quarta-feira, 30 de maio de 2012

FRASES (90)

BAURU CONTINUA COMO DANTES, MAS ANTES OS POETAS TINHAM VOZ...
Escrevinhei aqui poucos dias atrás sobre como abaixamos a cabeça diante de autoridades que nos visitam. Subserviência total. Sabe aquele político de cidade pequena, que para receber verbas abaixa sempre a cabeça e resignado cumpre um papel de postar seu chapéu à frente do poder, seja ele qual for. Na visita do Temer, que veio para um ato político e não na função de vice-presidente, muitos esquerdistas lá estiveram e fizeram questão de aparecer na foto. Como criticar um sistema e se postar ao lado dos seus representantes quando esses por aqui passam? Temer representa o estilo mais nefasto do PMDB, cheio de artimanhas e ocultando de todos interesses inconfessáveis. Ainda agora, ele esteve em reuniões fechadas com a família Marinho, dona do conglomerado Globo para acertar a defesa do interesse desses junto aos parlamentares. O que vejo disso: Tenta-se de todas as maneiras fazer com que a imprensa, no caso Veja, não seja ouvida na CPI, mesmo tendo tido relação carnal (diria, sexo grupal, repetidas vezes) com meliantes assumidos. É salutar um vice-presidente manter uma posição de defesa desses interesses? E todos estavam lá para o "abraço amigo" e nenhum questionamento sobre o seu posicionamento. Alguém lhe perguntou algo sobre isso? O fato relatado aqui do pisar em ovos é mais evidente a cada visita desse tipo. Fala-se algo, a pregação é contínua até o momento em que o fato está diante de si. Aí o buraco é mais embaixo e estar num evento como esse é "da mais suma importância para o curriculo de qualquer pessoa". Tenho que salientar que na visita do ministro Aldo Rabelo, que veio falar de Copa do Mundo, algo no sentido contrário e salutar, quando estudantes o encostaram na parede sobre sua participação nada louvável na questão da Lei do Reflorestamento. Ufa!, pelo menos isso.

Bauru é diferente de seu passado?. Poetas já escreviam isso desde os tempos mais vindouros de nossa história. O nosso poeta maior, RODRIGUES DE ABREU demonstra bem em seus versos como agia Bauru no passado. Hoje, Lázaro Carneiro, Brandão e Vitor Martinello seguem na mesma linha. Como o tempo urge e tenho que correr atrás de cobrir umas continhas a me atormentar a vida, deixo alguns versos de ODIL JOSÉ DE OLIVEIRA FILHO, um poeta, que junto de Rodrigues de Abreu e Luiz Vitor Martinello tiveram algumas de suas poesias reunidas no livrinho "BAURU POESIA", de 1983. Leiam essas três e reflitam sobre o ontem e o hoje:

1. "COMUNICAÇÃO DE MASSA - 0 Bauru/ O Município/ O Tempo/ noticiaram com destaque/ o empastelamento de A Cidade de Bauru/ em nome da legalidade, do civismo e da democracia".
2. "PARAÍSO - Grileiros e baderneiros/ mulheres sem profissão e marido/ valentões e proxenetas/ vieram/ institucionalizar o pecado".
3. "CORONEL ATO - E aquele homem olhou suas novas terras/ e brotaram quinhentos mil pés de café/  (que o tempo servil quadruplicou)/ e trezentos e tantas casas de agregados".

E mudou algo, pergunto eu?

7 comentários:

Anônimo disse...

Henrique

Entendo sua revolta, mas observe.
Qual outra cidade brasileira é muito diferente de tudo o que vc vê aqui em Bauru?
A realidade que vc acredita ser a mais adequada não está em execução em nenhuma. Vivemos dentro do sistema capitalista. Antes dele, outro parecido, sempre com o dinheiro e a força de quem o possui a comandar tudo.
Não se iluda.
Os poetas sempre existiram e sempre existirão. Os revoltados idem. Os inconformados também.
O mundo vale a pena por causas desses inconformados querendo mudar tudo.
A pressão que exercem é válida e torna esse mundo menos cruel.
Imagina como seria esse mundo sem a presença desses a fazer pressão em cima da classe dominante?
Eu remo, voce rema, nós remamos num sentido, "eles", o poder noutro.
Um abraço para esse tresloucado viajante
Aurora

Anônimo disse...

henrique,]
eu sei que não tem nada a ver, mas não podemos nos esquecer do que tenta-se provar. uma revista emporcalha a nação. leia esse texzto da carta maior. PASQUAL RJ

Por que 'Veja' esqueceu o óbvio: ouvir Jobim?


