1.) A HISTÓRIA ENVOLVENDO UMA PADARIA DE NEW ORLEANS E OUTRA DE AREALVAHoje é domingo, dia de divagar um bocadinho mais. Daí conto uma das tantas historinhas ocorridas comigo. Ontem eu lá em Sampa, após uma andança pela rua Oscar Freire, uma das badaladas paulistana, Lucas Melara, anfitrião meu e de Ana Bia em Sampa, quando passávamos diante de chiques padarias, ele volta a me provocar: “Em Arealva tem uma que faz tudo igual ou melhor, né?”. Rimos todos e conto aqui como tudo começou.
Eu e Ana estávamos circulando em New Orleans EUA, ano passado, passeando com a bauruense Giovana Barrenha, que por lá trabalhava num intercâmbio. Ela nos levou até uma chique padaria e diante daqueles doces com formatos nunca vistos, preços exorbitantes, as duas faziam questão de apregoar das maravilhas de algumas padarias, com doces nunca vistos. Eu só ouvindo, até o momento em que não mais aguentei e fui obrigado a dizer: “Muito salamaleque pro meu gosto. A aparência pode ser muito bonita, mas o conteúdo não deixa nada a desejar as nossas padarias. Inclusive, em Arealva tem uma que faz doces tão ou mais saborosos que esses”. Pronto, foi o suficiente para me achincalharem. Aguentei calado, sem muito discutir.
Na verdade, elas não sacaram minha ironia. Estava cheio desse negócio de ficar apregoando que tudo o que é de fora é melhor que o feito por nós. Sim, pra mim, não só a padaria lá de Arealva, uma que sempre que por lá estou faço questão de entrar e comer algo. Com uma bela apresentação, a padaria da dona Raimunda, a “Dona Catarina”, antes na praça central da cidade e hoje, num prédio construído para abrigá-la é um dos lugares mais frequentados naquela cidade. Não só seus doces são muito bons, como os pães. Sempre que passo por lá, trago alguns e um deles, um de leite, muito saboroso, só não trago sempre, pois é desses estilo “família”, ou seja, feitos para adentrar casas com muita gente. Na minha, como só eu e Ana, daria pra semana toda. E como pão é bom se comer feito no dia, levo só os menores. Doces, compro sempre, mesmo sendo diabético. São irresistíveis.
Tem padaria chique por muitos lugares por onde já andei na vida. Entrei em algumas. Doces muito vistosos e com nomes cheios de pompa, tudo também para elevar o preço. Tem muita coisa pela aí que é assim mesmo, com um nome vistoso, o preço vai lá pra cima. Evidente, tem muita coisa deliciosa e com finos produtos. Sei disso, mas não aprecio essa conversa de que só nessas são feitas iguarias inigualáveis. Refuto isso e daí, a ironia com que respondi a elas. O ocorrido lá nos EUA rendeu e Ana passou a conversa adiante. Sempre que entro numa padaria chique, como algumas lá na Oscar Freire, ela e Lucas me espezinham: “Em Arealva tem até melhor, né!”. Que a Raimunda não saiba, mas aprecio muito do que é feito da forma artesanal do interior brasileiro. O que consumo lá da Dona Catarina, encontro também em tantas outras e tanto ou até mais saborosas que muitas afrescalhadas pela aí. Eu não fui irônico com a padaria de Arealva, quis é ressaltar da especificidade de muitas delas, ótimas no que fazem.
A história é essa. Não tem muito salamaleque, tem é muito de como encaro o mundo à minha volta em tudo que faço. Portanto, para mim, sem pedantismo ou desmerecimento para essa ou aquela, tudo na vida tem seu valor. E por que não valorizar o que aqui temos. Já penso em para qualquer dias desses, quando Lucas Melara, hoje já um conceituado designer brasileiro, passar novamente por aqui e com tempo, o levarei junto de Ana Bia para conhecer os quitutes lá servidos em Arealva. Tomara passe num daqueles dias quando a vitrine vai estar recheada de guloseimas feitas para endoidecer gente sã.
A história é essa. Não tem muito salamaleque, tem é muito de como encaro o mundo à minha volta em tudo que faço. Portanto, para mim, sem pedantismo ou desmerecimento para essa ou aquela, tudo na vida tem seu valor. E por que não valorizar o que aqui temos. Já penso em para qualquer dias desses, quando Lucas Melara, hoje já um conceituado designer brasileiro, passar novamente por aqui e com tempo, o levarei junto de Ana Bia para conhecer os quitutes lá servidos em Arealva. Tomara passe num daqueles dias quando a vitrine vai estar recheada de guloseimas feitas para endoidecer gente sã.
As fotos: Na primeira Ana e Lucas, depois, todas as demais, eu, Ana e Giovana nas tais padarias de New Orleans.
Hoje pela manhã passo pelo terminal Barra Funda, pegando um ônibus do Prata para voltar pra terrinha. Como sempre faço e não consigo ficar sem, uma rápida passada na banca de revistas ali existente. Era um amplo espaço e hoje, diminuido para um dos cantos, com as demais fechadas e colocadas para locação. Por lá, muitas portas fechadas e o que já foi um dia aquele terminal, hoje estado terminal. A rodoviária de Bauru não é diferente. Sua banca fechou e recentemente também o tradicional Fran's Café. Tudo é deprimente pelos dois espaços, ainda movimentados, porém sem o status de antigamente.
