quarta-feira, 4 de julho de 2012

O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (16)
A FESTA DE ANIVERSÁIO DO HPA – PARTE II COM CONFIDÊNCIAS
A escrevinhação que travo aqui nesse blog não tem nada, mas nada mesmo para ficar me vangloriando de fatos ocorridos comigo. Sou do tipo que “deixo a vida me levar” e isso tem um preço, alto em algumas vezes, cobrado também de forma incisiva pela companheira Ana Bia, que me cobra mais seriedade diante da vida, dos fatos corriqueiros e até de minha atividade profissional. Tento agir diferente, mas a insatisfação é contra essa injustiça globalizada e o não enquadramento é uma forma de posicionamento. Adotei isso e padeço quando o negócio explode, como no caso citado aqui dias atrás do meu meio de locomoção ter sido apreendido/retido no pátio do Detran. Aí tenho que resolver aquilo que ia empurrando com a barriga. Passo por situações desse tipo rotineiramente, proclamo que vou mudar, dar um jeito, “daqui para frente tudo será diferente” e coisa e tal, mas na virada da esquina, tudo retoma o padrão antigo. Escrevinho cada vez mais, trabalho o bastante para conseguir pagar minhas contas e tento conciliar algo meio que irreconciliável, que é o fazer o que se gosta aliando o trabalho junto disso. As contas vão sendo pagas, algumas negociadas e a vida tocada para frente. Isso tudo para explicar ou entrar mais conformado no que foi a festa dos meus 52 anos.
Foi. Ela foi um reencontro dos mais agradáveis. Na verdade sou um tímido. Escrevo mais do que falo. Na escrita ataco, sou centroavante, mas na fala, na troca de ideias, no diálogo trocado com as pessoas no dia-a-dia a mesma aspereza não flui com a mesma facilidade. Repito sempre, que escrevo melhor do que falo. Tenho certeza disso. Tanto que na maioria das vezes em que sou obrigado a fazer um discurso, prefiro escrevê-lo, imprimir tudo num papel e ler no momento oportuno. Dessa forma não
deixo escapar nada. Do contrário, falando de improviso, tudo
fica meio embaralhado na minha mente e acabo esquecendo-se de mais da metade do que iria falar. E dentro dessa timidez, a maioria dos convites que fiz não foi pessoalmente e sim, pelo e-mail, tudo hoje via computador. E depois fico na expectativa de como será a receptividade junto aos convidados, uma vez que agrado muitos, mas sei desagradar a outro tanto de pessoas. Tem pessoas que tenho a maior facilidade em cumprimentar quando dos reencontros nas ruas e com outros fico na defensiva, até fujo do bate pronto, não por medo, recio, mas por não querer ser obrigado a usar de agressividade quando do cumprimento. Fico na defensiva. Quem convive comigo sabe disso. Dia desses estava almoçando no Restaurante da Luso e cruzo com um vereador conversando com uma pessoa que já havia cumprimentado, cortei volta o tempo todo, tudo para não ter que estragar meu almoço. No restaurante novo, o Borogó, a mesma coisa, eu e a Ana estávamos lanchando numa segunda, final de noite e um vereador e a namorada numa mesa adiante. Preferi manter muita distância a me aproximar, pois se o critico abertamente, não teria como ir lá e lhe estender a mão como se nada estivesse acontecendo.
Pensei nisso tudo quando estava lá preparando a finalização da festinha desses agora já consolidados 52 anos. A cabeça fervia. Pouco depois das 20h começaram a chegar as pessoas, de uma forma desembestada que não deu mais tempo para pensar em mais nada. Diante do alvoroço percebi o quanto estávamos improvisando em tudo, pois não haveria retaguarda suficiente para atender tudo de forma adequada.  Não pensamos em pessoas para servir as mesas, não pensamos em muitas pessoas para nos ajudar na cozinha. Éramos eu, a Ana, mana Helena, a Meire na
cozinha, a Cleusa (esposa do Alemão) e mais ninguém, para fazer tudo. Isso foi logo resolvido, pois de uma forma bem democrática (isso sim é que é democracia), os mais chegados (ufa!) perceberam que algumas coisas teriam que ser feitas diretamente no freezer, etc. Tiveram pessoas que muito me ajudaram no sucesso da festa. A esposa de um dos músicos, algumas amigas de minha irmã, minha tia Edi, meu tio Carlos, etc. Perceberam que o improviso estava estabelecido e os únicos profissionais em atividade naquela noite estavam no palco. O show do regional do Alemão foi um sucesso, pois tocou tudo o que queríamos ouvir, com um repertório dos mais agradáveis, fazendo com que todos os que possuíam alguma habilidade com a dança, partisse para o centro do salão, “sem medo de ser feliz”. Essa minha maior felicidade na festa. Ver as pessoas, algumas inesperadas, dançando alegremente, umas com as outras, casais formados na hora e até sozinhas. A pista de dança foi um dos locais mais movimentados da festa.
Como vou fazer para não esquecer ninguém, agora que começo as citações dos presentes. Já me desculpo antecipadamente, pois confesso, não sei o nome de todos. Haviam convidados dos músicos, dos donos da casa e amigos dos amigos. Tentamos acertar na tal da Comidinha de Botequim e todos, mas todos mesmo trouxeram bebidas e os dois freezers tiveram intensa frequência durante todo o tempo. Minha tia Edi Perazzi, irmã gêmea de minha mãe veio com o Rubão, meu tio Carlão
