domingo, 23 de maio de 2010

CENA BAURUENSE (60)
VIRADA CULTURAL EM BAURU: OS CASOS TOM ZÉ E ULTRAJE A RIGOR
Começou ontem e termina hoje a quarta Virada Cultural em Bauru. Nas duas primeiras trabalhei, quando atuava nas hostes da Cultura municipal e nessas duas últimas não deixei de presenciar, como amante da cultura. Nos shows de ontem, presencie junto de amigos e da Ana Bia, alguns deles. Fui ver Tom Zé, o Ultraje a Rigor, Wander Wildner e por fim, uma passagem rápida no lotado hall da estação da NOB, no evento com os DJs. Do que vi ontem, duas coisas:

1. Tom Zé veio para Bauru e instigado pela Camila Turtelli, do Bom Dia, versou sobre um show que havia feito em Bauru durante os anos 80, bancado por um Diretório Acadêmico, quando um delegado de polícia, para liberar sua realização, exigiu do artista que cantasse para ele todo o repertório. Ele fez isso na delegacia e para seu espanto, o censor gostou e aprovou. Passado esse tempo todo, já voltou para Bauru outras vezes e nessa, tenta, com auxílio da jornalista, lembrar o nome do tal policial. Postou algo em seu blog e falou disso durante a maior parte do show. Escreveu uma letra, essa ontem mesmo, cantando em primeira mão para o público bauruense. Um luxo. Estava contente, percebia-se isso. Mas a polêmica do show foi outra. O artista acabou por irritar-se com alguém da platéia a lhe provocar com um instigante “fiu-fiu”. Primeiro ironizou, depois pediu para parar e por fim, gritou que exigia respeito e deixou o palco, seguido da banda. Isso momentos depois de cantar uma música contra qualquer tipo ditadura, a do “companheiro Bush”. Clamou contra uma e só voltou ao palco, quando percebeu que a platéia permaneceria calada. Algo mais ditatorial impossível. Respeitar Tom Zé é uma coisa. O faço e reverencio. Concordar com tudo o que faz é outra coisa. Ontem, o público lá presente, mais de mil pessoas, não pagou para assistir seu show, assim sendo, nem todos eram seus fãs. Muitos o estavam vendo pela primeira vez. Faltou jogo de cintura. Por outro lado, levo em consideração que ele já deve estar mais do que com o pavio curto com a falta de cultura de nosso povo, cada vez mais idolatrando porcarias sem qualquer valor. Ao cantar a música “Brigitte Bardot ficou velha”, notando uma não receptividade, já demonstrava irritação, chegando a afirmar ser ele mesmo “um grande filho-da-puta”. O fato é que isso anda ocorrendo com certa freqüência nos shows do Tom Zé. Ouvi outras histórias. Cada artista reage de uma forma às reações do público. Continuo a gostar muito do Tom Zé, mas não posso passar batido em afirmar não ter gostado do presenciado. Ficou irritado por pouca coisa e faltou tato para tirar de letra o ocorrido. Para quem o estava conhecendo naquele momento, passou uma falsa impressão de intolerância. Ele é possuidor de um acúmulo imenso de cultura e mais do que ninguém deveria entender que o país de hoje, os estudantes, o grau de conhecimento é outro de décadas atrás. Todos os amigos, dessas duas fotos, fãs do artista, pensam mais ou menos da mesma forma e escrevi o texto após escutar a todos.

