terça-feira, 16 de agosto de 2022

DICAS (223)


DIA 16 É DIA DE OCUPAR AS RUAS - ENFIM, TEMOS CONSCIÊNCIA DE COMO FUNCIONAM AS MILÍCIAS VIRTUAIS A FAVOR DO CAPIROTO?
Elas existem, todos sabem, mas sabemos de fato como funcionam? O poder 2.0 do presidente de extrema-direita o ajudou a chegar ao governo em 2018 e agora ele insiste na mesma receita para as eleições. A diferença é que ele está no cargo há quatro anos e aumentou sua tropa midiática. O Brasil respira um clima sufocante de fake news , censura explícita e operações 2.0. São as armas com as quais o presidente Jair Bolsonaro pretende triunfar na batalha final pelo domínio do espaço virtual. Fala-se muito em um possível autogolpe, no papel fundamental das Forças Armadas , no núcleo duro que a extrema direita mantém, mas não tanto na luta pela produção de sentido que o PT e seus aliados já sofreu nas eleições de 2018. A história se repete agora, mas com o governo mais fortalecido em um campo onde suas milícias informáticas costumam tomar a iniciativa.

Quatro anos no poder permitiram-lhes incorporar mais recursos, financiadores de notícias poderosos favoráveis ​​ao seu projeto de continuidade e meios de comunicação mais amigáveis. Um deles é o caso do Jovem Pan , canal do YouTube que martela 24 horas por dia sobre os supostos méritos do militar que está em seu segundo mandato. O Google foi decisivo para sua consolidação – segundo a revista Piauí – e o que era um conglomerado de rádios paulistas se transformou em uma empresa multimídia que se orgulha de ser o segundo sinal de TV do país na internet. A ofensiva oficial para que nada escape aos seus milicianos virtuais se intensifica em um momento decisivo a caminho do primeiro turno de 2 de outubro. O capiroto e miliciano presidente não despreza recursos para cumprir seu propósito de reeleição. Agora ele está tentando contratar o hacker de Araraquara, Walter Delgatti. Ele é o personagem que ficou famoso por expor conversas particulares da causa Lava Jato que revelaram o arquivo que eles montaram para o ex-presidente Lula e sentenciá-lo à prisão. A desinformação continua imperando nos bastidores também dessa eleição, portanto, todo cuidado é pouco.

PRECISOU PAULO MAIA, PRESIDENTE DO CONSELHO MUNICIPAL DE CULTURA DENUNCIAR A SUSPENSÃO DO TRANSPORTE PARA VIAGENS REALIZADAS POR PROJETOS REALMENTE COM FINALIDADES CULTURAIS, PARA ELE RETORNAR
https://www.jcnet.com.br/.../811924-apos-denuncia-de...
A denúncia era do conhecimento público e ficou evidenciada com matéria na edição do último domingo no JC, resultando na reativação do transporte. Uma vitória diante da administração estar tentando retaliar o atendimento, após algo de irregular ter ocorrido não por culpa do transporte, mas sim, quando feito de forma irregular. O transporte, inicialmente já refeito para alunos dos cursos de Música em Tatuí já voltou a ocorrer e isso demonstra o quanto a administração está perdida e sem rumo. A denúncia de irregularidades foi feita para impedir a continuidade em atos irregulares, nunca para barrar a continuidade de atos feitos dentro da legalidade e das necessidades culturais.

A PROCESSANTE TERMINOU, DEU EM NADA, MAS EVIDENCIOU ALGO...
Ouvi de cabo a rabo o último depoimento da Comissão Processante contra a incomPrefeita bauruense Suéllen Rosim. Como já era de se esperar, sem provas substanciando o processo, ela não poderá ser cassada. Faltou o dolo. Ficaram no que o vereador Guilherme Berriel Cardoso havia prescrito, ela fez muito mal uso do dinheiro público, mas nada foi conseguido além disso.

Deste último dia, saliento da deselegância do advogado da alcaide para com a vereadora Chiara Ranieri. Ele a interrompia a todo instante, não deixando nem ela concluir sua linha de pensamento para externar numa pergunta. Tudo bem que ela divagou e saiu do tema, mas ele demonstrou algo feio de ser presenciado, ainda mais diante de uma mulher. Foi no mínimo grosseiro. Saliento também que, se a alcaide tinha seu advogado a tiracolo, faltou ao lado de Chicara o Consultor Jurídico da Câmara, que em nenhum momento se apresentou ou sugeriu algo para a vereadora, mesmo diante dos seguidos ataques. Ponto negativo.

