouca vergonha de hoje, a alcaide submete aos vereadores estes 70 projetos, para serem aprovados, sem leitura e discussão, numa mesma sessão, sempre com a justificativa de que, não ocorrendo, os nobres edis estariam agindo contra a cidade. Puro jogo de cena, da pior espécie.

Marcos Sousa é peça chave nessas aprovações. A maioria dos projetos é algo trivial, mas embutido no meio deles a perversidade na sua primeira pessoa. Essa taxação do lixo, até com secretária exportada de fora, tudo para vir aqui, executar um serviço e como já foi feito com uma na Saúde, vem faz e depois se manda. Um horror isso. Traz de fora alguém para executar um serviço fora da comum. Essa taxação é o uó do borogodó. E a dita cuja vinda de fora, quando questionada, alega que tudo deve ser tratado de forma sigiloja, sem que a cidade tome conhecimento dos detalhes do que está sendo tratado. Tudo é tão anormal, que se os pobres mortais tomarem conhecimento, a farsa é desmontada. Nos últimos tempos, a cidade vai sendo tocada desta forma e jeito, gente de fora, a maioria ligada a Gilberto Kassab - mentor político da alcaide -, vem aqui com uma missão a ser cumprida, todos muito bem pagos.

A taxa do lixo é só a paonta deste iceberg. Tem outras indecências. Hoje, Suéllen sobrevive - ou vive - com a aprovação de variados e múltiplos empréstimos. Bauru já possui uma impagável dívida, ainda não aberta e demonstrada, mas ao final dessa administração, quando se encerrará o mandato e a famiglia Rosin baterá asas da cidade, o rombo será impagável e quem assumir, diante de uma batata tão quente e quase sem solução. Essa a Bauru herdada pela passagem dessa famiglia no poder municipal. Vivem hoje de empréstimo em empréstimo e no último, sem consultar ninguém, surge um projeto, que até poderia ser interessante, mas nas mãos destes, se torna inconcebível, pois não conseguem nem terminar o da ETA - Estação de Tratamento de Esgoto. Agora querem alguns bilhões - veja que já ultrapassaram a cifra dos milhões - para executar um obra trazendo água do rio Tietê, de Pederneiras para Bauru. 

Dessa obra, um comentário de um morador de Pederneiras representa muito bem como tudo está sendo pensado e executado: "Quanto a pegar água no rio Tietê em Pederneiras a sugestão é que a capitação da água seja feita na Foz do Rio Bauru em pedery", Maurício Passos. Entenderam? Bauru continua jogando água poluída, com fezes e tudo o mais, na foz do rio Bauru no Tietê, em Pederneiras. Se não consegue resolver nem isso, como pode querer fazer algo mais grandioso. Ou seja, a Bauru das últimas administrações é não só incompetente como lerda, letal para a saúde. O projeto demonstra que, todo o dinheiro conseguido até agora para perfurar poços é infrutífero, dinheiro jogado na lata do lixo. Todos os empréstimos sendo feitos são para tapar rombos, aqui e ali, num montante ainda sem luz no final do túnel. Quando a cidade tomar conhecimento deste rombo será tarde demais, o estrago já terá sido feito.

Bauru vive de maquiagem. Shows sempre ocorreram, em todas as administrações, ocorrendo em eventos pré-determinados. Não devemos ser contra sua realização. O que não existe, também neste caso, é a transparência. Tudo é feito e executado por um staff da alcaide, sob sua restrita e confidencial participação. Tudo submetido ao crivo final de mais ninguém. Agora mesmo, a praça Rui Barbosa e o parque Vitória Régia estão repaginados, iluminados e bonitos, numa espécie de "circo ao povo", enquanto a "boiada vai passando". O que se vê ocorrendo dentro da Câmara Municipal nessa segunda, quando dizem, a sessão durac Um deles, o primeiro na hora do voto estava perdido, pois a discussão foi tão calorosa que, na hora do voto, ele não sabia que rumo tomar, se votava no sim ou no não. Esperou um sinal de alguém, pois estava prestes a poder votar contra os interesses da prefeita. Chegamos nessa situação. Não será a primeira, nem a última, mas demonstra bem claramente como ocorre as votações na nossa dita Casa de Leis. Para vereadores como este aqui citado, não precisa discussão, nem um dia inteiro para transcorrer a sessão. Para os aliados dela, a alcaide, seria mais simples, colocar tudo em votação, num balaio só e aprovariam tudo em meros quinze minutos. 

