ÁGUA DE BEBER, SEDE DE VIVER TUDO - publicado no BOM DIA, edição de 04.12.2010
Dois fatos bem bauruenses merecem ampla discussão. Primeiro o DAE – Departamento de Água e Esgoto, o primor do passado, diferencial de qualidade e atendimento dentro da Prefeitura Municipal. Com uma equipe e equipamentos de ponta deixava claro ser um serviço de excelência. Digo “deixava”, porque é isso mesmo, o DAE deixou isso de lado e discutir isso é algo primordial. O atendimento já não é o mesmo, o inchaço toma conta de suas estruturas funcionais e algo pior paira no ar, gente de lá de dentro conspira a favor de uma futura privatização. Por que todos que tentam administrar a autarquia não conseguem alterar algumas estruturas lá montadas? Resistentes, persistem num caminho de visível desvio de rota, provocando algo mais do que claro, um DAE remando contra a maré. Quem seriam essas pessoas e o que representam? Perguntas que não se precisa ser nenhum Sherlock para responder. Existem evidências de procedimentos facilmente detectáveis. Voltar ao prumo com mudanças estruturais, para o bem de todos, inclusive da massa de trabalhadores que levantou o nome da autarquia por tantos anos é a solução. Atender um
clamor das bases, verdadeiro pedido de SOS, só isso. Por outro lado, águas vieram com força descomunal e o resultado foi o previsível. Bauru não se preparou durante anos passados para situações como a vivida nessa semana. Que a Nações Unidas transforma-se num caudaloso rio é do conhecimento até das pedras do reino mineral, mas pouco foi e é feito para reverter a situação. Querem algo de concreto nesse sentido? Pois bem, nesse setor nem tudo ocorre de um dia para outro, tudo é um processo, lento e gradual. Credito ao ex-secretário municipal Nelson Fio uma das melhores soluções. Quando no governo Tuga fez de tudo para que Bauru tivesse uma fábrica de bloquetes. Equipamentos foram comprados e estão juntando teia de aranha num depósito qualquer da Prefeitura. Ruas com bloquetes e paralelepípedos filtram a água e essas não descem para nossas baixadas. Basta de ruas totalmente permeabilizadas. Não seria possível retomar isso? E aos poucos Bauru resolveria a questão. Retomar o trabalho interrompido lá atrás é um trabalho de formiguinha. E o equipamento já existe.ADEUS GENUFLEXÓRIO - publicado no BOM DIA, edição de 26.11.2010
Algo a orgulhar muito o Brasil nos últimos tempos é a sua atuação diante do mundo atual. O presidente Lula conseguiu remover de vez o jeito de fazer política externa de forma subserviente, tipo cabeça baixa e só dizendo “amém”. É a aplicação na prática do que disse Chico Buarque: “Quero um país que não fale fino com Washington e nem grosso com a Bolívia e o Paraguai”. Quem não se lembra da famosa reunião de presidentes onde todos se levantaram quando Busch adentra o salão. Lula permanece sentado e recebe o cumprimento igual a todos os demais. E por que deveria ficar em pé se quando adentrou o salão não se levantaram. Isso que Lula faz não é bravata, provocação ou confronto. É tratar a todos de forma igual e exigir o mesmo de todos. Nunca fomos tão respeitados lá fora como no seu período. Com certeza
o presidente não age sozinho. Essa postura tem nome e sobrenome, trata-se do tipo de ação do atual ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Com ele a importância do Brasil no mundo cresceu. Isso se deve ao que o Brasil representa hoje e a ousadia de pessoas como ele, que exercem sua função dentro de uma visão de política
externa inovadora e corajosa. Criticados aqui dentro pelos de sempre, lá fora, quase unanimidade, com elogios rasgados e reconhecidos como “Gigante Diplomático”. Abolimos um atávico complexo de vira-latas que nos fazia pequenos, introspectivos e sem coragem. Amorim, nosso diplomata com maior tempo no cargo, mais do que o próprio Barão do Rio Branco faz parte do Brasil do futuro. Lula é alguém incomparável, conta-se três ou quatro líderes políticos como ele no século e Amorim, um que dignificou o cargo ocupado, pois o fez de forma altiva e ativa. Melhor impossível. Afinal ele é daqueles que não tira o sapato para adentrar território ianque. E nem teria porque fazê-lo. Já num passado não tão distante...UM SHOW - "TAL PAI, TAL FILHO", OFICINA CULTURAL, DENISE AMARAL NO VOCAL
Esse foi na última quinta, 02/12/2010, na Oficina Cultural Glauco Pinto de Moraes, 20h30 (não começa mais tarde porque a vizinhança reclama depois), entrada gratuita e para ver e ouvir uma das melhores vozes de Bauru na atualidade, Denise Amaral (igual a vinho, passa o tempo e

3 comentários:
Henrique (sobre o texto Adeus Geniflexório), eu sei o quanto é dificil aceitar que somos enganados e muitas vezes engolimos coisas para nao ver que muitos diferentes se fizeram igual e compramos palavras que não fazem uma situação real.
Vc leu a entrevista do Celso Amorim semana passada e sobre o que ele falou de Cuba e medidas que ele quer incentivar que o país adote e que ele estará com prazer a ajudar??
Se essa "ajuda" for para a prática vamos ajudar a destruição da revolução cubana, eu estou enterrado numa tristeza profunda meu amigo com tudo que ando vendo e ouvindo destes que hj na verdade nos deixam a chupar os dedos, é uma pena nossos bons momentos serem tão efemeros, gostaria que nossas coisas extraodinarias como ida a argentina com chavez, ida a cuba, shows de um beatle durassem para sempre, mas as pessoas não quiseram assim, ou o marxismo ficou burro ou pessoas ficaram pelegos filhos da puta, com certeza, foi a segunda opção.
Abraços camarada
MARCOS PAULO - COMUNISMO EM AÇÃO
Henrique.
Obrigado pelas palavras. Vamos lutar sempre para divulgar a boa Música Popular Brasileira. Comentários como o que você fez só nos dá mais força e ânimo para continuarmos com nossa luta por mais cultura nesse País. Ano que vem terá mais. Abraços ... Neto
meu caro Neto:
Gente como você, a sua esposa Denise, só engrandecem a classe artística bauruense. Falo mais de vocês, como que presenciei na noite de segunda em sua casa. Era a cultura de Bauru reunida e em plena evolução. Que bela noite. Registro aqui na quinta.
Henrique - direto do mafuá
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