segunda-feira, 23 de outubro de 2017

FRASES DE UM LIVRO LIDO (120)


DEFESA TESE MESTRADO HPA
Foi na última terça, 24/10, lá no campus da Unesp Bauru. Fui aprovado na defesa feita com a tese "O INVISÍVEL MIDIÁTICO SOCIAL: INTERFACES FOLKCOMUNICATIVAS DE PERSONAGENS POPULARES EXCLUÍDOS DA MÍDIA HEGEMÔMICA".

Na minha banca a orientadora profª drª Maria cristina Gobbi, o prof dr Juarez de Paula Xavier e a profª drª arli dos Santos. Fiz o que pude, dentro do que sei fazer. Poderia ter feito melhor, mas consegui dar meu recado. Foram mais de dois anos e meio, com muitas disciplinas cursadas, novos amigos na algibeira e hoje, diante do reencontro com o mundo acadêmico, a certeza da importância destes textos para o real entendimento de tudo à minha volta, mas cada vez mais enfurnado com pés, mãos, boca e membros nas ruas.

As fotos dizem tudo. Defendi, fui APROVADO e fiquei uns dias ilhado, ao lado de minha sogra, Darcy Soliva da Costa, num hospital na capital paulistana. Escrevi pouco e publiquei pouco por esses dias. Estava descansando corpo e alma. Saio de lá, a sogra já superando tudo e se renovando, adentreo novamente essa vida doida. Meu projeto continua e quero retomar os Personagens Lado B, buscar m eios de publicar dois livros no prelo mental, reorganizar a vida profissional e cada vez mais, dar aquele jeito de tocar a vida ao lado de Ana sem se deixar levar pela bestialidade destes cruéis e insanos tempos.

Hoje volto à tona, chacoalho bem a roupa, adentero novamente o gramado de jogo e reinicio a partida. Estarei mais ácido, pois o tempo atual assim o exige e como tenho pouco tempo de vida pela frente, quero espezinhar mais e mais esses algozes do povo. Minha pesquisa demonstra o caminho percorrido por mim, o que sempre trilhei e dele não me desviarei. Sigo na toada dos que remam contra a maré.

Escrever sobre esses três riquíssimos personagens da vida cotidiana desta aldeia bauruense me encheu de prazer e contentamento. Francisco Carlos Jaloto, o Carioca da banca de livros da Feira do Rolo, Maria Inês Faneco, a pipoqueira e com o muro mais encantador destas plagas e Adilson Chamorro, o da banca de excentricidades ali na Treze de Maio com Primeiro de Agosto, esses três representam dignamente esta cidade e suas possibilidades. Enxergando-os como comunicadores populares e cada um com uma bela história neste quesito é também o meu jeito de demonstrar que saída pra tudo não está mais nas mensagens da mídia massiva e sim, em cada um de nós, ir buscar outras referências, saídas alternativas. Diante de tanta barbaridade produzida pelas mídia massiva hoje (rádio, jornal e TV), nada melhor do que a gente criar nosso próprio meio de comuniacção e dele fazer uso. A Folkcomunicação, a teoria criada nos anos 60, pelo pesquisador Luiz Beltrão dá luz à minha pesquisa, me embasa e encanta, ilumina.

De lá vou para a abertura de minha exposição, no mesmo dia, 20h30, no TemploBar Bauru, sobre o trabalho de um dos personagens; "O que você veio buscar na banca do Carioca na Feira do Rolo?". Falo mais disso tudo e das repercussões deste inusitado trabalho.

Fiquem com as fotos, tiradas por amigos no dia de minha apresentação. "Envelheci, mas continuo em exposição", já dizia Aldir Blanc, meu poeta preferido. Por falar em poetas, é de praxe o aluno de mestrado presentear ao final do trabalho a banca com um mimo. Fiz um ao meu modo e jeito, uma camiseta e lá estampado a frase linda dita por João do Rio no século passado, como observador das ruas cariocas e de seus personagens: "EU AMO A RUA".

Eis o Sumário do trabalho, que tão logo feitas as correções indicadas, estarei disponibilizando para interessados:
SUMÁRIO

Introdução.
1. Caminhos cruzados
1.1 Cenário da comunicação no Brasil
1.2 Comunicação popular
1.3 Definições, conceitos e matrizes da Folkcomunicação
1.4 Comunicação massiva x comunicação popular
1.5 A comunicação popular na sociedade global midiatizada
2. Bauru: Cidade de contrastes
2.1 Breve histórico sociocultural da cidade de Bauru
2.2 A alta e a baixa cultura na cidade: distanciamentos geográficos
(população, economia, atrações populares – feira, centros e bairro)
2.3 A cultura do ignorado
2.3.1 O Jornal da Cidade: retratos midiáticos de Bauru
2.3.2 Notícias do povo e o povo em notícias
2.3.3 A representação dos ignorados
3. Personagens e cenários folksociais comunicativos
3.1 Escolhas necessárias
3.2 Carioca da Banca
3.2.1 O cenário de atuação
3.2.2 O personagem
3.3 Adilson da Banca
3.3.1 O cenário de atuação
3.3.2 O personagem
3.4 Muro da Faneco
3.4.1 O cenário de atuação
3.4.2 A personagem
3.5 Análise prévia – os personagens e o processo de comunicação .................. 80
Considerações finais
Referências
Apêndices


Baita abracito para tudo, todas e todos.
HPA

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