Lula, Nelson Jobim e Gilmar Mendes se encontraram no escritório do segundo no dia 26 de abril. Dos três, um deles, Gilmar Mendes, narra um diálogo em um ambiente (a cozinha do escritório) que os outros dois negam.Lula, em nota divulgada nesta 2ª feira, desmente e desabafa:' Meu sentimento é de indignação'. Jobim também o faz enfaticamente: não houve conversa na cozinha e não ocorreu o tal diálogo, declarou o ex-ministro da Justiça FHC e ex-presidente do STF entre 2004 e 2006,um personagem reconhecidamente insuspeito de simpatias petistas. Um dado temporal pouco ou nada contemplado na repercussão midiática do evento: a 'revelação' do falso diálogo só vem a público um mês depois do ocorrido; coincidentemente, quando a CPI do Cachoeira avança --aos trancos e barrancos, é certo--, no acesso e divulgação das escutas telefônicas da PF que ampliam os círculos envolvidos no intercurso entre o crime organizado, mídia e expoentes conservadorismo golpista brasileiro (leia a reportagem exclusiva de Carta Maior sobre a 'Operação Berlim', na pág). A revista VEJA que narrou o falso diálogo um mês depois de ocorrido estranhamente não ouviu Jobim antes de publicar a matéria. Uma testemunha tão qualificada, ademais de única, o amigável Jobim não foi considerada pela experiente matilha da principal corneta da direita no país, que descuidou assim de encorpar o 'escândalo'? Fica a dúvida: Jobim não foi considerado ou não quis se comprometer com a operação, motivo pelo qual Gilmar lhe ofereceu a porta de saída da cozinha (recusada por Jobim) recinto no qual, alega, teria ocorrido o constrangedor diálogo?A revista também não explica a razão pela qual Gilmar Mendes só se indignou a ponto de buscar o ombro confidente dos amigos de Policarpo Jr 30 dias depois do ocorrido que tanto o tocou. O dispositivo midiático demotucano passa ao largo dessas miunças.Prefere repercutir o 'escandaloso' comportamento de Lula. Usa a condicional 'se de fato ocorreu' no miolo do texto, mas ordena as manchetes e comentários seletos como se a reportagem de VEJA fosse verdadeira. Repete assim o comportamento da manada conservadora observado em 2008 quando a mesma VEJA e o mesmo Gilmar, denunciaram um suposto grampo telefônico de conversas travadas entre o então presidente do STF e o demo Demóstenes Torres. O 'escândalo' levou Gilmar a acusar o governo Lula de instaurar um "estado policial no Brasil'. Como agora, Giomar mostrou-se indignado então. Com equivalente isenção, o dispositivo midiático demotucano também endossou o destampatório sem um grama de evidência objetiva.A pressão derrubou Paulo Lacerda, então chefe da ABIN. O grampo, comprovou-se depois, era falso. Uma peça desse jogo xadrez vai depor no Conselho de Ética nesta 3ª feira: Demóstenes Torres é parte da verdade escondida no cipoal de mentiras, interesses políticos e pecuniários que a novilíngua midiática tenta minimizar; se possível vitimizar.Parte da mesma verdade é a viagem a Berlim em abril de 2011 feita por ambos: o senador e o personagem togado. As particularidades que envolvem a ida e a volta dos dois, sobretudo a volta em 25-04 (LEIA reportagem exclusiva de Carta Maior, nesta pág. sobre a Operação Berlim em que Cachoeira providencia jatinho para um certo 'Gilmar') , podem explicar o suor frio do desesespero excretado nas páginas da estridente corneta do conservadorismo brasileiro.

Jose Ramon Santana Vazquez disse...

...traigo
ecos
de
la
tarde
callada
en
la
mano
y
una
vela
de
mi
corazón
para
invitarte
y
darte
este
alma
que
viene
para
compartir
contigo
tu
bello
blog
con
un
ramillete
de
oro
y
claveles
dentro...


desde mis
HORAS ROTAS
Y AULA DE PAZ


COMPARTIENDO ILUSION
MAFUA

CON saludos de la luna al
reflejarse en el mar de la
poesía...




