quinta-feira, 2 de novembro de 2017

O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (95)


15 MIL PESSOAS EM BAURU, INTER UNESP E SÓ ESPORTE E SHOW, NENHUM PROTESTO
Uma incomensurável concentração universitária está em curso neste momento em Bauru e reúne aproximadamente 15 mil pessoas. A abertura foi ontem à noite e tudo ocorre em ginásios esportivos da cidade, tendo a maior concentração localizada no Recinto da Expo Bauru, o Mello Moraes. Tem estudantes de todos os campus universitários da Unesp e nesta reunião, algo mais além dos jogos e disputas: shows e festas. Como é sabido até pelas pedras do reino mineral, o país foi levado para um estado golpista dos mais cruéis e infames de sua história, roubalheira escancarada e pública e nada disto parece afetar o ímpeto dos estudantes, todos universitários, mais interessados nas festas e nas disputas esportivas. Nenhuma manifestação marcada para estes dias, nadica de nada.

Interessei-me e fui olhar a programação cultural do evento. Ei-la: Hoje tem Pedro Paulo & Alex (sertanejo universitário) e Inimigos do HP (banda de pagode paulistana). Amanhã, quinta, tem DJ Illusionize, Rosa Ventura, Tought Art (vencedor do concurso eletrônico). Numa tenda diurna tem o Batuque da Nega (ufa! algo com samba), Bonde do Estralo, Rock Well, André Nardini e Tom Bareatella. Na sexta, dia 3, na festa maior tem Ludmilla e Nego do Borel e para fechar a festa, dia 4, sábado, shows de Armandinho e Jammil e Uma Noites. Uma agitação que vai invadir a cidade madrugada adentro.

Olho para tudo isso e tenho inenarráveis recordações dos meus tempos de estudante, quando se fazia questão de trazer, diante da reunião de tantas pessoas e com cabedal financeiro, cantantes de protesto, ou que ao menos propusesse algo de engrandecedor para, uma ajuda que fosse, no quesito algo novo e transformador para o país. Pelo que vejo da programação não ocorrerá um só protesto pela atual condição e situação do país. Optaram só pela festa. Creio eu, ser abominável a perda de uma rara oportunidade como essa para ao menos uma imensa Marcha cortando a cidade, deixando clara a posição do mundo universitário diante das aberrações políticas vividas pelo país. Nada disso, pelo que vejo, foi programado. Querem mais é festar e o farão com pompa, sem ninguém que represente a MPB, o samba ou mesmo algo com letras mais candentes, protestando contra o golpe e os golpistas. E, o que é pior, todos muito bem quietinhos em relação ao país, como se nada das malversações promovidas pelos insanos instalados lá em Brasília tivesse algo a ver com o mundo universitário.

Ou mudaram os estudantes ou eu já sou mesmo um ser da era glacial, devendo ser considerado como mera peça de um remoto passado, onde estudantes tinham como princípio básico do seu período de estudos, estar ligados no que acontecia com seu país e influenciar o restante do país em suas decisões. No mínimo, estão perdendo uma raríssima oportunidade de botar verdadeiramente o bloco na rua e mostrar a que vieram. Ou estão aí só para fazer festa e eu nem sabia? Estudante indiferente é a mais clara demonstração de como este país regrediu em todos os seus quesitos propositivos. Estar preparados para adentrar esse cruelk e insano Mercado, sem se importar com mais nada, eis algo do momento atual. Quando nem eles estão mais dispostos a se mostrar como vanguardas para uma possível reviravolta, acho que devo mesmo começar a pensar em desistir de resistir. Fica o registro.
Cartaz nas festas do bloco carnavalesco "Bauru Sem Tomate é MiXto"

15 comentários:

Mafuá do HPA disse...

COMENTÁRIOS VIA FACEBOOK 1:
Manoel Carlos Rubira Motivo para uma grande reflexão, inclusive e principalmente, da própria universidade. Que tal Juarez e outros proporem algo nesse sentido Henrique?

Henrique Perazzi de Aquino Para este evento, creio ser tarde demais. Imagina só, 15 mil pessoas, todos universitários e nada de protesto. Só festa.

Manoel Carlos Rubira Não para o evento. Como uma reflexão profunda em relação ao papel da universidade inclusive.

Manoel Carlos Rubira A questão do contemporâneo, o jovem atual, os desejos dos jovens, a formação, o momento político etc.

M Cristina Zanin Sant'Anna até para o evento , como ato de rebeldia tudo pode , improvisação etc

Manoel Carlos Rubira M Cristina Zanin Sant'Anna um grupo de estudantes, no caso, precisa propor essa discussão.

Camys Fernandes Eu ainda esperava que houvesse alguma manifestaçao durante a abertura. Ledo engano.. So se nos proximos dias algum dos cantores puxarem o coro FORA TEMER ..aí sim.

Silvia Carla Lopes Estou esperançosa no nego do borel amiga.

Helena Aquino A maioria são alienados. Querendo realmente só festa e bebedeira, sem preocupações com o dia de amanhã. Infelizmente.

Bruno Emmanuel Sanches Essas festas são propostas pelas atléticas das universidades, que foram criadas justamente para dispersar e alienar politicamente os estudantes dos campus. Dito isso, o tal interunesp só serve para pegação, bebedeira e nada mais, sem qualquer tipo de reflexão e debates. Infelizmente, é a parte alienada que tá circulando pelas ruas de bauru, Henrique.

Bruno Emmanuel Sanches Falo isso não por um viés conservador, mas mais demonstrando uma certa pena desses universitários, sem perspectiva política, e reproduzindo, nestas festas, um machismo escancarado, com mtos relatos de tentativas de estupro, coma alcoólico por conta de bebida e etc. Ou seja, um grande e imenso vazio.

Manoel Carlos Rubira É bom compreender esse fenômeno...

Bruno Emmanuel Sanches É bom mesmo, Rubira. Mas não tem que partir mais de cada indivíduo do que de quem não está dentro do fenômeno? Diga lá o que vc pensa.

Manoel Carlos Rubira A questão é de todos. Mas, acredito que há uma diversidade grande em relação a isso. Há jovens conectados que propõem a mudança através de fóruns, encontros etc E também através de uma expressão mais livre contrariando os padrões herdados.

Bruno Emmanuel Sanches O que Vc acredita que seja "contrariar os padrões herdados"?

Mafuá do HPA disse...

COMENTÁRIOS VIA FACEBOOK 2:
Silvia Carla Lopes Da programação cultural o nego do borel vem bradando em seus shows a respeito do golpe. Mas nada muito significativo.
O senhor Manoel Carlos Rubira tem razão, temos que olhar para isso com grande reflexão. Infelizmente, uma geração de alienados.


Manoel Carlos Rubira É bom não tachar de alienados, antes é preciso compreender. Alienados em que sentido, em relação aquilo que penso? Essa é a questão.

Henrique Perazzi de Aquino Sim, aliendao em relação a que? A reflexão proposta é não taxar, mas discutir a questão.