Chiara poderia ter sido mais incisiva. Perderam a oportunidade. Talvez isso tenha sido ofuscado pelas constantes interrupções do advogado da alcaide e permitidas, diga-se de passagem. Chiara só se mostrou de fato como presidente da Processante no momento de sua decisão em esvaziar a galeria, recheada de apupadores da alcaide, numa espécie de turba convocada ao comparecimento, apupos garantidos. Berriel na sua curta intervenção causou mais estrago. Barrou o avanço do advogado da alcaide e num momento, o calou, quando deixou claro de mentira descoberta durante o transcorrer das tentativas de intimar sua cliente e ele, em Bauru, disse estar em Ubirajara. Foi pego com a calça curta e só sorriu constrangido. Na forma como se apresentou, mesmo deixando claro ser sua opinião, causou mais estragos nas hostes sullistas do que tudo o mais. Convocado desde já o Berriel, para com seu jeito e malemolência ser o inquisidor mór desta Câmara. Já do terceiro componente da Processante, vereador Julio Cesar, é como se não estivesse presente, pois não disse a que veio. Se o papel do vereador é investigar, passou longe deste papel.

Mais uma vez, tanto a alcaide, como seu advogado tentaram desmerecer o autor da Processante, Elias Brandão, mas Chiara os recolocou em seu devido lugar: "Aqui nessa Casa damos atenção a todos que nos procuram, desde os mais simples, sem distinção". A gente sabe que nem sempre é assim, mas assim foi dito e a dupla teve que engolir em seco. Enfim, nada de novo no Quartel de Abrantes, ou seja, estaca quase zero. Ficou evidente, ao final que, pelo aperto dado por Berriel, a compra foi mesmo, assinada no último dia do ano e tudo feito para não ter que devolver a importância, que sério fosse todo o processo de compra, teria que ter sido feito bem antes ou ao menos com mais competência nas justificativas. A alcaide gastou mal, forma horrorosa para um bom administrador, mas ficamos nisso. Talvez surjam fatos novos com o passar do tempo, por enquanto é só. Barco que segue, pois a correnteza continua forte, intensa e pode derrubar incautos.

O ASTRONAUTA É BLINDADO EM BAURU, MAS O MAFUÁ DÁ A NOTÍCIA:
SECRETARIA QUE FAZIA CAMPANHA PRO MARCOS PONTES DENTRO DO SEU EX-MINISTÉRIO É DEMITIDA POR FAZER CAMPANHA PARA O EX-MINISTRO
https://www.metropoles.com/.../cai-secretaria-que-fazia...
Aqui em Bauru tudo passa desapercebido, fingem que não existem notícias contrárias ao astronauta, pois o cara é o xodó da mídia local. Não estou vendo em lugar nenhuma notícia desse desligamento, notociado desde ontem e aqui pelas terras bauruense, como se não existisse. Marcos Pontes é candidato ao Senado, mais bolsonarista impossível e Christiane Gonçalves Corrêa, pessoa forte e influente, ali colocada por ele, antecipando a campanha em nome do seu padrinho político. Esses agem como se tudo pode ser feito, sem medo e receios, cientes de que estão acobertados pela impunidade reinante. Desta vez não deu, caiu de maduro (a).

