MUJICA, MARINA, PIMPA, BTC, FLAMENGO, ESSE MEU FIM DE SEMANA
Domingo de tempo nublado, fico boa parte da manhã em casa, plugado numa rádio uruguaia acompanhando a eleição naquele país, que ratifica o nome do 1º Turno, o ex-guerrilheiro tupamaro José Mujica, 74 anos. Advogado, dono de um pequena granja, homem simples, voltado para as questões sociais e sem dar muita atenção para a apresentação pessoal, nega-se a usar gravatas e vive aclamado por onde circula. Um belo sinal da continuidade dos sinais de governos populares espalhando-se por toda a
América Latina. Que lindo, um presidente tupamaro e com jeitão de ser nosso avô. E por que não poderia ter continuidade também por aqui, uma vez que tudo está dando tão certo? O Brasil nunca teve uma situação como a atual. Lula recebeu o país quebrado de FHC, endividado e sem credibilidade. E circula uma falácia do PSDB, a de que tudo o que ocorreu no atual governo se deve ao governo FHC. Nunca vi coisa mais falsa. Em oito anos, somos outro país, mas existe uma turba a não reconhecer isso. Eles têm seus motivos (perderam poder e já não mandam, nem ganham como dantes). Por outro lado, Lula continua sendo aclamado mundo afora, mas aqui enfrenta problemas, causados principalmente por uma insana elite e uma facciosa mídia. O reconhecimento deu-se novamente pela mídia internacional (The Economist) e aqui pela capa da última Carta Capital, “Personagem do mundo – Lula não é só o presidente do Brasil. Ganha também aprovação planetária”.
E assim sendo, não tenho como ficar ao lado de Marina Silva (sou muito mais Dilma), hoje no PV, que sábado passou por Bauru. Não fui vê-la, nem vontade tive, pois se deixou um partido com problemas, mas com gente ainda a resistir e lutando por mudanças estruturais, está hoje num outro 100% fisiologista. Caiu dentro de um balaio desconcertado e desconexo. A ficha, se ainda não caiu, em breve estará escancarada. Sua
você não sabia?”. Fico com meu filho conversando com o menino abandonado e juntos buscamos respostas para um monte de coisas inexplicáveis desses nossos tempos. A procura pelo Pimpa continua.Nos jornais de Bauru uma reação de gente graúda contra um pedido de tombamento de uma edificação do tradicional clube da cidade, o BTC. Os motivos e justificativas estão todas baseadas num quesito muito forte para essa cidade, o dinheiro. Tudo é realizado em seu nome (um verdadeiro Deus) e quando interesses são contrariados, dá-lhe pau nos ousados a tentar impedir a
ordem natural das coisas. Se "eles" assim o querem, que derrubem tudo e esqueçam de vez esse negócio de preservação histórica. Assumam o lado nefasto, mas mostrem sua face. No JC de hoje, caderno Segunda-Feira, coluna Sacadas, algo interessante sobre o assunto, com possibilidades de diálogo. Almoço um porco no rolete junto de amigos (ganhamos os vales) na Hípica e depois vou, na qualidade de corintiano, torcer para que meu time perca de pouco, favorecendo o Flamengo, contra um convencido São Paulo. E deu certo, estávamos num turma lá no Deck, o único lugar que se propôs a passar esse jogo. Fizemos uma festa e ainda por cima, presenciamos um show e tanto de samba da mais alta qualidade. Com algumas Itaipavas fazendo pressão, desmaiei cedo, pois hoje, segunda, algo de muito sério me espera: negociações com instituições bancárias. Teria que estar bem descansado e preparado para tudo (toc toc toc). Cruzo os dedos, peço para São Marx (o protetor dos sem capital) estar ao meu lado e vou à luta.