Encerro com um post de Luiz Pires, servidor municipal aposentado, ex-diretor do Zoológico e Secretario Municipal: "É HOJE! Preparem-se para receber seu presente antecipado de natal PARA OS PRÓXIMOS 60 ANOS. Sim, a bancada do "sim senhora" da pior legislatura da história de nossa Câmara Municipal irá aprovar hoje o projeto que a prefeitura NÃO DISCUTIU COM A SOCIEDADE e que irá entregar para a iniciativa privada a coleta do lixo em Bauru. A partir de agora você bauruense vai pagar uma nova TAXA que será baseada na sua conta da água. Quando subir a conta de água vai subir o lixo..... Lembrando em que em breve chega a privatização do esgoto, que vai causar o aumento da água e consequentemente da nova taxa do lixo. Depois virá a história de buscar água no Rio Tietê, que irá aumentar a conta da água e um pouquinho mais A DO LIXO. E por fim virá a tão desejada (por eles) privatização do DAE, que irá aumentar ainda mais a conta de água e consequentemente DO LIXO. Um "PRESENTÃO DE GREGO" PARA OS FUTUROS NATAIS DE SEUS FILHOS, NETOS E BISNETOS".

Obs: Termino o texto, publico e fico sabendo, com o raiar do novo dia, que tudo foi transferido para nova sessão, essa tendo início na próxima quarta, 10/12, 8h da manhã. Não conseguiram baixar a lona do circo no primeiro espetáculo. Vão necessitar de outro.

HOJE VEREMOS QUANTOS VEREADORES IRÃO PARAR NO HOSPITAL, ENFARTADOS OU ADOECIDOS PELA MALDADE QUE IRÃO COMETER CONTRA O COFRE PÚBLICO MUNICIPAL Depois do verador do PL, dentro de um partido que devasta tudo, passa mal pelo corte de árvores, quando seu partido destrói com o país. A conferir na sessão de hoje na Câmara Vereadores de Bauru. HPA, atento e presente. "Uma conta enorme para o povo pagar. Quem não se informa sobre o que essa Administração quer fazer, vai pagar. Povo desinformado, só pensa em igreja e entra nas falcatruas dessa Administração", Helena Aquino, no caso, minha irmã. 

As ilustrações do Fernando Redondo são impagáveis de tão boas.

domingo, 7 de dezembro de 2025

UM LUGAR POR AÍ (204)


MINHA RELAÇÃO COM TIBIRIÇÁ VAI MUITO ALÉM DE UM SHOW
Tenho voltado para o distrito rual de Tibiriçá com uma frequência enorme nestes últimos tempos. Promovo neste momento um trabalho de resgate de Memória Oral junto de seus moradores, onde capto depoimentos destes, gravados e que, num curto espaço de tempo, serão aproveitados numa apresentação em praça pública, envolvendo todo o distrito, depois um documentário e, provavelmente um livro, onde cada um destes depoimentos estarão em evidência.

O meu amor e relacionamento próximo com Tibiriçá vem de longe e está muito relacionado com a proximidade que mantenho com a família Baté, os Cosmo. Hoje, isso tudo se traduz no contato mais estreito com Dulce Baté, essa brava guerreira, fazendo de tudo e mais um pouco pelas coisas do seu local de moradia, denominado por mim, como aldeia. Assim sendo, a "aldeia" de Tibiriçá é um agrupamento humano, aproximadamente mil pessoas, isoladas de Bauru por uns 16 km de distância e ali, agrupado algo tanto afeto, este vindo de todos os lados. O envolvimento se dá através de umprojeto coletivo sendo construído e nele estou inserido. Tenho estado por lá de duas a três vezes por semana, algo intensificado neste dezembro.

Eu adoro poder contar histórias das pessoas. O que faço coletando depoimentos é, para mim, mais que inebriante, diria mesmo, contagiante. Em Tibiriçá junto no mesmo balaio, este amor pelo distrito, por tudo o que encontro vicejando por lá, a família Baté que tão carinhosamente me acolhe e o que gosto de fazer. E em cada história coletada, busco um elo com outras e assim, desta forma e jeito, vou construindo o que apresentarei como resultado final deste intenso trabalho, que prossegue em dezembro, se estende em janeiro e deve ser finalizado somente entre fevereiro e março de 2016. 

E no meio disto tudo, um evento ocorrendo no domingo à noite por lá, mais precisamente começando no final da tarde deste último, 07/12, na comemoração promovida pela Prefeitura Municipal de Bauru, com atrações todas anunciadas pelo poder público municipal. Não vejo nenhum problema na Prefeitura Municipal de Bauru agendar um show para a praça central do distrito, ainda mais quando da comemoração de seu aniversário. Tudo ainda melhor quando o escolhido é um cantor local, este com projeção nacional, o órimo Pedro Popoff, também conhecido Pedro do Cordel, que inclusive frequenta regularmente Tibiriçá. Durante o show, alguém se aproxima e me diz: "Puxa, via ele por aqui, sempre andando a cavalo, mas não sabia que cantava". Pois bem, ele desta forma, se apresenta aos moradores do lugar, como muito mais daquele que aos domingos ficar circulando pelas ruas com algum cavalo cedido pelo haras ali localizado. Tudo vale uma boa história.

