segunda-feira, 3 de novembro de 2008

UM COMENTÁRIO QUALQUER (23)

A USC E O CURSO DE HISTÓRIA
Sou do tempo em que aquele estabelecimento de ensino ainda era chamado de FAFIL (por causa da Faculdade de Filosofia, pioneira por aqui). As “irmãs”mantenedoras do Sagrado Coração me corrigiam a cada nova citação, mas nunca aprendi direito. Fiz o Curso de História por lá no final dos anos 80 e começo dos 90, tendo o prazer de conviver com uma “thurma” das que deram mais trabalho para os seus administradores. Saíamos da ditadura militar e tínhamos a contestação na veia. O curso abria nossas cabeças e aquela junção de pessoas querendo fazer a cobra fumar era a sua própria combustão. Sentei ao lado de Duílio Duka, Barbosa, Sônia Fardin, Wilson Tuim, Paulinho PT, Sônia Mazzi de Itapuí, Fabíola Soares, Silvinha de Garça, Cláudia Calipo, Ricardo Cientista, Aurora, Nair Nasrala, Maria Alice, Oscar Sobrinho e tantos outros.

A foto aí ao lado é minha e nela, o Paulinho PT (hoje um grande comunicador em Campinas) diante de um cartaz com a minha grafia, colada na então principal escadaria do prédio, mostra um pouco disso. Não pichávamos nada, mas colar cartazes feitos à mão era nossa especialidade. Tínhamos um megafone e um garrafão de vinho a nos encorajar. Até o presidente do Diretório Acadêmico na época, o Reginaldo Tech tinha dores de cabeça com esse pessoal. Uma professora me deu um empurrão decisivo para continuar sendo esse inquieto de sempre: Lídia Possas e suas aulas de História do Brasil. Outros marcaram nossas vidas, como Saletinha, Terezinha Zanlochi, Muricy Domingues, a “velha mestra” Maria Anália, o João Francisco Tidei... O inspetor Dirceu tinha um trabalhão conosco, mas nos entendíamos, pois existiam afinidades.

Enfim, a USC – Universidade do Sagrado Coração (http://www.usc.br/) daquela época existe hoje somente num pequeno pedaço dentro de tudo o que vejo por lá atualmente. Imensidão de blocos e gente aos borbotões, cresceu muito rapidamentee diante disso acabou tendo lá os seus problemas. O Curso de História continua sendo o “Herói da Resistência” da Universidade. Talvez o seu primo pobre, mas o mesmo fomentador de idéias e ideais. A cada ano renova-se um velho comentário propalado pelos quatro cantos da cidade: se o Curso de História não tiver alunos para montagem de uma nova classe vai fechar. Ouço e sei que o santo dos historiadores foi forte até agora, mas precisa, mais do que nunca, receber novas pitadas de um gás revitalizante, pois qualquer ano desses a sina se consuma. Mais um vestibular está aberto, na verdade foi prorrogado e nem sei se uma nova classe já foi preenchida no primeiro, mas de uma coisa tenho certeza: a USC não pode prescindir da presença de tão contestadores estudantes. Os de hoje me parecem embutidos do mesmo espírito de antão. São os mais, como vou dizer, os mais versáteis e “barulhentos” (no bom sentido) do pedaço. Pois então, movamos céus e terra, estimulemos as pessoas, disparemos “emeleios” e abramos uma página no “iogurte”, tudo para que o curso tenha continuidade. Ouço até que o preço das mensalidades teve uma redução e uma adequação dentro da nossa realidade financeira, de posses enfraquecidas. Amantes da História,uni-vos! Esse é o momento e amanhã já pode ser tarde.

4 comentários:

Anônimo disse...

caro Henrique,
obrigado pela lembrança e pelas referências.
Espero também que outros "Henriques" aflorem por lá. abs.
João Francisco Tidei Lima

Anônimo disse...

Muito legal a gente voltar ao passado e reviver histórias como estas, hein????? Grande abraço, Ademir Elias.

Anônimo disse...

Boa tarde, meu amigo!!! Muito boa a matéria da Fafil, meu marido tb estudou lá, mas na década de 70.
GOIÁS BRASIL

Anônimo disse...

Olá..

Sou estudante do curso de História e acho importante blogs como esse que incentivam e traz à tona toda a importancia não só do curso, mas tbm da faculdade que oferece um excelente curso e como informado se tornou mais adequado a nossa realidade econimica

Abs !!

Vanessa