quarta-feira, 10 de julho de 2013

PRECONCEITO AO SAPO BARBUDO (61)


OS MOTIVOS DA PARADEIRA GERAL NA NAÇÃO NO DIA 11
O país foi para as ruas e protestou contra uma série de desmandos. Alguns seculares. Pediu-se de tudo nos cartazes levantados. Nos escritos muito do que foi esse movimento a varrer o país. Algo precisava (e ainda não foi) feito e um esboço foi manifestado. Exageros e excesso de alguns. Vi exigências esdrúxulas sendo feitas, outras mais do que plausíveis. Tomara que o Brasil nunca mais seja o mesmo e aprenda a reivindicar, com o povo sempre voltando às ruas e reivindicando o seu quinhão desse imenso bolo. Pouco lhe é oferecido e na pressão, o apressamento é nítido. Promessas ocorreram e precisam de solução de continuidade. Torci muito para não ver o povo sendo conduzido por interesses que não os seus. Tentaram (e continuam tentando) fazê-lo engolir gato por lebre. Tem muito rufião infiltrado e se fazendo passar por bom mocinho. Tentam colocar palavras na boca e nas solicitações, sugerindo caminhos a serem seguidos. Reivindicação popular é uma coisa e a de uns poucos é algo bem diferente. As necessidades populares nunca serão as de sua elite dominante, pois essa sempre lhe virou as costas. Os desejos e aspirações de uns sempre andaram em caminhos mais do que opostos aos de outros.

Dito isso. Muito do que ocorreu nas ruas e instigado pela mídia, como o ataque insano aos movimentos sociais;populares e algumas bandeiras políticas específicas, vejo como uma tentativa de retomada do poder pelo grupo defenestrado do mando uma década atrás. Tentaram impedir a participação de quem poderia dar apoio a algum tipo de sustentação ao atual governo ou não aprovava uma ruptura com algo piorado. Daí a reação dos renegados de participarem do "congraçamento" (sic) inicial. Nesse dia 11, todos os movimentos sociais estão convocados, todos os impedidos até então, os revolucionários de antanho e todos os que estiveram e não se deixaram levar por interesses outros, para uma GREVE GERAL DE UM DIA, marcando posição, demonstração de força, pela causa comum, um país diferente do que temos hoje.

É assim que enxergo o que ocorrerá amanhã pelo país. Uma reação positiva a uma onda de conservadorismo ameaçando varrer a nação. A onda foi contida, mas o que poderá ser demonstrado ao país amanhã também não será suficiente, pois não vejo proposta nenhuma de alteração do sistema político vigente, excludente e decrépito. Luto por algo realmente novo, longe disso tudo vivenciado hoje, mas sei que o que está nas ruas, por mais avançado que possa parecer, estará longe do sonho sonhado. Mas nem por isso ficarei em casa, quietinho e vendo a banda passar. Meu bloco estará na rua, pois nesse país, sua história retrata bem isso, um degrau de cada vez. Subindo mais alguns, ótimo. Descer e retroceder algo impensável. Eis aí a importância do movimento de amanhã ser representativo. Contem comigo, mas não precisam nem se dar ao luxo de tirarem as crianças da sala, pois o barulho deve ser de pequena monta dessa vez.

3 comentários:

Anônimo disse...

ESSES SÃO SO COMENTÁRIOS QUE ESTAVAM HOJE CEDO NO MEU FACEBOOK:

Beto Grandini Caro Henrique, concordo com tudo o que escreveste, porém, me desculpe, a manifestação de amanhã não é do povo e para o povo ... É dos PTralhas para os PTralhas ... Tô fora!!!!
há 14 horas · Curtir

Humberto Carlos Biazon SEM BANDEIRA
há 13 horas · Curtir

Manoel Carlos Rubira Gostaria de dizer o contrário, mas os sindicalistas profissionais da Força e da CUT não representam os trabalhadores, ao contrário vivem do famigerado imposto sindical, que toma o dinheiro do trabalhador de forma compulsória. Sou a favor de sindicatos livres, não desses "profissionais".
há 11 horas · Curtir

Fausto Bergocce Abaixo os pelegos!!!
há 10 horas · Curtir

Henrique Perazzi de Aquino Digo a todos: As Centrais sindicais estão viciadas, reconheço. Estarei nas ruas não por algumas delas, a pior a Força, mas pelos movimentos sociais que lá estarão, como o MST, que respeito muito e pelas pessoas que, representando esse ou aquele movimento, os vejo nas ruas e lutas desde que me conheço por gente. Essas pessoas, as que ainda me movem, lutam por um país mais justo e soberano. E, infelizmente, via retrocessos perigosos em muito do que vi nas ruas, como uma abertura perigosa para o fascismo. Veremos, lá estarei, depois conto dos acertos e decepções...

Henrique - devolta ao seu mafuá

Anônimo disse...

Henrique

Eu também tenho disposição para ir às ruas hoje. O movimento nas ruas até agora foi um verdadeiro balaio de gatos e o de hoje novamente, só que mais democrático. No anterior as bandeiras de luta dos movimentos populares estavam sendo rejeitadas, hoje podem ser desfraldadas e a vontade.

Alvarenga

Anônimo disse...

O município publicou, através do Diário Oficial de 18 de maio deste ano, a prorrogação do contrato da Empresa de Transporte Coletivo Grande Bauru por mais um ano. O termo de concessão para prestação e exploração de serviços de transporte coletivo entre esta Empresa e o município foi celebrado em abril de 2002 com o prazo estipulado de 8 (oito anos), prorrogáveis por mais 2 (dois) anos, ou seja, o contrato deveria ter sido encerrado em 2.012, entretanto, com a extinção da Câmara de Compensação Tarifaria (CCT), em 2004 o Poder Executivo, a fim de restabelecer o equilíbrio econômico financeiro dos contratos de concessão de transporte coletivo e a compensar o déficit gerado, prorrogou em mais um ano o prazo de exploração, que se encerraria, portanto, em abril deste ano. Com mais essa renovação, se totalizarão 14 anos de uma mesma empresa explorando o transporte em nossa cidade tendo ainda o benefício de 12% de reajuste nas tarifas concedido pelo prefeito Rodrigo Agostinho no mês de maio. A tolerância no prazo concedido ao contrato restringe o caráter competitivo que deveria ser estabelecido às normas gerais de licitações, ainda mais quando as causas ou condições para sua alteração não nos foram apresentadas. Este ato até então imotivado nos faz julgar que há estabelecido uma preferência a esta empresa a distinguindo de demais que possam executar o mesmo serviço. Afinal, a alteração do contrato pela administração foi devida a algum fato excepcional ou imprevisível? Fato este estranho à vontade das partes envolvidas? Podemos e devemos sim “judicializar” esse debate, mas é certo que foi um ato administrativo imposto por decisões estritamente políticas e por interesses até então não confessados publicamente. Qualquer um que se coloque a favor dessa decisão esta está sob suspeita...
Fabrício Genaro