sábado, 25 de outubro de 2025
sexta-feira, 24 de outubro de 2025
CENA BAURUENSE (270)
AS FOTOS QUE FUI TIRANDO CIDADE AFORA AQUI COMENTADAS
01. Publicado em
02. Publicado em
03. Publicado em
04. Publicado em
05. Publicado em
06. Publicado em
07. Publicado em
08. Publicado em
09. Publicado em
10. Publicado em
11. Publicado em
12. Publicado em
13. Publicado em
quinta-feira, 23 de outubro de 2025
"Tiroteio em Frente ao Bradesco na Faria Lima: Superintendentes Envolvidos em Dívidas com Agiotas do PCCUm tiroteio chocou o coração financeiro de São Paulo nesta manhã, quando disparos foram efetuados em direção ao prédio do Bradesco na Avenida Brigadeiro Faria Lima, esquina com a Avenida Juscelino Kubitschek. Fontes próximas à investigação afirmam que o incidente está ligado a dívidas contraídas por altos executivos do banco com agiotas associados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores facções criminosas do país.
De acordo com testemunhas oculares, o ataque ocorreu por volta das 9h, quando um homem não identificado, vestindo roupas escuras e capacete de motociclista, parou uma moto em frente ao edifício e disparou cinco tiros contra as janelas de vidro. Os projéteis atingiram os andares 1º, 5º e 6º, aparentemente direcionados à sala de um superintendente. "Foi pânico total. As pessoas no saguão se jogaram no chão, e o vidro estilhaçou como em um filme de ação", relatou um funcionário do prédio vizinho, que preferiu não se identificar por medo de represálias.
A Polícia Militar foi acionada imediatamente, isolando a área e iniciando buscas pelo atirador, que fugiu em direção à Marginal Pinheiros. Até o momento, não há relatos de feridos graves, mas fragmentos de vidro causaram cortes leves em pedestres e funcionários.
Investigações preliminares, baseadas em fontes anônimas dentro do banco e da polícia, apontam para um acerto de contas relacionado a dívidas de jogos de azar. Dois superintendentes estariam envolvidos: um do setor corporate, responsável por grandes contas empresariais, e outro do Bradesco BBI, o braço de investimento do banco. "Eles acumularam perdas milionárias em cassinos clandestinos e apostas online, recorrendo a agiotas do PCC para cobrir os rombos. O superintendente do corporate seria o principal devedor, com valores que ultrapassam R$ 500 mil", revelou uma fonte ligada ao setor financeiro, sob condição de anonimato.
Especialistas em segurança urbana alertam que incidentes como esse destacam a infiltração do crime organizado em esferas de alto poder econômico. "A Faria Lima é vista como intocável, mas dívidas pessoais podem transformar executivos em alvos vulneráveis", comentou o criminologista Dr. João Silva, professor da USP.
A GY News tentou contato com os superintendentes citados, mas o Bradesco não respondeu a pedidos de esclarecimento sobre seus nomes ou status. A Polícia Civil assumiu o caso, prometendo uma coletiva de imprensa ainda hoje. Enquanto isso, o tráfego na Faria Lima permanece congestionado, e o prédio do Bradesco opera com segurança reforçada.
Fique ligado na GY News para atualizações sobre este caso que abala o mundo corporativo paulistano."Equipe de Reportagens da GY News- São Paulo, 20 de outubro de 2025 via João Lopes.
NOTA DESTE HPA - Notícias como essa me são muito gratas, daí as publico sem nenhum constrangimento, pois depois de tudo o que a Faria Lima criou de problemas para Lula e sua governança, eis este lado, cruel e insano, diria mesmo criminoso dessa instituição (sic), que hoje comando o mercado dinheirístico nacional, querenda fazer de gato e sapato os interesses nacionais. Na verdade, quando é levantada o que está por debaixo deste imundo tapete, revelações antes nunca imaginadas, ou se imaginadas, acreditava-se improváveis, porém, a cada dia, uma sá certeza, destes que fazem de suas vidas e têm o dinheiro como mola mestra, fazem sempre detudo e mais um pouco para amealhar cada vez mais, não se importando com nada além disto. E se Lula estiver no caminho, o atropelam. Com revelações como essa, percebe-se como agem e quais seus reais interesses. É ótimo acontecer isso e essas revelações despontarem na curva da esquina, para não nos deixarmos enganar. Eu sempre soube separar o joio do trigo. A Faria Lima sempre representou o joio, nunca o trigo.
