terça-feira, 14 de dezembro de 2010

PERGUNTAR NÃO OFENDE ou QUE SAUDADE DE ERNESTO VARELA (21)
1. UM ROCHA DEIXANDO BAURU
Esse Rocha veio para Bauru debaixo de um milionário contrato. Dizem que seu salário é o maior na cidade dentre empresários de vários ramos. Trata-se do reitor da USC – Universidade do Sagrado Coração, que após uma bancarrota financeira acabaram por seguir receita ministrada pelo Vaticano e juntam-se a uma instituição educacional chilena, ligada à Igreja Católica e – pasmem – ao nefasto regime ditatorial pinochetista. Não pensem que entraram com grana. Pelo contrário, vieram com a execução de ações. E elas foram implantadas. O resultado parece ter sido satisfatório, pois a universidade está saindo do vermelho. Mas a que preço? O custo da vinda do reitor, o Rocha foi alto. Mas isso não poderia ter sido feito com algum gestor brasileiro e com muito menor custo? Isso são outros quinhentos. Entendo assim. Uma pessoa de fora, com posições de mando fortes as executa sem dó e piedade. Velhos funcionários, gente que doou parte de suas vidas pela instituição não são perdoados nessa situação e o seriam se alguém daqui fosse executar o serviço. O fato é que a passagem do chileno Rocha por Bauru chega ao fim. Seu ciclo encerra-se em 30/12 e ele volta para o Chile. Por lá, dizem que a instituição mantida por sua família também já não está sob mando da família. Pasmem novamente, pois o mando passou para um grupo tendo por escudo a TFP – Tradição, Família e Propriedade. Algumas perguntas não consigo responder sem consultar alguns entendidos nessas questões: Por que cargas d’água a USC foi se meter com gente com vínculos com a TFP e Pinochet? Bom, deixa pra lá, eles sendo católicos que se entendam. Eu só registro a despedida do Rocha. Tchau, então.

2. O CRACK NA LINHA FÉRREA
O Jornal da Cidade publica ampla reportagem dominical sobre o crack em Bauru, principalmente com ampla movimentação diária e noturna na região dos trilhos férreos. Ouço na feira domingo uma pessoa que reside ali ao lado e observa tudo (na moita, pois não é louca de se identificar). Conta que diariamente eles se reúnem no local informado pelo jornal (debaixo do viaduto JK) e também na quadra de futsal defronte as casas da ferrovia. Diz que no último sábado, 11 para 12/12 eram mais de 50 pessoas, num festival de cachimbos acesos e uma briga generalizada entre eles. A quadra precisa de um funcionário e horários de funcionamento definidos, pois do jeito que está a bagunça predomina. Ótima reportagem do JC e melhor ainda o texto no dia seguinte de Carlos Augustus Apolinário (que não conheço), com o questionamento: “Drogas em Bauru? Mentira?”(http://www.jcnet.com.br/detalhe_opiniao.php?codigo=197766). Li e achei ótimo o trecho: “O governo federal lançou o Plano Integrado de Enfrentamento ao crack com a proposta de repassar mais de R$ 140 milhões para os municípios para a instalação de leitos hospitalares, casas de acolhimento, etc. Entretanto não houve nenhuma manifestação de que o município solicitou ou fez alguma proposta para receber esse dinheiro”. Daí por diante o questionamento fica por conta de quem me lê.

3. MARIA DALVA E O PERCURSO DA MARIA FUMAÇA
Não me canso de falar bem de Maria Dalva, nossa mais lúcida jornalista dentro do meio radiofônico bauruense. O noticiário da 94FM, das 12 às 12h30 é o mais saboroso (aumenta meu apetite gastronômico), tudo porque ela faz o que todos em sã consciência deveriam fazer: questiona, instiga e cutuca com um jeito peculiar só seu. Ouço hoje sobre o desinteresse bauruense em tocar projeto de parceria para levar passeio turístico para Agudos. Os motivos são conhecidos, mas poucos tocam neles. Ela declara as coisas no ar. Diz que ele voltará a correr nos trilhos (quando mesmo?), mas no sentido contrário, até Tibiriçá e mais, informa que toma conhecimento de que a burocracia já trabalha nesse sentido. E informa também (tudo dentro de tão pouco tempo, só meia hora de noticiário) que o prefeito de Agudos já desistiu de acordo com Bauru, aliando-se com as vizinhas do lado de lá, Lençóis Pta e São Manuel. Então quer dizer que a reunião no Bom Dia não valeu para nada? Por que isso tudo? Explicações se fazem necessárias, para que isso não fique assim no ar. Agora deixo meu cutucão: Do jeito que a coisa anda, talvez algo ocorra lá pelos lados de Agudos e funcione antes que o de Bauru, já existente, consiga ser devolvido aos trilhos.

6 comentários:

Anônimo disse...

Meu caro

Irmã Vilma deve ser a nova reitora. Essa você não sabia, né. Lembra-se dela do seu tempo de USC?

K.

Paulinha.T disse...

Que saudades de escutar a Maria Dalva no horário do almoço quando ainda morava na região de Bauru.


Abraços


Ana Paula

Anônimo disse...

A Bauru Painéis reformou a quadra, devolveu para utilização da Prefeitura e eles não mantém um mínimo de funcionalidade por lá. Enquanto isso, a quadra ao lado, na Nuno de Assis com a Alto Acre está em reforma. E a da linha, a restaurada foi invadida pelos craqueiros. Bota gente lá seu Rodrigo.

Marquinhos da Ferrovia

Anônimo disse...

PARECE QUE AMANHÃ HAVERÁ UMA REUNIÃO DE PUXA-SAQUISMO, COM PRESENTES...

ELE SE VAI E OS PUXA-SACOS FICARÃO...

K.

Anônimo disse...

Meu caro

Algum dia, será que alguém irá esclarecer para Bauru sobre os reais motivos da saída da irmã Jacinta da direção da USC? O que aconteceu de fato lá dentro, quais os desmandos que até o Vaticano foi acionado para procurar uma solução? Ouço disso sempre na boca pequena, na moita, mas nada escrito. Por que?

Márcio

Anônimo disse...

Não sei o que é pior.. o holandês colonialista, reitor da universidade pública assumindo a Secretaria de Educação do estado de São Paulo. Mas, ele e Alckim devem se merecer. Boa sorte a ambos, Pedro Tobias, os tucanos esquerdistas e os petistas direitistas.

Cláudia