2. Como Tom Zé encurtou seu show após o retorno (cantou só mais uma música), sobrava tempo e assim sendo, assisti o começo do Ultraje a Rigor no parque Vitória Régia. Presenciei a apresentação do mesmo, feita de forma quase normal. Fiquei por ali até Roger e o grupo cantar a sexta música. Como estava chegando o momento de um show no teatro, saímos antes do fim. No final do show do Wildner, sou indagado por alguém que havia ficado até o fim no do Ultraje: "Quem é aquela pessoa que fez aquilo com o prefeito Rodrigo? Ele não precisa disso e acredito que nem sabia que estava sendo feito. Estragou tudo. Fudeu com ele". Fiquei sem saber direito. Hoje pela manhã, na feira encontro um conhecido que presenciou tudo. Segundo me disse, Roger estava prestes a tocar o bis e foi instigado por alguém, falando-lhe ao ouvido, para anunciar a presença do prefeito e pedir umas palavrinhas deste. Roger do microfone foi certeiro: "Aqui no palco quem manda sou seu. Não falo de prefeito nenhum. Já sei de uma coisas aí e quem está pagando esse show não é a Prefeitura e sim, o governo estadual". Mais barraco impossível. Tudo poderia ter sido evitado, com a contratação de um profissional para o serviço de locução do evento e contato com os artistas. Despreparo e algo a resvalar no prefeito, infelizmente. Alguém quiz ser mais realista que o rei. De correto disso tudo, só a atitude de Roger, demonstrando que não se deixa levar por imposições de conchavos políticos em seus shows. Lamentável e na somatória, a comprovação de que muita coisa estranha anda acontecendo no "reino da Dinamarca" cultural de Bauru, para isso estar se repetindo novamente. Desdobramentos virão. Seria hilário, se não fosse triste e trágico demais. Algo a constar do anedotário de como não se deve ser o procedimento no contato com artistas. Hoje tem mais, oremos para que tudo transcorra na mais santa paz.

46 comentários:

Caldeirão Poético disse...

Bom, sobre o Tom Zé, achei certo ele fazer isso, pois o brasileiro é um povo mau educado, não sabe se comportar e extravaza suas frustrações em estádios e ginásios, mas muitas vezes de maneira negativa.O fato do show ser de graça ajudou muito isso (os sem cultura foram em peso e jamais vão entender essa linguagem artística), é direito da platéia ir (mesmo eu achando que para se ver um artista tem que se fazer a lição de casa, ou seja, conhecer o mínimo da obra fonográfica e respeitar, sem ironia, vaias, etc....), mas a atitude provinciana, sem educação de quem, culturalmente, não deveria estar ali, não tem desculpas...Palmas para o Tom Zé, e jogo de cintura para mim sempre será média e falsidade....
Sobre o Ultraje a rigor, que são meus amigos desde 93, tive fã-clube em Bauru, divulgando-os, de GRAÇA (pois jamais faço média) pro Brasil inteiro, eu relato os fatos, sem distorções. Estava com eles desde às 20:45hs.
Política e palco, para pessoas autênticas e profissionais como o Roger, não se misturam, e a assessora da Cultura, Vera, tinha deixado em bilhete para o vocalista do Ultraje agradecer o prefeito Rodrigo, pessoa que gosto muito e acredito, ao público presente.
Feito isso, no final, ela insistiu, e, foi ao palco (não sei se para fazer média com o prefeito, por conta própria ou a mando do mesmo - se este queria discursar) para dizer novamente do Rodrigo e que ele queria falar.Roger, corretamente, não gostou da insistência, pois o palco era deles e nem sequer foi pedido a algum produtor ou roadie da banda, gentilmente.
Eu mesmo, tinha esquecido de sortear um CD de 89, relíquia deles, o Por Quê Ultraje a Rigor e o DVD do Acústico MTV, mas vi que não dava para atrapalha-lo, e deixei quieto. Ele ficou furioso com essa intromissão, com razão e também acho que deveria alguém de fora, anunciar o show, como o Pittoli por exemplo.
Agora, o unanimidade passou por lá, se achando o Obama em termos de importância, com o nariz empinado, sem cumprimentar ninguém (mas ninguém o conhece mesmo)...tenho mais um ano nessa cidadezinha provinciana e onde os que tem síndrome de pobreza mas ar de realeza continuam com o poder, temporariamente é verdade....
abraços Henrique!
Gostei do tópico!
GUTO GUEDES

Anônimo disse...

Camarada Henrique, no fim das contas se pararmos pra pensar bem, anda mesmo um saco se apresentar para o publico que anda uma bosta mesmo por causa de um sistema que deleta a nossa cultura, acho que muitos artistas não tem mais saco pra certas coisas.
E palmas para o Roger do Ultraje, fazia tempo que não via um mico desses, sem duvida uma metralhada para o prefeito e todos os seus ridiculos do seu bando.

Marcos Paulo
Mov. Comunismo em Ação

SIVALDO CAMARGO disse...

