sábado, 4 de dezembro de 2010

RETRATOS DE BAURU (92)

BAIANO, O DO BAR QUE VIROU MUSEU
Humberto Pérsio de Oliveira é seu nome de batismo, mas conhecido mesmo esse dono de bar e restaurante é pelo apelido, Baiano. Com um estabelecimento comercial perto de completar vinte anos, Baiano ficou famoso no Restaurante Barracão, um local onde além de servir refeições, acabou por ir recepcionando peças antigas das mais variadas, constituindo uma espécie de museu de curiosidades. O negócio cresceu, frutificou e hoje, muitos passam por lá só para deixar peças antigas, algumas históricas, que o Baiano sempre arranja um lugar de destaque para mantê-las em evidência. "Tudo tem o seu valor" é seu lema, junto de outro, que faz questão de repetir para todos que por lá passam, "isso aqui é um carro novo com os faróis virados para trás". Para ele tudo tem o seu glamour e merece ser exposto. Baiano é um sujeito sorridente, alegre com a vida e com as pessoas à sua volta. Trabalha e muito, numa espécie de faz tudo no lugar, sempre ao lado da fiel escudeira, a esposa. Bate nas onze, verdadeiro coringa, pois atende balcão, limpa o estabelecimento, serve mesas, faz entregas, divulga a casa e muito mais, desses que não param um minuto sequer. No balcão do bar, famosas são suas cachaças, uma com nome mais estranho que o outro, tendo até as que dizem levantam defuntos. Num canto, um aquário onde conversa com os peixes. Basta ouvirem sua voz para se ourissarem e ele completa: "Quem não gosta de carinho?". E põe a mão na água para acariciar seus mascotes. No corre-corre o próprio cliente vai até a geladeira e se serve de uma gelada, pois Baiano não dá conta de tudo. Enfim, de um barracão encravado no bairro Geisel, esse bom baiano toca sua vida, cada vez mais popular e comunicativo, pois no meio do caminho para uma universidade de Bauru, virou ponto de encontro e isso só lhe traz felicidade. É lá, entre bandeiras do MST, fotos de Fidel, órgão centenário, pés-de-ferro, chaleiras, enbornais, posters, velhos LPs, vitrolas e até comida, Baiano atende aos interessados em visitarem seu museu (ou seria bar?), que ele pretende faça parte de um roteiro cultural da cidade. Merecedor já é faz um tempão.
OBS.: Fíz um memória Oral, o de nº 45, em 27/07/2008 com ele, o "Um bar ao estilo Parangolé".
Observação final: Almocei no Barracão nessa quinta, 02/12, junto de Ana Bia e Rose Barrenha e presenciei algo gostoso de relatar. Baiano e a esposa estavam num corre-corre danado de bom. Aprontavam mais de cem marmitex no almoço e outro tanto no jantar, para o pessoal da Prefeitura que estavam envolvidos com a recuperação da destruida Nações Unidas, no trabalho ininterrupto desevolvido por lá (devolveram ela à circulação em três dias, quando o prometido eram dez). Toda a alimentação dos funcionários da Secretaria de Obras foi fornecida por ele, através de contrato feito por Pregão Eletrônico. Ver a dedicação com que Baiano montou cada marmitex é algo valoroso, como Bauru soube reconhecer o esforço dos funcionários de Obras. Essas coisas precisam ser lembradas e enaltecidas.

3 comentários:

Anônimo disse...

Olá amigos (as),

gostaria que vocês entrassem o link

http://www.infanciasemracismo.org.br/

para conferir a publicação do projeto:
Africanidade Mostra a Cara na Escola
desenvolvido em escolas públicas de
Bauru com o apoio do
Conselho Municipal da Comunidade Negra.
Grata,
Maria Cristina Romão da Silva

Anônimo disse...

O BAIANO É UMA DILÍCIA !!!
DIGO SEMPRE QUE ELE É UMA ENTIDADE...PORQUE UM HOMEM NA IDADE EM QUE ESTÁ (NÃO VOU CONTAR, MAS JÁ FEZ BODAS DE OURO) E COM ESTE PIQUE!QUANDO PRECISO, VOU TOMAR "UMA DOSA"...DE ALEGRIA!!!SUA ESPOSA É SEU ESPELHO, NUNCA VÍ TANTO COMPANHEIRISMO. COISA PRA DEIXAR TODO MUNDO COM INVEJA!AH! E COMO SEMPRE, ADOREI A COMPANHIA DE VOCÊS!!!!ROSE

Anônimo disse...

ôôô filhinho!!!

Saudades das costelas desossadas e joelhos de porco nos finais de samana!!!

Bão demais!!!

JP