terça-feira, 20 de agosto de 2013

DICA (109)


MEU “SELINHO” DE HOJE VAI PARA...
A besta polêmica envolvendo um modesto “selinho” (encontro de duas bocas, seja lá qual forem) do jogador de bola corintiano, Sheik provoca reações bestiais pelas redes sociais (sempre elas). Demonstrações de enraizado preconceito pipocam por todos os lados. Há mais de 40 anos Caetano distribuía selinhos entre os seus e hoje, vigência bestada de um século XXI, que mais parece andar para trás do para a frente, o negócio ainda profana sentimentos. Se for enumerar os que gostaria de dar um fatal selinho esse texto poderia se estender além da conta e assim sendo, fico na demonstração explícita de alguns poucos que o faria no dia de hoje. Vejamos quem são.
Hoje é a estreia bauruense de um espetáculo teatral mais do esperado, o “O Sapato  que Sabia Andar”, uma livre adaptação da Cia Mariza Basso Formas Animadas para a obra infantil do poeta bauruense Luiz Vitor Martinello. A direção é da Mariza e do Julio Hernandez e no palco ela contracena com Caique Rufato. A história é a de “uma chinela cansada de obedecer aos pés de Alice, a empregada, sempre nas tarefas domésticas: do tanque para a cozinha e da cozinha para o tanque. Daí convence os sapatos todos da sapateira a fugir. Em uma marcha de liberdade, sem família, sem tradição e sem propriedade, fundam a Cidade dos Sapatos. Lá, os pares não se entendem: o Sapato Esquerdo não quer mais obedecer ao Direito e o Direito ao Esquerdo e, com isso, a Bota Militar estabelecerá a ordem (sic) – Direita é Direita e Esquerda é Esquerda!”. Vitor viajou divinalmente nesse texto, escrito ainda no nebuloso e nefasto período em vigência da ditadura militar. Possui histórias até de perseguições a esse texto, polêmicas que poderá contar a todos os presentes num bate papo logo após o espetáculo.

Essa exploração da temática social e política pode ser vista hoje, de forma gratuita, no Teatro Municipal de Bauru “Celina Alves Neves”, na avenida Nações Unidas 8-9, com sessões às 15h e 20h. Vou fazer fila desde já para conseguir meu ingresso, pois mal intencionado que soou (aliás, sempre fui), pretendo dar um inenarrável SELINHO em todos eles, na MARIZA, a idealizadora, no Kyn Junior (imaginem como poderá ser o selinho meu no Kyn), o produtor da façanha, no Julinho Hernandez, um dos diretores, no ator Caíque e é claro no Luiz Vitor, o escrevinhador e mentor disso tudo. Selinhos não são novidade no meio artístico, eles já não provocam alvoroço e nem estardalhaço. Os meus serão apenas mais uns, porém os distribuirei nesse momento e o divulgo aos quatro ventos, pois não seria isso novidade nenhuma se o mundo não caminhasse a passos largos para obscuras trevas. Trevas essas, que a obra do Luiz Vitor previa e hoje está mais do que demonstrada sua permanência entre nós, pelo quanto de conservador ficou esse véio mundão. Esse comedimento prova que a minha geração parece mesmo ser muito mais avançadinha que a atual, que ainda permite páginas e páginas de jornais tudo por causa de um selinho entre amigos.
OBS.: Mais no final de semana teremos outra memorável apresentação da Cia Estável da Dança de Bauru, sob o comando do professor e bailarino Sivaldo Camargo. Voltarei ao Teatro Municipal para dar novos selinhos em todos eles.

4 comentários:

Henrique disse...

A ATB - ASSOCIAÇÃO DE TEATRO DE BAURU E REGIÃO PARABENIZA OS ARTISTAS DE TEATRO

Hoje dia 19 de Agosto é celebrado o "Dia do Artista do Teatro" no Brasil.
O "Dia do Artista do Teatro" é uma homenagem ao ator, mas não só, a todos aqueles que trabalham nesta arte: aquele que cria a história, o que dirige os atores, o responsável pela iluminação, pelo som ou pela parte cênica, todos aqueles que estão envolvidos, de alguma forma, no processo de representar perante o público.
O teatro é bem mais do que representação, permite ao espectador divertir-se, relaxar, separar-se das questões do dia-a-dia. É utilizado, muitas vezes, em termos pedagógicos e terapêuticos.
A arte do teatro surgiu na Grécia Antiga, com a improvisação. Tespis foi o primeiro ator da história do teatro que se tem registro. No século V a.C., o ator deu vida ao primeiro monólogo ao interpretar o deus Dionísio, na Grécia Antiga, em Atenas. A primeira expressão utilizada para denominar a arte de atuar foi o termo “Hipocritès”, do grego, que significa fingidor. As precárias peças da antiguidade grega deram lugar, hoje, a uma grande, influente e sofisticada atividade cultural que é a arte de representar.
O papel do ator na peça teatral é dar vida, veracidade, brilhantismo e sonho às artes cênicas, refletindo de forma nova o universo humano. Através de textos bem elaborados, com renovados recursos visuais, sonoros e emocionais, a ação dramática, individual ou coletiva, mobiliza plateias ao redor do mundo. Para ser ator, não é necessário apenas o talento natural, mas também muito estudo e preparação. Através do ator, o público toma conhecimento da realidade construída pelo homem e pela sociedade, bem como aquilo que os mesmos destroem; a realidade de suas vidas analisadas sob um novo olhar, o olhar encantado e novo do teatro.