quarta-feira, 22 de outubro de 2025
DROPS - HISTÓRIAS REALMENTE ACONTECIDAS (245)
TEMPO
1.) BAURU VISTA POR ALGUÉM QUE A OBSERVA DE LONGEConversei hoje com um conhecido assessor parlamentar numa cidade vizinha de Bauru e dentre todos os assuntos abordados, um ficou gravado fundo em minha memória: Bauru. É sempre bom ouvir alguém de fora, observador atento, tecer observações sensatas sobre sua cidade. As ouvi atentamente, trocamos diálogo revelador. Eis algo extraído desta conversa:“Trabalho pela região há mais de 20 anos. Viajo muito pelo interior do estado de São Paulo. Sou do interior, daqui de perto de Bauru e estou lotado na Alesp – Assembleia Legislativa. Meu trabalho é este, circular, fazer contatos, estabelecer relações e assim sendo, como bom observador, contato algo inevitável, fácil de ser comprovado, o da cidade de Bauru ter perdido sua pujança e hoje estar numa espécie de limbo, sem se mover e fadada a ser ultrapassada por outras, em situação bem distinta.
Eu entro em Bauru e não consigo descobrir uma definição adequada para lhe designar. Tem cidades que só de adentrá-la isso já está mais do que evidente. Em Bauru isso não acontece. Não tem isso em Bauru. Você fica sem saber pra que veio, no que está envolvida e qual seu modo de caminhar, de ser e de estar. O desenvolvimento não ocorreu de forma a lhe favorecer, o tal do progresso não aconteceu de fato. Tem um cheiro de estagnação, de ter parado no tempo. Essa paradeira não tem nada de proteção, mas de algo meio que abandonado, sem rumo e destino. Enquanto cidades, muitas antes muito menos pujantes que Bauru, hoje a ultrapassaram e estão anos luz à frente, Bauru foi deixada para trás. Isso tem lá seus motivos, pois nada ocorre por acaso.
Sinto isso só de adentrar Bauru, muito perceptível. Triste isso, pois em poucas cidades do porte de Bauru isso é tão notado. Sinto isso já na relação com as pessoas, tem algo de estranho no ar, no que você vê e sente. Bauru sempre foi muito importante como polo aglutinador de toda uma extensa região, com cidades menores dependendo dela para quase tudo. Até nisso percebo enorme mudança. O polo educacional um deles, pois antes tudo convergia para cá, com estudante de toda região. No comércio a mesma coisa. Ela já não possui o mesmo poder de atração de décadas atrás. E em outro quesito, o de ser cidade concentrando atividades relacionadas ao funcionalismo público. Seria este o seu destino? Só este? Não vejo mais como algo assim tão marcante e determinante.
Isto tudo se deve a quem a gerenciou e a destinou para que, essas perdas fosse ocorrendo e se acentuando. Não sou contra Bauru, enfim vivi nela bons momentos, mas o que lhes digo é sobre ela já não representar para muitos, eu um destes, o que já foi no passado. É com tristeza que lhe digo isso. Queria enxerga-la de forma diferente e assim como, muitas outras souberam caminhar de forma diferente, o que teria acontecido com Bauru que a travou. Sim, é assim que vejo Bauru, uma cidade TRAVADA. Não me critique pelas observações. Poderíamos conversar muito mais sobre isso tudo, pois sei é um assunto não para uma só observação. Só quis colocar um pouco mais de lenha na fogueira dessa boa discussão”.
E assim me foi dito. Argumentamos muito e, por fim, repasso aqui o conteúdo principal, para uma reflexão coletiva.