No evento junto muitas delas. A Prefeitura convida vários pequenos comerciantes para ali instalarem suas barracas e a praça ficou tomada. A comunidade marcou presença e isso ressalto, pois num local com tão pouco lazer, reduto de gente trabalhadora, considerado como doremitório de Bauru, sempre bom ter os olhos da administração municipal voltados para estes. Nadei de braçada no meio dos presentes. Agendei depoimentos com muitos, vários nascidos ali e hoje morando em Bauru. Ou seja, Tibiriçá no momento é o que me move, pois no meio de uma intensa pesquisa e trabalho, estou aprendendo mais e mais a cada dia. Em cada contato um flashe, uma luz se acende e dela nasce algo para ser registrado. Portanto, quando me verem escrevendo e citando muito de Tibiriçá por estes dias, saibam, ando metido os pés à cabeça em algo arrebatador por lá. Não tenho mais dia nem horário para lá estar. O resultado disso tudo virá em alguns meses. Por enquanto, mãos à obra.

obs final: Critico - e continuarei criticando a gestão da incomPrefeita Suéllen Rosin, por motivos mais que justitificáveis, todos muito bem fundamentados. Ela, a alcaide, não só deixa a desejar administrativamente, como claudica com uma gestão recheada de falhas, atos condenáveis, como o de pagar valores estratosféricos para artistas de renome e pífios valores para os locais. Tempos atrás, quando Tibiriçá comemorou data redonda quem ali esteve, outra administração foi o RENATO TEIXEIRA. Achei louvável, como acho a presença do Popoff hoje. O problema não é este. O problema dessa gestão é muito mais embaixo, com agravantes em cima de agravantes. Quem acompanha meus posts sabe dos motivos de minha revolta. Bauru não merece ser administrado da forma como o é. Algo de mais contundente precisa ocorrer para reverter o que se vê em curso.


sábado, 6 de dezembro de 2025

O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (192)


FUI PRESENCIAR ARLINDINHO CRUZ E O COLETIVO SAMBA NA FESTA DO MARY DOTA
Aqui, as fotos dizem muito e meu longo escrito, sairá por aqui mesmo, mas ao longo de cavado tempo no domingo. Quero relatar o que vi com meus próprios olhos.

MEU RELATO
"" Pão e circo": Nada contra as pessoas irem a um show e se divertir! Porém, a nossa região (digo isso por que moro no Bairro) necessita mais do que o "Circo"! Essa bela festa teve antes de ser realizada arvores suprimidas e vemos o total descaso em relação a Quinta da Bela Olinda e Bairros como o Jardim Ivone , Chapadão e adjacências! O povo se alegra na festa mas não podemos esquecer o fato de não vivermos só de circo o pão também se faz necessário! Eu particularmente preferia que o que foi gasto com essa festa fosse revertido em melhorias para a nossa região!", DIRCEU MOSQUETTE JUNIOR, morador do jardim Silvestre, ao lado do jd. Mary Dota. 

Começo meu texto com essa resposta para minhas fotos publicadas no evento/festa pelo aniversário do bairro. São tantas coisas. Espero conseguir abarcar todas num só texto. Vamos lá. O Mary Dota merece uma festa - assim como todas as demais regiões da cidade -, pois trata-se de um dos nossos maiores bairros, ou seja, maior concentração populacional da cidade. Local já comparado com muitas cidades da região, pujante e altaneiro. Quem acompanhou o desenvolvimento do bairro e adjacências sabe do que escrevo. Este desenvolvimento urbano nem sempre teve o sério acompanhamento da parte administrativa da cidade. Na maioria das vezes, faltou sensibilidade e acompanhamento. Nem todo o desenvolvimento ocorre com ações públicas, feitas baseadas em amplo planejamento, entrosadas com suas reais necessidades. 


