domingo, 4 de março de 2012

COMENTÁRIO QUALQUER (96)

COMO ENCARO TRÊS SITUAÇÕES – DOMINICAIS REPERCUSSÕES
CASO 1 – VALCKE, COPA DO MUNDO E O BRASIL – Jerome Valcke é um pau mandado da FIFA. Um bate-estacas do mandatário maior, um presidente tão envolvido em escândalos, como o da nossa CBF, aliás todos da mesma laia e com a mesma ganância. Currículos recheados de improbidades e lavradagens. A Copa do Mundo é um grande negócio financeiro e para sua realização, alguns países se submetem mais que outros. O Brasil tem se mostrado servil. Uma pena. Levanta estádios desnecessários e com custos não entendíveis. Uma bazófia financeira. Já está difícil de engolir esse negócio dos estádios e agora vem um suíço querendo que nos ajoelhemos ainda mais. “O Brasil merece levar um pé na bunda”, foram algumas de suas palavras. A reação brasileira foi imediata e o ministro Aldo Rebelo deu a acertada resposta: “Não falamos mais de Copa com esse senhor, troquem o interlocutor”. Isso uma coisa e seria ótimo aproveitarem o momento para dar uma basta na sujeirada explícita imposta pela FIFA. O que preocupa é que tudo isso pode ter uma outra orquestração. Talvez essa fala tenha por trás algo a tirar a Copa do Brasil, lavá-la para a Inglaterra e deixar o governo Dilma numa saia mais do que justa. Jogo sujo a envolver Ricardo Teixeira, que manobrou e continua presidente da CBF e talvez ressurja como o salvador da pátria, o único que poderia devolver a Copa para o Brasil. Com gente dessa laia no comando, tudo é possível. Essa uma das possibilidades.

CASO 2 – AMIANTO, CONTAMINAÇÃO, ETERNIT E UMA RECUSA PUBLICITÁRIA – O amianto é mais do que conhecido mundialmente como altamente contaminador. Uma desgraça para a vida humana e enriquecedor de uma minoria bestial, que faz do dinheiro o seu único e indivisível deus. Esses os piores. Pipocam pelo mundo afora as condenações e impedimentos do uso do amianto, mas mesmo assim alguns insistem em querer apresentá-lo como saudável. No Brasil um deles. A versão tupiniquim da Eternit tenta emplacar na imprensa um anúncio de que o fabricado por eles é diferente do já proibido mundo afora. Balela, pura conversa para boi dormir. A “grande” (sic) imprensa tupiniquim toda postou o vexatório anúncio. Somente um a recusou e explicou em sua edição os motivos. Carta Capital, a semanal com menos anúncios publicitários, magrinha, mas a de maior respeitabilidade e credibilidade. Explicaram para seus leitores na edição de semana passada, nº 686, em “Os argumentos e os fatos – Por que recusamos um anúncio da Eternit”. É essa a única revista semanal que leio e mais, como escreveu um leitor em sua edição dessa semana, “não há como deixar de ler uma revista com tamanha índole”.

