sábado, 12 de fevereiro de 2022

UM LUGAR POR AÍ (157)


UM PREFEITO, UMA PREFEITA, AMBOS JOVENS, SITUAÇÕES DISTINTAS, BAURU E SANTA CRUZ DO RIO PARDO*
* Meu 50º texto para o semanário DEBATE, de Santa Cruzs do Rio Pardo, edição quentinha hoje nas bancas. Confira abaixo o texto:

Cá de Bauru, tento traçar algo comparativo sobre os dois jovens prefeitos hoje administrando Santa Cruz do Rio Pardo, terra do jornal DEBATE, onde publico este texto e Bauru, terra onde resido e trabalho há mais de 60 anos. Distantes pouco mais de 100 km, ambas as cidades tiveram o privilégio de ter neste exato momento, dois jovens prefeitos. Diego Singolani (PSB) e Suéllen Rosim (Patriota) possuem enormes diferenças, muito além do fato de ambos serem solteiros e estarem em seus primeiros mandatos eletivos. Ele é nascido em Santa Cruz, 04/03/1988, sendo conhecido como Diego da Saúde, formação em Administração Hospitalar e ela, nascida 07/07/1988, Dourados MS, criada em Birigui, nem dez anos de Bauru, diplomada jornalista.

Como se vê, possuem a mesma idade, porém os caminhos trilhados ao longo de suas vidas foram praticamente o oposto um da outra. Não vou me ater a nada familiar, pessoal, mas comparar o que andam fazendo, cada qual na cidade onde foram eleitos. Decepção ou atendem as expectativas? Ele, pelo que sei não é fundamentalista, ou seja, as ideias são imensamente mais arejadas que a da jornalista, evangélica neopentecostal. Ter formação de nível superior não livra ninguém de possuir ideias retrógradas e ligadas a grupos hoje pregando o ódio de classe. Na verdade, muitos destes são conduzidos por pessoas com formação superior, porém sem entender lhufas de Humanas, mas ligadíssimo em Exatas. No caso do Diego, ele mais Exatas, porém, atuação de uma vida inteira ligada na pegada de Humanas. Suéllen, formação de Humanas, mas por causa da religião seguida dentro de casa, preferiu seguir os ditames do que prega sua igreja, em detrimento da promoção do bem comum para todos.

Bauru está dividida e a cada dia cresce o número dos descontentes, dos que se viram ludibriados pelo discurso de novidade, jovialidade e proposta diferente. No caso dela não existia nenhuma atividade onde tenha conseguido atuar com os olhos para a coletividade, já Diego começou cedo atuando dentro de uma Santa Casa e a partir daí, vivenciando tudo o que ali acontecia, ampliou o leque de possibilidades. Suéllen teve essa chance, pois o jornalismo diário dentro de uma TV como a Globo, contato diário com as ruas, poderia tê-la encaminhado para algo mais sensível, porém as regras impostas pela família, tradição igrejeira falaram mais alto. Não foi nem questão de opção, foi questão mesmo de dar continuidade, seguir os passos dos pais. Quando estes leem pouco e tudo o que fazem tem por detrás a igreja, tudo o mais terá também essa interpretação.

Diego é mais sensível, diria, incomensuravelmente mais. Suéllem, pelo que se vê perdeu o fio da meada e hoje, preferindo seguir os passos do mentor político, a mesma linhagem do presidente miliciano Bolsonaro, age em total acordo com o pregado por este. Não imagino Diego de braços cruzados quando de visita do governador e diante de alguém perguntando para os presentes levantarem as mãos se já tomaram todas as doses da vacina. Ela assim agiu. Ele, até por ser da área da Saúde, deve achar isso inconcebível. Não sei qual a religião do Diego, mas ele deve sacar o quanto a religião pode interferir negativamente na atividade política. Quando tudo junto e misturado, boa coisa não sai. Bauru padece por causa disto, Santa Cruz vivencia outro momento.

Não se faz necessário ser de esquerda, algo que ambos não são, para enxergar o social e dele fazer a mola mestre, espécie de guia para tocar uma administração. Quem o faz por intermédio de dogmas, rege a banda sob batuta vesga e a música tocada fica muito fora do tom. Existe um preceito básico, diria regras elementares de convivência, também de formação e mesmo de conduta. Tudo é perceptível logo nos primeiros atos, na forma como a coisa é tocada. Ela trouxe a mãe para junto dela em seu gabinete de trabalho, ele não, preferindo estar acompanhado de pessoas experientes, sem esse vínculo familiar. Fico cá do meu canto tentando comparar o incomparável, o que não dá para ser medido com essa régua descompassada. O que salta aos olhos, diante de dois jovens atuando pouco mais de um ano em suas funções e a olho nu, uma só percepção: Santa Cruz saiu na frente e nada de braçada diante de uma Bauru mais perdida que cego em tiroteio. Quatro anos de evidente retrocesso. Parabéns Santa Cruz!
Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e historiador (www.mafuadohpa.blogspot.com).

O FUTEBOL E A FINAL DO MUNDIAL COM O PALMEIRAS
"Futebol pra mim é tão importante é paixão absoluta. E os melhores momentos que tive o prazer de ver nesta vida foram, a vitória histórica do Santos sobre o Milan no Maracanã, o gol do Jairzinho na copa de 70 contra a inglaterra, e o gol do Maradona driblando o time inteiro dos mesmos ingleses. Não me considero nacionalista, nem gosto de personificar liderança, mas era no futebol que eu tirava minha forra contra os europeus, que eram donos da casa onde meu pai pagava o aluguel, que era o dono da fábrica onde a gente trabalhava, que eram os donos do armazem, a gente sempre estava devendo pra eles, eles sempre tripudiaram e sempre nos exploraram. O Futebol era o raro momento em que a gente não tinha medo deles, que um negro do interior e um mestiço de pernas tortas, encantavam o mundo e destruíam os inimigos com arte e sabedoria, eu podia gritar nós ganhamos, dando um baile de alegria. Que pena até isso nos roubaram, ver um time de futebol brasileiro jogar sem medo, contra os nossos colonizadores, tá dificil de se ver, futebol tá muito chato e eu não vejo solução", cantante e encantante EDVALDO SANTANA em sua página nas redes sociais e gileteado por mim, também amante do futebol e sofrendo muito com o que presencia nos tempos atuais. 

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