MEU AMIGO HENRIQUE, ANTES DE COMENTAR MINHA OPINIÃO SOBRE O FATO OCORRIDO NO NO SHOW DO TOM ZI(ASSIM O CHAMAM OS CHEGADOS)APENAS GOSTARIA DE LEVANTAR UMA QUESTÃO, SE FOSSE DIVULGADO NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA COLUNA DA CAMILA, QUE NÃO SERIA VENDIDO CERVEJA E QUALQUER TIPO DE BEBIDA ALCÔOLICA NO SESC DURANTEO SHOW, E A ENTRADA EM FRASCOS TAMBÉM SERIA RETIDA, GARANTO QUE GRANDE PARTE DO GINÁSIO ESTARIA AS MOSCAS, SENDO QUE PARA OUVIR MÚSICA DE QUALIDADE NÃO É PRECISO ESTAR BEBENDO, HOJE SE CONFUNDE BALADA(QUE TAMBÉM É BOM) COM APRESENTAÇÕES MUSICAIS DE QUALIDADE, E PARA TERMINAR LEVANTO MAIS UMA QUESTÃO QUEM EM BAURU TEM OS CDs DO TOM ZÉ, QUEM JÁ LEU SEU LIVRO "TROPICALISTA LENTALUTA", E OLHA QUE BAURU É UMA CIDADE UNIVERSITÁRIA. QUEM CONHECE TOM ZÉ PODE AFIRMAR NÃO ERA MÚSICA, ERA VIDA...
ABRAÇO

Mafuá do HPA disse...

Vamos por partes. Quero comentar os 3 comentários feitos aqui:

1. Guto Guedes: A confirmação dada por ti na história que ouvi sobre algo que queriam que Roger, o vocalista do Ultraje fizesse é a certificação de que algo de muito estranho continua a acontecer no reino da Dinamarca Cultural de Bauru. Hoje, ouvi muita gente comentando sobre o oocorrido e isso está resvalando perigosamente no prefeito. Afinal, quem autorizou aquele tipo de procedimento? O assunto é mais sério do que imaginamos. Ele transcende a esse blog, merecendo algo até relacionado ao Ministério Público.

2. Guto, Marcão e Sivaldo: Continuarei a admiriar Tom Zé como sempre fiz. O depoimento dos 3 segue na mesma linha. Fiz críticas, mas isso não desmerece em nada tudo o que representa a arte dele para nós. Todos os três fizeram belos depoimentos sobre como um público meio que indiferente entende cultura hoje. Eu mesmo tenho uma pavio mais do que curto com uma pá de coisas e as exponho aqui com regularidade. Quanto aos CDs dele, conferindo aqui no mafuá tenho três. Ouço todos com regularidade e assim continuarei fazendo enquanto viver.

Abracitos a todos
Henrique - direto do mafuá

Anônimo disse...

minha modesta opinião é um tanto diferente dos demais. penso que entra em cena a questão do profissionalismo e da atitude ativista. sou de uma geração que convive com tom zé desde cedo, bem como com outros artistas que já tiveram reações diversas diante de platéias. posso, de pronto, citar gil, caetano, rita lee e joão gilberto, dentre tantos outros. os tempos mudaram, a garotada pensa de outra forma. o cenário cultural, em todos os sentidos, se move de outra forma - inclusive com a presença de empresas privadas e órgãos públicos (de cara a cef, a petrobras e cia ltda)apoiando financeiramente - também - excelentes iniciativas. o lattuffi, neste sentido, fez um excelente comentário em palestra proferida aqui em bauru (já postado por henrique), ao mencionar o quanto os capitalistas foram "profissionais". naquele momento, eu mesma ressaltei também o quanto hitler foi "profissional", quando teve o goebbels e a leni riefenstahl a seu lado. quem me conhece, sabe que em nenuma hipótese estou compactuando com nenhum destes dois pensamentos (por isto uso as aspas). no entanto, creio que há sim, a necessidade de não sermos anacrônicos - no meu caso, enquanto professora é fundamental, caso contrário não me comunico com meus alunos. também creio sim no profissionalismo - diante do que nos propomos a fazer. a vida é feita de opções. no momento em que aceita-se um convite para se apresentar num evento público em uma cidade do interior paulista, deve-se estar pensando em como fazê-lo. daí, penso que também impõe-se a maturidade artística e, porque não dizer cultural do artista, pensador, o que seja... produção também é fundamental. minha sensação, como marinheira de primeira viagem na virada cultural em bauru, foi a de ter presenciado uma atitude de enorme desrespeito com o público. de imaturidade cultural. lamento ter assistido a tal episódio vindo da parte de um artista que até então tinha em tão alta conta em meu repertório musical. e, o pior foi o retorno. assuma então a retirada - e, não volte mais. precisa de mais aplausos??? para os jovens, que talvez mesmo não tenham lido o livro ou sequer conheçam o repertório de tom zé, resta uma imagem de um senhor sem qualquer ideologia, sem nada a dizer. fica o vazio, não fica nada para reflexão. um chilique sem qualquer tentativa de ação, atitude que pudesse provocar reação - o que teria sido muito bacana e, o que, talvez, pudesse ter ocorrido em outros tempos, em outra cidade, com outro público. restou um mal entendido não promissor. não teria ficado mais tempo por lá. mas, em nome da boa educação, porque estava em grupo, prestei-me ao papel de palhaça (que foi como me senti) vendo aquele retorno sem pé, e sobretudo sem cabeça. a ida ao ultraje a rigor, nem estava nos planos traçados - faz parte da minha geração mais ou menos (um pouco mais jovem do que os tempos de minha juventude)- mas tinha a certeza de que o roger, assim como foi fato ocorrido - não iria se proporcionar às pessoas espetáculo tão lamentável como foi o de tom zé. beijos da ana bia andrade