CASO 3 – NOROESTE 5 X 3 RED BUUL, CHUVA E NÃO PERMISSÃO ACESSO TRIBUNAS – Ontem, 03/03, como faço regularmente estive no Alfredo de Castilho e presenciei um jogo indescritível, não pela sua beleza plástica, mas pelo inusitado do presenciado. Com um primeiro tempo desses de babar na fronha, debaixo de uma intermitente garoa (logo transformada em chuva), fizemos 3 x 0 e logo no começo do segundo tempo, na estiagem da água, tudo estava empatado. Um torcedor no meio da Sangue Rubro quase enfartou e outro foi obrigado a saltar o alambrado para avisar o pessoal da ambulância do ocorrido. No retorno da chuva, voltou a inspiração do time e fizemos mais dois gols. O maná dos céus foi mais do que providencial. Jogo igual a esse me recordo de outro, um contra o Botafogo de Ribeirão, quando perdíamos de três e viramos para cinco. Mas não é nos elogios que termino essa escrita. No intervalo do jogo, o grosso dos torcedores havia insistido junto aos porteiros da tribuna coberta pela liberação do espaço, pois chovia e tudo ali estava um tanto vazio. Nada foi resolvido. “No tempo do Jóia existia sensibilidade. Ele é daqui, sabia como lidar com o povo bauruense”, disse um. Um portão da tribuna foi cercado por torcedores e nada da liberação vir do dirigente Evaldo Armani (com esse nome, para mim, só um famoso perfume, nada mais), mais preocupado em paparicar os atuais donos do time, recém-chegados da capital de helicóptero. Formou-se um bolo num dos portões e outra justificativa, essa abominável: “O Noroeste pode ser punido se abrir os portões. Seguimos determinações da Federação”. Jogo no interior, tradicionalmente os portões da parte coberta são abertos quando chove. Isso é interior, um modo caipira de torcer e acompanhgar seu time. E o estádio tem a cara da ferrovia, dos ferroviários que o levantaram. Nada disso parece ser entendível por dirigentes ligados somente ao novo modo de tocar futebol, quando o torcedor é o que menos importa. Na confusão, felizmente ficou comprovado mais uma vez que o povo desconhece a sua força e quando faz uso dela, tem sua vontade atendida, queiram ou não os a deter a posse das tramelas e cadeados de portões. Adoro ver o povo em ação e com o aperto da chuva, num momento de distração do porteiro ao afrouxar o trinco para deixar entrar um vendedor de produtos, a invasão ocorre e daí para frente não pode mais ser contida. Uma linda enxurrada humana invade a parte coberta e prova que o povo pode muito quando unido. Confesso que estava na turba humana, junto de Aldo Wellicham e outros 500 que vieram a seguir. Uma linda demonstração de que nada contém o desejo popular e que a insanidade e insensibilidade pode e deve ser contida dessa forma. Não sendo ouvidos, eis a solução para nossos problemas. E todos puderam ver o Noroeste enfiar cinco no time do “revigorante aos incapacitados sexuais”, o Red Bull. O brilho da noite foi ver o time em campo e o povo em ação. Nessa noite o povo noroestino venceu o monstrengo manipulador sendo montado em seus bastidores. Será que “eles” entenderam a mensagem?
OBS: As fotos do caso 3 são minhas. Nas duas primeiras, um molhado Baiano vibra com o time, na outra um gozador torcedor com um boné do Red Bull, o portão onde os torcedores fizeram valer a sua força contra a intolerância, o torcedor que veio com uma camisinha a envolver seu radinho de pilha e a última do pessoal do Jornada Esportiva, vistos pelo buraco nas cabines.

10 comentários:

Mafuá do HPA disse...

REPRODUZIDO DO BLOG DO REYNALDO GRILLO E DO MURAL DA SANGUE RUBRO:

Qdo a técnica deixa a desejar tem que ser "na raça"



Qdo a técnica deixa a desejar tem que ser "na raça". Agora, ganhando de 3 x 0 e tomar o empate é complicado. Se fosse jogo valendo vaga, decisão...


Agradecemos ao torcedor/médico que prestou os primeiros socorros ao rapaz na arquibancada. Se não fosse a massagem cardíaca que ele fez, não sei não. A ambulância dentro do gramado está mais pra servir os jogadores do que o torcedor que está na arquibancada. Tanto é que demoraram pra " se ligar " que estavam precisando deles na arquibancada. Esse foi o ÚNICO motivo pelo qual torcedores da Sangue, desesperados, pularam o alambrado pra alertar os atendentes que estavam dentro da ambulância e " de costas" pra arquibancada. Felizmente o rapaz foi atendido e posteriormente saiu da situação "de risco". Mas o momento foi muito tenso. A torcida fez a parte dela, tomou chuva apoiou e saiu feliz com o resultado mas " preo**pada" com algumas situações de jogo. A diretoria precisa rever conceitos. Abriu a parte coberta depois que os torcedores tomaram um bom tempo de chuva. Se estava chovendo antes de começar a partida, porque não fizeram essa " gentileza" antes ??????? tem coisas que não dá pra atender.. mas ainda bem que tomaram uma decisão mesmo " atrasada"...


Mas Noroeste é assim mesmo. Não dá pra tentar entender... a gente gosta. Ponto.


Quarta-feira é aqui. Estaremos novamente juntos.


Bom domingo à todos.


Fonte: Mural da Sangue Rubro

Anônimo disse...

Henrique:

Esta do Armani foi de +..., e depois ficam pedindo AJUDA do povo, como
ajudar na divisão de classes de um estádio que pertence ao POVO...

E a NATA continua, ou melhor tenta continuar...,

Na verdade já começa pela SIMPÁTICA da fotógrafa pedindo a gentileza
do pessoal tomar seus devidos lugares, com tanto lugar vazio...

É uma hipocrisia tamanha...não existe senso de maneira alguma...

Abracitos.