Isso uma coisa. Chegamos aos shows anuais do aniversário do bairro e algo de estranho vem se repetindo desde muito tempo. Um vereador, Marcos Sousa é privilegiado, talvez por considerar ali seu reduto eleitoral e está por detrás de espetáculo anual ali ocorrido. Além da festa ocorrendo ano após anos, fica bem evidente, o bvereador está por detrás do evento, participação ativa no desenrolar da festa. Isso, em primeiro lugar, é perigoso, pois vereador, pelo menos na sua ação precípua é a de fiscalizar, não de distribuir verbas e produzir eventos. Pode até produzir, mas de cunho privado. Quando ocorre dentro do setor público, uma só certeza, algo está errado e fora dos padrões normais. Tudo começa por aí. Novamente o vereador Marcos, desta feita levando também ao palco outro vereador da região, o Beto Móveis, porém como trata-se de muito dinheiro envolvido, principalmente nos shows, mais que preocupação.

Do evento em si, ressalto algo visto logo na chegada, quando estavão todos lá para comemorar o encerramento da Semana Nacional do Samba e também o aniversário do bairro. Esperava ter no palco somente sambistas. Assim como no Carnaval, espera-se ouvir somente Carnaval nos atos públicos. Um grupo famoso, Japanejo, irradiava sertanejo universitário por todos os poros. Na sequência, aí sim, sobre ao palco o Coletivo Samba, com músicos locais, todos com reconhecida gabaritagem no requesito samba. E pelo que foi divulgado, a verba pública para a apresentação foi conseguida através de edital, ganho por eles. Maravilhoso. Isto se deve ao trabalho realizado pelo grupo nos últimos tempos. Na sequência adentra o palco o show do cantor carioca Arlindinho Cruz, filho do grande Arlindo Cruz. Não sei quanto foi pago, mas deve ter sido valor alto. O show é muito bom, até me surpreende. Marquei presença, pois queria muito ver como o filho dá sequência no trabalho do pai e, ao final, confesso, gostei muito. Uma ótima banda, inclusive conseguindo colocar um violino dentro do samba, com resultado surpreendente. 

Evidente que, a alcaide Suéllen Rosin ali estaria marcando presença, pois encontra-se, além de outras coisas em campanha eleitoral para o próximo ano. Ela e a mãe circularam pelo evento, andaram de trenzinho e subiram ao palco junto de vereadores aliados de tudo o que essa administração promove. Chegaram a chamar ao palco a vereadora petista estela Almagro, criadora da Semana do Samba em Bauru, presente no local, mas essa não subiu para ser fotografada junto do que ali se via agrupado no palco. Suéllen, como se sabe e se vê, gasta muito mal o dinheiro público,sendo questionada frequentemente, não só por causa disto, mas pelos seus descabidos atos, como o desmatamento incompreensível de quantidade imensa de árvores, justamente na região onde o show ocorreu. Foram simplesmente cortadas, suprimidas e eliminadas, para dar lugar a um empreendimento imobiliário. Não ocorreu a sensibilidade de quem produziu o projeto, em manter o verde no local. Sempre dizem, o reflorestamento virá após a conclusão da obra, mas isso é pura conversa pra boi dormir. O ocorrido ali no Mary Dota com suas árvores é mais que um crime de lesa cidade. E nada foi dito, falado ou simplesmente mencioanado no evento. Suéllen marcou presença e nem demonstrou suas vestes estarem manchadas com sangue, proveniente do assassinato das árvores da região.

Curti muito o samba. Conversei com muita gente e com quase todas, não só na magnitude do showali diante de nós, mas da política em si rolando na cidade nos últimos tempos. Deu para perceber o quanto Suéllen deixa a desejar. Ela gosta disso, de produzir grandes eventos, se fazer presente na periferia, com shows pirotécnicos, quando a resposta mesmo que a comunidade quer e precisa ouvir e ver acontecendo é bem outra. Isto tudo, como a cidade já bem sabe, faz parte do show promovido por ela. Vive de ações panfletárias e internéticas. O que a cidade precisa entender é da existência de um outro mundo, algo por detrás disso tudo. Neste exato momento, por exemplo, ela exige que os vereadores aprovem um empréstimo de bilhões - isso mesmo, já passou da casa dos milhões, agora são bilhões -, para transpor água do rio Tietê, em Pederneirass para abastecer a cidade, pois sabe que, mesmo conseguindo muita grana para perfurar poços, tudo isso é paliativo. Ela tem conseguido muita grana, sem lastro e sem plano de como pagaremos. Como se sabe, muito em breve, ela deixará o governo da cidade e em seu lugar o caos. Quero só lembrar de Tuga Angerami, pois quando assumiu seu último governo, 2005/2008, pegou uma bucha sem precedentes. Ele, como bom administrador, soube severamente pagar tudo e devolver Bauru na normalidade. Suéllen é dada a holofotes, festas como essa no Mary Dota, enquanto vai "passando a boiada". O que se viu no Mary Dota é só mais um triste capítulo desta novela, cuja novela, deve terminar da forma mais trágica possível.
ARLINDINHO

COMO PODE SER DESIGNADO ALGUÉM DERRUBANDO ÁRVORES DESTA FORMA?
A alcaide Suéllen Rosin esteve presente na festa do Mary Dota, subiu no palanque, andou de trenzinho, mas não disse uma só palavra sobre o brutal e criminoso assassinato, talvez o maior que já tivemos na área urbana da cidade, com as árvores no bairro, poucos metros de onde ocorreu o show no sábado. 