Silvia Carla Lopes Alienados sim senhor Manoel, no inter Unesp é só esporte, música, álcool, drogas e muito sexo. Nenhuma reflexão de nada.

Manoel Carlos Rubira Não tachar, taxar é por conta do Estado e dos políticos.

Helena Aquino Alienados sim. Muitos não querem nem saber o que se passa no país. Querem apenas usufruir das festas, das bebedeiras e do dinheiro que os pais enviam para sobreviver. Silvia Carla Lopes está certíssima. Tem várias repúblicas perto de casa e só querem bagunça, barulho. São alienados simmm. Há raras exceções.

M Cristina Zanin Sant'Anna Outro dia estudantes da Unesp e outros estavam discutindo sobre o suicidio de um garoto, e o vazio existencial de muitos estudantes universitários etc....

Manoel Carlos Rubira por isso é necessário uma compreensão profunda do fenômeno, que inclui o sistema em que vivemos.

Mariane Santinello Longhi Sou estudante da Unesp, e sim, infelizmente muitos jovens só querem festas e jogos, mas vamos olhar com mais calma... Semana passar os jovens de organizações estudantis organizaram um forum MARAVILHOSO para debater o papel e as ações da univerdidade, esse evento durou 3 dias, e foram discussões ótima, mas claro, ninguém ficou sabendo. A questão, ao meu ver, não é que os estudantes não são politizados, é que os eventos em que são mais falados e veiculados nas mídias são os que não trazem a atitude política. O que não podemos é generalizar, alguns dos estudantes que querem se divertir nesses dias são os mesmos que fazem ocupações e propõe debates...

Manoel Carlos Rubira Vai ao encontro da minha reflexão, Mariane. Vejo também desse modo.

Manoel Carlos Rubira Definir simplesmente como alienados mantém as coisas como estão.

Henrique Perazzi de Aquino Sim, concordo, mas não entendo como perder uma rara oportunidade onde estão 15 mil pessoas e nenhum protesto. Imagino uma Marcha na cidade. Seria arrebatador.

Mariane Santinello Longhi Sim, seria uma ótima oportunidade, eu não posso falar muito pq não conheço a organização do evento, mas creio que lidar com muitas pessoas em que sua maioria pensa "estou indo para me divertir", seria complicado.... Não tiro a sua razão e crítica, considero muuito válida, mas falar sobre política em um momento onde a maioria dos seus amigos querem festa e os que querem dialogar estão cansados (inclusive eu) é mais difícil do que parece.

Henrique Perazzi de Aquino Mariane Santinello Longhi , mas é que estamos vivendo num estado de golpe cruel e insano contra tudo e todos, inclusive o meio estaudantil, um dos mais prejudicados, pois diante de tudo nem sabemois se daquio dez anos ainda teremos univesidade pública.

Mariane Santinello Longhi Henrique Perazzi de Aquino eu sei disso, vc sabe disso, alguns estudantes sabem disso.... Assim como sabemos também que só o saber não basta sem um movimento. Falando por olhar interno, esta dificil, as pessoas se preocupam mais em servir o sistema educacional do que exercer o papel de estudante.

Mafuá do HPA disse...

COMENTÁRIOS VIA FACEBOOK 3:
Mariane Santinello Longhi E não culpo os estudantes, o problema é generalizado...

Leonardo Rodrigues de Almeida E nem eh so isso.... Os 15 Mol estudantes nao tem a mesma postura politica... Como dito, eh um evento organizado pelas atleticas, q Como sabemos provem dos cursos de exatas, e nos sabemos da posicao politica e postura...

Henrique Perazzi de Aquino Aqui algo para ser melhor analisado, onde tem EXATAS, tem quase nenhuma discussão política. É isso?

João Biano Só complementando meu comentário, acho mais do que justo esses encontros. Claro.
Juventude é isso. Mas não é SÓ isso. Estamos perdendo muito tempo em uma época delicadíssima. Quem está lá em cima não está dormindo.

Karen Romano E viva o pão e circo !

M Cristina Zanin Sant'Anna Como advogada, esses grandes eventos infelizmente tem amparo dos financiadores das drogas nesse país, que ficam sempre impunes e nunca aparecem...

Helena Aquino Por isso disse da alienação.

Gilberto Truijo A MAIORIA DA JUVENTUDE SO QUER FESTAS E NO FUNDO SÃO FACISTAS.

Mah Fernandes Creio q o evento proposto é para isso mesmo, pura diversão!! Mas q seria maravilhoso ver esses jovens se mobilizando, em massa, aaahhh...isso seria!! Mas qual é o perfil dos universitários hoje???

Helena Aquino Isso Mah Fernandes. Em minha juventude, tínhamos também festas e tudo mais, só que tínhamos pensamentos políticos. Fazíamos reuniões,lutávamos por nossos direitos. Agora quase nada. Sem contar que muitos desses jovens hoje, falam em Bolsonaro, como um deus e na realidade, nem sabem o que esse ser pensa.

Giovana Dota Como universitária, pensei em participar do evento para marcar um momento único na vida. Mas pensando criticamente vi que se tratava de mais um evento vazio, no qual não iria agregar nada e que me traria apenas desgaste. Desgaste por dizer aos senhores da festa que nós mulheres não somos objeto de suas satisfações; por ver uma área da cidade tão marginalizada (como é a zona oeste) no dia a dia e por um momento (lucrativo para as empresas e para o lobby na câmara dos vereadores) receber um evento tão burguês...
A PEC 366 que agora afeta os estudantes mais do nunca poderia ser falada, mas nos acostumamos a ficar em nossas bolhas.
Ainda bem que aproveitei para ver o camarada Lula na praça da Estação aqui em BH junto ao Miltão, pois não há tempo pra fugir da luta.
Aos jovens estudantes machistas: não passarão! Abraço Henrique Perazzi de Aquino!

Kátia Valérya Perfeita análise Henrique! Se fosse com a minha galera da UFPE, seria um dos atos políticos mais importantes de Bauru. E olha que enfrentávamos tempos também sombrios, mas nosso DCE era atuante e lembrado até hj como o mais aguerrido. Um sonoro FORA TEMER E DEMAIS GOLPISTAS, que político corrupto nenhum teria a coragem de mostrar sua carinha sorridente para as fotos. ABAIXO A ALIENAÇÃO!!!!

Helena Aquino Perfeito Kátia Valérya.

Kátia Valérya Helena Aquino que loucura tudo isso, não? Será que algum(uns) destes não vão nos surpreender?

Mafuá do HPA disse...

COMENTÁRIOS VIA FACEBOOK 4:
Greice Luiz Costumo dizer que as pessoa só lutam quando fazem parte daquele universo ou tem empatia, caso contrário fortalecem o ambiente que vivem. É um tapa na nossa cara, porque deixa claro que as universidade públicas são recheada de burgueses

Kátia Valérya Isso mesmo Greice. Precisamos contribuir para mudar isso. Que os bauruenses, principalmente negros e negras, ocupem mais vagas da Unesp. Esse é meu sonho.

Mah Fernandes Por isso a minha pergunta, qual o perfil dos universitários hoje?? Nas IES, pública ou privada.