A relação entre as partes seguia em frente. Os problemas eram constantes e tudo culminou com a ação do filho, que no meio da noite se enforcou, fato descoberto só ao amanhecer do dia seguinte. Desesperados ao se depararem com a cena, ligam em busca de ajuda. A Polícia Militar comparece ao local e determina que, o corpo não pode ser retirado do local até a chegada da equipe responsável pela remoção. Este o procedimento de praxe, habitual e recomendável, até para que não desapareçam os vestígios de como o fato se deu.
Dentro do desespero causado pelo ocorrido, impossível conter a ação de parentes, vizinhos e curiosos, numa peregrinação envolvendo a residência daí por diante. E todos lá dentro numa emoção sem precedentes. O fato em si foi este e a partir daí outro, desde a comunicação para as “autoridades competentes”, estes só compareçam ao local para executar o serviço de praxe por volta das 13h. Ou seja, o corpo permaneceu pendurado numa corda, presa na janela do quarto a manhã toda para desespero do casal de velhos, os pais do enforcado.
A equipe de remoção veio de Bauru e ao chegar, retiraram o corpo e o levaram ao IML, precisando depois, alguém da família pra lá se deslocar, no reconhecimento do corpo. Sem entrar nos detalhes de como se deu a permanência do corpo naquela posição a manhã toda, mais de 7h no local, o fato é que, em tudo nestas circunstâncias, existe uma sequência de burocracia – dita por muitos como burrocracia -, que em alguns casos causa revolta e constrangimentos, além de muita dor. Imaginem a cena dos familiares mais próximos e da curiosidade de todos que ali passaram, querendo ver e até fotografar a cena. Dantesco, algo que poderia ser evitado. O velório começou no mesmo dia, à noite e o enterro na quinta, 23/10, na parte da manhã.
Os bombeiros entraram por acaso, por causa de um vazamento de água. Encontraram o corpo mumificado, cercado de pombos mortos, num quarto fechado por dentro. A vida tinha parado ali há mais de uma década. Mas lá fora, tudo continuava: as contas sendo pagas, a aposentadoria caindo na conta, o tempo passando.
Antonio vivia sozinho há 30 anos, desde a separação. Perdeu contato com os dois filhos. Com a família. Com o mundo. Sua rotina era vazia: caminhadas curtas, supermercado, o bar da esquina. "Era quieto, cumprimentava e ia à sua vida", disse um vizinho. Quando ele sumiu, pensaram que tinha ido pra um asilo. E esqueceram dele.
Xavi, do prédio ao lado, lembra de um homem cabisbaixo, abatido, quase um fantasma. "Ele deixou-se ir", disse outro vizinho. A maioria nem reconhece o rosto dele nas fotos. Invisível. Esquecido. Sozinho.
E aí vem a pergunta que ninguém quer fazer: quantos Antonios existem ao nosso redor? Quantas pessoas estão morrendo de solidão enquanto a gente passa reto? Vivemos num mundo onde alguém pode desaparecer por 15 anos… e ninguém percebe.
Porque solidão não é ausência de pessoas. É ausência de presença. É viver rodeado de gente e morrer sozinho mesmo assim. Antonio não precisava de dinheiro — as contas estavam em dia. Ele precisava de alguém que perguntasse: "Você está bem?"
E ninguém perguntou.
Talvez a lição mais dolorosa dessa história seja esta: a gente só é visto quando faz barulho. Quando incomoda. Quando exige atenção. Mas os silenciosos, os discretos, os que sofrem calados… esses desaparecem sem deixar rastro.
Antonio Famoso não morreu em 2025. Morreu em 2010. Só demoraram 15 anos pra perceber.
Olhe ao seu redor. Pergunte. Estenda a mão. Porque às vezes, a diferença entre viver e apenas existir… é alguém que se importa.
Texto extraído do "CHICO - CARTAS DE PAZ E CONSOLAÇÃO"
terça-feira, 21 de outubro de 2025
MEMÓRIA ORAL (323)
QUE PROTEÇÃO É ESSA?