Essa foto abaixo, compartilhada do Facebook, demonstra a irracionalidade predominante em alguns empreendimentos em Bauru e país afora, quando privilegiam um projeto, sem que o mesmo antes tivesse olhos para estar no local e soubesse preservar a área verde ali existente. 

Este desentrosamento faz parte da perversidade dos que, pensam somente no lucro e nunca nos destinos reais de uma cidade, um país e, consequentemente, do planeta. 

Quem derruba árvores dessa descabida forma, não merece administrar nada público, pois tem dentro de si a insensibilidade. Doentes por dentro e por fora.
ALCAIDE É INSENSÍVEL COM O MEIO AMBIENTE, PÉSSIMA ADMINISTRADORA.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

AMIGOS DO PEITO (247)


REENCONTRO DOIS DILETOS AMIGOS E O OCORRIDO COM UM VEREADOR
1.) MARCIO TEIXEIRA, ECOLOGIA, SUA SAÚDE E ONDE ESTÁ SITUADO
"Bom dia! Tô melhor, mais tranquilo agora. Passei por um momento de muito nervosismo. A gente vem de bastante estresse, muita pauta na Câmara… Fiz aquele plantio de 1.200 árvores, e logo depois aconteceu essa devastação ambiental. Aquilo me abalou demais, fiquei muito nervoso. Fui medicado, fiz vários exames, inclusive de enzimas. Não foi infarto — foi estresse extremo. Eu tava com os braços duros, dor no peito… Mas agora tá tudo bem. Saí de lá às 10 horas da noite UPA Mary Dota e já tô firme de novo. Agora é seguir em frente: cuidar da cidade e continuar plantando árvores. Abraço!", vereador bauruense do PL, Márcio Teixeira.

Conheço o Márcio de longa data. Queria porque queria ser vereador. Conseguiu. Foi eleito pela atuação a favor da causa ecológica. Continua sua luta. A grande contradição é o partido político onde se encontra filiado e atuando. O PL - Partido Liberal é o pior de todos, vota tudo contra os interesses do país e lá está o maior foco hoje da corrupção brasileira. Totalmente incompatível fazer a defesa e luta ecológica dentro deste partido. Marcio diz conseguir. Não se sabe como. Adoecer será só a ponta deste iceberg.

Tempos atrás o questionei sobre continuar votando tudo ao lado dos interesses da alcaide, muitos contra o que profeça. Sua resposta foi abominável: "Eu até quero, mas se o fizer terei problemas. O partido fecha questão. Não tem como". Ou seja, continua lá, numa simples questão de escolha. É sua casa. O que ainda, pelo visto, não havia percebido é da impossibilidade de defender o meio ambiente dentro do PL. Teve um periqipaque, preocupou a todos. Já está melhor, mas as sequelas permanecerão ad eternum. Que mais escrever disso tudo. Talvez mais um toque, para cuidar melhor de sua saúde e se quiser mesmo melhorar, cair fora o quanto antes de permanecer ao lado dos devastadores da natureza e do erário público.

"Só em Bauru mesmo: Vereador do PL passa mal ao ver árvores derrubadas
no Mary Dota! Isso não é nada comparado ao que o partido dele aprovou no Congresso! Será que ele sentiu-se mal também com a aprovação da PEC da destruição! A verdade é uma só: Ou ele bem toma o lado dos ecologistas e muda de partido ou continua sendo hipócrita! Não dá para conciliar Ecologia com destruição! Ou ele terá sérios problemas de saúde sendo uma contradição ambulante...", Dirceu Mosquette Mjunior.

2.) UMA DELÍCIA CONVERSAR COM MAURINHO SANTOS NAS RUAS CENTRAIS DE BAURU
Foi hoje pela manhã. Estava tentando conversar com ele por estes dias. Ligava e o danado, que antes descia quase todo dia pra o centro da cidade, hoje fica mais tempo lá pelos lados de sua casa, num MCMV perto da rodovia Bauru/Marília. Hoje me liga e diz: "Estou aqui no coreto da praça, desça". O fiz e ele estava literalmente no coreto, melhor dizendo, desfrutando da sombra do antigo coreto da Praça Rui Barbosa. O convido para comer algo. Ele me fala de seus problemas estomacais, mas aceita um café. Vamos para o bar do japa ali na Rua Primeiro de Agosto, ao lado do Banco do Brasil, point de proseadores. ou seja, estávamos em casa.

