sábado, 21 de julho de 2012

PALANQUE – USE SEU MEGAFONE (26)
QUATRO SENTIDOS DESABAFOS E JUNTO UMA ORAÇÃO CONTRA ALGO Á NOSSA VOLTA
1.) “Amigo Henrique, mais algum amigo que possa estar presente na III Semana Latino Americana. Amigo - N E N H U M jornal (JC e Bom Dia), colocaram como meta para os candidatos a Prefeito a Cultura! Nada! Nem uma palavra...nem um toque..absolutamente nada!. E...continuamos trabalhando na Casa de Cultura Celina Neves; e..continuamos trabalhando pela e para a Semana Latino Americana; e..continuamos a ensaiar as peças para inauguramos o nosso palco definitivo na Casa de Cultura...amigo estou muito cansado disso tudo! Muito pra baixo...Vejo o Thiago batalhando muito...tenho medo, fico triste por tudo isso...Talita em Curitiba formando-se em Direção teatral...meu amigo Henrique estou doente já ha algum tempo, problema nas pernas...amigo obrigado pela atenção.  Vamos abrir vagas para 8 alunos em agosto no nosso Curso de Teatro Paulo Neves, alunos de 17 - 30 anos, sábados, de 17 horas as 20h30, se puder nos ajudar a divulgar, muito obrigado". Esse triste e doloroso DESAFABO é do diretor teatral e professor de História, PAULO NEVES e expressa magistralmente a quantas anda o astral de quem insiste em continuar produzindo, propondo, brigando contra moinhos e fazendo de sua vida uma intensa e árdua batalha. Quem não se entrega, sofre, padece e labuta. O relato do Paulo é como uma garrafa com uma mensagem jogada ao mar...

2.) “Oi, Henrique! Estou te escrevendo e repassando para as bailarinas e professoras de dança para ver se vocês não tem ideia de realizar um evento p promover o livro do Decio com dança, seria muito interessante e tenho certeza de que as meninas topariam. Elas também sempre precisam de uma forcinha para os figurinos das alunas, etc, Vocês podiam fazer um evento em conjunto e dividir de alguma forma os ganhos, mas isso fica entre vocês. Beijos”. Esse relato veio de longe, da Holanda e escrito pela professora de balé, a MARCIA NURIAH, que mesmo distante continua muito preocupada e antenada com o que ocorre aqui do lado de cá. Sua proposta é de alguém sensível e sempre ciente de que algo precisa continuar sendo feito. Ela faz maravilhosamente a sua parte e isso é de um encantamento divinal.
3.) "Amigo HP, veja o meu e-mail enviado para lista APFFB, com relação ao “convênio”, “acordo”, “contrato”, “acerto”, ocorrido entre a prefeitura e o DNIT. Mais uma vez ficamos de fora - Amigos, Lembramos que apesar de estarmos engajados nesse processo há muito tempo, de fazer com que o material histórico ferroviário fique em Bauru, em nenhum momento fomos convidados a participar desse acerto entre Prefeito e DNIT. Não sabemos o conteúdo desta negociação, tão pouco quais foram os itens “assegurados”. Eles não querem a nossa participação ou envolvimento nas questões de preservação ferroviária de nossa cidade. Cabe a nós, APFFB, como uma OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, buscarmos outros caminhos. Eng. Ricardo Bagnato, pela APFFB - Associação de Preservação Ferroviária e Ferromodelismo de Bauru”. Esse relato também em forma de DESABAFO demonstra como tudo continua sendo feito meio que no vai da valsa aqui em Bauru, sob o tacão de um só pessoa e sem ouvir, escutar ou a participação de ninguém. A APFFB não tem interesse algum em atrapalhar, emperrar ou criar problemas. Quer só contribuir para que a pendenga férrea na cidade caminhe e realmente aconteça. Quando alijada, o que se subtende é que não estão querendo que a questão caminhe. Não dá para entender de outra forma.
4.) “ORAÇÃO DO VERDADEIRO POLÍTICO
Deus ilumine meus pensamentos e faça de mim, um instrumento de vossa paz, como rogou Francisco de Assis!
Fazei com que eu pratique a política e não a politicagem!
Fazei com que eu  honre cada voto a mim confiado!
Que as minhas promessas sejam de fato concretizadas. E se assim não o for,
que não seja devido a falcatruas das quais eu tenha participado.
Que o dinheiro público queime em minhas mãos, caso eu não o utilize em
prol da coletividade. Da coletividade geral e não da minha coletividade, que fique claro!
Que eu não zombe dos pedidos dos mais humildes, pois preciso lembrar SEMPRE
que o meu salário sai do suor de cada um deles.
Que eu tenha sempre comigo que, mesmo que às vezes me sinta impune à lei
dos homens, não escaparei a lei de Deus que na verdade, nada mais é a minha própria consciência, que um dia enfim, haverá de me  condenar ou  me
absolver.
Que eu tenha em mente, que me candidatei por livre e espontânea vontade e,
por isso não posso carregar meu mandato como se fosse um fardo a mim
imposto.
Que eu pense nas crianças, adolescentes e jovens, filhos dos meus eleitores
como se fossem meus filhos. Isso se eu amar aos meus filhos verdadeiramente. Nos idosos como se fossem meus pais. Isso se eu for um filho de verdade.
Fazei com que meu umbigo seja muito menor, mas MUUUUUITO menor que a
comunidade a que  me dispus a  governar ou a ajudar a governar.

