terça-feira, 26 de abril de 2022

DROPS - HISTÓRIAS REALMENTE ACONTECIDAS (202)


VOLTA AULAS UNESP BAURU

Esperança no ar. Universidade cheia de alunos algo que não via há mais de dois anos e dentre as atividades, vejo muitos delers fixando cartazes por todo o campus. Neles todos, juntos de todos os recados possíveis, algo é consenso: FORA BOLSONARO. Acompanho e dou a maior força.

TODOS MUSEUS DE BAURU FECHADOS - FERROVIÁRIO COM PLACA DE REFORMA
Em Bauru já tivemos três museus públicos em pleno funcionamento e hoje, findo o período mais crítico da pandemia, a imensa maioria dos museus país afora já reabriram suas portas, enquanto aqui, o único em condições, o mais famoso, o Ferroviário, não reabre e hoje apresenta justificativa plausível, o de estar em reforma, parte elétrica e estrutural, com placa neste sentido sendo fixada em sua fachada. Demorou, mas aconteceu e agora, a pergunta que não quer calar: quanto mais tempo permaneceremos sem nenhum museu aberto? Um prazo precisa ser estipulado. Não poderia ocorrer atividades externas, artísticas no seu pátio interno, de reenvolvimento da cidade com seu mais charmoso e importante museu? Para quem gosta de frequentar o Ferroviário, a precupação é para que não ocorra o mesmo que o Histórico, fechado há quase dez anos. Recebeu dinheiro para seu restauro atráves de emenda parlamentar e a reforma da estação Cia Paulista, no início da rua Rio Branco, começou a ser feita, mas a obra foi parada e sem justificativa, nada foi explicado, hoje tudo se deteriorando. Os funcionários foram remanejados, o acervo está todo numa improvável reserva técnica dentro do barracão defronte a Feira do Rolo e sem nenhum perspectiva de reabertura e muito menos retomada das obras. Se o mesmo ocorrer com o Ferroviário, Bauru estará acéfala de museus.

REVOLUÇÕES, HOJE ANIVERSÁRIO DE UMA MAIS DO QUE REFERÊNCIA MUNDIAL
Hoje é aniversário da Revolução dos Cravos, que colocou um fim na ditadura de Antonio de Oliveira Salazar em Portugal, em 25 de Abril de 1974. Para conhecer um relato poético dessa vitória contra o fascismo, assista o vídeo a seguir https://youtu.be/0hYn-s64Pgk
"Vocês conhecem a história da mulher que deu nome à Revolução dos Cravos em Portugal?

Seu nome é Celeste Martins Caeiro, ela tinha 40 anos na época e era empregada de mesa num lugar chamado Franjinhas, em Lisboa. No histórico 25 de abril de 1974 o estabelecimento celebrava seu primeiro aniversário, mas ela nem chegou a trabalhar, pois seu patrão liberou todos os funcionários. Havia uma revolução em curso neste dia e a cidade efervescia. Antes de sair do trabalho, ela pegou algumas flores que tinham sido compradas para a celebração que não ocorreu. Eram cravos. Ainda sem saber que entraria para história, Celeste foi ver com seus próprios olhos o que estava acontecendo. No caminho cruzou com um grupo de soldados que estava em luta e distribuiu alguns cravos. Estes foram colocados nos canos de suas espingardas e logo se multiplicaram. Seu pequeno gesto de solidariedade e apoio à luta se tornou o símbolo da Revolução que hoje completa 48 anos. Da Manuela D'àvila #revoluçãodoscravos".

CRÔNICA DE ATENDIMENTO NA UPA IPIRANGA
Foi hoje pela manhã e quem me relatou, nos mínimos detalhes foi um amigo, necessitando dos serviços da UPA Ipiranga, com problemas de saúde e sem querer se identificar. Me liga tão logo saiu do atendimento e perplexo me perguntou: "Não acreditei no que vi. Será que o atendimento lá ocorrido é o padrão em toda rede pública municipal?". Para entender o contexto, conto o que ouvi.

Ele foi para a UPA logo cedo, por volta das 7h30, com muitas dores, febre, não conseguiu dormir a noite toda. Não sabia o que tinha. Enfraquecido, teve que pedir ajuda para ir para o atendimento, pois não conseguia dirigir seu veículo. Tudo o que colocava no estômago vomitava. Até água, entrava e saia. Assim chegou, se desmilingindo, prencheu ficha de atendimento padrão e aguardou quase uma hora para a triagem, o primeiro atendimento, onde foram medidas sua pressão e temperatura. Voltou para o salão de espera e ali permaneceu mais uma hora até ser chamado para o atendimento médico. Quando o foi, estava deitado, todo encolhido em dois bancos. Foi se arrastando para a sala do médico. Este o atendeu em menos de dois minutos. Mal ouviu o que ele lhe dizia sobre seus sintomas, quando foi interrompido e lhe dito o que seria feito: comprimido para conseguir dormir e um soro. Nada mais foi-lhe dito, nem sobre alguma probabilidade sobre os sintomas. Ou o médico possuia bola de cristal ou o medicamento é padrão, amenizando temporariamente o problema.

Em menos de dois minutos voltou para o salão de espera e ali teria que esperar nova chamada, essa pela boca da enfermeira, gritando lá de dentro os nomes de quem ia adentrar a sala dos que tinham medicamentos para tomar. Dessa vez a demora foi maior, quase uma hora. Deram o comprimido e o soro. Para sua surpresa demorou no máximo uns cinco minutos para adentrar suas veias. Ele percebeu que o processo foi acelerado. Saiu de lá sem entender direito o que havia passado, pois mal conseguia raciocinar direito. Antes de deitar me ligou e disse que estava naquele momento com muito sono, efeito do tal comprimido.

No final da tarde lhe ligo, ele havia acordado por volta das 16h, disse estar melhor, mas ainda sem nenhum apetite e com medo de comer algo e vomitar tudo novamente. Não queria sair da cama e assim continuaria no resto do dia e na noite. Sem saber se teve melhora, só quer saber de permanecer deitado e nem o nome do medicamento que lhe deram sabe, pois na hora, ainda atordoado, nem se lembrou de perguntar. Quanto ao que tem, não imagina e se pelo que o médico ouviu dele, algo tão rápido, não crê em milagres da medicina, daí está descrente, mas sem querer voltar lá para novo atendimento, mesmo sabendo que, se não melhorar, essa será sua única alternativa, pois sem grana no final deste mês, se não for numa UPA, não terá como ir em outro lugar. E me diz algo de cortar o coração antes de se despedir, como que clamando por um tratamento mais digno: "Eu devo não valer nada mesmo, pois do jeito que fui tratado, me vi como um trapo, farrapo humano".

REALIDADE NUA E CRUA
NÃO É O COMUNISMO QUE TOMA TUDO DAS PESSOAS E SIM, O CAPITALISMO
Em momentos de aguda crise, como a vivida neste momento, a certeza da crueldade do capitalismo, triturado sem dó e piedade as pessoas. Não existe muito o que falar e sim, só constatação.
Eis o link: https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2022/04/26/divida-faz-aposentado-perder-tudo-depois-de-50-anos-de-trabalho.htm?utm_source=facebook&utm_medium=social-media&utm_campaign=noticias&utm_content=geral&fbclid=IwAR1AYQ5iy5plRrY63INo7hzEnsMVadJDweCW-W0KGHl9sD2tUr8HAN1SPEc

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