Sentamos e colocamos a prosa toda em dia. Falamos muito do bloco do Tomate e da primeira vez que desceu conosco, foi quando passei a conhecê-lo melhor. Eu já o conhecia de outros carnavais, inclusive o vitorioso com o Império da Nova Esperança, do Roque Ferreira, mas afinidade mesmo deslanchou quando certa feita, apareceu num dos desfiles envergando um jaleco branco e fazendo um "Xô Preconceito", escrito nas costas com caneta Bic. Daí em diante, ele esteve conosco em todos os desfiles e quando o Silvão Selva disse estar cansado de fazer as marchinhas, ele naturalmente passou a nosso letrista. Trata-se, desde então, de um parceria de grande monta e envergadura. Maurinho é desses que você dá a idéia, passa os tópicos e em instantes surge um samba pronto, com a cara e o jeito tomatista. Ou seja, o cara é muito bom e é dos nossos. Conhece nossa pegada e não desaponta. Vai na veia - não na véia, viu!.

Maurinho está cansado, reclamão como todos os que, com o passar dos anos, começam a sentir o peso da envergadura nos costados. Cansado, mas não entrega os pontos. Falamos da Itália, onde anos atrás passou três meses visitando a filha, dos seus trabalhos profissionais, das escolas bauruenses onde seu samba vingou, da Bauru de hoje, agruras presenciadas in loco, do seu livro e das andanças de agora. "Minha sorte, Henrique, lá onde moro, fui sorteado com um apartamento no térreo", me disse. Isso é assunto para prolongar a prosa e perder a hora de fazer o almoço lá de casa. Ele tem samba novo nas paradas e outros tantos na cabeça. Maurinho é a efervescência em pessoa, diria mesmo, em ebulição, destes que, diz querer se manter distante, mas sem o conseguir. Tem um bichinho dentro dele não o deixando se acomodar. Nos despedimos na esquina da Primeiro de Agosto com Gustavo, onde tiramos uma foto. Dois coroas, cujas aposentadorias não representam muita coisa, pois continuam botando o bloco na rua.

3.) CARLÃO GRANDINI, 89 ANOS, ME PEDE ENVIE PEDIDO PESSOAL À LULA
Carlão Grandini é meu tio. Foi casado com minha tia Edi Perazzi, irmã gêmea de minha saudosa mãe. Funcionário do antigo IBC, lembranças inenarráveis dos tempos quando lá morava e íamos todos, a família inteira domingar em sua casa, jogando bola num campinho lá nos fundos. Morou por décadas bem defronte uma das entradas da antiga FEB, coração da vila Falcão e hoje, aposentado já há algumas décadas, segue forte e altaneiro, tendo renovado recentemente sua habilitação e hoje, o reencontro sem querer querendo, numa agênciua bancária lá nos altos da Getúlio Vargas. O danado saiu de sua casa lá perto do Habib's das Nações e estava a pé, alguns quilômetros de distância. Está esbanjando vitalidade, algo que tento conquistar junto dele, no sistema de "chupeta", numa espécie de recarregamento de baterias.

Meu tio é destes que não perde as sessões diárias da TV Câmara e Senado. Acompanha tudo e lulista de quatro costados. Continua comprando brigas homéricas com todos que venham, de alguma forma, querer desmerecer o que o Governo Lula tem feito de bom para o Brasil. Não adiante tentar convencê-lo do contrário e sem convincentes argumentos, pois ele os tem em demasia e os que tentaram, saíram fragorosamente derrotados. Suas histórias dos embates já ocorridos pela aí dariam um livro. É uma delícia cada vez que o reencontro e ele, ciente de estarmos no mesmo time, entabulamos uma conversa dessas sem hora pra acabar. Hoje, tinha uma fila atrás da gente e por ali permanecemos am alto e bom som, pois tínhamos garrafas vazias para vender.

