domingo, 17 de abril de 2022

PALANQUE - USE SEU MEGAFONE (164)


AMANHÃ SERÁ DIA DE LOUVAR ESSO MACIEL NA CÂMARA MUNICIPAL DE BAURU - VAMOS "ESSAR" COLETIVAMENTE?
Chegou o grande dia e amanhã, segunda, 18/04, depois das 14h30, durante o período de intervalo regimental da Câmara Municipal de Bauru, ocorrerá lá nas dependências da edilidade local a justa homenagem, com entrega de Moção de Aplauso para o grande ESSO MACIEL, nosso artista plástico, homenageado também este ano com a estampa da camiseta do bloco Bauru Sem Tomate é MiXto.

Escrever algo mais de Esso é chover no molhado e no meu caso, se repetir, pois sempre que posso o faço. Teria muito mais para dizer de tão abnegada pessoa, mas amanhã quem irá dizer será ele mesmo e através do reconhecimento pelos vereadores locais da grandiosidade deste digno representante das entranhas desta terra não tanto varonil. ESSO MACIEL é uma entidade bauruense e precisa ser melhor entendido, compreendido e cuidado. Com seus 80 anos nos costados já viu de tudo e pelas bordoadas vida afora, merecedor de todo nosso respeito e consideração. Produziu muito dentre as atividades artísticas por essas plagas: poesia, teatro, pintura, prosa e verso.

O convite é para seus diletos amigos estarmos todos por lá amanhã na Câmara e promovendo um baita abraço caloroso no danado, pois ele está nervoso, ansioso e não vendo a hora deste momento passar, pois se sente atormentado. O que ele precisa entender, vindo destes tantos que lhe admiram, é o apreço, a querência que tantos sentem pela sua figura humana, alguém que durante tantos anos soube tão magistralmente sair às ruas incorporando o "bloco do eu sózinho" nos nossos carnavais, na maiorias das vezes travestido de onça, seu mais conhecido personagem.

Convite feito, contamos com a presença dos amigos na galeria da Câmara nesta segunda, 18/04, a partir das 14h30. Vamos juntos?

HELENO CARDOSO DE AQUINO, MEU PAI, SUA CADEIRA DE DESCANSO E ALGO MAIS DE SUAS LEMBRANÇAS
Escrevi por aqui ontem algo sobre das lembranças de minha mãe, revividas com uma colcha de fuxicos e hoje volto à carga com meu pai, o ferroviário e contador, Heleno Cardoso de Aquino, falecido seis anos atrás e deixando mais um vácuo na vida deste mafuento e agora, desorientado HPA. Herdei sua casa na beira do rio Bauru, onde viveu o casal a maior parte de suas vidas, numa época onde enchentes ocorriam, mas não como neste ano - quatro só no verão. Meses atrás deixei ao encargo da amiga Rose Barrenha uma cadeira de descanso, peça simples, mas muito querida pelo pai, um local de descanso. Não me recordo como a conseguiu, mas está em casa desde muito tempo. Atravessou gerações. Rose, a recuperadora de peças perdidas e ditas como irrecuperáveis, repassou o serviço para sua filha, a cabeleireira e artesã, Bia Bassan e essa, dentro de suas possibilidades ficoude envernizar a peça e fazer pequenos reparos.

Meses se passaram e agora, meenviam foto do resultado. Não só envernizaram, como pintaram a peça toda, dando um toque pessoal delas e com a inscrição no alto, "Recanto Descanso Guerreiro HPA". Não sei nem como reagir, pois ganhei uma peça de arte e com tudo o que nela ocorre, cerio eu, terei até cuidados especiais quando for me sentar na mesma. Enfim, tudo isto me fez ter mais e mais recordações de meu velho pai, com quem tive o prazer de conviver até seus últimos momentosm dos destinos que terei que dar em breve para o Mafuá e da própria vida, que com o passar dos anos, mais do que perceptível, sinto se escair entre os dedos, Junto cada vez mais estes pequenos detalhes, sem importância para a maioria dos mortais, mas cada vez mais significativos para mim. Na beirada de completar os 62 anos de existência, tudo do passado hoje, quando consigo revê-los à luz do momento atual, provocam um choque, até porque não sei quanto mais tempo terei para colocá-los no papel - essa a intenção. A cadeira foi mero detalhe, servindo para acionar válvulas e acendê-las, como naqueles rádios antigos, provocando neste velho bardo, lobo das estepes, reações inimagináveis. Diante de todas as brigas onde já me envolvi - e continuarei me envolvendo - estes detalhes, servem para um pequeno breque reflexivo. Ah, meus velhos pais, quanta falta me fazem...

UM "D.A." FECHADO, PLACA DE "VENDE" NA FACHADA E O QUE FOI FEITO DELES TODOS
Todos sabemos hoje não mais existir DAs - Diretórios Acadêmicos - em nenhuma faculdade ou universidade bauruense e daí, o resultado só podia ser mesmo esse, o dos prédios que um dia foram utilizados para atividades estudantis serem todos negociados pelas instituições educacionais, como este, dos mais famosos, na Rua Rio Branco, abrigando o Centro Acadêmico da Odontologia, hoje com placa de "Vende" junto da fachada. Neste em particular, um dia recebeu em suas instalações, nada menos que show de Adoniran Barbosa. O que os atuais estudantes da USP acham disso tudo, se é que se importam? A foto é de Mauro Landolffi.

Mauro me envia a foto como me solicitando uma escrevinhação e a faço, com sua permissão de publicação. A placa diante deste da USP não é recente. Está lá há mais de um ano, demonstrando a triste sina deste segmento de luta dos estaudantes, não só locais, como nacionais. O parlatório da ITE, localizado no jardim interno da faculdade de Direito foi sacado daquele espaço, pois perdeu o sentido ao longo dos anos, assim como uma residência estudantil deles na rua Campos Salles, hoje fechada e abandonada. São símbolos que se vão. Nas idas e vindas no campus da Unesp Bauru, antes da pandemia, percebia alguns diretórios ainda de portas abertas, mas o que flui ali, não tem nem compoaração com tudo o que já foi propiciado pela movimentação estudantil de décadas atrás. A pegada hoje é bem outra. Deste local da USP, o antigo espaço do diretório, hoje colocado a venda, algo me faz recordar da luta dos atuais estudantes, lutando contra a entrega do Centrinho para mãos não mais do gerenciamento público. Houve e ainda há mobilização. Me pergunto onde se reunem hoje, ainda mais quando possuem este amplo espaço que poderia estar sendo utilizado para atividades variadas e múltiplas. Isso tudo daria uma bela reportagem jornalística, que no momento estou sem pernas para fazê-la, daé me reservo somente nas tristes observações visuais. 

JUSTIFICATIVAS
Dizem que, se justificar piora a situação. Neste caso creio que não. Ando estradando um pouco mais do que o fazia e desta forma, me afasto bocadinho das contendas bauruenses. Volto amanhã para o cenário da cidade "Sem Limites" e daí, um provável retorno, enfronhamento na sua vida íntima e cheia de percalços. Eu tô voltando...

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