Qualquer sessão da Câmara de Vereadores, como na desta semana, ontem,segunda, 20/10, necessitando de forte aparato policial, deixa claro estar sendo ali travada luta contra os interesses populares, daí os que apunhalam estes interesses, precisam de "proteção", pois do contrário o povo os impediriam de fazer o que fazem."NÃO POSSO ME PRONUNCIAR SEM ANUÊNCIA DA SRA PREFEITA, DESCULPE, MAS AQUI É ASSIM"Você percebe que um governo é nada, pouco ou muito autoritário e prepotente pelas ações, o modo como vai administrando o seu dia-a-dia, principalmente em relação aos que a rodeiam, os subalternos, os sob sua coordenação. Ouço enaltecerem pela aí que o Brasil é uma democracia e a Venezuela, Cuba, China, estes sim são ditaduras, regimes duros, onde a pessoa é controlada nos mínimos detalhes.
Algo até pode não girar como um reloginho suiço nestes países, mas aqui mesmo, neste país varonil, ainda sob forte influência norte-americana, rincão onde uns adoram não só pneus, como idolatram Donald Trump, este aprontando cada vez mais estripulias mundo afora, todas abomináveis, em algumas localidades, ocorrem fatos nada convencionais e a demonstrar claramente o exercício de algo que, pode ser comparado com tudo, menos com uma democracia.
Conto algo mais dessa absurda administração municipal, a conduzida sob tacão austero, absolutista de dona Suéllen Rosin, a já reconhecida incomPrefeita, mais fundamentalista impossível, daí, como se sabe, a cada novo ato, mais e mais autoritarismo, truculência e atos bem fora dos parâmetros ditos normais. Explico.
Vocês que estão me lendo neste momento, já repararam que, ninguém dessa exdrúxula administração não pode se pronunciar, sem a anuência de alcaide e de sua assessoria. Isso mesmo. Nenhum secretário pode ficar dando entrevista e falar o que pensa, pois o fazendo pode ser defenestrado no momento seguinte. Lei draconiana e bem ao estilo de Saddam Hussein, Javier Milei, Ruhollah Khomeini, Augusto Pinochet, Rafael Videla ou mesmo Emílio Garrastazzu Médice.
Faça o teste e comprove, o tal o ver para crer, o São Tomé. Tente ligar para um secretário de Suéllen em busca de alguma informação ou gravar uma entrevista sobre tema polêmico, ou mesmo trivial, mas podendo implicar em constrangimento para a alcaide. Por exemplo, ela costuma fazer promessas de campanha e não as cumpre. Vá lá em alguém do alto escalão e o questione. Sua resposta: Tenho que consultar os alfarrábios, ou seja, ver o que a assessoria acha, o que consequentemente é, já traduzido, ver se alcaide permite. Quando ela nega, o secretário some e nem responde quem o questionou. Primeiro por se sentir envergonhado por não ter podido responder e depois, o constrangimento vem junto com sua condição. Ou seja, para trabalhar junto dela, o esquema é este. É pegar ou largar, aceitar ou ficar de fora. Se com vereadores, estes eleitos pelo povo é assim, imagina com subalternos próximos. Deve ser um esculacho permanecer submetido às vontades de sua mãe, pai e marido, quiçá até de outros parentes.
Venhamos e convenhamos, que denominação poderia ser encontrada para designar tal atitude? Enfim, estamos ou não nessa tal de democracia? É normal isso, Terta? Evidentemente, Bauru hoje vivencia algo muito anormal, em todas suas vertentes e possibilidades. Essa só a ponta do iceberg.