M Cristina Zanin Sant'Anna é o perfil daquilo que a universidade propõe , a sociedade e governo....

Greice Luiz Então! Tudo que é público a sociedade compreende que é destinado a pessoas sem recursos financeiros e o que tem posse... Mas depende qual privilegio usam o público ! No caso, a saúde, educação de ensino infantil, fundamental e médio, entre outros MAS quando o assunto é Universidade pública o burgues toma posse e diz que conseguiu passar por mérito! Mas como uma pessoa que estuda em escola pública a vida inteira vai competir com outra pessoa que viveu em escola particular? É obvio que o mais preparado leva o vestibular. Portanto tomam posse daquilo que não lhes pertencem e excluem os que depende de órgãos públicos fortalecendo o abismo estrutural.

Helena Aquino Disse tudo

Kátia Valérya Precisamos lutar por uma educação pública de qualidade. O que esperar de uma Câmara que fica discutindo a obrigatoriedade de cantar o hino nacional?

Roque Ferreira Greice Luiz , por isso o centro de nossa luta deve ser de vagas para todos que queiram cursar uma universidade pública.

Lucas Mendes É tudo uma boçalidade

Miriam Coelho Essa vou compartilhar.

Gaia De Melos Caversan Bom eu acho muito engraçado que os dedos apontados, nunca chegam no próprio umbigo. Bom me junto a esses tals alienados, pois participo dos eventos e assisto alguns jogos, e se tivesse conseguido arrecadar fundos iria nas festas, mas não consegui. O inter tem a proposta de integrar as Unesp e tudo, que não tem uma ponto central, os campos são descentralizados, logo esse tal "grupo alienado" vem pra se divertir sim com seus pares. Se divertir em meio a um ano voltado a professores autoritários e sem escrúpulos e a um sistema que se você não está na aula, você tem que estudar e aturar pessoas fora nos chamando de "alienados" ou "vagabundos". "Ah, mas na minha época..." Bom, isso é engraçado, a economia, a sociedade e a política são mutáveis, então não tem como se estagnarem. Não estou na sua época, tenho a minha e estou vivendo ela. E antes de virem com esse papo de "mas na minha opinião", já logo falo se soubessem a realidade parariam de falar tanta asneira, porque o inter tá envolvido em diversas causas sociais. Dois exemplos claros desse papel é a reciclagem que um grupo realizou para conseguir cadeiras de rodas para pessoas carentes e os INÚMERAS divulgações falando que violência LGBTfobica, racismo e misoginia não seram tolerados. E logico a economia da cidade subindo e ajudando comerciantes ambulantes. Mas lógico é muito fácil apontar e falar posições bizarras sobre assuntos que não se tem base alguma. Eu não sou burguesa, sou uma Travesti pobre e faço história na Unesp de Assis. Tenho inúmeras críticas a universidade, mas não gosto de ver falas caluniosas sem motivo. Bom é esse meu posicionamento, que eu receba argumentos válidos em retorno e não mais "ALIENADOS E BOÇAIS" pq pra mim isso nem argumento é.

Mafuá do HPA disse...

COMENTÁRIOS VIA FACEBOOK 5:
Manoel Carlos Rubira Helena Aquino, Henrique Perazzi de Aquino, M Cristina Zanin Sant'Anna, Silvia Carla Lopes, Bruno Emmanuel Sanches, Lucas Mendes, acho importante o posicionamento de Gaia De Melos. O que vocês acham?

Bruno Emmanuel Sanches Gaia, aproveite a festa em paz, embora ela não te represente em nada.

Manoel Carlos Rubira Ela também não ofendeu. Para mim ela colocou uma reflexão importante, esqueça "a ofensa" e se posicione em relação ao que ela diz, Helena.

Silvia Carla Lopes O nosso erro foi generalizar.

Gaia De Melos Caversan Bom não fui agressiva. Não ofendi ninguém, só repliquei os comentários que achei agressivos. Nem grosseira fui, é nítido que as ofensas não vieram de mim.

Silvia Carla Lopes Eu não me senti ofendida Gaia De Melos Caversan.

Manoel Carlos Rubira É fundamental não julgar precipitadamente sem se abrir a compreensão do outro. Só estabelecemos diálogos se nos abrimos ao outro. Tachar de alienado, isso ou aquilo, é se fechar e dar continuidade a separação e ao conflito.

Manoel Carlos Rubira Vamos ao diálogo e à compreensão...

Manoel Carlos Rubira Por que não quer compreender mais profundamente esse fenômeno, que você está chamando de "alienação", Helena?

Gaia De Melos Caversan Falta de argumentação e teimosia pelo que vi nos comentários era o perfil dos "ALIENADOS" universitários, mas eu estou disposta a discutir e se houver algum argumento que me faça mudar minha opinião, não tenho medo de falar que estava errada. Mas ao que me parece, não é recíproco já que a argumentação passou longe das falas de qualquer um. Ouvi ofensas e retribui com argumentos. Não sei se se nessa época "nostálgica" era diferente, talvez era só gritar "é a minha opinião" já validava o discurso. A gente não pode dar o nome de "bagunça e vagabundagem" pra o que a gente não gosta e chamar de "grande confraternização" o que a gente gosta. Mas tudo bem, pra quem quiser, me faço disponível ao debate e ao diálogo. Já que a conversa faz parte do meu perfil.

Manoel Carlos Rubira Legal, Gaia.

Silvia Carla Lopes Cada um tem seu espaço de argumentação, sem ofensas. A mim a Gaia não ofendeu, muito pelo contrário apresentou-me argumentações válidas. Generalizei e reconheço. Mas que existem alienados existem, como em qualquer segmento.

Manoel Carlos Rubira Helena, meu posicionamento é apenas pelo diálogo com você e com todos. Não podemos nos fechar e nos colocar em oposição ao outro. É preciso compreender, para isso é necessário colocar em questionamento "nossas opiniões", se não, não avançamos. Beijos!

Gaia De Melos Caversan Alienação existe quando se existem pessoas. Da extrema direita a extrema esquerda, dos comunas aos Bolsominions. Dá igreja ou do partido, assim como as festas, a gente não pode chamar de "alienado" quem a gente discorda e "posicionamento forte" o que a gente gosta.

Bruno Emmanuel Sanches Gaia, me formei na unesp nesta década, não me considero um jurássico propriamente, e no meu curso uma boa maioria abomina esta festa, mto por conta da inexistência de criticidade (aí entra a alienação, enfim, as palavras significam e vem a doer nas pessoas de forma diferente). Além disso, sempre ouvi relatos de abusos, alguns estupros silenciados, enfim... Como nem tudo permanece o que é, tudo é cíclico e tal, espero que esta "grande confraternização" venha a melhorar suas concepções, para que seja algo agradável a todos, que tenha realmente este espírito de camaradagem e convivência. Digo por mim que se eu fosse mulher, trans ou travesti, não participaria do interunesp. Como homem nunca fui, pq não compactuo com esse universo. Nada melhor que uma boa troca de idéias e uma cerveja gelada e mto respeito pela individualidade alheia. E isso pode-se conseguir em outros terrenos.

