terça-feira, 13 de outubro de 2015

DROPS - HISTÓRIAS REALMENTE ACONTECIDAS (122)


EXECUTIVOS DA AIR FRANCE PAGARAM O PATO – PERDERAM A ROUPA CONTRA DEMISSÕES - E AQUI NADA...

Na França o bicho pega mais do que aqui. A crise que grassa aqui, ocorre também do lado de lá do oceano, em pleno solo europeu. Semana passada, a famosa empresa de aviação Air France, após tentar sem sucesso implantar um cruel plano de demissões voluntárias na empresa, estava ameaçando a demissão de quase 3 mil funcionários. Foi o suficiente, para de ânimos mais do que esquentados, os trabalhadores reunidos do lado de fora da empresa, no exato momento em que era decidido o destino de todos do lado de dentro, esses adentram o lugar e rasgam a roupa de alguns dos executivos. Leiam algo mais sobre o assunto aqui: https://br.financas.yahoo.com/…/demiss%C3%B5es-trabalhadore…

Violência. Ninguém é a favor de gratuita violência, mas quando ela ocorre de forma escancarada advinda das hostes da direção das empresas, nada melhor do que algo ser feito. Algo como o visualizado nas fotos aqui reproduzidas é comum na maioria dos países europeus. Em situações similares o povo se reúne e vai lá e faz o que tem que ser feito. Na Bélgica é comum tudo ser resolvido com algumas tortas na cara dos gananciosos. Anos atrás um jornalista iraquiano adentrou a sala de reunião onde o presidente norte-americano falava e num momento de descuido dos seguranças tascou-lhe uma sapatada. Passou perto. No caso francês, os tais executivos perderam a roupa e foi mesmo cômico vê-los pulando até alambrado para fugir da fúria dos trabalhadores.

Aqui a coisa é um tanto diferente. Ligo meu rádio de pilha e logo ouço que mais e mais trabalhadores aceitam pacificamente a redução da jornada de trabalho e, consequentemente, dos seus salários como “única” (sic) forma de manter seus empregos. Crise lá, crise cá. Culpa governamental? Sim, sempre esses possuem uma parcela de culpa. Mas só deles? Claro que não. No Brasil, o capitalista não aceita em hipótese nenhuma ter reduzido o seu sempre alto percentual de lucro. Aproveitam da conturbada situação e fragilizam ainda mais as leis trabalhistas. Tudo é permitido a esses nessas horas. E o trabalhador um tanto pacífico, não reage à altura como o momento exige. Nem unidos estão como dantes. Pedir que cercassem, por exemplo, os algozes, como já deveria ter ocorrido aqui em Bauru no caso da falência da Ajax é o mesmo que coloca-los na cadeia. Por muito menos o governador Alckmin manda bater em alunos, pais desses e professores que protestam nas ruas contra o fechamento das escolas. É a inversão total do que de fato deveria ocorrer. O povo é que deveria cercar o secretário da Educação e o Governador. Alckmim navega tranquilo no estado que o elegeu e o paparica, mesmo cometendo crueldades seguidas. Aqui, quem rasga a roupa do trabalhador é a nossa PM e a mando de alguém lá de cima.

Que o exemplo francês faça vicejar algo mais de revolta nas manifestações contra nossos algozes. Imagino no caso bauruense, todos reunidos e cercando os que lesaram seguidamente nossos cofres com o já conhecido Mensalão da AHB. Esses circulam não só livremente pela cidade, como o fazem com pinta de sabichões, como se nada tivessem cometido de errado, resguardados pela morosidade da lei, por uma impunidade que, se ocorre na prática, deveria ser punida com uma bela de uma rasgação de suas roupas. Seria ótimo vê-los todos pulando alambrados para fugir da fúria popular.
O LIVRO DO OZEIAS COM A DEDICATÓRIA DA LYGIA E AGORA COM MEU FILHO
Livros, sempre eles. Haddad, o prefeito paulistano irritado pelo despreparo de Aécio em só criticar, nunca concordar com nada, tascou-lhe essa: “Aécio deveria estudar e ler um livro por semana”. Olha ele aí de novo, o livro. O texto da citação está aqui: http://www.cartacapital.com.br/…/haddad-manda-recado-para-a…. Mas não é dele que quero falar. Todo dia tem um livro no meio do meu caminho. Hoje mais um. No dessa sexta conto uma historinha. Eu, mana Helena e filho Henrique estávamos na Cussy Junior, lá no seu comecinho quando ao estacionar o carro, assim sem querer, diante de nós um brechó e sebo, tudo junto e misturado. Convite para todos adentrarmos o lugar. É um espaço espírita, o Brechico Brechó com roupas variadas, livros com preços a R$ 10 reais e outros, todos por R$ 1 real. Dentre os cinco que trago, todos de R$ 1, um chama a atenção do filho, “A disciplina do amor”, da Lygia Fagundes Telles. Ele me dizendo que está lendo tudo dela e ao abrir a primeira página uma grata surpresa. Uma dedicatória feita pela própria escritora: “Para Ozeias Granja, o abraço muito cordial de Lygia Fagundes Telles – Novembro de 1980”. O livro a partir disso passou a ter um valor inestimável para mim. Primeiro porque tem a assinatura da autora numa dedicatória e depois porque conheço o Ozeias, que foi dono junto da Olga da Livraria Peruíbe, ali na esquina da rua Rio Branco com avenida Rodrigues Alves. Meu filho ficou com o livro e eu relembro aqui outra história dentre tantas com outros autores. Certa vez Jô Soares encontrou num sebo um livro seu, devidamente autografado e conhecendo o dono da dedicatória comprou e lhe reenviou a obra. Nesse caso sei de antemão que Ozeias doou um monte de livros que lhe sobraram dos tempos da livraria para entidades como essa espírita. Esse, por sorte, caiu um minhas mãos. Livros foram feitos mesmo para voar, fluir e navegar. Esse está navegando, um dia foi do Ozéias, hoje está nas mãos do meu filho. Mas o autógrafo dela lhe dá um caráter de inestimável valia. Pelo menos para mim. Para o Aécio não deve valer nada, mas para mim vale muito.

Um comentário:

Anônimo disse...

HENRIQUE

VEJA ISSO: http://brasileiros.com.br/2015/10/santa-casa-de-sao-paulo-demite-1-400-funcionarios/

SÓ NA SANTA CASA PAULISTA SÃO 1400 FUNCIONÁRIOS E ISSO É ANTERIOR A ESSA CRISE. MÁ ADMINISTRAÇÃO.

PASCOAL MACARIELLO