ESPERO SEAN DE VUESTRO AGRADO EL POST POETIZADO DE THE ARTIST, TITANIC SIÉNTEME DE CRIADAS Y SEÑORAS, FLOR DE PASCUA ENEMIGOS PUBLICOS HÁLITO DESAYUNO CON DIAMANTES TIFÓN PULP FICTION, ESTALLIDO MAMMA MIA,JEAN EYRE , TOQUE DE CANELA, STAR WARS,

José
Ramón...

Mafuá do HPA disse...

caro José Ramón, o mais novo seguidor desse mafuento blog:
Boas vindas e vou procurar mais seus escritos por aí...
Abracito de Henrique - hoje ainda em Curitiba PR

Anônimo disse...

meu caríssimo H.P.A., visito regularmente seu mafuento espaço virtual pois compactuo com suas ideias, ja faz um bom tempo que nao deixo por aqui um comentário por mera preguiça, mas tenho recebido reiterados elogios os quais só ocorrem por bondade sua pois em matéria de poesia nao sirvo nem para apontador de lapis das duas feras que voce sitou: Martinello e Brandão,mas em agradecimento deixo aqui uma poesia ,de indignação mas,acho ainda que a vida é bela salvo engano de minha parte.

Salvo engano de minha parte a vida é bela.
Apesar do vazio das oratórias,
das portas giratórias,
das revistas aleatórias,
de qualquer situação vexatória.
Apesar de toda escória,
até mesmo da falta de memória
que nos faz trair a história,
a vida me parece bela.


Sim, eu acredito no futuro.
Quando cair todos os muros
não haverá mais apuros,
não viveremos dias escuros.
Teremos pulso firme
e não coração duro.
Tudo ocorrerá a seu tempo:
nada será tardio, nada será prematuro.

Salvo engano de minha parte,
dos lemas, dos estandartes,
da minha idade e seus alardes,
do iminente risco de um enfarte,
da convivência com os covardes,
da ausência de vida em Marte,
da não valorização da arte,
das minhas poesias sem encarte,
parece-me que a vida é bela.
Salvo engano de minha parte.
lazaro carneiro

Anônimo disse...

Lázaro

Dentre todos os citados aqui, tanto os de ontem, como os de hoje, afirmo de peito estufado: PREFIRO A TI. Seus veros são feitos e expressam algo que temos em comum, essa busca pela possibilidade de um outro mundo, mais justo, igualitário e onde não impere esse vale-tudo nos qual estamos inseridos. Essa sua poesia, que me passaste agora, a ouça na voz do Wellington Leite lá na Veritas e a cada vez que a ouço, fico arrepiado. Outro dia, parei o carro para escutá-la até o fim. Pessoas sensíveis como tu devem ser enaltecidas a cada instante.

Se te contar onde estive ontem, num show explícito de caipirice, revivendo no teatri Paiol, lá de Curitiba, gente como o Raminho, da dupla Nézio e Raminho. Conto no blog algo mais depois que parar a correria.

Um abracito sem fim do Henrique - direto do mafuá

Anônimo disse...

Dias atrás a apresentadora de tv Xuxa Meneghel como
se nunca tivesse deitado num divã, fez sérias denúncias
contra membros da sua família vítima de pedofilia durante
a sua infancia. Para abrir os olhos de quem tambem conviveu
e convive com casos de pedofilia ela agiu mais do que corretamente.
Dias após as denúncias o canal de tv que ela deve trabalhar é claro e há muitos anos,
e que faz um programa semanal, a convidou para se apresentar no telejornal da emissora.
Ela recusou o convite causando um mal estar enorme em toda a direção do mesmo.
Mas o que me causou muito estranheza em suas denúncias é que ela não citou de
quando tinha 16 anos, o "affair" que ela teve com o Edson Arantes
do Nascimento, Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos.
Por quê será hein? Para blindá-lo? Ele já havia passado dos 40 anos quando
o fato aconteceu, e ela era de menor na época. Alguns anos depois ela já maior
de 18 anos contracenou num filme nacional com um garoto, adolescente de apenas 12 anos,
totalmente despida. Aí é que eu fico me perguntando : Podia isso? Ah ! mas ela estava apenas
trabalhando neste filme. Tá e daí? (Aldo Wellichan)