Uma delícia ouvir isso. Aqui onde moro, na Zona Sul, poucos são os que resolvem de fato as contendas surgidas no dia-a-dia. Postergam ou chamam outrens para resolvê-las para si. Já num lugar onde a Justiça até chega, mas seria muito mais morosa, o custo disso tudo é meio que impraticável, ouvir o que ouvi é, para mim, mais que uma aula, dos tais procedimentos rápidos e práticos, bem com a cara das periferias, das entranhas de um país, onde ou se resolve logo a pendência, a enfrentando com a cara e coragem, ou no mínimo, as proporções serão piores. "Falaram que meu filho fez isso e aquilo com a filha de outra moradora. Quem estava saindo bem era a filha dessa e assim, ouvi meu filho, me certifiquei de como de fato a coisa se deu e fui bater na porta dela. Escancarei a história e quando ouvi, da própria boca dela tudo ter ocorrido da forma como meu filho me disse, pedi para que saísse no bairro gritando como havia feito, só que explicando como tudo ocorreu. E assim foi feito, pois do contrário, nos agrediríamos e só pioraria a coisa. Ela, da mesma forma que mentiu ao espalhar mentira, falou a verdade pra todo mundo ouvir. Resolvido a questão, a vida volta ao normal no lugar. Voltei dias após a conversar normalmente com ela e os seus, inclusive nossos filhos nem interromperam a amizade", continua seu relato.
Digo a ela que, tudo o que me conta daria um livro. Ela ri e isso a faz contar mais. Anoto algumas das histórias, outras ouço e acabo esquecendo - o que é uma pena. Na verdade, adoro quando permaneço um tempinho so seu lado, quando se abre com seus relatos. Aprendo muito destes procedimentos resolutivos implantados pela aí. Podem não ser os mais corretos e adequados, mas são bem conclusivos. Diante de tudo o que ouvi, chego à conclusão, ser eu da linhagem dos mais cagões, dos que deixam a coisa passar e demorando para resolvê-las, tomam proporções inimagináveis com o passar do tempo.
OBS.: As fotos são meramente ilustrativas.
segunda-feira, 20 de outubro de 2025
RELATOS PORTENHOS / LATINOS (152)
BAURU POSSUI HISTÓRIA POUCO CONHECIDA DE PEÇA DESAPARECIDA DE UM DOS SEUS MUSEUSNa Bauru suellista nenhum museu bauruense encontra-se aberto ao público. Isso é mais do que uma vergonha, talvez até maior do que ter algum objeto surrupiado de seu acervo. Ladrões existem aos borbotões pela aí, um mais audaz que o outro. As histórias destes furtos, como ocorrem, num daqueles momentos de descuído e quando se dão conta, pluft, lá se foi a peça rara. No museu mais famoso e importante do mundo, o do Louvre, em Paris, nestes dias, mais um roubo, quando com uma simples moto, adentraram o museu por uma janela e lá se foi rico acervo. O ocorrido não deve ter sido mero acaso, talvez tudo planejado e também, o que é pior, com receptadores já recebendo a encomenda.
O ocorrido lá em Paris não é surpresa. Dentre nós, os humanos, roubar sempre fez parte do negócio. Enfim, tudo o que dá para ser transformado em vil metal, ser vendido e assim, fazer a vida ser tocada adiante é feito. As histórias todas estão aí para não me deixar mentir. Conto uma daqui de Bauru, mais de uma década atrás e com algo noticiado pela imprensa, não sei se envolvendo investigação policial, mas um de nossos museus também teve peça importante levada na mão grande. No caso bauruense, pelo que me lembro, o revólver do Azarias Leite, ele espécie de rei da Baixada do Silvino, imperando numa época onde tudo era resolvido na base na bala, morreu e tempos depois seu revólver acabou sob a guarda do Museu Histórico Municipal, um que há mais de dez anos não abre suas portas.
A memória não se recorda de muita coisa, mas sei que, o revólver que estava lá num reservado especial, envidraçado, quando deram conta, havia sumido. A partir daí, muitas especulações e pelo que sei, até hoje, ninguém sabe, ninguém viu e o revólver escafadeu-se. Como se sabe revólveres não circulam por aí sem que alguém os conduzam. Ouvi na época versões as mais variadas, mas de fato, nadica de nada. O tal revólver evaporou. Fez parte da história destas plagas, de como era resolvidas as pendengas, na bala e depois, como se constatou, sumir com peças históricas, sempre interessaram para uns e outros. Daí, impossível não me lembrar neste momento do tal revólver do Azarías. Por onde andará peça tão importante do acervo bauruense, um que, quando um dia nossos museus voltarem a ser valorizados, com suas portas abertas, poderia ser observado numa vitrine? Pelo que imagino, ambas as coisas dificilmente ocorrerão nesta insólita springfildeana cidade.
