segunda-feira, 20 de outubro de 2008

UMA DICA (27)

POSTURA PESSOAL E O “TERRA VIVA”
dedicado à amiga Ivy Wiens e a sua causa

Aprendi a não consumir qualquer tipo de mercadoria. Não sou um“Eco-Chato”, mas também não abro mão de alguns posicionamentos. Nas pequenas ações tento construir um mundo melhor, mais palatável. Vou ao mercado com minha própria sacolinha e evito trazer aquele amontoado de sacolas plásticas para casa, não suporto ver pessoal varrendo calçada com jato d'água e não acho nada recomendável aqueles carrões turbinados nos trânsitos das cidades, os tais utilitários, totalmente desnecessários, tanto pela opulência, como pelo consumo excessivo de combustível e pela quantidade de gases em excesso que expelem. Foram feitos para a zona rural e destoam dentro da área urbana. Totalmente desnecessários. Costumo olhar nos rótulos antes de comprar algo. Se o produto for de uma empresa poluidora, das que não respeitam o semelhante, inimigo da natureza, transgênico, ou coisa que o valha, não consumo de jeito nenhum.

Reencontro nas prateleiras de Bauru um desses produtos que me dão imenso contentamento em trazê-lo para casa. Consumo muito leite e o “Terra Viva”, um tetra-pack desnatado, embalado pelos sem-terras catarinenses, produto da Cooperoeste (Cooperativa Regional de Comercialização do Extremo-Oeste) é o meu preferido. Fez minha cabeça logo de cara. Comprava no Confiança Rodoviária, perto de casa e sumiu das prateleiras, de um dia para outro, como numa passe de mágica. Reencontro o produto no Panelão, do Redentor e trago logo duas caixas para meu consumo. A cooperativa deles é algo a ser valorizado, passam por transformações, estão crescendo, se modernizando, sem abandonar os propósitos iniciais. Ela foi criada há 10 anos, a partir da iniciativa de famílias assentadas no interior de Santa Catarina, preparando-se para dobrar a produção de leite e derivados, carro-chefe do empreendimento. Com investimentos de 20 milhões de reais, a empresa fundada e administrada pelo MST já beneficia diretamente 665 cooperados e as 2,7 mil famílias que fornecem matéria-prima para a organização. Os seus principais cargos estão nas mãos dos assentados. E o preço nas prateleiras é dos melhores. Não tem como não gostar da postura desse pessoal. Ou tem? Indico a todos, inclusive o site: http://www.terravivasc.com.br/

2 comentários:

Ivy Wiens disse...

Meu amigo!!!! Em primeiro lugar, obrigada pela dedicatória! Em segundo, obrigada pela dica, não sou uma voraz consumidora de leite, mas dou minhas bebericadas de vez em quando, e vou procurar o Terra Viva com certeza!!!! Por coincidência eu tb falei de alimentos responsáveis no meu post desta semana (palmito juçara), dá uma conferida lá!
Pois é, Terra Viva! Viva a Terra!!!!!

Anônimo disse...

Precisamos valorizar cada vez as iniciativas populares, pois "eles" enfatizam que os sem-terra não produzem nada.
Parabéns
José Paulo