Aurélio é o mentor da DIVA - DEPARTAMENTO DE INVESTIGAÇÃO DA VIDA ALHEIA. E assim, aquilo tudo se reunindo ali, bates papos intermináveis - alguns muito questionáveis -, de agora em diante, tem sigla e entendimento acertado entre as partes. Isso tudo tem um motivo. Tento explicar. Este envolvimento de muitos no entorno de uma das últimas bancas de jornais na cidade é fruto, em primeiro lugar, da simpatia de sua mentora, ILDA VIEGAS, que batalha neste segmento muito antes do modal impresso apresentar sinais de que estava prestes a falecer. Ela, pela sua simpatia e generosidade, atrai muitos no seu entorno e como ninguém quer ver a banca fechada, ficanram por lá uma espécie de protetorado, onde cada um faz o que pode - e também o que não pode - para manter o sonho aberto. União coletiva, pois sem a banca, qual desculpa dariam em casa para a escapulida dominical até não se sabe que horas?
Da última incursão, eu, este HPA passo por lá para devolbver um livro a mim dado pelo estimado Aurélio, pesquisa primorosa sobre o assassinato de Mara Lúcia, obra do jornalismo de Snata Cruz do Rio Pardo. Levo o livro, dado a mim e, neste momento, o doador quer reler. Me disse que o empresto e me devolverá. Ele para me agradar me repassa um, o "Garrincha x Pelé", de uma tese de mestrado em Juiz de Fora, encontrado por ele na Banca do Carioca, lido com a devida atenção e passado a mim - emprestado -, pois diz ter a minha cara. Ali é assim, um faz agrados contínuos para a querência alheia. Toca-se o barco desta forma por lá, agrados mútuos e continuados. Enfim, isso faz parte do Estatudo da Boa Convivência da DIVA, onde não são aceitos golpistas, proxenetas, larápios, falsários, fascistas e gente com dificuldade de convivência com o adverso. Ali todos acreditam se entenderem e assim a coisa seguem em frente, sem desandar. O triste disso tudo é quando Ilda confessou naquele dia da foto: "Vendo cada vez menos jornais e revistas. Parece que ninguém mais quer saber de ler nada. Porém, não desisto". E nem nós dela.
ADILSON JORGE É DESTES INESQUECÍVEIS BAURUENSES, A FINA FLOR DO QUE DE MELHOR TEMOS POR ESTAS BANDAS DO MUNDO
O danado se foi hoje e deixa imensa saudade em todos que o conhecem. Ele tem a cara de muitas coisas ao mesmo tempo. Tem a cara da vila Falcão, da boa festa, da solidariedade, do companheirismo, do sorriso aberto e franco, da paz interior e de tudo o que de bom existe no relacionamento humano. O bloco farsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco BAURU SEM TOMATE É MIXTO está de luto, pois perdeu um de daqueles que, além de participar da arruaça, vinha todo paramentado, produzido e pronto para bagunça. Muito tristes, nos solidarizamos com a dor dos seus, pela perda deste baita cara, imensa falta desde já.NÃO É TÃO SIMPLES A PESSOA INSISTIR EM FAZER O QUE GOSTA
O artista do traço Leandro GONÇALEZ Pires é a cara da resistência. Consegue manter um ateliê seu, vivendo só disso, encravado no centro da cidade, rua Bandeirantes, quadra atrás da Câmara Municipal, onde exerce seu ofício e ministra aulas, numa conjunção que só os fortes conseguem manter vivos por tanto tempo. Visitar sua casa, ateliê e também local de exposições é a certificação de que, com muita garra e luta, a gente vai conseguindo levar adiante nossos sonhos.A realidade do Rio de Janeiro é um paradoxo brutal e perene. Há décadas, a violência se entranhou no tecido social, a ação policial se confunde com a barbárie e o tráfico mantém seu domínio férreo sobre vastos territórios. Se o simples derramamento de sangue fosse a variável diretamente proporcional à segurança urbana e à erradicação do crime, o Rio teria se tornado, há muito, a cidade mais segura e livre das drogas do planeta.
No entanto, a equação é outra, muito mais perversa. O que se observa é a insistência genocida e maquiavélica de um projeto de direita em tratar problemas sociais complexos, fruto de histórica negligência e desigualdade, com a panaceia da bala. Esta não é uma política de segurança, mas uma cortina de fumaça. Uma encenação de força que serve para ocultar o fato de que as elites políticas e econômicas estão atoladas nesse pântano até o pescoço.
via Gui Jong Un ☭












", gaúcha Ana Saugo:

.jpg)





PAULO BETTI


: @ricardostuckert


.jpg)



.jpeg)
