OBS.: O revólver da foto é mera foto ilustrativa encontrada pelas redes sociais.
Ouvia uma rádio argentina dias atrás, quando o caso da corrupção envolvendo a família de Javier Milei, o ainda presidente, tenta se segurar, mas diante dos fatos, mais do que comprovados, acabaraá sendo defenestrado o mais rápido possível. Um dos líderes da oposição, o governador da província de Buenos Aires, o peronista Axell Kiciloff, denunciando a situações, a decrepitude do momento, toca num ponto dos mais sensíveis quando afirma: "Milei não é o dono do circo. Ele é empregado".
Aquilo me tocou profundamente, pois é exatamente isso. Milei é uma marionete, está a serviço de gente muito pior que ele, algunas dos que, sem coragem para executar o serviço mais sujo, elegem e colocam lá com mandatos, gente da pior espécie e, quando pagos, executam a crueldade sem nenhuma sensibilidade. Evidentemente, tem uma casta política, os tais donos do poder argentino, por detrás da marionete Milei. A casa por lá está caindo e no próximo domingo, depois de já ter tomado um banho nas eleições da região da Grande Buenos Aires, agora ocorrerão as nacionais e, como os argentinos não estão mais suportando as deslavadas mentiras de quem se diz libertário, mas só fez até agora, o curel e insano jogo da ultradireita.
O caso lá vai começar a ser resolvido nas urnas no próximo domingo, 26/10 e com a fala do Axell - que tem tudo para ser o próximo presidente daquele país -, transporto o mesmo para o que vejo acontecer Brasil afora. Mais precisamente no caso bauruense, quando os vereadores, quase cegamente continuam dando aval para tudo o que é apresentado pela atual administração, cada um destes possui uma carga inquestionável de culpa, porém, tem algo os movendo e este, pelo que se sabe, é a peça central. Qual a origem dos vereadores bauruense possuirem este tácito acordo de votarem em bloco, todos defendendo com unhas e dentes os interesses da atual alcaide? A frase do Axell cai como uma luva para decifrar essa charada. A partir dela, passamos a entender como são movidas as peças neste intrincado tabluleiro de xadrez. Enfim, o que faz tudo terminar em pizza quando das votações dentro da dita Casa de Leis bauruense?
"Você já imaginou descontos não autorizados saindo da sua aposentadoria ou da de seus avós?
Um esquema fez isso com mais de 4 milhões de brasileiros. O prejuízo? R$ 6,3 bilhões.


Agora, o nome de um advogado que Bauru conhece bem está no centro de tudo: Nelson Wilians.
O COAF identificou R$ 4,3 bilhões em movimentações “atípicas” em suas contas.
A Polícia Federal suspeita que seu escritório de advocacia pode ter funcionado como uma “lavanderia” para o dinheiro desviado dos aposentados.
Protegido por um habeas corpus, ele ficou em silêncio na CPI, que agora pede sua prisão preventiva.
Entenda a anatomia da fraude e a conexão bauruense neste escândalo. Leia a matéria completa no nosso portal de notícias.
Link da matéria completa: https://www.fmc-comunica.com.br/.../300-advogado-nelson...
#FraudeBilionaria #INSS #Aposentados #NelsonWilians #Bauru #Justiça #Esquema #Corrupção", Igor FErnandes, PSOL Bauru.
Um esquema fez isso com mais de 4 milhões de brasileiros. O prejuízo? R$ 6,3 bilhões.



Agora, o nome de um advogado que Bauru conhece bem está no centro de tudo: Nelson Wilians.
O COAF identificou R$ 4,3 bilhões em movimentações “atípicas” em suas contas.
A Polícia Federal suspeita que seu escritório de advocacia pode ter funcionado como uma “lavanderia” para o dinheiro desviado dos aposentados.