Grandini veio com a Zu (que fez o bolo, sempre divinal), meu pai foi a coqueluche da festa, sempre reverenciado e paparicado por todos, meu filho ficou sentado ao lado da amiga Lygia Juncal e depois da Marilia Duka (filha da Nilma e do Duka, ambos presentes), papeando sobre suas leituras e visão de mundo. Na mesa dos vizinho da casa, um casal velho conhecido, o Miltão Giaxa e a Clarice, que foram vizinhos de meus tios e os conheço desde os cueiros. Na mesa deles, mais gente, um famoso casal dançante da cidade e outros. Do pessoal que veio com os músicos, só alegria e como não sei o nome de nenhum, faço as homenagens a todos rendendo minha eterna gratidão para o Pé, famoso percussionista, que com 70 e lá vai fumaça toca a noite toda com uma maestria de fazer inveja.
O Roque Ferreira veio com a esposa Tatiana Calmon (cada vez mais esbelta depois da redução estomacal), trazendo ju
nto do filho Thales (irrequieto, como todo jovem deve ser) e com eles, a irmã da Tati, a Ester, que com um conjunto todo branco, foi a “Iemanjá” da festa. O Manuel Rubira deixou a esposa na festa do Moitará e ficou o tempo todo papeando com uns e outros. A Claudinha Coelho, da Unimed e filha do sempre craque Zé Carlos Coelho trouxe uma amiga e alegraram o ambiente. O Vinagre veio com a esposa Angela Cardoso e uma amiga e ganhei deles um livro de fotos do Fidel Castro, que paquerava há tempos. O Ademir Elias veio com a namorada e dançou bastante. O Chico Cardoso lá do Gasparini veio com a dona Fátima, sua alma gêmea e o colocamos juntos da Cláudia, nossa amiga, rainha do Shopping Center. O Kyn e a Mariza Basso vieram para me provocar, ele com uma camisa do Boca Junior, que diz será minha (mas ainda não me entregou). O fotógrafo Zanello veio com a esposa e nas horas de fola tirou fotos minhas de mesa em mesa, como se fosse festa de casamento. O Baiano, lá do restaurante Barracão veio com a dona Cidinha e trouxe até os netos. Foi belo ver o reencontro dele com o Alemão e o Zé da Viola, que veio só, ficou plantado ao lado dos músicos e trocou longos papos com o Heraldo, que sempre acompanhado da esposa, só parou de papear numa animada roda, quando os chamaram para uma canja, que teve Lupícinio e tangos argentinos.  O Duka e o Rosana trouxeram o Dudu e a esposa e na falta de mesas improvisaram uma com uma caixa de cerveja. A Nilma trouxe a filha Marília e ficou espantada com a alegria encontrada. O Geraldo Inhesta dançou como bem sabe fazer e ao seu lado uma amiga, professora no assunto. A Ana Lellis veio com amigas, o Carioca da banca de livros lá da Feira do Rolo veio com a Mery, sua mais que namorada e me encheu de LPs raros. Outro que veio com LPs foi o farmacêutico Kiko, que junto da esposa e como não bebe álcool, trouxe uma jarra de suco, sendo essa sua bebida até o final da festa.  O decorador Neto, parceiro do Paulo Keller reencontrou seu amigo piratininguense, o também Neto e juntos permaneceram abraçados por bom tempo. O advogado João Bráulio trouxe até o recém-nascido filho, que não acordou nem com o elevado som emanado no salão. O Aldo Wellicham chegou cedo e foi dos últimos a sair, de calça e barba branca parecia o próprio “mestre salas dos mares”. O Cláudio lá da banca da Duque veio acompanhado da futura esposa e ficou na boca do gargarejo, rindo e comendo. O PH queria por que queria que fosse buscar em sua casa LPs para tocar no Clube do Vinil, mas a Elisete, da Cultura e o Silvio Vieira, o guapo esposo o amarraram numa cadeira até ficar calminho. Teve mais, estiveram mais, mas... 
Quem mais esteve ou passou por lá? Eu não me lembro de
 todos e depois da turbulência, bolo cortado, comidinhas devoradas, cervejinha degustada, passos de dança executados, quando tudo ficou silenciado, fui fazer o rescaldo e percebi que meus amigos não me acham lá muito normal, pois o presente que mais ganhei foram garrafas e garrafas de bebida, para todos os gostos e preferências. Com isso tenho garantido, pelo resto do ano, receber todos em casa, com bebida para todos e todas. Daí quando tudo acalmou vieram me dizer, que passaram por lá mais de duzentas pessoas. Eu não sei se foi isso ou não, tenho medo disso, pois pode parecer contagem igual a feita nos estádios, quando sabemos que do número anunciado, vieram mais ou menos, dependendo do olho e do interesse de quem contou. O fato é que tudo estava bom demais. Antes do providencial desmaio de final de noite, providenciamos uma breve arrumação no local. Foi isso, ou mais ou menos isso.

3 comentários:

Anônimo disse...

HENRIQUE

SALVE O CORINTHIANS!!!!!!!!
VIVA NÓIS..................

BETO

Anônimo disse...

"Parabéns, felicidades, cantar parabéns é td de bom, Bjus Sandra Cardoso e Pês"

Anônimo disse...

Vê se me convida da próxima vez.
Percebi que foi um festão e acabei ficando de fora.
Não foi nada disso, eu havia visto aqui no blog, mas estava viajando e perdi o festão.
O importante mesmo é voce continuar com essa irreverencia toda e com essa criticidade em cima de fatos que muitos aqui da cidade se omitem de emitir opiniões.
Saudações do
André Ramos