Mafuá do HPA disse...

COMENTÁRIOS VIA FACEBOOK 6:
Gaia De Melos Caversan Sim isso é real, mas assim como na marcha pra jesus e as marchas "Fora Temer" foram relatados diversos B.O de assédio e estupro. Onde existe homens e isso não importa se é na Unesp ou no partido (e isso eu posso falar pq quase entrei em vários) vão existir estupro, e isso não por conta de universitários, mas sim pela cultura do estupro. Todos os espaços são perigosos pra mulheres e LGBT+ com a presença de homens cisgeneros. A gente tem realizar uma análise de sistema vendo a totalidade, e não só um grupo. Talvez esse momento se torne nitido, mas casos, mas a gente tá na realidade de que a cada 11 minutos uma mulher é estuprada no Brasil, isso com interunesp ou com interunesp. A culpa não é das festas, mas dos assediadores e estupradores.

Bruno Emmanuel Sanches Aliás, veja ali em meu comentário que eu falo que o interunesp serve para... e não falo exatamente de todos os indivíduos que decidem frequentá-lo. Muita gente vai pela festa, pela vontade de confraternizar, mas no fim pode sair com diversas cicatrizes disso tudo. Ou pode simplesmente ter curtido tudo, pq não? Concordo, mas há espaços em que o machismo e a misoginia se manifestam com mais intensidade. Marcha para Jesus, manifesto pelo patinho da Paulista, e... Interunesp.

Elizabeth Mello Gaia concordo plenamente com vc é muito pejorativo citar que os estudantes são alienados, bocais e burgueses... muito fácil criticar enxergam o que querem ainda são preconceituosos...acho que essas pessoas deveriam tomar cuidado com o que escrevem generalizando banalizando e ainda taxando os estudantes de alcoólatras e vagabundos que querem fazer só orgias....essas pessoas no mínimo devem pedir desculpas... conheço vários estudantes que vão e nenhum são alienados, bocais e burgueses muito pelo contrário sempre estão em movimentos e eles juntos com suas famílias dão um duro danado para estarem lá pois não é fácil.

Gaia De Melos Caversan Bom a interunesp não é como o rolê "DopaMina" que universitários costumam organizar com o intuito claro de estuprar mulheres. O rolê é mais embaixo que isso, como disse onde existir homem machista (praticamente um pleonasmo) vai existir estupro. Então a critica não tem que ser da festa, mas sim da super estrutura. Já que esse problema é estrutural e não dos eventos. Eventos não estupram, pessoas estupram.

Bruno Emmanuel Sanches Beleza. Aí nosso papo não avança muito, pois concordo que todo homem é machista e um estuprador em potencial, mas acho que há espaços em que isso ocorre com maior intensidade. Interunesp é um deles. De qualquer forma, o debate é sempre bom.

Gaia De Melos Caversan Qualquer concentração enorme de pessoas tem potencial. Isso não tem relação com esse evento em particular, isso no aniversário de Bauru, na expo, no bloco pé de cachaça, na parada da diversidade. É isso só em Bauru, se for expandir vamos chegar em mais grupos e eventos. Então por isso digo que a análise tem que ser da estrutura e não de um evento em particular
C
Bruno Emmanuel Sanches Sinceramente, vc acha que há mais estupro em um show de rock (seja lá qual banda for) e a de um show de sertanejo universitário?

Gaia De Melos Caversan Bom ai é seu julgamento de valor. Não posso afirmar coisas que eu não sei, baseada em estudos que não realizei. Sem fontes eu não afirmo nada. Não defendo homens de estilos diferentes. Por sinal grande parte dos assédios que eu sofri, não foram do "povão", foram dos amores da esquerda e dos "bossa nova, MPB e rock'n roll". Não julgo estilos, e como disse me baseio em análises, quando me apresentar algo que comprove que em um show de sertanejo há mais estupro que em de rock ao eu concordarei com você. Por enquanto, ainda coloco que isso é um julgamento de valor por um preconceito musical.

Mafuá do HPA disse...

COMENTÁRIOS VIA FACEBOOK 7:
Bruno Emmanuel Sanches Já frequentei os dois espaços, e o que percebo é que no ambiente do sertanejo o desrespeito é bem maior. Se, partindo desse pressuposto, vc considera um juízo de valor, mais uma vez não dá pra avançar muito.

Tauan Mateus não representa. sempre que ouço falar em interunesp isso vem na minha cabeça

Gaia De Melos Caversan Bom, eu como mulher trans, não vejo diferença. Sou assediada e cantada em ambos os espaços, das mesmas formas. E claramente espero argumentos antes de entrar em debates, mas você só está me jogando "não dá pra avançar", eu estou aqui esperando e discutindo, só gosto de fontes e não de opiniões pessoais. Sou bem chata nisso, não gosto de "é apenas a minha opinião". Eu como mulher posso falar o que vivencio, o assédio acontece por eu ser mulher e não pela música que escuto. Vou ser agredida na roda de rock ou rebolando minha bunda num baile funk. Rockeiro assim como o cara que escuta sertanejo, são homens e sim potencialmente os dois podem me agredir.

Tauan Mateus http://g1.globo.com/.../envolvido-em-rodeio-das-gordas...

Envolvido em 'rodeio das gordas' terá que pagar 30 salários mínimos
Alunas obesas foram agredidas e humilhadas…
G1.GLOBO.COM


Tauan Mateus aconteceu em Assis

Tauan Mateus mas não se trata de um incidente isolado. é uma prática

Bruno Emmanuel Sanches Bom, também espero argumentos para os debates.

Gaia De Melos Caversan Tauan não estou colocando o inter como um mar de amores, estou falando que não é diferente de nenhum outro evento.

Tauan Mateus e tem a ver com um certo contexto ... complexo ... que eu estou com preguiça de explanar no momento


Gaia De Melos Caversan Argumentei desde de o início, e dei inúmeros. E fiz diversas citações, agora se você não soube trabalhar com eles sinto muito, não trabalho com "é apenas a minha opinião".

Tauan Mateus Gaia. Força ai! Curte lá, se você conseguir. Ninguem tem que sentir culpa de nada

Bruno Emmanuel Sanches Resumindo: entendo quem gosta de festejar, participar dos eventos da interunesp e tal. Mas, na minha visão, quem participa de certa forma compactua.

M Cristina Zanin Sant'Anna Tauan Mateus em Araraquara também

Tauan Mateus e nem dar explicações, nem justificar... mas, é uma constatação, o machismo dá o tom da festa

Bruno Emmanuel Sanches Opinião é importante, também. Reproduzir te faz papagaio de pirata. Durkheim explica.

Gaia De Melos Caversan Bom acho que o papagaio de pirata não fui eu. Mas tudo bem, a ofensa vem quando a compreensão falha.

Julia Concuruto Reche A questão não é só o inter. É q em todo lugar os jovens não estão interessados em mudar o país. Conseguimos reunir milhares de jovens p festa mas e pra protestar? Não, só quando é incitado pela mídia e a situação do brasil ta cada vez mais feia. Eu estou cada vez mais apática com relação a política pq parece nao haver esperança pois nao há mobilização.

