BERGOGLIONão encontro palavras neste momento para expressar dignamente o que sinto. Religião oprime muito a pessoa, mas algumas enfurnadas dentro delas são libertadoras. Este papa, Francisco (1936-2025) tinha este dom.
Ele soube, como poucos, estar sempre ao lado dos fracos e oprimidos. Recebia a todos, mas pelas suas expressões, dava pra saber com quem se sentia mais à vontade. Tentou a paz. Foi combatido pelos propondo um catolicismo ainda mais conservador.
Pelo que vislumbro, ocorrerá um retrocesso na sua linha de frente, a mola mestra. Como esse, vi nenhum outro. Só isso. Um verdadeiro diplomata. Com ele se vai mais um bocadinho daquela infinita esperança, dentro de cada um querendo transformar o mundo, pois como se sabe, o bicho pega bravio pela aí. Muito triste.
Terão peça de reposição à altura? Até existe, mas as forças contrárias são enormes e hoje quase intransponíveis. Carlos Latuff expressa muito bem isso tudo em sua póstuma charge.
TERÁ TERMINADO A LUA DE MEL COM SUÉLLEN?Talvez as duas manchetes deste último final de semana no Jornal da Cidade não tenham sido propositais, mas estão perfiladas de uma maneira bem sugestiva. O desGoverno da performática e fundamentalista Suéllen Rosin, a tempos já passou das medidas, joga pra sua torcida a todo instante er produz pouco, ou melhor, faz quase nada em prol da cidade de Bauru. Se através da Câmara de Vereadores nada ocorrerá de investigação, pois quem é pago para fiscalizar, em sua maioria, comprometidos dos pés à cabeça com a perdfição, resta duas hipóteses de resgate de alguma moralidade, através do Judiciário. Na manchete principal da edição de final de semana uma dessas ações com "Governo tem menos de 10 dias para demitir dezenas de cargos - Funções foram declaradas incosntitucionais pelo TJ em 2023 e projeto para regularizá-las deve chegar somente nesta semana". Por outro lado, algo também acachapante e mais do que questionável foi o projeto aprovado quase que unanimidade pelos perfilados vereadores são os tais dos 40 milhões para o DAE perfurrar poços em locais questionáveis, junto aos aquíferos no solo bauruense. Não existe um projeto viável, consistente e sério para resolver a questão da falta d'água nas torneiras dos bauruenses e a grana chegará nas mãos do futuro marido da alcaide, numa espécie de "preço do noivo" ou "dote". Isso de Bauru ter chegado ao limite, ter terminado a lua de mel é algo necessário. Tomara a cidade abra os olhos à tempo e combata com mais seriedade o que está ocorrendo em suas hostes políticas. Acumulam-se dívidas nos bastidores e cofres municipais, tudo causado por ações administrativas desastrosas e quando estes se forem, pois é certo que um dia abandonarão Bauru todos ao mesmo tempo, o que deixarão como herança será praticamente impagável. Quanto mais tempo perdurar esse fim de lua de mel, mais desastroso será o desenlace.
A SANFONA DO BAR DO BARBA Passava neste domingo diante do Bar do Barba, entrada da Feira do Rolo, junto do amigo Cido, professor de Geografia, quando sou chamado por ela - por quem não consigo me lembrar o nome. Ela acompanha a saga dominical do Barba na feira há mais de uma década e me chama para contar que, o Barba não está nada bem. Nos últimos tempos o via tocando sua sanfona na feira e isso, mesmo com todas suas dificuldades, era motivo para vê-lo alegre. Isso mesmo, a gente se contenta com tão pouco e este tão pouco faz tanto bem para nós, algo inimaginável por muitos. E fico sabendo, o Barba não está bem, pois sua sanfona/acordeon está quebrada e não pdoe mais tocá-la defronte seu bar. Tempos atrás, através de uma rifa por aqui, conseguimos recuperar a sua sanfone, pois num aperto a vendeu. Quem a comprou aceitou devolvê-la por um preço e com a rifa reestabelecemos a alegria do Barba. Hoje, com seu instrumento quebrado, ele já doente, negócio não tão legal, tudo deve estar favorecendo ele adoecer ainda mais. O fato é que saio de lá e isso não me sai da cabeça. Quantos iguais a ele não estão adoecendo por não conseguirem mais realizar pequenas coisas. Não sei se conseguirei movimentar novamente as mesmas pessoas que, tempos atrás, se predispuseram a colaborar e devolver a alegria ao Barba. Eu gostaria muito, vamos ver. Ele merece, pois sua presença na feira, com aquela alegria, ali na esquina de entrada é um sinal de que o domingo de todos que ali passam será diferente. Eu, por exemplo, sinto uma enrgia muito negativa toda vez que, passando por ali, não ouço o som de sua sanfona se multiplicando no ar. E quando ela me chamou ontem, talvez lançando uma garrafa ao mar, com essa mensagem dentro dela: o Barba tá precisando de um acarinhamento especial.
TRISTE POR CRISTINA BUARQUE Ouçam ela nos encantando:
Cristina era certeira. Certeira em cada nota das músicas que interpretava… Foi certeira em estar no Bip e ter inventado aquela bagunça.
Certeira em cada posição política, em cada historia boa que contava e escrevia - e como escrevia bem as contando. Aliás, que nunca se apague o seu perfil do fb, com todas essas postagens que iam dos muitos gatos que amava aos causos mais engraçados de Paquetá e de toda a sua historia de vida. E que historia!
Filha de Dona Memélia e Sergio Buarque de Holanda. Irmã de Chico, Miúcha, Ana de Holanda, Sergito, Álvaro e Piii. Mãe de 5 e avó de tantos outros. Talvez uma das famílias mais importantes para a formação da nossa cultura brasileira.
Preferiu ser mais importante à sua maneira do que se vender aos caprichos do mercado fonográfico. E foi muito mais importante assim!
Graças a ela a gente canta muita coisa. Seus discos não são de resistência, são de formação. A mim, pelo menos, me formou em Noel, Wilson Batista, Mauro Duarte, Velha Guarda da Portela… Sempre no andamento certo, e em melodias e letras mais certas ainda. E muito disso hoje em dia, em novas gerações e rodas de samba, é esquecido e, pior ainda, cancelado ou renegado. Ainda bem que tivemos Cristina pra lutar contra isso, mas agora temos muitos poucos.
Dei muita sorte de estar presente ao seu lado em vários momentos. A última vez no final do ano passado, onde dei um jeito de, sorrateiramente, levá-la pro bar pra comemorar seus 74 no lugar que era a cara dela, aquela esquina na Ilha de Paquetá, onde ela se entocou nos últimos anos. Desse dia, saiu um registro lindo dela cantando Cartola.
Acho que ao seu lado tive alguns dos meus melhores momentos musicais. Posto aqui alguns. Destaque pro primeiro quando, na pandemia, gravamos A Paixão e a Jura. Tem também, ainda à distancia pandêmica, ela cantando perfeitamente Resposta ao Tempo sobre meu violão. Tem outros registros de botequim, ensaios… Pena que a plataforma corta em 1 minuto cada vídeo, mas hei de dar um jeito de postar tudo na íntegra.
Beijo, chefia. Sei que agora você vai estar bem melhor aí. Aqui, vamos tentando seguir o que você defendia. Hoje e sempre a gente canta, em coro, por você!
Nenhum comentário:
Postar um comentário