O melhor de tudo foi quando, na hora das despedidas, tiro as fotos, envio para a prima Célia Albiero Grandini, lá em Palmas TO, ele me puxa pelo braço e diz que, se possível, tenho que tentar transmitir um recado para o presidente Lula. E me diz o recado no pé da orelha: "A gente sabe que o Lula vai ganhar a eleição do ano que vem. O cara além de ser muito bom, dá um jeito neste país, mesmo com toda essa criminosa oposição, mas para facilitar ainda mais, ele tem que convidar a Simone Tebet para ser sua vice. Ele deve saber disso melhor que ninguém, mas não custa a gente ficar reafirmando, pois ela vai ser uma ótima vice". Nos abraçamos, adentro meu carro, correndo para outro compromisso, quase esquecido diante da conversa e o vejo descendo a pé a Getúlio, sem aceitar carona, pois diz necessitar andar, andar e andar. E o danado esbanja mesmo saúde, tanto que, ao enviar a foto para a distante prima, a faço com uma legenda: "Você sabe me dizer quem tem 89 e quem tem 65 na foto?".

"CASO MARA LÚCIA", NO PODCAST "E AÍ, COLIM", DO JORNALISTA ALEXANDRE COLIM
Eis o link para a gravação da entrevista:

Vale a pena assistir a entrevista com os escritores/pesquisadores/documentaristas das entranhas deste caso, que abala Bauru desde 1970, o casal Celso e Junko Sato Prado, oriundos de Santa Cruz do Rio Pardo. Na entrevista, Celso vem junto da filha, a advogada Lorana Prado. A entrevista do Colim se junta aos demais materias tentando desvendar e entender o ocorrido, inclusive seus desdobramentos.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

PRECONCEITO AO SAPO BARBUDO (223)


PROFESSORES PAULISTAS ACUADOS, ALGO SOBRE IDÊNTICAS PERSEGUIÇÕES NO FILME “O AGENTE SECRETO”, DEPOIS JUNTO TUDO COM DARCY RIBEIRO, FALA DE 1985 E MINHAS CONSIDERAÇÕES
Duas coisas me afligindo por estes dias. Primeiro foi quando ouvi um relato descrevendo como os professores paulistas estão sendo tratados pelo atual desGoverno de Tarcísio de Freitas. Não se trata somente de desrespeito, mas da ilegalidade, brutalidade com que, só os apaniguados terão espaço para dar aulas daqui por diante. Uma aberração. Depois, ao assistir o ótimo filme brasileiro, “O Agente Secreto”, diante de tantas cenas impactantes, uma em especial me chamou muito a atenção. O protagonista do filme foi um professor universitário, pesquisador numa universidade pública brasileira e foi perseguido durante os anos da ditadura militar, pois fazia parte de um segmento pensando o Brasil. Isso, pelo visto era incompatível, taxado como agora, simplesmente, “comunista”. O personagem de Wagner Moura foi caçado até a morte e se aqui no Brasil, o golpe do Bolsonaro & Cia tivesse vingado, seriamos todos também caçados, perseguidos e mortos. O professor paulista que não segue à risca as regras ditadas pelo nefasto Tarcisio é excluído. Dentre todos os momentos conflitantes da Educação paulista este o mais preocupante, pois se estes continuarem nos governando, este setor sofrerá um retrocesso que, dificilmente se recuperará. Qualquer recuperação só com estes longe de qualquer participação em governos, sejam locais ou estaduais.

Escrevi ontem aqui neste espaço sobre o que está em curso com os professores paulistas. Hoje fui pesquisar sobre o personagem do filme “O Agente Secreto”, não o seu protagonista, o professor perseguido e ao final, assassinado, mas o de quem promoveu a perseguição durante o governo de Ernesto Geisel (1974/1979). Trata-se do empresário identificado como Henrique Castro Girotti, conselheiro da Eletrobrás, vivido pelo ator Luciano Chirolli. Seu papel é nefasto e representa muito bem, todos aqueles sacanas que se aproximam de governos para benefício próprio. Não estão interessados no que ocorre de transformador dentro, por exemplo das universidades públicas, mas sim, que essas ações os beneficiem. No filme, o professor Armando trava um ríspido diálogo com Girotti num restaurante, onde este é desmascarado. Como consequência, a esposa de Armando é assassinada e é encomendado o assassinato do professor. O empresário envia matadores do Rio de Janeiro a Recife para eliminar Armando. No filme, tudo muito claro, nítido de como muitas coisas são resolvidas neste país. Aquelas cenas são muito impactantes, pois dizem respeito a algo bem próximo de todos nós, ou seja, os destinos da Educação neste país. Durante o regime militar, um claro retrocesso e agora, com gente como Tarcísio, Ratinho Jr, Cláudio Castro, Caiado e outros como governadores, um perigo.

