quarta-feira, 1 de outubro de 2008

UMA FRASE (23)
PENSAMENTOS DE ODED GRAJEW
Existe uma espécie de consenso de que o pensamento do empresariado brasileiro é daqueles que só enxerga o próprio umbigo. A esquerda brasileira afirma que um dos motivos do atraso do país, deve-se em grande parte pelo motivo do empresariado nacional não ter seus olhos voltados para a nação e o grandes problemas nacionais, e sim, e tão somente, para seu próprio negócio. Não estão nem aí para a nação, querem manter seus privilégios e pronto. Existem as exceções. E elas devem ser enaltecidas. Aqui reproduzo o pensamento vivo de um empresário, cuja ação é voltada para o social, dando uma importância elevada para a participação popular. ODED GRAJEW é seu nome. Nascido em 1944, em Israel, chegou ao Brasil aos 12 anos, em 1972 criou a Grow Brinquedos, dirigiu entidades de classe e em 1990 criou a Fundação ABRINQ pelos Direitos da Criança e do Adolescente. Desempenha um papel, que ele mesmo chama de "empresariado social". Concedeu uma entrevista para a Revista E (edição de julho 2008), do SESC SP, cujos pensamentos reproduzo abaixo:

- "Sabe aquele cara que tem um enfarte e resolve cuidar da saúde? Porque o enfarte é resultado de um monte de coisas: alimentação ruim, vida sedentária, estresse, colesterol. Ou seja, é sintoma de uma doença. Aí o sujeito tem uma chance e resolve cuidar da vida, fazer exercício, etc. Essa é a esperança para São Paulo. São Paulo enfartou. Enfartou, mas não morreu, então tem uma chance de se cuidar".

- "O problema da corrupção diz respeito à sociedade como um todo, porque existe o corrupto e o corruptor. Na realidade, o que alimenta muito a corrupção é a impunidade".

- "Finalmente descobriu-se que o mundo tem limites, que o planeta tem limites, que as cidades tem limites e que não se pode fazer as coisas sem atentar para esses limites. É preciso se desenvolver de outra forma. Por isso, se fala em desenvolvimento sustentável, um desenvolvimento que faça com que a vida não piore amanhã".

- "Cada indivíduo tem que se sentir, primeiramente, um cidadão no seu dia-a-dia. Não adianta xingar o prefeito se você não paga imposto, se joga lixo no chão, se limpa a calçada com água, se ultrapassa sinal vermelho, pára na faixa de pedestre. É uma questão de cada um assumir a sua responsabilidade na cidade em vez de sempre apontar o dedo para o outro. É como dizia Gandhi (1869-1948): "nós temos que ser o mundo que nós queremos ter. Se quer que o mundo seja ético, você tem que ser".

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