terça-feira, 6 de outubro de 2015

COMENTÁRIO QUALQUER (144)


UMA NO CRAVO E OUTRA NA FERRADURA
A NO CRAVO: ESSA EU ME CURVO TODA VEZ QUE A VEJO...
Uma batalhadora na acepção da palavra. Beirando os oitenta anos continua na lida e sem poder parar. Dona Hilda de Souza é catadora de papel e mora lá no Fortunato Rocha Lima, beirando a rodovia Bauru/Marília. Sobe e desce a pé e empurra seu carrinho sempre cheio de papelão pelas ruas. Já escrevi muito dela e apresentei o meu primeiro trabalho/artigo acadêmico tendo ela como pano de fundo. Não só as agruras do seu dia a dia, mas a continuidade da exploração que todos sofrem na pesagem e revenda do que coletam. Na cidade, algumas cooperativas funcionando mas nas mãos de gente com ligação umbilical com associações de moradores e outros interesses, muitos deles políticos. Muita coisa acaba não batendo com os interesses desses trabalhadores. Recebi de uma amiga de bancos escolares de mestrado na Unesp um belo trabalho feito aqui sobre essa realidade, o exato ponto nevrálgico da atuação dessas cooperativas, onde acertam e onde ainda erram e muito. Quando terminar a leitura, com a permissão da autora, quero publicá-lo aqui, pois versa sobre um baita de um problemão bauruense. Por enquanto, fiquem com duas doloridas fotos de dona Hilda, tiradas ontem perto do Poupatempo. Ao revê-la pelas ruas, dia após dia e nunca em momentos de lazer, mas sempre na lida, aquilo que me faz continuar tentando fazer algo para denunciar e tentar alterar algo dessa tremenda desigualdade existente entre as classes sociais no mundo em que vivemos. Gente como dona Hilda merece e muito estar em outra condição. Essa sim é uma baita de uma merecedora de um Título de Cidadania Bauruense e da página inteira na Entrevista da Semana do JC dominical. Sua história de vida é a desses tantos que enfrentam o touro a unha e não podem esmorecer um só segundo. Uma das figuras mais simpáticas do centro da cidade. Experimentem ir bater um papo com ela e depois me contem...

E A NA FERRADURA: SE O ALCKMIN PROIBIU É PORQUE TEM ALGO DE ESQUISITO ALI NO METRÔ
Eu não quero só falar mal do governador Alckmin, mas ele e os que o defendem com unhas e dentes fazem de tudo (e sempre mais um pouco) para que continuemos no bombardeio. A homenagem pelo que fez com a questão da água já era o ridículo do ridículo e o “amigão” querendo laurear o chefe deveria ser sim penalizado, pois o expôs ao ridículo. Passado isso, quando se esperava uma trégua para acalmar a gozação, eis que hoje algo mais sério é divulgado. Por ordem superior do Governo paulista de agora em diante está proibida a divulgação de qualquer matéria ou informação sobre os bastidores das maiores construções ocorrendo em São Paulo, sendo a principal delas as do Metrô, cujos valores já são objeto de escândalo internacional. Só daqui a 25 anos. Mas com que autoridade se pode fazer algo assim? Sinceramente não sei. Num momento em que a transparência é tudo o que se pede, uma lei draconiana como essa é tudo o que a oposição pede para deixar transparecer a existência de algo mais do que suspeito nessa e em outras obras envolvendo o Governo do Alckmin. Na alegação estás dito que tudo foi feito para evitar o uso das informações ocultas por gente mal-intencionada ou inabilitada. O que seria isso? Investigar não pode? Imaginem se Dilma fizesse aprovar algo assim? Estaria impeachmentada no ato, mas com o Alckmin o povo paulista adora fazer vista grossa e joga tudo novamente para debaixo do tapete. O que alguém em sã consciência pretende com uma lei dessas? Tentem me convencer de que não é para esconder algo. Quando criança, meu pai querendo nos impedir de fazer algo proibia e daí era o mesmo que dizer: “Façam”. Quem não gosta do que é proibido? Ainda mais nesse caso, onde algo já foi descoberto e agora tentam brecar tudo com lei que nem sei se tem validade legal. Agora danou tudo, pois vejo implícito na proibição algo tão revelador quanto tudo o que já foi apurado. Eles estão se entregando minha gente!!!!

2 comentários:

Mafuá do HPA disse...

COMENTÁRIOS VIA FACEBOOK SOBRE DONA HILDA:
Lazaro Carneiro Carneiro pessoas que vivem humildemente , de forma honesta, nunca rouba nada de ninguém jamais serão reconhecidas ,jamais serão homenageadas em placas de ruas lugar reservado aos ladrões
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Fatima Brasilia Faria Dona Hilda é tudo isso mesmo de uma simpatia e alegria que contagia qualquer carrancudo e mau humorado. Tive oportunidade de atendê-la na época da Nossa Caixa, sempre muito educada e grata pelo serviço recebido.
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Heloísa Alves Ferreira Leal Henrique, grata por apresentar D. Hilda. Pessoas como ela realmente inspiram como ser humano, ao mesmo tempo que nos deixa indignados com essa cultura politica e social que exclui, explora e discrimina, a qual d. Hilda procura transcender no seu dia a dia, por mais injusto que seja. Digna de todo respeito e amor.
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Rodrigo Santos Bauru · 37 amigos em comum
Deveria estar aposentada descançando. Infelizmente uma velha senhora sem eira nem beira nesse país, não vale nada.
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Agnaldo Lulinha Silva Uma verdadeira guerreira
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José Roberto Terrabuio Essa mulher é chegada num vinho . Sempre estava no bar do Belo na rua sao paulo. O belo tratava ela com respeito pois ela não era aceita em outros locais por descriminação e por parar o carrinho de papel em frente aos estabelecimentos . A filha dela tbem exerce a mesma profissão . Genta digna e trabalhadora .
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Aparecido Ribeiro A dificuldade faz parte do cotidiano destas pessoas, por isso sempre encontram forças para continuar lutando.
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Anônimo disse...


Meu sincero respeito a D.Hilda...
Cida Motha