Na banca lá na Barra Funda, muita decepção. Só dois jornais à venda, a Folha SP e o Estadão, nada mais. Também não mais existem outros. Adentro, vejo livros sendo vendidos, a maioria com cartazes de promoção, porém, pelo que a moça do caixa me diz, cada vez com menos clientes. Volto da França dois meses atrás e por lá, um país onde o modal leitor e bancas ainda resiste. Por lá ainda se vende bem papel e se lê muito. Por aqui, infelizmente, cada vez menos. Procuro pelas semanais e como sei, só duas revistas ainda sobrevivem dentro do atual mercado editorial, a sempre abominável VEJA e a atuante dentro da verdade factual dos fatos, a CARTA CAPITAL. Até bem pouco tempo existiam mais duas, a ISTO É e a ÉPOCA, mas definharam e falriam. Assino a Carta e gosto de sua linha editorial. Não leio a Veja e sei, a tiragem dela é praticamente o dobro da que leio.
Até quando elas continuarão pela aí, saindo semanalmente e insistindo em atrair leitores. Sou um dos abnegados, não só assinando como lendo de cabo a rabo. Tudo bem que a informação pode estar hoje contida em sites variados e multiplos, mas como já ressaltei, não ficando sem ler o modal papel, baixa muita tristeza em cada retorno para qualquer banca. Aqui em Bauru, duas delas me atraem, a da Ilda, junto do Aeroclube a as do Cláudio, uma no Confiança Nações e outra defronte o Confiança Falcão. Resistem como podem e tem que se virar nbos trinta para continuar de portas abertas. Acompanho bem de perto o que se passa com a Carta, com seu manager, Mino Carta já afastado da revista pelo adiantado da idade e uma valorosa equipe dando continuidade num audaz e vibrante jornalismo. Enquanto puder, estarei junto destes, pois em primeiro lugar, a valorização de quem faz e acontece, com o jornalismo impresso mais edificante ainda em pleno funcionamento. É o que nos resta, ou melhor, é o que ainda sobrevive de publicações persistindo. Escrevo isso com muita dor, pois já cheguei a colecionar muitas ao mesmo tempo, todas fechadas. Para mim, Piauí e Carta Capital me fazem continuar frequentando estes hoje insólitos lugares.
2.) ALGO DO QUE NOS RESTA DE REVISTAS SEMANAIS EM NOSSAS BANCAS
Eu AINDA não fico sem o modal leitura de jornais e revistas em papel. Por mais que tente, não consigo me adaptar ao modal proporcionado pela tal modernidade, o da telinha virtual. Primeiro por rabiscar tudo o que leio, com no mínimo grifando frases e tudo o que acho considerável. Não me peçam para fazer o mesmo num tablet, pois mesmo mais do que interessante, nada como o livro, a revista, o jornal. Hoje, com cada vez menos opções, permaneço lendo a mensal Piauí, o diário Jornal da Cidade bauruense e a revista mensal Carta Capital. Escrevo algo mais do que ainda consigo encontrar nas tais bancas, as resistindo ao tempo e abertas.Hoje pela manhã passo pelo terminal Barra Funda, pegando um ônibus do Prata para voltar pra terrinha. Como sempre faço e não consigo ficar sem, uma rápida passada na banca de revistas ali existente. Era um amplo espaço e hoje, diminuido para um dos cantos, com as demais fechadas e colocadas para locação. Por lá, muitas portas fechadas e o que já foi um dia aquele terminal, hoje estado terminal. A rodoviária de Bauru não é diferente. Sua banca fechou e recentemente também o tradicional Fran's Café. Tudo é deprimente pelos dois espaços, ainda movimentados, porém sem o status de antigamente.
Na banca lá na Barra Funda, muita decepção. Só dois jornais à venda, a Folha SP e o Estadão, nada mais. Também não mais existem outros. Adentro, vejo livros sendo vendidos, a maioria com cartazes de promoção, porém, pelo que a moça do caixa me diz, cada vez com menos clientes. Volto da França dois meses atrás e por lá, um país onde o modal leitor e bancas ainda resiste. Por lá ainda se vende bem papel e se lê muito. Por aqui, infelizmente, cada vez menos. Procuro pelas semanais e como sei, só duas revistas ainda sobrevivem dentro do atual mercado editorial, a sempre abominável VEJA e a atuante dentro da verdade factual dos fatos, a CARTA CAPITAL. Até bem pouco tempo existiam mais duas, a ISTO É e a ÉPOCA, mas definharam e falriam. Assino a Carta e gosto de sua linha editorial. Não leio a Veja e sei, a tiragem dela é praticamente o dobro da que leio.
Até quando elas continuarão pela aí, saindo semanalmente e insistindo em atrair leitores. Sou um dos abnegados, não só assinando como lendo de cabo a rabo. Tudo bem que a informação pode estar hoje contida em sites variados e multiplos, mas como já ressaltei, não ficando sem ler o modal papel, baixa muita tristeza em cada retorno para qualquer banca. Aqui em Bauru, duas delas me atraem, a da Ilda, junto do Aeroclube a as do Cláudio, uma no Confiança Nações e outra defronte o Confiança Falcão. Resistem como podem e tem que se virar nbos trinta para continuar de portas abertas. Acompanho bem de perto o que se passa com a Carta, com seu manager, Mino Carta já afastado da revista pelo adiantado da idade e uma valorosa equipe dando continuidade num audaz e vibrante jornalismo. Enquanto puder, estarei junto destes, pois em primeiro lugar, a valorização de quem faz e acontece, com o jornalismo impresso mais edificante ainda em pleno funcionamento. É o que nos resta, ou melhor, é o que ainda sobrevive de publicações persistindo. Escrevo isso com muita dor, pois já cheguei a colecionar muitas ao mesmo tempo, todas fechadas. Para mim, Piauí e Carta Capital me fazem continuar frequentando estes hoje insólitos lugares.
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