Caldeirão Poético disse...

Não entendi sobre o Ministério Público....

Caldeirão Poético disse...

E que procedimento?Não entendi...

Mafuá do HPA disse...

Guto:
Expressei aqui algo sobre o Ministério Público e procedimentos, repercutindo algo que ouvi muito ontem, domingo. Gente estrarrecida com a forma totalmente inadequada de tratar um artista e mais que isso, fazendo com que fique a elogiar uma administração quando de posse do microfone, esse diante de uma multidão de mais de 20 mil pessoas. Abusos, certamente. Atitude inadequada, idem. É praxe agir assim? Normal? Quem instiga, autoriza? Os procedimentos poderiam se dar numa espécie de revisão da forma de atuação, com mais profissionalismo. A questão do MP, ouvida ontem, pode ser exagerada, mas é que da forma como foi feita, resvala em um pedido direto a um artista, favorecimento explícito. Uma prática abominada, mas sempre repetida.

Henrique - direto do mafuá

Caldeirão Poético disse...

Concordo plenamente...
abraços!

Anônimo disse...

caro Henrique
Quero também dar o meu pitaco...
Na questão do Tom Zé gostei do nível das discussões feitas por aqui. Um tanto alongadas, mas profundas. Boas reflexões delas todas.

Na questão do Ultraje, achei isso mesmo, uma espécie de "ultraje" a antrega de uma papelzinho ao artista, quando iria voltar ao microfone, para que chame o prefeito. Algo totalmente fora de epropósito. Se queriam fazer algo nesse sentido, que façam ao final do show, com o locutor indo até o microfone e chamando a pessoa. Usar como escudo o artista, talvez para minimizar apupos é algo repetido, como alguém disse aqui, mas horroroso. Se resvala no prefeito? Resvala sim, pois se ninguém ver dizer nada ao contrário fica-se com a impressão de que quem autorizou tal procedimento foi ele próprio. E acho que ele não precisa disso, muito menos é do seu estilo um procedimento tão repugnante. De quem fez o pedido ao músico, lamemtável e a confirmação de estar no lugar errado, na hora errada e fazendo coisa errada.

Paulo Lima
um leitor atento
li os dois jornais de hoje e nenhuma repercussão, ou seja, eles não estão afim de discutir isso, acho até que se não fosse discutidfo aqui, passaria batido, uma pena...

Caldeirão Poético disse...

Egos políticos superinflados, o mundo que gira em torno dos umbigos comissionados....kkkkkkkkkkkkkkk
Tá parecendo aquelas propagandas Globais, a CF/88 a cidade...querendo ser o coração de SP, mas bombeando errado às vezes...