Henrique Perazzi de Aquino "Os jovens não estão interssados em mudar o país", isso explica muito.

Patricia Kamim Noossaaaa quanto juiz por aquiiiiii Definindo o que O OUTRO “tem” que fazer.

Mafuá do HPA disse...

COMENTÁRIOS VIA FACEBOOK 8:
João Biano Prezado amigo... essa juventude ai, dessa geração ai, que vai exclusivamente pra esse tipo essa festa, não tá a fim de protestar. Isso porque periga da Unesp ser privatizada. Mas mesmo assim, nada. A massa foi amansada com sucesso.

Camys Fernandes Tbmm ouvi q a Unesp corre serio risco de ser privatizada.. Ninguem se mobiliza?

João Biano USP, UNESP .... ninguém.

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Valquiria Correa Show Ludimila 100 ingresso já esgotado.

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Fran Barbosa Souza Aqui em frente de casa, estão no ginásio da escola.
Desde madrugada muita bagunça, gritarias, bombas, bebedeiras. Meus calopsitas e minhas meninas ( 3 cães) estão agitados por conta de tanta bagunça.

M Cristina Zanin Sant'Anna Isso é muito sério...

M Cristina Zanin Sant'Anna Pessoal, vivemos num mundo alienado e de alienação. Todos nós passamos por esse processo. Penso que a questão sobre a alienação aqui tratada foi mais de forma genérica. Tanto estudantes, quanto professores, universidades (pública e privada), sociedade, enfim etc. Uma das principais características do capitalismo é justamente essa, a transformação dos seres humanos em mercadorias e, principalmente, em máquinas geradoras de riquezas a serem expropriadas pela classe dominante. O homem se transforma em um ser autômato, desprovido de sua capacidade de compreender seu papel e, não obstante, reconhecer o valor de seu trabalho e de se apropriá-lo, por exemplo. A alienação do trabalho torna-se a base fundamental da exploração de uma classe sobre a outra na sociedade moderna contemporânea. A educação, ao lado da saúde, não escapou dessa dinâmica. Seja por meio de sua mercantilização descarada (a proliferação das escolas particulares e o fetiche por tal produto), seja também por meio da transformação da educação pública em um instrumento de formatação de uma força-de-trabalho barata, porém produtiva. Em meio a esse processo, percebemos o fenômeno da alienação do trabalho no profissional docente. E nos últimos 20 anos acompanhamos uma forte ofensiva da alienação do trabalho também no ambiente escolar. É disso que estamos tratando. Essa realidade que demonstra a discrepância absurda existente entre as ideias que permeiam a área da educação e a prática imposta nas salas de aula. Ao mesmo tempo em que observamos a existência e a divulgação de políticas educacionais e projetos político-pedagogicos que tem como mote a formação do ser humano cidadão, atuante e protagonista na construção de sua própria história social, essas mesmas políticas impõe modelos educacionais que buscam cada vez mais a burocratização e a desumanização do ensino e a alienação das pessoas.
Agora, particularmente, subjetivamente, tenho reservas com relação a esse tipo evento, bem como outros, não só esse, mas .... como criminalista, sei de como funciona a engrenagem do mundo ilícito e da corrupção.
Estamos aqui debatendo um assunto muito importante. E deveria ser levado a organização... porque não se faz um grande evento para reflexão de coisas mais importantes???
Busquem coletivamente formas e ações de resistência que possam impedir a destruição da educação pública de interesse social.

Mafuá do HPA disse...

COMENTÁRIOS VIA FACEBOOK 9:
Henrique Perazzi de Aquino Fomentei uma boa discussão e para tanto, expus algo do que penso. Sei que os tempos são outros, o tempo presente, mas mesmo diante de algo festivo e com as justificativas que li aqui, um ano difícil, coisa e tal, imaginem todos que mesmo diante de uma programação com os mesmos nomes apresentados, a existência de um grupo de alunos indo até, por exemplo, o Chico Buarque e propondo a ele uma noite com um show dele para 15 mil universitários, neste momento vivido. Seria uma só noite, algo diferente de toda a programação, mas refletindo sobre o momento atual. Chico poderia até não poder vir, mas outro, porém nada, 15 mil pessoas e, mesmo diante de um golpe destruiindo nossas vidas, nem um ato de denúncia. Não quero discutir o que são as festas da Athetica, o que elas representam, mas simplesmente ouvir as pasrtes e tirar uma boa conclusão. Que o debate continue a fluir neste sentido.

Bruno Emmanuel Sanches O Caetano teve um show proibido pela justiça essa semana em um acampamento dos sem teto. Ele só havia sido proibido de tocar em algum lugar no período ditatorial, época em que as atléticas foram criadas nas universidades. Tempos sombrios, estes.

Dexter Paes Leme https://youtu.be/zzQDdnJIobw
DEXTER - Ars Est Liber
E aí!! Vamos fazer um clipe juntos? É o seguinte, você e sua turma ouçam a…
YOUTUBE.COM

M Cristina Zanin Sant'Anna gostei

Dexter Paes Leme Obrigado!!! A arte vai fazer a consciência expandir e renovar os nossos paradigmas....

Roque Ferreira JUVENTUDE. Não há como fazer comparações retas em tempos e situações diferentes. Não há uma "alienação" generalizada. Considero que algumas perguntas devam ser realizadas? O que levou grandes parcelas da juventude a se afastar das organizações políticas tradicionais? No que estas organizações se transformaram? O que é imposto para a Juventude dentro de uma sociedade classe que a cada dia se torna mais excludente e incentiva o individualismo coletivo? Como a tribalização e a guetização das relações sociais contribuem para isso? Qual o papel e a responsabilidade dos docentes neste processo inclusive com.a defesa da Universidade Pública e para todos? Separar este debate do que ocorre no mundo e confina-lo em uma bolha levará as discussões a percorrer um caminho onde não haverão saídas possíveis. Isso tudo é sub-produto de um modelo de sociedade esgotado.

Marlene Alonso Gomes Barbosa Exatamente! 👍🏻

Roque Ferreira Por fim uma provocação: não basta querer, é preciso fazer Henrique, e nas luta de classes não se pode aplicar uma matriz com régia individualizada. Os exemplos da Revolução Russa que completa 100 anos nos tem muito a ensinar. Os costumes são resultado da firma como a sociedade se organiza, de quem detém o controle do conhecimento acumulado pela humanidade, e a serviço do que é de quem eles estão colocados.

Maria Cristina Romão Antes eram os diretórios acadêmicos que organizavam as festas mas alguns espertos viram nisso a oportunidade de fazer festas regadas a bebedeira e encher os bolsos, muitos fizeram carreira e abriram empresas especializadas em festas universitárias, estes grupos nunca estiveram ligados a movimento estudantil, muito pelo contrário.