Valéria

Anônimo disse...

henrique

eu já tinha lido algo a respeito no blog do nilmário.

"A Carta Capital recusou o anúncio da Eternit por conter inverdades. No anúncio a empresa diz que o amianto brasileiro emprega a crisotila que não seria cancerígena. Ouvindo especialistas a revista descobriu que essa substância integra o Grupo 1 das cancerígenas.

O amianto já é proibido em mais de 60 países. Segundo a OMS dezenas de milhares de trabalhadores morrem por trabalhar com amianto. São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Mato Grosso proíbem o amianto (a Eternit tenta anular a proibição na justiça).

Está passando a hora de proibi-lo no Brasil. Todo este debate renasceu com a decisão da justiça italiana de condenar a Eternit à indenizar quase três mil famílias de operários mortos e à prisão dos empresários.

Parabéns Carta Capital!"

do seu amigo Pasqual - RJ

Reynaldo disse...

Em primeiro lugar muito obrigado pela por permitir postar todas as suas materias a respeito do Noroeste la no Blog do Norusca. O vermelhinho mais querido do mundo ontem foi sensacional... Aquela camisa vermelha e bastante mistica e faz acontecer de tudo.A que bom seria se o clube fosse administrado por dirigentes ue tivessem a alma vermelha e branca e nao por aventureiros e curiosos de plantao que vao sempre na contra mao dos desejos dos torcedores noroestinos.Gostei muito da invasao dos torcedores pra dentro dada arquibancadas cobertas. Se nao vai na boa entao temos que apelar e ir contra a sensibilidade desses dirigentes . Quarta-feira com certeza teremos mais emocoes e espero que chova em Bauru neste dia e o Norusca se saia maisuma vez vencedor e assim deixar a sua torcida numa alegria sem tamanho.Abracos.

Reynaldo disse...

Henrique, oude eu escrevi tomara que chova, entenda tomara que nao chova..ksksks....

Anônimo disse...

Henrique

É como voce disse.
Não iria ocorrer liberação de entrada para torcedor nenhum, mesmo se a chuva aumentasse.
O que ocorreu foi que os torcedores diante disso entraram e pronto, pois os dirigentes noroestinos passam e nós, os que gostamos disso aqui e defendemos as cores desse time ficamos.
Se ocorreu uma liberação, que nem sei se ocorreu depois, foi porque os bravos torcedores souberam conquistar isso.
Palmas para nós, os que forçamos e saímos da chuva na marra.

Paulo e André da Sangue

Anônimo disse...

Henrique

Eu também estava lá no coberto e entrei quando todo mundo o estava fazendo, debaixo de chuva.
Queria te relatar algo que vi e acho interessante deixar registrado.
Ficamos todos por lá, tudo foi muito =bom, ganhamos o jogo, mas na hora da saída, dá para perceber quem é do povão, como nós e quem se acham o rei da batata quente nessa cidade. Enquanto nós saíamos, muitos do que se achavam, permaneceram sentados, observando o povão que saia. Você percebeu isso? Eles não se misturam. Isso acontece em tudo o mais aqui por Bauru. tem uma classe que não se mistura com outra nem em jogo de futebol. Como um país avança dessa forma? Voce que é socialista, que acha disso? Acha possível o páis avançar com essa clara divisão, os que tudo tem sempre na tribuna e os demais apartados no pela-porco, como chamamos o lugar onde o sol bate mais forte lá no Alfredo de Castilho.

Cássio

Anônimo disse...

muito bom henrique.valeu !ALDO

Anônimo disse...

Grande Henrique! Eu estava no estádio e fiquei feliz quando ví o pessoal da arquibancada entrando para o setor de cobertas. Pensei que a decisão teria partido da diretoria do Norusca! Agora fico triste por saber que o pessoal teve de 'invadir' o setor para não continuar tomando chuva. O nosso time evoluiu tecnicamente, mas a nossa diretoria continua 'burocrática demais'.

ADEMIR ELIAS

Anônimo disse...

Tô sabendo que Cesar Sampaio e o ex-goleiro Marcos procuraram a
diretoria do Noroeste
para mandar alguns jogos do Palmeiras em Bauru e foram rechaçados.

Henrique o complexo total do estádio Alfredo de Castilho pertence ao
povo de Bauru.

Vamos trabalhar em prol disto e continuar fazendo oposição a esta
diretoria fascista do nosso querido
Norusca porque nós não precisamos tanto assim deles não. Se for
preciso expulsá-los daqui tudo faremos.
ok Henrique?

Aldo Wellicham