Anônimo disse...

conversei com uma adolescente,15 anos,q esteve no show do Tom Zé instigada junto com a classe por um de seus professores pra q a moçada ampliasse sua visão cultural,até ponto na nota ganhariam.fiquei animada e curiosoa pra saber oq acharam.bem...uma geração a milênios da bagagem de um Tom Zé...não entenderam muita coisa e menos ainda a atitude dele.a primeira impressão...uma pena!!qto ao Roger,na minha opinião,corretíssimo!!q vexame pro prefeito,lamentável seja lá de onde veio essa "brilhante" idéia!Marisa F.

Camila Turtelli disse...

Oi, Henrique, quero agradecer sua ajuda na busca pelo delegado do Tom Zé, que ainda não encerrou. Valeu pelos toques e incentivo.

Eu não estava mais lá no Sesc quando aconteceu a história do fiu-fiu, mas achei uma pena.
Independentemente de qualquer julgamento sobre quem está certo ou errado nessa, eu fico pensando... será que o pessoal que estava ali perto do assoviador não deu um toque pro cara?

Paulo Lima, o que aconteceu no show do Ultraje foi divulgado no site do Bom Dia (www.redebomdia.com.br), pela equipe do portal. No jornal impresso tem sempre aquele problema de espaço e muitas vezes não conseguimos publicar tudo o que queremos lá.

Anônimo disse...

Só mais uma coisa Henrique sobre o Tom Zé, o mundo está insuportável com o politicamente correto, tudo tem que ser no jogo de cintura, profissionalismo, o caralho.
Não tem que agradar essa geração morta e nem cretinos que hoje infestam essas atividades prejudicando os que querem ver o espetaculo. Para o bom artista que gosta do que faz é um saco mesmo ter que ficar aguentando esses ridiculos, fez bem o Tom, assim como Sergio Ricardo já fez algo parecido, pedimos sempre por mais ousadia, quando o cara se enche e toma atitude aí é cheio de ouvir os não me toques. Viva o Tom, viva a ousadia.

Marcos Paulo
Mov. Comunismo em Ação

Anônimo disse...

Henrique

Gostei do questionamento levantado aqui.
Quero fazer a defesa do prefeito Rodrigo.
Ele não precisa disso que foi feito e não autorizaria algo desse tipo.
O que precisa ocorrer e rápido é uma mudança de rumo em quem decide os rumos culturais na cidade. Pessoas despreparadas, quando em ação, metem as mãos pelos pés e até no intuito de bajular, cometem verdadeiros suicídios.
Essa ocorrida com o Roger deveria ser a gota d'água. Precisavam fazer o prefeito passar por isso? É claro que não.
E depois falam que as críticas são infunddadas, que ocorre perseguição com eles.

Sou leitor de pouco tempo, funcionário da Prefeitura e te conheço faz bem uns quinze anos.

DPL

Anônimo disse...

Defender o prefeito por que??? Quem é o dono da caneta??? Quem fez os conchavos picaretas de sempre?? Vamos parar com essa de inocente, coitadinho porque ali não tem isso, é tudo cobra criada.
E na questão da divulgação do episódio pela imprensa, olha, tive que revirar o portal do BD para achar uma notinha sobre o fato, quando é de interesse é claro que dão um jeito de publicar na via impressa.

Marcos Paulo
Comunismo em Ação

Anônimo disse...

desculpem se meu comentároi foi longo. ainda acredito que a minha ação - atitude - é viva. e é estar na parada, momento. isto pra mim é viver correndo todos os riscos inimagináveis. ana bia andrade, para o momento muda.

Roger disse...

Só para esclarecer, pediram discretamente para eu citar o prefeito, que eu não conheço. Não sou obrigado a fazer isso, inclusive por contrato. Mas, como é de praxe, citei seu nome entre os agradecimentos, mesmo sabendo que a Virada Cultural é uma iniciativa do governo estadual. Quando aquela moça, que fosse quem fosse não deveria estar no palco, veio insistir no assunto, perguntei quem ela era e a resposta foi que era "a apresentadora". nesse momento então eu disse quenão tinha obrigação de citar ninguém (mas não achincalhei o prefeito em momento nenhum)e que no palco mando eu. O que é verdade.

Caldeirão Poético disse...

Boa Roger!!

Anônimo disse...