Almir Ribeiro Eu militei no movimento estudantil entre o final dos 70 e inicio dos 80 do século passado. Ontem como hoje, as festas 'mobilizam' 'mais' que as ações políticas. (Lembro que as eleições para diretoria do CIENTE mobilizavam em uma semana uma quantidade de gente que não mobilizamos durante todo o ano.)
Uma festa é para ser um festa. E seria ótimo que elas NUNCA precisassem ser 'politizadas'. Uma ação política é uma ação política. E seria ótimo que elas também pudessem ser sempre uma festa.

Roque Ferreira Bem isso Almir. As destas no CIENTE; assim o PINGÃO DIALÉTICO.

Mafuá do HPA disse...

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Kátia Valérya Na minha época não tinha festa porque a gente era pobre mesmo, nem grana tinha. Se fizesse festa, não tinha passe pros 4 ônibus que tínhamos que pegar, todos os dias, pra ir e voltar da UFPE. E eram 5h por dia, só dentro dos ônibus. E morro de saudade.kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Alberto Pereira Grande Roque!
Adorei o "individualismo coletivo", bem como a "tribalização das relações sociais".
Tenho refletido muito sobre isso.

Henrique Perazzi de Aquino 15 MIL PESSOAS e só festa, diante do momento vivido pelo país e nenhum protesto. Isso me incomoda, pois vejo as que fazemos lá no bloco, onde tentamos unir a festa com o protesto, a denúncia, um espaço continuidade do outro. Daí, vejo a capa da Carta Capitalk que chega nas bancas aqui no próximo domingo e constato, o país num todo perdeu todas as boas oportunidades de se rebelar, 'YES, NÓS SOMOS BANANAS:
A imagem pode conter: texto

Maria Antonieta Ozeliero Spoldari Q pena!

Roque Ferreira Discordo. A juventude negra que luta nas periferias contra os assassinatos em massa por conta do racismo, milhares de homens e mulheres que lutam por moradia e terra, as greves que ocorrem em grande número em diversas categorias , mostram exatamente o contrário. O que ocorre é que não há como fazer mudanças estruturais com políticas reformistas. Imagem Lênin se dirigindo aos membros dos Sovietes e dizendo: eu perdoo Ketenski a Kornoliv ao invés de dizer: todo poder aos Sovietes?

Isa Rinaldi Henrique sinto exatamente como você. Tudo é político. Reunir centenas e ignorar o que o País incluindo a Educação que lhes diz respeito diretamente está passando é de uma alienação profunda e orquestrada por décadas de sucateamento silencioso do estado e das Universidades paulistas. Estamos em crise. De tudo. Qualquer situação coletiva poderia manifestar o que estão fazendo com o Brasil. Poderia não, deveria. E é por estas e outras que o golpe teve seara e continuará tendo. O nível é baixíssimo. A inconsciência do barulho imenso que se dão o direito de fazer atrapalhando nosso dia a dia, tirando sono de quem precisa de repouso e descanso. Acho que falta consciência de que a universidade publica e gratuita está muito ameaçada. Ouvi hoje numa fila "Tem que privatizar logo, daí vão estudar". Pois esse barulho deveria conter as bandeiras de lutas do povo brasileiro! Pois que a Universidade pública tem força ainda que não saiba que tenha! Força e responsabilidade. Pêsames pra Unesp!

Regina Ramos Muito bem refletido seu texto Isa Rinaldi. Com licença para reprisar..."...alienação profunda....de sucateamento silencioso..."

Isa Rinaldi Se vierem a expressar a angustia e desespero pelas excrecências que temos a cada dia neste governo golpista serei a primeira a aplaudi-los. Aliás, imaginemos se saíssem em protesto na cidade! Organizariam uma manifestação incrível! Estudante é como elefante, não sabe a força que tem!

Almir Ribeiro Gente sugiro que façamos como o Lula que em sua magnânima sabedoria (já sugeri sua canonização) perdoou os 'golpistas'. Perdoemos então estes jovens alienados (assim como os milhares de evangélicos que marcham para Jesus, mas não marcham pelos palestinos, os milhares de torcedores que enfrentam a polícia (e a outros torcedores) em defesa de seu time, mas se poupam de lutar contra a tentativa de proibição da Judith Butler, os milhares que lotam as sessões de Star Wars, mas nem baixaram de graça "O Jovem Karl Marx")... Digamos, como outro santo: "perdoai-os. eles não sabem o que fazem".

Mafuá do HPA disse...

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Isa Rinaldi Não estamos generalizando não? Estamos falando de 15 mil jovens que se movimentam, investem, numa festa com as características que ela tem, e que decidem ignorar o que esta universidade publica e gratuita representa para a sociedade. Estamos em estado calamitoso. É isto! Nem é necessário lembrar que generalizações não se aplicam. Que ha estudantes e estudantes e pessoas a eles relacionadas de todos os tipos. Ressalto que não vejo quem possa se responsabilizar pelas alienações de estudantes. De ninguém precisam para pensar refletir e apresentar seus sentimentos! Ora!

Ricardo Santana Henrique Perazzi de Aquino lembra da nossa conversa há 2 semanas vindo de SAMPA a respeito de movimentos. Esse povo tá em sintonia com o golpe. Cresceu ouvindo q político é ladrão e política não presta. O q viveram além do excepcional momento econômico do governo Lula? Período qdo, além de avanços sociais, houve tbém concentração de riqueza, q em parte beneficiou as famílias desta fatia de brasileiros . Não têm consciência de q se trata de um golpe; golpe este q atrasa nossa pesquisa e desenvolvimento com retirada de recursos das universidades das quais eles usufruem imaginando ser um direito de classe. Estão aq pra competir, beber, dançar, cantar, rir, comer, fazer sexo, consumir drogas, consumir toda a fantasia q o capitalismo neoliberal promete à classe média, a mesma classe média q bateu panela com a camisa da CBF e piscou luzes em prol do golpe.

Henrique Perazzi de Aquino Só por postar este texto li que já me comparam com ativista de internet. Menos gente, bem menos. Se a gente não pode tocar em feridas expostas e propor conversa, o melhor seria fazer vista grossa e deixar o barco rolar? Discutir é preciso, sempre.
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Maria Cecilia Campos Nas lembranças que trago da militância no movimento estudantil quando estava na universidade, bem longe, anos 60 e 70, as atléticas costumavam ser reduto da direita. O esvaziamento das organizações políticas entre os estudantes aconteceu ao longo dos anos junto com o mesmo processo na sociedade brasileira em geral. Hoje as atléticas estão mostrando seu poder de mobilização por aqui. Mostram o que move parcelas dos estudantes, seus gostos. Mas são eles também que lotam os excelentes shows do Sesc. Há contradições não só nessa face que se apresenta como também nas ausências, nos que se contrapõem ao acontecimento. Mas seja como for, difícil imaginar uma concentração tão grande de estudantes não época em que eu era estudante sem que a questão política ganhasse a cena. São sinais dos tempos. Mas não dá pra ficar contente e achar que isso é 'natural' que seja assim. É assim. Está sendo assim. Cabe a nós lembrar a eterna palavra de ordem: a luta continua! Não podemos nos sentir derrotados. Mas para atuar precisamos entender muito bem o que se passa.

