sábado, 28 de janeiro de 2017

RETRATOS DE BAURU (196)


KANANGA DO ALEMÃO: O CARNAVAL, BLOCOS E A UTILIZAÇÃO DA BATISTA DE CARVALHO

Carnaval se aproximando e a intensa movimentação pelos mais diferentes locais bauruenses. Eventos e mais eventos pipocam aqui e ali. Na multiplicação, o rejuvenescimento de algo que foi intenso em distante passado e volta a sê-lo nos dias atuais, mais e mais. Quem tem mais do que a minha idade sabe o quanto a Batista de Carvalho foi talvez nosso maior palco para acontecimentos carnavalescos. Por ali passaram todos os corsos existentes em inesquecíveis carnavais de 50 anos para trás. As fotos não deixam mentir. Por ser o local mais central, nossa maior rua comercial, maior concentração humana , claro, nada como a festa rolar também por aí. Muito foi feito no passado e a coisa de exatos cinco anos atrás, no reflorescer carnavalesco bauruense, o bloco Bauru Sem Tomate é Mixto fez dali sua “terra de passagem” (como Bauru foi conhecida pelos tantos que por aqui pisaram os pés). Hoje, quando vai desfilar pelo 5º ano consecutivo no mesmo local, vê um outro tanto de eventos a ocorrer naquele mesmo lugar, como o “Esquenta Machado” de hoje, com a participação de variados blocos com o mesmo roteiro. Concentração na praça Rui Barbosa, descida pelo Calçadão da Batista e furdunço final na praça Machado de Mello. Agendados e em pleno desenvolvimento para os próximos dias mais dois eventos antes da chegada do dia dos Tomateiros. Revivendo esse “boom” da cidade e do Carnaval com a Batista de Carvalho aqui recordo algo de um grupo que por 5 anos seguidos desfilou à frente do Bauru Sem Tomate é MiXto em todos os sábados carnavalescos. Eles já possuem mais que empatia com o local e nesse ano, renovados e ampliados, prometem maior agitação e empolgação.

KANANGA DO ALEMÃO é o nome de um grupo regional, basicamente tendo o samba e a MPB como ponto crucial de suas apresentações. O nome Kananga, veio de uma antiga casa noturna que fez história na cidade de Bauru, ponto de boêmia. Tudo comandando pelo Alemão, esse senhor que adora camisas vermelhas, hoje funcionário aposentado da CPFL. Sempre gostou mais de cantar do que levar choques elétricos e durante boa parte de sua vida comandou esse grupo, sendo renovado de tempos em tempos, sem nunca abandonar sua característica principal, um refinado repertório. São poucas as casas noturnas na cidade onde não tiveram a honra de já terem se apresentado. Tocaram também muito em carnavais pela aí e desde que os Tomateiros existem, são parte integrante do mesmo. Se existe Comissão de Frente, eles são a dos tomates. Perfilados à frente do desfile tocam e puxam o pessoal e sua cantoria protestativa. Nas fotos aqui publicadas algo deles, numa justa homenagem pelo muito que sempre fizeram por esse sempre rico momento musical bauruense. No dia de hoje, 27/01/2017, cantaram na hora do almoço no restaurante Sam’s, lá na Elias Miguel Maluf e é com essa composição que descerão mais uma vez o Calçadão no sábado de Carnaval. Acompanhem a formação atual, pela sequência de publicação das fotos: Alemão, violão e voz, Marquinhos no contra baixo, Bambu no cavaquinho e voz, Tadeu no rebolo e voz, Rodrigo no pandeiro, Nenê no tantan e voz, Felipe no repique de mão e Cleusa Madruga, a empresária e braço de ferro da turma toda. Cada um mora num canto da cidade e homenageando eles, ressalto como todos os bairros estarão cada um ao seu modo e jeito borbulhando carnaval nesse fevereiro batendo em nossa porta.

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