Henrique, o Zé foi muito afetado e intolerante mesmo, deve ser culpa do plisse da saia que nao parava. Quanto ao ultraje, a coisa nao foi bem assim. No final do show, a Vera da Cultura, entrou no palco e disse pra ele agradecer ao Rodrigo. Ele disse que ja tinha agradecido. Disse o nome do prefeito e obrigado de novo. A Vera saiu resmungando e foi pra ela que ele disse, no palco quem manda sou eu.
Tatiana Calmon

Anônimo disse...

Triste, mesmo, ambos os fatos! Um abraço do Célio

Anônimo disse...

Olá,Amigo Henrique.

Bom infelizmente estavamos fora de Bauru, porém graças ao Todo Poderoso estamos trabalhando e muito, li sobre o occorrido "ULTRAJANTE", infelizmente nós também já fomos vítima da falta de preparo e ética de profissionais que pararam no tempo, e como as ervas daninhas persistem em permanecer entre as flores e árvores frutíferas, daí a confusão entre o Público e o Privado, fazer Política Cultural ou Cultura Politiqueira...é assim que a Cultura Bauruense anda vivendo nesse momento, com sua ESTIMA EM BAIXA. Mais uma vez confundem o Privado e o Público. O setor privado tem a liberdade de buscar a eficiência, o setor público tem o dever e obrigação de ser eficiente e ético. Se temos por um lado um Prefeito que adora andar nas baladas Bauruenses, por outro lado seria prudente que ele não fosse notado e não chamar a atenção para esse fato.

Kyn Junior
Produtor Executivo

Anônimo disse...

Oi Henrique!
Voltando ao assunto do delegado, um ouvinte e o Vinagre disseram que era o Marcos de Paula Rafael. Quando entreguei o papel pra o Tom Zé ele disse que alguém havia dado outro nome...
Você sabe quem era, afinal?
Abração
W.Leite

Mafuá do HPA disse...

caro Wellington
A Camila, no Bom Dia de hoje cita dois prováveis nomes:
HUMBERTO VASCONCELOS
e
FRANCISCO DE ASSIS MOURA.
A investigação está a seu encargo e também a ti.
Toda contribuição está sendo mais do que válida.
Abracitos do
Henrique - direto do mafuá

Anônimo disse...

É!!!! imaginem o q vivenciamos no trabalho do dia a dia na Secretaria de Cultura...
q venham mais eventos para q vcs vejam o pq que estamos clamando por mudanças...
o q vcs viram, foi só uma das muitas cartadas q estão dando na cultura...

Anônimo disse...

A NOITE EM QUE ROGER VIROU JOHN
O que era para ser apenas um show numa noite fria na Virada não muito Cultural de Bauru, o grupo de rock brasileiro Ultraje a Rigor proporcionou talvez o maior mico para um prefeito da cidade.

Já era madrugada de domingo, quando a apresentadora da noite, mais ridícula que a Xuxa, e também assessora de imprensa da prefeitura, Vera Mazzoni, foi querer fazer o tradicional "puxa saco de político", pediu nos ouvidos do Roger, vocalista e guitarrista da banda, que anunciasse a presença do prefeito Rodrigo Agostinho e que o chamasse ao palco para dizer algumas palavras, e eis que veio a resposta do Roger no microfone: "Aqui no palco quem manda sou eu. Não falo de prefeito nenhum. Já sei de algumas coisas aí e quem está pagando o show não é a prefeitura e sim governo estadual".

Fazia tempo que não via uma ousadia dessa, foi sensacional, micasso para a assessora e o prefeito, valeu Roger.

Esse episódio, guardado as devidas proporções, lembra da vez que num show dos Beatles no teatro Prince of Wales pelo Royal Variety Show, com as presenças da Rainha Mãe e da princesa Margaret, John Lennon fez sua primeira grande polêmica em publico ao ridicularizar a realeza.

Nesta madrugada de domingo em Bauru, Roger virou John e fez desabar o chão da "realeza bauruense", a assessora "rainha mãe" se fudeu, e o prefeito virou princesa.



p.s: uma última observação da virada que também merece palmas, Tom Zé tocando no Sesc não aguentando a falta de educação do publico, dos cretinos que pululam pelos shows da cidade, abandonou o palco, parabéns também pela ousadia.

Este texto foi enviado para todos de minha lista e postado aqui.

Marcos Paulo
Movimento Comunismo em Ação - A RETOMADA

Camila Turtelli disse...

Mas afinal, ninguém viu, ninguém sabe quem foi o tal sujeito do assovio???