Temo por Bauru, pois observa-se que a alcaide Suéllen Rosin é adepta e muito próxima dos mesmos procedimentos destes citados. Ela não só sobre em palanques com Tarcísio, como fala a mesma linguagem e é totalmente favorável as tais escolas militares, em substituição às escolas estaduais. Elas, na verdade, promoverão a bestificação – diria também, beatificação - da Educação. Diante de tudo, fui buscar em meus alfarrábios um texto publicado algumas décadas atrás pela UnB – Universidade de Brasília, quando da retomada da democracia no país, sendo que aquela universidade, estava se libertando dos grilhões dos militares e assumindo um reitor dentro da concepção dos novos tempos, Cristóvam Buarque. O livrinho, 30 páginas, cai como uma luva para unir o que escrevi até agora. É a transcrição do discurso do primeiro reitor da UnB, o antropólogo Darcy Ribeiro, durante a cerimônia de posse do novo reitor, em 16 de agosto de 1985. O Brasil havia acabado de sair do regime militar, onde situações como a vivenciada pelo personagem Armando foram comuns. Foram tempos de muita perseguição e diante do que vejo Tarcísio promovendo com os professores paulistas, transcrevo algo dessa fala do Darcy, para entendermos como, passado algumas décadas, tudo pode piorar e as escolas e universidades públicas voltarão a padecer e fenecer.

A fala de Darcy Ribeiro é tudo o que mundo universitário precisa, mas demonstra também, quando muita coisa deixa de acontecer, do distanciamento entre as partes e, o algo ocorrendo em São Paulo, com o retorno dos anos de chumbo: “Custei muito a entender que o único compromisso que se pode ter em matéria de ideias é com a busca da verdade. Toda ideia é provisória, toda ideia tem que ser posta em causa, questionada. Tudo é discutível, sobretudo numa universidade. (...) Era preciso que o Brasil tivesse gerado e formado previamente, formado muito bem, algumas centenas de cientistas e pensadores, cobrindo todos os campos do saber e das artes, para que o Brasil ousasse, como nós ousamos, repensar a universidade neste país. (...) Nós nos recusávamos a aceitar a universidade de mentira que se cultivava no país, tão insciente de si como contente consigo mesma. (...) O desafio que se impõe à inteligência brasileira é o de capacitar-se de que este país não pode passar sem uma universidade séria. (...) Limpe a mente, abra o coração, tome partido e ouse. Vá diante, aceite errar para acertar. Eu errei muito, nós todos erramos demais, tanto que este nosso país ainda não deu certo. (...) Esta é a função da utopia: ordenar, concatenaras ações, para fazer frente ao espontaneísmo fatalista e, sobretudo, para impedir que os oportunistas façam prevalecer propósitos mesquinhos. (...) A dura verdade é que nós, universitários, temos sido e somos, também nós, coniventes com o atraso do povo brasileiro. Somos coniventes com o projeto que fez de nós um povo de segunda classe. (...) Por que, nós que fomos capazes de fazer indústrias e cidades e algumas façanhas mais como essa Brasília, não fomos e nem somos capazes de fazer essa coisa elementar: ensinar todos a ler, escrever e contar? (...) Temo muito que nossos acadêmicos não tenham sido fiéis ao povo brasileiro. (...) O importante é que não se perca a liberdade de tentar acertar por diversos caminhos. A responsabilidade de ousar. O direito de errar. (...) País que deu certo, para mim, é aquele em que cada pessoa tem um emprego, em que todos comem todos os dias, em que toda criança cai à escola, em que todos tem moradia, em que todo velho e doente é amparado. Isso é um país que deu certo. (...) É preciso que a esquerda, reintegrada agora em seus direitos, não faça o que fazia a direita: não comece a ser intolerante. (...) E nós, intelectuais, com poder precaríssimo, mas precioso, de mobilização da consciência nacional, estamos fazendo o que?”.

Hoje, bem nítido, dois países dentro do mesmo Brasil e numa férrea disputa. Um, com Lula nos governando e propondo uma escola/universidade livre, soberana e libertadora; outra proposta, repressora, autoritária, sem autonomia e focando em temas conservadores, limitadores, este segmento capitaneado hoje pelo que está a ocorrer em São Paulo, sob a batuta do Tarcísio. Darcy sempre jogou luz sobre nós, nossa consciência de classe. Sei ter misturado as bolas todas com a fala do Darcy, mas se resistimos até agora, creio algo mais possa ainda ser feito para impedir essa derrocada total na Educação, proposta por gente nefasta como este Tarcísio. Vejo os professores acuados, medrosos e sem voz, pois quando a levantam, ficam mais marcados. Mas nós, os ainda conscientes, fora deste ambiente, como falou Darcy, “estamos fazendo o que?”. Amanhã pode ser tarde demais.

ALGO MAIS SOBRE O EXCELENTE FILME "O AGENTE SECRETO"

publico ainda hoje... aguardem...