Luiz Felipe O tema é um pouco mais complexo Henrique, essa festa não é uma festa do povo, do pobre, do filho da classe trabalhadora, ainda que hajam muitos deles no meio, essa festa é o fino da elite, o mesmo público que dispõe de capital financeiro e cultural para estudar nos melhores colégios, cursinhos e intercâmbios para depois tomar as vagas dos pobres da universidade pública.
Não haverá portanto qualquer tipo de manifestação política, fora o já cooptado e inócuo grito de fora Temer, mas os motivos são outros, não são alienados por serem jovens mas sim porque são os filhos de quem bateu panela com a camisa da seleção.

Lazaro Carneiro Carneiro pra quem "moro" perto do ginásio de esporte é terrível o barulho é ensurdecedor e quase me enlouquece , mas a beleza dos jovens é legal

Mafuá do HPA disse...

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Garcia Iggy Otários
"15 MIL PESSOAS EM BAURU, INTER UNESP E SÓ ESPORTE E SHOW, NENHUM PROTESTO
[...] No mínimo, estão perdendo uma raríssima oportunidade de botar verdadeiramente o bloco na rua e mostrar a que vieram. Ou estão aí só para fazer festa e eu nem sabia? Estudante indiferente é a mais clara demonstração de como este país regrediu em todos os seus quesitos propositivos. Estar preparados para adentrar esse cruel e insano Mercado, sem se importar com mais nada, eis algo do momento atual. Quando nem eles estão mais dispostos a se mostrar como vanguardas para uma possível reviravolta, acho que devo mesmo começar a pensar em desistir de resistir. Fica o registro.
HPA".

Marina Calori de Lion " Estudante indiferente é a mais clara demonstração de como este país regrediu em todos os seus quesitos propositivos".

Lua Rodrigues Rocha Bale, essa visão está me parecendo um pouco equivocada! Concordo com as fontes, e elucidamente, o Inter foi formulado como uma forma de arrecadar dinheiro pelo consumo, e não incentiva o esporte, porém isso não é desse Inter em particular. Mas essa cobrança de militância acho que beira a inocência. Mas enfim, primeiro, protesto precisa de articulação. Como as greves, ele não surge do nada. Está havendo protestos pelo Brasil todo, e não é de hoje. A diferença é que se não se concentra nas metrópoles ou nas áreas urbanas não são levadas como revolucionárias, sendo que geralmente a mudança vem principalmente desses lugares. Fazer um elo entre Inter e protesto das massas me parece delírio de "revolucionário" que acha que a revolução será instantânea, e não construtiva! É algo para diversão de alguns, muitas pessoas que vem apreciar o Inter não são bauruenses, e lucro pra outros. A questão que deveria ser conversada sobre o inter são esses subsídios e hospedagens dos artistas por meio de dinheiro público, uma discussão que já acontece há tempos. Boa parte dos estudantes pode não possuir estudo em economia política, campo de estudo fundamental para o entendimento do que se está acontecendo, porque primeiro não se é ensinado nas escolas e pode não fazer parte da graduação de muitos. Cobrar militância teórica desses estudantes é sonhar bem alto, beirar a burrice ao meu ver. Lembrem-se que estamos cobrando base teórica de muitos estudantes de rede pública que inclusive defendem as privatizações das universidades.

Garcia Iggy Meu problema não é o interunesp, são os universitários. foda-se se eles são de bauru ou não, estar na universidade e não ter tempo de organizar uma manifestaçãozinha mínima mas ter tempo de juntar um dinheiro do caralho e fazer mor corre pra viajar, se alojar em ginásio e os caralho me faz crer novamente que as universidades públicas estão infestadas de burgueses bancados pelos pais que só pensam em chapar. E não tem a ver com revolução ou fazer greve, qualquer ato "de massa" tem visibilidade ainda mais com bandeira de universidade, uma simples passeata não tira o temer do Governo mas também não faz mal a ninguém

Garcia Iggy Fora que eles tão zoando a porra da cidade inteira

Garcia Iggy E o mais importante aqui, é o tom de lástima. Eu não sou tapada a ponto de pensar que os jovens universitários vão salvar o país ou saber se articular politicamente. Só que isso é muito triste. Muito triste pensar que eu que nem tô fazendo nada da vida além de criar o Vicente consigo pensar nesse viés e esses otários graduados através do estado não estão pensando em nada

Tania Oliveira Evento lixo.
Mentes vazias.
Além das manifestações em geral tão necessárias nos tempos que vivemos, ressalto tbm os protestos pela causa animal. Tantos veganos nas universidades, não aparece nem 50 pessoas quando tem manifestação.

Marcia Ceregato Que juventude é essa?????

Mafuá do HPA disse...

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Gaia De Melos Caversan Tá vamos lá. Acho que em um post não conseguiria resumir o que poderia ser trabalho em uma tese de doutorado. Mas continuamos, vou apontar todos os motivos que me apontam esse "desinteresse" político da juventude.

Tatiana Calmon Karnaval Os velhos não estão interessados em mudar. Isso explica tudo.

Tatiana Calmon Karnaval Os estudantes vieram para a grande festa. São esses estudantes que no dia dia tem feito greves e ocupações em defesa do ensino. Por ocasião da reforma do ensino proposta pelo Alckmin e os estudantes secundaristas ocuparam as escolas e ruas, aqui em nossa cidade, em todas as frentes tinham estudantes da Unesp ajudando no combate.
Faltaram os sindicatos e as centrais, mas, esses estudantes estava lá. Assim como estavam na maioria dos atos contra o golpe. Generalizações são sempre perigosas. Mas tenho visto um grande número de estudantes da Unesp no combate diário cobre o golpe, contra o racismo, a homofobia. Digo isso inclusive por filha e amigos que estudam na Unesp e que diariamente estão combatendo. Que comecem os jogos.

Henrique Perazzi de Aquino Não existe como generalizar com nada, muito menos com os estudantes. A imensa maioria dos que estão no dia a dia nas lutas e ruas não está na "grande festa". Eu, por exemplo, adoro festa, mas aproveito e nela faço protesto, todos do Bauru Sem Tomate é MiXto agem da mesma forma. Tem, quem goste só de protesto e outros só de festa, mas estamos no meio de um processo quase irreversível danando o país num todo e só expressei minha opinião de que uma MARCHA ou um PROTESTO, ainda mais com 15 mil pessoas presentes, seria uó do borogodó, mas já entendi que isso não será possível e nem irá acontecer.

Dino Magnoni Henrique, não espere posição política alguma da maioria dos alunos de "classe média" bem nascidos e mal criados. Seja da UNESP ou de qq outra instituição pública. Toda vez que falo do golpe em sala de aula, das maldades infindas do ditador temer, o que eu obtenho de resposta é um silêncio cúmplice dizendo: isso não é de nosso interesse ou motivo de nossa preocupação. O que é pior, que muitos de meus colegas doutos ou dos técnico-administrativos bem posicionados na hierarquia, tem comportamento semelhante, e vários até engrossaram o coro paneleiro a favor do golpe!

