sábado, 29 de agosto de 2009

COLUNAS DO JORNAL BOM DIA (35 e 36)

AS MUITAS CENSURAS - publicada na edição de 22/08/2009
Existe muito de hipocrisia nessa discussão em torno da censura ao Estadão, envolvendo novas revelações sobre Sarney. Censura é repugnante e deve ser combatida, principalmente por uma mídia a apregoar ser sua atuação feita da forma mais transparente possível. Não pegou muito bem ela ser denunciada, justamente por quem a exerce. É que existe um outro tipo de censura, muito em voga nos dias atuais, a econômica, exercida pelo próprio patrão. É uma espécie de filtro, onde só são publicadas as notícias que não batem de frente com os interesses da empresa. Algo como uma versão mais recomendável dos fatos, bem distante dos interesses dos leitores. Essa passa batido. Se uma merece o merecido pau, a outra idem. E isso não acontece. Vejo gente da imprensa descendo a lenha na censura e posturas do governo, enquanto que no próprio quintal ocorre exatamente o exercício do alvo da crítica. É o caso de um jornalista demitido por uma rádio local. Criticava ferozmente vereadores até o momento em que foi fechado contrato de transmissão das sessões legislativas. O interesse mudou e como o jornalista não se calou, rua. Isso não é censura? Por que usam de dois pesos e duas medidas, como se uma não dissesse respeito à outra. Um simples espelho na sala de visitas refletindo a própria face resolveria isso tudo. E o estardalhaço da ida ou não da ex da Receita, a Lina, “hablar” ou não com Dilma. A primeira acusa, não prova nada e tudo é aceito. E daí? Baita isenção, hem!
OBS.: A charge ao lado, demostrando o poder do dinheiro, hoje presente até junto a Partidos ditos comunistas sai sem a citação da fonte, pois nada sei além da assinatura oa lado do desenho. Tendo como patrão o 'Dinheiro', tudo é filtrado segundo seu interesse.

FECHAMENTO POUPATEMPO - publicada na edição de hoje, 29/08/2009
Acompanhei todo o trabalho de restauro e reforma executado na edificação onde hoje está abrigada a unidade local do Poupatempo. Exercia cargo público, dentro da administração municipal anterior, justamente ligada ao restauro de três carros ferroviários lá instalados. Eles ficaram perfeitos e dão um toque charmoso ao local. Quanto à reforma em si, para instalação da Unidade, não existe como negar que existia uma urgência em sua entrega. Vivíamos um ano eleitoral e a obra foi apressada, beneficiando uma candidatura, a do tucano Serra. Porém, a estrutura feita não teria como apresentar as falhas indicadas hoje. E se ocorreram, comprova-se que, na pressa foram excluídas etapas importantes ou o orçamento aprovado não era condizente com a grandiosidade da obra. E se isso ocorreu, algo precisa vir à tona. Detalhes não podem passar despercebidos. Retrata como é encarada a execução de obras públicas nesse país, meros cabos eleitorais em campanhas. Não existem santos na política. O mesmo que critica, comete erro idêntico. Esconde o fato até ser descoberto. Comecemos com algumas perguntas: A reforma atual necessita de uma licitação. Ela existe? Onde está o laudo do IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas? A resposta a essas perguntas são importantes para que a cidade tome conhecimento do tempo em que a unidade permanecerá fechada. Outra pergunta: Interessa ao consórcio que lá atua continuar operando na unidade de Bauru? Eles recebem para tanto e não li pronunciamento deles sobre o assunto.
OBS.: As duas fotos são do arquivo do Sardinha (de bermuda), um que trabalhou no restauro dos carros instalados lá no Poupatempo, vivenciando aquele momento. Foram tiradas no dia da inauguração do local. Ganhei dele nessa semana. Boas recordações desse dia: festa do PSDB, fiz questão de ir de camisa vermelha.

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