O LIVRO DO AMIGO É HISTÓRIA NA SUA ESSÊNCIA
Eu e o amigo Gilberto Truijo estávamos prontos para ir ver o jogo do Noroeste (ganhou de 2 x 0 do Botafogo, de Ribeirão Preto), mas antes passamos voando lá para comprar o que nos faz ainda gastar algum dinheiro nos dias de hoje: um bom livro. E bom livro é este aqui, o "Bauru nos Tempos do Sertão", obra do amigo Luis Paulo Domingues, que produziu o texto e do Miller Guglielmo, um ilustrador paulistano, que pouco tem a ver com Bauru, mas um dia estava no Armazém Bar, se conheceram assim do nada e Luis falou pra ele do livro, ele se apresentou como ilustrador, trocaram figurinhas e toparam fazer o projeto juntos. Teve mais, o Luis andava pela cidade com um exemplar único deste livro, debaixo do braço e de empresário em empresário, oferecendo pra quem quisesse junto dele tocar adiante a empreitada de imprimir essa parte instigante da história de Bauru. Falava o valor pra todos, foi nos graúdos da cidade e nada, ninguém topou investir em Cultura. Um dia, também num bar, conheceu a arquiteta e designer Franciane Cabelo Veloso e contou, mais uma vez sua história. Ela ouviu atentamente, como poucos fizeram e ao final, sem pestanejar, depois dele ter tentado de tudo um pouco pela Bauru, quase a virado do avesso, a moça, que conheceu naquele instante, dona da Casulo Design, empresa de pisos e revestimentos em madeira de demolição, disse bancaria o patrocínio. E assim este livro foi possibilitado. Essa Conquista do Oeste Paulista não é um mistério, todos mais ou menos sabemos como aconteceu, mas poucos ainda a contaram de fato. O Luis está fazendo isso aos poucos e aqui mais um capítulo, lindo por sinal, escrita dele e com o belo traço do Miller, que conheci ontem no Bar da Rosa, quando do lançamento. Perguntei a ele sobre seu nome, ele me disse que sua mãe havia visto o nome, gostou e assim o registrou. Só depois foi saber, ela havia ouvido algo sobre Charles Miller, o inventor do futebol. Eu juntei tudo, pois tudo são histórias e valem a pena a gente falar não só do livro e do seu conteúdo, mas de tudo o que está no seu entorno. Isso tudoé por demais de envolvente, não? Luis Paulo insistiu e conseguiu...

2 comentários:

Marcos disse...

Henrique, mal uso de dinheiro público é improbidade administrativa. O dinheiro não seria devolvido, ela gastou de última hora porque essa verba da educação é de uso obrigatório, ela teria problemas com o MP se não aplicasse o que é carimbado para a educação. O ponto é, por que não o fez ao longo do ano? Por que não havia um projeto sequer para a educação e uso da verba ao longo do ano de 2021?? E por fim, questionar se houve caso pensado em deixar para a última hora e usar isso como justificativa para torrar a verba na compra dos imóveis.

O mal uso de dinheiro público já configura improbidade, chefe de executivo não pode sair gastando dinheiro público como se fosse sua casa.

Fora que, além das compras dos imóveis há uma série de outras improbidades cometidas por esta administração, motivos não faltam para cassação. O ponto falho desta processante em específico e que pode levar questionamento na justiça, foi a cagada da câmara ter arquivado a CEI e depois abrir uma processante sobre algo arquivado.

Sobre os secretários e a turma da prefeita nas galerias da câmara, nada de novo, o Izzo fez isso, o Nilson Costa tb o fez mandando sua tropa de choque na câmara, a diferença é que na época ainda tínhamos movimento sindical, estudantil e partidos que lotavam a câmara e pressionavam os vereadores a cumprirem o papel que lhes cabem.

Sobre o vereador Júlio César, ele mostrou sim a que veio, ser omisso e passar pano para a prefeita na processante. De todas as processantes que presenciei na cidade, nunca vi um vereador tão omisso como ele, nem esconde que está ali para amaciar para a prefeita.

E pra fechar, tanto o advogado como a prefeita chegaram no salto alto na câmara, narizes empinados, uma arrogância astronômica. A tática desde o início foi tumultuar, ela só tergiversou e o advogado só procurou tumultuar a processante. Também nunca tinha visto uma atuação tão medíocre e tumultuada de um advogado na câmara.

Diante de tudo isso que vem acontecendo, só me resta a certeza do fim da "esquerda", esse pessoal faz o que quer e não há uma direção sindical e partidária sequer para organizar uma militância para deixar essa administração em apuros. A "esquerda" hoje se resume a marchinhas de carnaval e encher a cara em bares de classe média.

Estamos fodidos!

Mafuá do HPA disse...

MARCÃO
Sou obrigado a CONCORDAR.
Disse tudo e mais um pouco.
Calou fundo...
Henrique - direto do Mafuá