Reginaldo Furtado Quando aluno da unesp, acampávamos no pátio da cantina por moradia estudantil e restaurante universitário; nunca imaginei que estavamos fadados à extinção!
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Kátia Valérya Só espero que não haja violência.

Henrique Perazzi de Aquino Nem todos, Tati, aos 57, meio alquebrado me proponho a lutar de todos os meios e maneiras contra o neoliberalismo, o capitalismo, o deus mercado, essa inabalável fé coletiva, mas não o faria seguindo os ditames do embutido nesta tal Atlethica, que como li aqui, desde o início esteve alinhado com outra linha de pensamento e ação que a de qualquer transformação social.

Tatiana Calmon Karnaval Então Henrique Perazzi de Aquino, refaça seu comentário acima. Abs

Henrique Perazzi de Aquino Eu só reproduzi e entre aspas o que haviam escrito e querendo entender mais, prolongar o debate, o citei. Gaia veio com uma boa explicação.

Mafuá do HPA disse...

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Gaia De Melos Caversan Em primeiro lugar gostaria de deixar claro que esses apontamentos são partes de análises feitas por mim e pelos meus pares em diversas discussões que realizamos.
O discurso se tornou obsoleto, as pessoas discurs mas o discurso continua preso numa estaca lá trás, as relações humanas já mudaram, mas os apontamentos e os discursos não se adaptaram. As demandas se tornaram outras e as relações humanas não continuam da mesma forma.
Os mais velhos sempre no discurso com superioridade e autoridade, se recusando a ouvir o que a juventude tem a dizer, tudo se resume a "isso é muito pós-moderno" ou "primeiro pensamos em revolução, depois em outros recortes". Bom nisso pode se perceber que o coletivo é pregado desde que você seja do mesmo perfil que o seu par, as pessoas querem se sentir inclusas no discurso e não mais esperar uma utopia política para depois pensar em seus direitos individuais.
Outro ponto é a tecnologia, quando digo que as relações humanas se alteraram penso nesse caso, a minha geração, que nasceu nos anos 95/99 pegou o final das brincadeiras de rua e o início das redes sociais, então sabemos dialogar melhor com as duas gerações, tanto a anterior como a sucessora a nós mesmos, no entanto a geração atual não sabe dialogar com a antecessora, já que seus discursos não são de realidades socio-politica totalmente divergentes. É isso faz com que haja uma falha no discurso, e mesmo que estejamos falando a mesma língua e a mesma coisa, não falamos da mesma forma. Talvez a militância dos anos 80 tenho sido de fato revolucionaria, mas não se trás entendimento pra quem nasceu 20/25 anos depois. Pra nós admiração, pra vocês nostálgia.
Um outro ponto é a crescente demanda das populações que cansaram de ficar esperando e esperando, claramente isso reflete na fragmentação das pautas, onde um único grupo não consegue aderir tudo, por isso se dividi. É como uma célula, depois que cresce, ela se divide.
A juventude não está menos politizada, no entanto encontrou outras formas de se politizar. Mas não se enganem, pois vocês não são tão opostos a nós, só não mais a mesma forma de ver o mundo.
Acredito que o que falta na realidade é abrir a mente e tentar parar de enxergar as relações atuais com o filtro dos anos 80. Essa época já passou, assim como os anos 30, 40, 50, 60, 70, assim como 2010 passou e assim como tudo vai passar e se alterar. Não digo pra parar de fazer análises, o que peço é que não se estagnem e tentem trazer novas percepções ao discurso.

Henrique Perazzi de Aquino Enfim, entendo todos os motivos expostos pela Gaia De Melos Caversan. Nada melhor do que misturar isso tudo com o que trazemos e procurar algo em conjunto, mas com quem estiver disposto a fazer algo pela mudança. Ela mesmo alenca atos onde atua, mas não vejo a imensa maioria dos que participam da Inter neles. A mesma luta que atuo é a dela, mas não a de todos. Não temos a mesma idade, geração diferentes, mas com amplas possibilidades de entendimento, assim como não compartilho com uma pá de ação dos de minha geração, ela idem com os de sua idade. Eu também vou em festas onde não coaduno com a mesma linha de pensamento do local, sem problemas. Só que na hora de militar, de desbravar caminhos, por que não sentar e tentar se entender com os ainda dispostos a fazê-lo, todos procurando se entender e caminhando pra frente?

Gaia De Melos Caversan A militância Chico Buarque não existe mais, hoje é a base de novas Genis que nos alimentamos, como Linn da Quebrada que nos inspiramos. E bem lembrado a Tati a juventude ocupou escolas e universidades, enquanto a velha guarda estava sentada fazendo análises e esperando atitudes externas. A minha juventude é as que fazem parte da Revolta da Lâmpada, ANTRA, Batekoo, coletivo subversivo (coletivo que eu fundei pra ações políticas dentro e fora da universidade)... São inúmeros, então desculpa, mas a generalização da "juventude" se torna tóxica para o discurso.

Mafuá do HPA disse...

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Gaia De Melos Caversan Me coloquei como exemplo, posso citar dezenas e dezenas de jovens dessa juventude que realizam o mesma trabalho que eu. Sabe porque não dá pra juntar porque a velha guarda se tornou autoritária e teimosa, onde como citei no meu comentário anterior, tudo que vocês não concordam é bobo ou fútil. E isso torna a discussão pobre e inútil, quando todos os lados decidirem agir como seres maleáveis e não como muros, ao sim um debate poderá ocorrer. De resto acredito que não haverá qualquer discussão produtiva. Agora me admira muito perceber que todas as pessoas da geração passada foram super militâncias e mamaram em tetas revolucionarias, já nasceram com o manifesto numa mão e o discurso feito na cabeça. Estranho, achei que tudo fosse construção, onde a sociedade constrói o indivíduo. Por exemplo a tecnologia digital veio pra evoluir a sociedade e para fragmenta-la. Não existe como vocês falarem de nós sem pensar em vocês mesmos, pois somos frutos da juventude passada. Logo não acho que a juventude não se interessa política, acredito que fomos construídos socialmente a pensar de formas distintas. Isso por realidades sociais e econômicas totalmente diferentes. Volto a repetir, é preciso parar de olhar pra geração atual com as lentes dos óculos dos anos 80. É preciso se atualizar para integrar.

Henrique Perazzi de Aquino Gaia, isso tudo que me escreve é lindo, mas desculpe, voce sabe, não representa o pensamento dominante da juventude hoje. Vocês, como nós, somos uma minoria diante desse mar de gente amorfa e doidinha prea ingressar o quanto antes nas leis do mercado. o entendimento entre gerações se faz quando o velho entende o que está vindo e quando o novo compreende o que já foi construido. Eu tenho meus motivos, os antes de mim os deles, os de agora os seus, mas no frigir dos ovos, muita possibilidade. Foi ótimo a discussão vir para esse campo, mas fugimos um pouco do ponto inicial, enfim, nem os velhos de minha geração, nem os jovens da sua se sentem bem representados na festa e nos prapósitos da Inter, mesmo que só festeiros.