Anônimo disse...

Eis outra coisa que acredito permanecerá incógnita nesta terra, a identidade do tal cara do "fiu-fiu". E vocês acham que o cara teria coragem de se apresentar. Podem acionar uma espécie de 190 e ir juntando denúncias anônimas.

Tucão

Anônimo disse...

Henrique sou sua fã acho fantastica a forma como vc se expressa um abraço Ines Faneco

Anônimo disse...

Olá prof. Henrique Aquino:
continuo se fã , pois seu blog sp com novidades.
Gostaria de convida-lo para tomar uma cerveja acom
panhada com espetinhos deliciosos na "Baixada do Silvino Ferreira" Bar do Negrato.
Nós remanescentes da Baixada, gostaríamos de
contar com sua presença,até pq. temos a intenção
resgatar a história da nossa comunidade.
Forte Abraço.
Gaspar Moreira
Morador da Baixada do Silvino há 68anos

Anônimo disse...

Vcs viram a materia do JC http://www.jcnet.com.br/detalhe_geral.php?codigo=183648 ? me pareceu agressiva demais.

Anônimo disse...

Sobre o Tom Zé, discordo que o "brasileiro" é mal-educado.
Pra quem prega e exerce liberdade e ideias excêntricas, Tom Zé consegue estimular, às vezes, o mesmo em alguns. Um único sujeito conseguiu ofuscar um espetáculo de muitos, todos bem-educados. Uma pena. Quem já teve oportunidade de vê-lo, não ficou surpreso.
Ele é agressivo sempre que quer, não tem papas na língua.
Abração
W.Leite

Anônimo disse...

caraca só pelos comentários quilométricos já conhecemos quase toda a vida da carioca,tu fala paca mulher!teu marketing pessoal é foda!luiz cesar

Vera Lucia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mafuá do HPA disse...

Meus caros e caras:

Permito no blog a publicação de textos anônimos e isso se chama liberdade. Algo um tanto difícil de encontrar nos mais diferentes lugares hoje em dia. Resisto, mesmo em alguns casos tendo grandes incômodos. Dos textos com a assinatura em cima, algo salutar, pois a pessoa põe a cara para bater, como faço.

Comento aqui um texto que foi retirado do blog. Nela a assessora de Imprensa da Secretaria Municipal de Cultura, Vera, assumia toda a responsabilidade pelo ocorrido. Uma atitude digna. Ficou postado no dia 25, ficando até ontem. Nesses textos, o seu remetente tem o poder de deletar a qualquer momento. Eu posso faz~e-lo daqui, mas não o fiz. Ela que o publicou com seu nome, o fez, só ela poderia agir assim. Deve ter sido instruída por alguém a fazê-lo. Muitos o leram e ouvi muitos comentários pela cidade, enaltecendo a coragem e em outros nem tanto. O que deixo claro é que o texto não foi retirado do ar por mim e sim, pelo autor do mesmo, a Vera (só ela e eu poderíamos fazer isso). Achei ele tão pertinente que o gravei. Tenho aqui, como prova de algo assumido por ela. Não o publicarei novamente, pois se ela o fez, é que não queria que fosse mais lido. Talvez tenha lhe causado problemas. Guardo só para dele fazer uso se foi instigado por algo mais que possa surgir.

Deu para entender tudo com sua justificativa. Foi uma triste passagem e muitos aprenderam algo com tudo isso. Isso mesmo, que isso sirva de lição para alguns.

Achei necessário fazer essa explicação, pois hoje me ligaram sobre a retirada do tal texto, me perguntando por que motivos o havia deletado.

Um abracito do Henrique - direto do mafuá

Caldeirão Poético disse...

Acho que os anônimos não deveriam ser permitidos pois é covardia, assim como não revelar quem disse sobre a bronca do Roger no camarim...
Se a permissão dos anônimos for justamente, para se criar mais polêmica e pêlo em ovo, não está mais aqui quem falou....

Mafuá do HPA disse...

GUTO
Mantenho os anônimos, pois quero continuar dando voz e espaço aos que não tem como se procunciar. Outros adentram e os mais inconsequentes, deleto. Outros ficam por aqui, mas o meu posicionamento é claro.

