segunda-feira, 21 de novembro de 2016

BAURU POR AÍ (132)


DAS DIFICULDADES DE ATENDIMENTO, UM SENTIDO DESABAFO SOBRE A SAÚDE EM BAURU*
* Relatos como esse abaixo são normais nos vários atendimentos feitos pela via estadual ou municipal em Bauru e refletem algo preocupante. Como estamos à beira de uma troca de comando no município na Saúde, eis algo para ser lido, compreendido e rapidamente corrigido. Juntei as muitas falar de uma mesma pessoa, em algo relatado a mim e agora publico sem a identificação de autoria:

"A minha vaga saiu no Hospital Estadual, só que não tem leito. A única coisa que fico triste é que muitas pessoas trabalham nesse ramo por falta de opção e coragem de ir procurar outra coisa para fazer. Estou aguardando aqui um leito pra ser internada. A cada hora que passa perco a função renal, o lúpus está acabando comigo pelas inúmeras dores e o diabete. Todos os remédios de uso do lúpus, insuficiência renal e diabete tive que comprar. Infelizmente nossa Saúde está uma humilhação, uma atrás da outra e no UPA do Redentor resolveram não atender, pois alegam que vão lavar a unidade, deixando outras ainda mais lotadas. Tudo que estou passando seja com família, amigos não é o teu caso vou deixar pra Deus tomar conta. Não tenho mais forças para brigar, questionar. Vou meu amigo manter o silêncio. O fato ocorreu, eu preciso comprar sabe aqueles gravadores que nem parece. Pois assim terei como mostrar pra mídia que somos tratados como animais. Gratidão amigo peço apenas oração, pois quanto mais demoro pra fazer a cirurgia da hemodiálise, menos tempo tenho de salvar esse rim e é só transplante. Obrigado.

A saúde em nossa cidade anda uma verdadeira vergonha. A falta de pessoas preparadas para trabalhar com as pessoas chegou ao caso humilhante vivenciado por mim. Procurei a unidade básica do Redentor/Geisel. Para minha surpresa fizeram uma ficha com pouco caso e pediram que deitasse em algum leito. Teve troca de dois médicos e em nenhum momento fui examinada. As enfermeiras passam pelos pacientes como se prestassem um favor. Como não estava conseguindo atendimento na nefrologia do Hospital Estadual, paguei as consultas no INEB, Instituto de Nefrologia. Com um preço de 350 reais a consulta, paguei os exames, desde a ultrassom e alguns medicamentos que não tem mais na rede publica. Fui perguntar pra medica plantonista da sexta feira, a mesma colheu meu exame de sangue e de urina sem me dar uma resposta. Quando fui perguntar, sobre o resultado, a enfermeira que não quis me deixar falar, veio para cima de mim querendo me agredir.

No outro dia, no plantão dela a tarde, chegou e me disse que eu não deveria estar lá. Minha família foi junto com meu esposo e as enfermeiras esconderam a planilha com minha situação. A noite eu fui pro upa do Mary Dota e estou aguardando ser chamada no Estadual. A cada hora que passa menos chances tenho. É isso que estou vivendo. A enfermeira do UPA do Mary Dotta disse que se eu quiser ser atendida devo procurar a Defensoria Pública, já que lúpus, insuficiência renal crônica e diabetes não são nada, essas as palavras dela. Vou publicar na minha pagina.

Já estou de volta para casa, mas a luta continua , infelizmente estou lutando com meus 11% de funcionamento renal, mas tem coisas que acontecem na vida da gente que nos faz parar e refletir e o que tenho mais feito: o que fazer com esses 11 por cento, ah, amigo tenho muita coisa, escrever um diário, fazer um ensaio de fotos, viajar, ler, alimentar melhor, ouvir musicas boas e acima de tudo fazer o bem, mas acho que sobra espaço para escrever sobre atualidade, fazer um curso e ainda outra graduação. Bom é bastante coisa, mas mesmo assim acredito que dá tempo, tem dias que ficarei tão chata, mas a culpa será dos remédios. Acredito que estarei perto de anjos, mas viver é a missão, desistir jamais, a vida ainda vale umas boas risadas. Um enorme abraço e gratidão e um abençoado domingo com sua esposa e amigos.".

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