Que eu não seja inspiração para personagens de programas humorísticos, por
ter sido hipócrita e demagogo. Pois como disse o grande médico Bezerra de Menezes em um dos seus discursos, a missão que escolhi não é só de
princípios humanos, mas sim divinos.
Pai, e mesmo que ao fim de meu mandato eu não tenha conseguido concretizar
meus anseios pelo povo, que eu conclua essa etapa sem as manchas tão características da corrupção, sem o peso da omissão, sem a dor de me olhar
no espelho e me refletir tão oco.
Que eu saia desse mandato digno de ser chamado Brasileiro e acima de tudo
filho de Deus, de Krishna, de Buda, de Maomé, de Oxalá, de Jeová, de Jesus, enfim de todas as divindades de crenças que preguem a paz, o amor, a
verdade, a fraternidade e a justiça.
E se eu não acreditar no divino, que eu ao menos eu termine esse mandato
digno de ser chamado SER HUMANO - AMÉM, ASSIM SEJA”.
Quem me envia essa oração é um (a) servidor (a) municipal, texto dele (a) e junto um pedido com algo bem do fundo do coração: “Como combinamos, fique a  vontade para publicar, mas por favor, que seja um texto anônimo. Só de mais gente ler, já vai me deixar um pouco aliviado (a)! Segredo nosso! Tenho certeza que se muitos políticos lerem esse texto que tive a arrogância de escrever (pois quem sou eu para escrever uma oração?), estariam rolando de rir. Mas tenho esperança que exista no meio deles, alguns que saibam do que estou falando e sintam isso de verdade”. Mais que isso, pede o anonimato, pois sabe que gente lá de dentro da Prefeitura poderia lhe causar problemas se soubessem serem dessa pessoa o escrito. O texto não tem nada de novo e demonstra algo elementar. Quando a carapuça serve, quem a veste acaba ficando furioso, não com seus erros, mas com quem os apontou. E a publicação é para que todos sintam algo sobre o clima vigente no atual momento nas hostes municipais. Sentida revolta interna por observar desmandos, conchavos, desencontros, desarranjos, maledicências, fuxicos, entraves, autoritarismo, campo de intrigas e perversidades, etc e etc. E a culpa nem é totalmente do prefeito, mas de gente que quer ser mais realista que o rei. Império da boca fechada, pois do contrário...

2 comentários:

Anônimo disse...

Já assistí à este filme em 2006. No mês passado os postos da Policia Militar em São Paulo
foram atacados e policiais foram executados por uma certa facção criminosa.
Na semana passada em represália à estes ataques, pessoas inocentes foram
barbaramente assassinadas pela Policia Militar, caso do empresário da
capital paulista, e do jovem do litoral paulista. Não vejo despreparo nenhum dos policiais
não, em ambos os casos, e sim vingança, justamente contra a população.
O "stress" dos policiais é tanto, que basta qualquer cidadão não parar ao comando
de uma "blitz", que ele já pode se considerar um homem morto.
Tivemos um caso em nossa cidade há poucos anos atrás quando um jovem
(não me importa quem era ele) dirigindo uma moto, fora alvejado pelas costas por policiais.
Afinal : O que há por trás de tudo isto? (Aldo Wellichan)

Anônimo disse...

amigo Henrique

Esse relato do Paulo é de doer.

Fui ler ele hoje, um domingo, dia de descanso e fiquei emocionado com a forma como fez seu desabafo.

Ele faz parte de uma turma de produtores de cultura que colocam a mão na massa. Não inventam, nem usam de artimanhas e artifícios para produzir cultura. Eles fazem e bem geito. E fazendo dão muitos murros em ponta de faca.

Transmita meu abraço a ele. Gostaria de poder lhe abraçar e expressar pessoalmente o quanto me tocou o seu relato diante da insensibilidade de muitos.

E a oração também muito boa. Derve para a maioria dos candidatos. Deveria ser papel de cabeceira de muitos que só pensam em si só.

Aurora