quarta-feira, 26 de outubro de 2011

DOCUMENTOS DO FUNDO DO BAÚ (29)

COMO FOI O TRIBUTO AO MANITO NO TEATRO MUNICIPAL
Quando decidi criar esse blog o fiz para dar vazão a uma escrevinhação avassaladora de minha parte e para disponibilizar algo que fiz durante toda minha vida. Publiquei meu primeiro texto aqui em 2007 e muita coisa mudou depois daquilo. Ainda atuava na SMC e a partir de 2008, sai e continuei tocando minha vida, sempre fazendo o que gosto e da forma como gosto. Sou polêmico em algumas vezes e na maioria, bato o pé pelas minhas convicções, construída ao longo de 51 anos de existência. Quem freqüenta esse blog já me conhece muito bem. Criei sessões, onde vou postando textos a demonstrar isso. Com o passar dos anos, passei a ter uma dedicação um pouco mais incisiva no blog, com a publicação de um texto por dia. Achava que isso não me traria tantos problemas, pois era só juntar e publicá-lo aqui. Mas a coisa não é bem assim, isso tudo requer pesquisa, em alguns casos horas em cima de um assunto. É o caso de alguma coisa que participo num dia e no outro quero ver o texto já no blog. Paro muita coisa que faço para preparar isso. E gosto do que faço, mesmo sabendo que a repercussão seja pífia. Em outros momentos, existe algo que quero muito escrever, mas não me sobra espaço e postergo, os dias passam e quando me deparo já foi quase um mês do ocorrido e nada escrevi sobre o assunto. Hoje algo assim.

No dia 04/10, uma terça, participei no Teatro Municipal de Bauru de um raro encontro musical, o TRIBUTO AO MANITO, evento para angariar fundos para despesas pós-morte do músico. Ali naquele dia fui agraciado com algo do qual não esperava e muito me alegrou, pois demonstra a quanto tempo circulo pelas boas manifestações culturais na cidade. Num telão no fundo do palco, enquanto todo o evento aconteceu, uma gravação de um show realizado no Templo Bar no ano de 1989, quando de um reencontro dos Incríveis. Esse encontro ocorreu em Bauru porque Manito morava aqui e porque Fernando sempre facilitou esses encontros em sua casa. Eu estava lá, junto de minha primeira esposa, a Wilma (já falecida), da irmã Erci, junto do cunhado Paulo Afonso. No palco ocorria um revezamento dos mais intensos, com muitos músicos bauruenses prestando sua solidariedade e não conseguia desgrudar os olhos das vezes em que apareci aos olhos de todos. “Envelheci mais continuo em exposição”, a frase de uma letra de música do Aldir Blanc me é das mais significativas nesse momento. Registro isso não para exaltação de nada, mas somente para confirmar o que esse blog tem como proposta, uma amostragem de que Bauru produz muita coisa de bom culturalmente e estou inserido nelas. Participo ativamente de muita coisa que rola na cidade e sou criterioso. Não me verão escrevendo aqui de eventos e shows pelos quais não gosto e não boto fé. Sim, sou bastante seletivo em tudo que faço, ainda mais no quesito cultural. Eclético, mas seletivo.

Do evento a reverenciar Manito, tudo de bom. Muitos artistas locais fizeram questão de lá estar e isso foi ótimo, pois demonstra uma união mais do que possível. Convidados para a apresentação, o casal Nota dez, Tuba e Léa começaram tímidos e foram se soltando. Não quero ficar aqui citando os nomes de todos os que estiveram no palco, pois com certeza acabaria por me esquecer de alguns e todos foram importantes para o brilho daquela noite. Todos deram o seu quinhão em algo mais do que inesquecível e tudo foi devidamente registrado pelas câmeras do Xico Coffani, que assim como no show dos Incríveis em 89, gravou tudo desse. Os músicos fizeram questão de relembrar um pouquinho de tudo o que Manito tocou e isso ficou evidenciado na interpretação de cada um. Eu, ao meu modo, meia-boca, diriam alguns (e confirmado por mim), gravei algo e a partir de hoje irei reproduzindo aqui no blog. São trechos de algumas das apresentações, bem ecléticas e de alguns dos nomes ligados ao segmento de MPB em Bauru. Quase na parte final, algo a emocionar a todos, quando sobe ao palco a esposa do Manito, Lucinha e lendo um texto ou improvisando outro, rasga o verbo, com algo sentido, vindo do fundo da alma e exposto, expelido para fora com uma carga de sentimento excessiva, deixando a todos boquiabertos. Aquilo era Manito na exatidão do termo. Manito viverá na lembrança de todos e todas. E a partir de hoje por aqui um cadinho de um povo que sempre gostou muito dele, ficou próximo e aprendeu muito com essa convivência, fazendo questão de dar vazão não só ali naquele palco, mas na seqüência da carreira de todos. Poderia escrever muito mais do que presenciei naquele inesquecível dia, mas de texto encerro aqui e como as fotos e os vídeos expressam melhor algo vislumbrado no palco do teatro, elas continuarão sendo expostas aqui indefinidamente. A cada manhã, algo mais...

Clicando no link a seguir a primeira parte do show de 1989: http://www.youtube.com/watch?v=lDnZdCxGX2U

Um comentário:

Anônimo disse...

Boa tarde, Pessoal!!




Amanhã dia 27/10 quinta-feira na sede do Sindicato dos Servidores Rua: Saint Martin, 14-38, a partir da 18:30 é dia de reunião da Frente Contra as Terceirização no Serviço Público.


Assunto: A possível privatização do DAE


Vamos A luta!!!




Atenciosamente,


Anderson Alexandre - SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICO DE BAURU E REGIÃO - SINSERM
3227-8999 ou 3227-9122