Kyn Junior é Presidente da ATB – Associação de Teatro de Bauru e Região, Membro do Conselho de Cultura de Bauru – SP, Produtor Cultural, Publicitário, Bacharel em Direito, Administração de Empresas e Técnico em Contabilidade.

publicado por henrique - direto do mafuá

Henrique disse...

CIA MARIZA BASSO FORMAS ANIMADAS ESTREIA “O SAPATO QUE SABIA ANDAR” EM BAURU



O Sapato que Sabia Andar é a primeira produção para jovens e adultos da Cia. Mariza Basso Formas Animadas, estreou na cidade de Lençóis Paulista no dia 08 agosto de 2013 – “Projeto realizado com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura Programa de Ação Cultural – 2013”.

O espetáculo narra a história de uma Chinela, cansada de obedecer aos pés de Alice, a empregada, sempre nas tarefas domésticas: do tanque para cozinha e da cozinha para o tanque, convence os sapatos da sapateira a fugir.

Em uma marcha de liberdade, sem família, sem tradição e sem propriedade, fundam a Cidade dos Sapatos. Na Cidade dos Sapatos os pares não se entendem: o Sapato esquerdo não quer mais obedecer ao Direito e o Direito tão pouco ao esquerdo, com isso a Bota Militar estabelecerá a ordem – Direita é Direita e Esquerda é Esquerda!

A primeira eleição é realizada na Cidade dos Sapatos; com o Sapato eleito é estabelecida a ordem com as novas leis: No caminho das Chinelas somente as Chinelas! Uma Chinela não pode dançar tango feito uma Salto Alto, tão pouco participar de uma pescaria feito uma 07 Léguas, porém a principal lei da Cidade dos Sapatos é: NUNCA ANDAR DE FRENTE PARA O SOL!

A Chinela percebe que nada mudou desde que deixou os pés de Alice, então ela dará um novo passo, encontrando através da arte um novo caminho rumo à liberdade.

O Sapato que Sabia Andar é livremente inspirado na obra homônima do autor bauruense Luiz Vitor Martinello; adaptação de Mariza Basso e Julio Hernandes; classificação 12 anos. A direção é de Mariza Basso e Julio Hernandes; no elenco Mariza Basso e Caique Rufato; operação de som: Rafael Maia; iluminação: André Bazan; operação de luz e produção executiva Kyn Junior.

Após o espetáculo haverá bate papo com o autor.

A Cia Mariza Basso Formas Animadas, sediada em Bauru, existe há 09 anos, organiza o "Boneco Gira Boneco - Festival Internacional de Teatro de Bonecos" desde 2011; já participou de Festivais em todo Brasil, Argentina, Colômbia, Espanha e Portugal; sua pesquisa em teatro de objetos foi utilizada como referência para Arte Educação no Caderno do Professor - Distribuído em toda Rede de Ensino Pública no Estado de São Paulo. Para saber mais da companhia: www.marizabasso.com.br.



continua

Henrique disse...

continuação...

O AUTOR DO LIVRO

Formado em Filosofia e Letras, Luiz Vitor Martinello é professor de literatura e poeta. Tendo como seus mestres os poetas Bandeira, Oswald, Quintana, descobriu com eles que, para fazer poesia, não era mais obrigatória a rima, a palavra dourada, não era necessário o verso decassílabo.

Criou, com outros poetas de Bauru, o Grupo Apenas, cujas atividades, exclusivamente dedicadas à poesia, eram declamações de versos pelas ruas centrais da cidade, performances, como chuva de poemas atiradas de cima de prédios, teatralizações, além da publicação mensal da revista Apenas.

Referindo-se à sua poesia como lixeratura, escreveu, entre outros, os livros de poemas: “Me apaixonei por mim, mas não fui correspondido”, “Gosto dos dias de muito sol só para ficar na sombra” e “Os anjos mascam chiclete”. Deste último, o poema “Final, Feliz Natal!”, inserido, posteriormente, no livro didático de Língua Portuguesa Reflexão e Ação, de Marilda Prates (Editora do Brasil, 1985), ocasionou, por conta disto, a queima deste livro na cidade de São Carlos. O fato, que ficou conhecido como “a fogueira da purificação”, mereceu inúmeros registros (reportagens, editoriais, artigos, cartas de leitores) nos principais meios de comunicação do país.

Luiz Vitor é também autor infanto-juvenil, tendo publicado “O sapato que sabia andar” e “O Penuginha”, ambos pela Editora do Brasil.



Serviço: 20 de agosto às 15:00h e 20:00h

Teatro Municipal Celina Lourdes Alves Neves

Av. Nações Unidas, 8-9

ENTRADA FRANCA

Bauru – Agendamento: (14) 3235-1072



OBS: FOTOS EM ANEXO - CRÉDITO PARA: SU STATHOPOULOS


Kyn Junior

Produtor Cultural

Presidente da ATB - Associação de Teatro

de Bauru e Região

Membro do Conselho de Cultura de Bauru - SP





postado por Henrique - direto do mafuá

Anônimo disse...

Meu caro amigo Henrique Perazzi de Aquino, selinho é complicado logo comigo que sou Tricolor do Morumbi...vixe não vai ficar legal (rsrsrs) mas vc, Ana Bia Andrade, são bem vindos sempre...super beijos e obrigado por palavras lindas
Kyn Jr