No caso do Roger, ele mesmo confirmou o que disse o cara do camarim. Daí o comentário veio só confirmar algo que realmente aconteceu.

Abracito do Henrique - direto do mafuá

Anônimo disse...

E outra, quem garante que o fulano que assinou o comentário é mesmo o próprio, criar contas falsas na internet é super fácil. O mundo virtual virou a proliferação dos covardes que se escondem nas sombras, poucos colocam mesmo a cara a bater.

Marcos Paulo
Comunismo em Ação

Caldeirão Poético disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Caldeirão Poético disse...

Não suporto quem joga dos dois lados...

Mafuá do HPA disse...

Se vê, Guto, tem alguém quer posta algo e depois tira em seguida. Fico boiando...

Henrique - direto do mafuá

Caldeirão Poético disse...

Esse alguém fui eu, por duas vezes...
Tirei pq cansei....ferir e fazer o curativo depois?
Joga-se a polêmica e depois só falta dar o prêmio Nobel da Paz para quem causou....
Meu Deus...

Mafuá do HPA disse...

Guto
Você me conhece e quem frequenta esse espaço mafuento sabe como é minha linha de ação. Detesto também quem possui duas caras.Como o Marcos disse, a internet favorece esse tipo de procedimento. Poucos assumem o que fazem. Nós o fazemos, eu com meus textos assinados e vc sempre com comentários tendo seu nome registrado lá no alto. Coragem é preciso e necessário. Já concordar com tudo, isso é impossível. Discordo de um monte de coisas que meus amigos fazem, mas o interessante é não desistir do debate. Comentando o que disse no final, com um "joga-se a polêmica e depois só falta dar o prêmio nobel da paz para a pessoa". Eu não fiz isso. Sou um dos maiores críticos da atuação dos atuais mandatários da SMC. Mostrei e informei aqui o que aconteceu e ainda, quando da retirada do comentário, informei o ocorrido e deixei cravada minha posição. Todo mundo sacou o que ocorreu e não vi ninguém aqui recuando ou elogiando o que ela fez, primeiro assumindo a culpa e depois deletando o que havia escrito.
Henrique - direto do mafuá

Anônimo disse...

Sobre o Rodrigo...Certamente este mico ocorreria mais cedo ou mais tarde. Ele adora primeira página de jornal soltando fogo em esquina, saltando de para-quedas,fotos em qualquer situação que tenha a atenção de alguns. Gosta de se fazer visto e ouvido, mesmo que o que tenha a dizer seja irrelevante e/ou desnecessário. Como um bom populista... Ele me lembra um presidente que tivemos em nossa história recente, cheio de vigor físico,muito cooper, caratê,blá, blá, blá... outros micos certamente ocorrerão em sua história.
mauro.

Unknown disse...

O público do SESC em sua maioria, não vai lá pra ver show, vai pra ver e ser visto e ficar tomando cervejinha, vários artistas saem de lá putos da vida com a platéia, hoje tinha anúncio com Tom Zé no estadão, ele pelo visto nem se lembra do destrato que sofreu em Bauru, em 91 fui a um espetáculo dele na Oficina Cultural (bons tempos) pouquíssimo público, só de quem conhecia mesmo seu trabalho, pouco tempo depois David Byrne o "descobriu" e o show seguinte estava lotado de zé manés que iam pelo auê, não fui ao show dele por dois motivos: estava me recuperando de uma cirurgia e o público do SESC me enche o saco, conversam o tempo inteiro e ficam passeando atrás de um baseadinho ou uma cervinha m(existem exceções que só confirmam a regra)... E o lance da cervejinha é real,segundo me contaram, tinha um monte de "entelequitoais" revoltados por que não tinha cerva...

Anônimo disse...

Silvio concordo e muito com oq disse.acho um desrespeito com o artista ir a um show e ficar o tempo todo conversando.gosto de ir pelo show em si e sendo um artista q conheço e gosto fico imersa na apresentação,uma delicia!sendo alguém q desperta minha curiosidade para conhecer o trabalho,pelo estilo de música ou espetáculo q chama minha atenção procuro aproveitar o máximo!na minha opinião ir por ir só pelo "social" não está com nada e ainda deixa essa má impressão no artista,chato né?por isso essas situações desagradáveis.se for pelo "social" vai pro barzinho ou balada e fica a vontade!Marisa F.