domingo, 3 de julho de 2016

FRASES (145)


NEM TUDO ESTÁ PERDIDO
Notas anotadas ao léu, lidas agora pela manhã e provando não andar só neste mundo, pois todas, indistintamente seguem a mesma linha de pensamento e ação deste que vos escreve. Publico poucos minutos antes da tomada de decisão de passar o dia praticamente longe dessas coisas internéticas. Caio de boca no mundo e em leituras, com algum lazer e também companhias. Deleite poder espalhar essas preciosidades:

- “Pobre do país que tem como ídolo Neymar. (...) Tenho a impressão de que Del nero e Michel Temer são a mesma pessoa. (...) É impossível que a seleção não vá à Copa. Mas no nosso futebol tudo agora é possível. (...) Depois do 7 x 1 da Alemanha na Copa de 2014, vejo todos como cúmplices: a CBF, a Globo, os clubes e a imprensa. (...) O legado da Olímpiada do Rio será, provavelmente, nenhum. A Olímpiada é feita para promover a imagem de umacidade. No caso do Rio, o Rio da zika, da ciclovia que cai, da falência do Estado, da violência, só vai piorar”, jornalista José Trajano.

- “Temer e a Cultura – Armando Freitas Filho, poeta iluminado, é uma figura mansa. Sintonizado com a arte, olha desconfiadamente para supostos líderes políticos. Na mesa inaugural da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), dia 29, ele explodiu a conhecida mansidão que o identifica. “A minha poesia eu a entendo como a que toca todas as coisas, inclusive as mais monstruosas. Que pode tocar, por exemplo, um Temer?”. Armando foi calorosamente aplaudido. Ichel Temer, embora já tenha se arriscado a cometer alguns versos, não gosta da cultura. A cultura repudia Temer”, jornalista Maurício Dias, in coluna Rosa do Ventos.

- “Um recado para Messi – O drama daquele pênalti perdido pode oferecer a você a melhor de todas as recompensas: a liberdade. (...) A Islândia é grande campeã europeia de 2016, pelo modo como ela faz o mundo relembrar o roteiro de simplicidade a seguir para se construir um grande trabalho”, ex-jogador e hoje colunista esportivo Afonsinho.

- “Bando de corja – Assim o pai de um caro amigo definiria quem hoje julga Dilma e pretende governar o país. (...) Percebo-me na aturdida plateia da tragédia do ridículo, alimentada pela prepotência e pela insensatez, pela arrogância e pela ignorância, pela incompetência e pela velhacaria. Ao cabo, para confirmar de forma jamais tão solar, a incoppatibilidade crônica entre Brasil e democracia. (...) Pois é do conhecimento até do reino mineral que Dilma Rousseff está a ser julgada por um bando de corja, uma turma da pesadíssima que se atribui o direito de decidir o destino do Brasil”, jornalista Mino Carta.

- O cientista político Wanderley Guilherme dos Santos formulou o seguinte e muito útil Manuel do Bom Ladrão, servindo para todos interessados no assunto: “1) Nunca haja sozinho; 2) Separe parte do roubo e ser devolvida como sinal de boa-fé, a outra reserve para a fase 4; 3) Seja o primeiro a delatar os demais ladrões; 4) Vá aproveitar a fase 2 à beira de uma piscina, ou em um sítio, com tornozeleira eletrônica e, depois de dois anos, faça como o doleiro Alberto Youssef e comece tudo de novo”. Quer ingressar no ramo? Aproveite os conselhos, no Brasil da Lava Jato são mais do que úteis.

- Estou assumindo cada vez mais ser o HISTORIADOR DAS IRRELEVÂNCIAS. Fui aprender o significado com um dos idealizadores do termo: “A gente tem que se aventurar, provocar brincando, eu gosto que o saber proporcione brincadeiras. Gosto muito do Walter Benjamin. (...) Quando ele fala da história contrapelo, acredito que ele acharia muito interessante um ponto de caboclo, de encantaria de umbanda, chamado de Caboclo da Pedra Preta. Diz o seguinte: ‘Ó pedrinha miudinha, pedrinha de aruanda’, e tem uma frase que é significativa: ‘Uma é menor, outra é maior, a miudinha é que nos alumeia’. Quando brinquei falando de ‘um historiador de irrelevâncias’, foi porque fico tentando perceber essas pedrinhas que alumeiam, que iluminam, que apresentam pistas para que a gente pense a cidade de uma maneira mais vital. Irrelevâncias são as pedrinhas que tento catar pelas ruas do Rio de Janeiro”, Luiz Antonio Simas, mestre em História Social e escritor com temas preferenciais como samba, carnaval e candomblé, daí encontrar riquezas nas irrelevâncias, algo que também fazer ao longo de minha vida.

- Eu não me esqueço nunca de um jornalista pelo qual travei amizade, Fausto Wolff. Trocávamos e-mails, quando de seu último emprego, no Jornal do Brasil RJ e hoje acordei relembrando alguns de seus escritos, que me servem como Guia de Cego no Escuro (que é o cenário político nacional atual):
“Escrever bem pode ser importante, mas não é essencial. Essencial é a sinceridade. Pelo menos tento ser sincero de todo coração. Isso, por si só, já é um estilo. (...) O que é que eu queria? Contar a história do mundo real e do homem irreal para torna-los, finalmente, cúmplices e amantes? (...) Graças à minha ignorância, a centenas de garrafas de uísque e à falta de perspectiva para meu objetivo literário, minha mente transformara-se num caos e custava-me cada vez mais esforço concentrar-me num assunto da realidade para escrever meus artigos jornalísticos. Desestruturado literária e filosoficamente, carregava um inacabado edifício sem saber o que fazer com ele”. Sou um pouco faustowolfiano, ou pelo menos, tento ser. Se consigo são outros quinhentos. Hoje mesmo, como dói ficar sozinho entre quatro paredes o dia inteiro, lendo e escrevendo. Ossos do ofício.

A REAÇÃO POPULAR É A COISA MAIS LINDA DESSE MUNDO:
O (des)Governo do golpista Temer criou o slogan mais babaca dos últimos tempos e o espalha em outdoors país afora. Num aqui em Bauru, avenida Nossa Senhora de Fátima (compartilho foto de José Vinagre), um esperto e sintonizado gaiato foi lá e responde com a devida vênia. Ou melhor, foi na veia (não na véia, viu!). O povo é de uma sabedoria imensa quando responde os lampejos bestiais de seus mandatários. Eis a prova do que vos falo...


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