Protegido por um habeas corpus, ele ficou em silêncio na CPI, que agora pede sua prisão preventiva.
Entenda a anatomia da fraude e a conexão bauruense neste escândalo. Leia a matéria completa no nosso portal de notícias.
Link da matéria completa: https://www.fmc-comunica.com.br/.../300-advogado-nelson...
#FraudeBilionaria #INSS #Aposentados #NelsonWilians #Bauru #Justiça #Esquema #Corrupção", Igor FErnandes, PSOL Bauru.
domingo, 19 de outubro de 2025
DOCUMENTOS DO FUNDO DO BAÚ (210)
EXCLUSIVO E QUASE INÉDITOA CIDADE EXCOMUNGADA E OS SETE PECADOS CAPITAIS, VERSÃO BAURUENSE, NA VISÃO PECULIAR DE DOIS ARTISTAS – ALGO DA HISTÓRIA BAURUENSE REVISITADA DE FORMA BRILHANTE
O texto de hoje é longo, porém, vale a pena. Trata-se de algo histórico. Ontem, sábado, 18/10, tive a oportunidade de assistir este casal em ação, Cátia Machado e Nel Marques no Festival Viva la Vida, da Casa de Frida. Já ouvi muitas canções tendo como pano de fundo Bauru. Muita coisa esparsa, porém, o que ouvi agora é mais do que grandioso. Um projeto com começo, meio e fim, com uma certeira denominação e depois, seu desdobramento envolvendo os Sete Pecados Capitais, cada qual relacionado com fatos históricos vivenciados em Bauru. Isso tudo, pode parecer longo, porém como se trata de um projeto musical, precisava ser bem fundamentado e assim foi feito. Abaixo o texto deles, com as letras das canções:
“No início do século passado a cidade de Bauru teve registrado em sua história um acontecimento relevante. O projeto “A Cidade Excomungada e os Sete Pecados Capitais” tem por objetivo contar aos bauruenses um pouco da história da cidade, através de canções inéditas que relatam estes fatos de forma original, divertida, sem deixar de lado o viés histórico dos episódios selecionados para o seu repertório.
Bauru é um polo regional localizado no centro do Estado de São Paulo. Curiosamente, de tempos em tempos, encontra repercussão nacional através de notícias e peculiaridades que, muitas vezes, não são conhecidas por seus próprios cidadãos. Assim, mais do que fortalecer o protagonismo local, este projeto traz conteúdo que reforça o vínculo entre seus habitantes e a terra onde vivem. Além disso, foi na literatura disponível que os artistas buscaram sua fonte principal de pesquisa para criação todas as canções que serão apresentadas no show. Serão explorados desde fatos históricos da cidade quanto personalidades que se destacaram nacional e até internacionalmente, levando o nome de Bauru para fora dos limites de seu munícipio, fazendo jus à sua alcunha de “Cidade sem limites”. Com sete canções autorais de compositores que escolheram Bauru como a cidade para fincar raízes e dar seus primeiros passos em suas caminhadas artísticas, ficam os frutos e o legado de um projeto único e grandioso, para permanecer no tempo e na memória dos cidadãos. Os temas de referência para a criação das canções são baseados nos sete pecados capitais, fundamentado na relação cultural e religiosa da maioria de seus habitantes, bem como nos desdobramentos que estes causos apresentaram, tornando ainda mais rico e original o produto final desta obra. São elas:
Introdução – Música: Cidade Excomungada
1) Luxúria – Música: Prazer, Eny
2) Gula – Música: Bauru Original
3) Inveja – Música: Batistar virou verbo
4) Soberba – Música: Trem da Ambição
5) Ira – Música: Quem mandou matar Azarias
6) Preguiça – Música: Viaduto Inacabado
7) Apagão na América Latina – Música: ¨Leite derramado¨
Introdução: Cidade Excomungada
O dia 13 de agosto de 1913, uma quarta-feira, foi a data que ficou registrada na história como o dia do Interdicto da cidade inteira de Bauru. Mas, afinal, o que é interdicto? È uma pena imposta pela igreja católica para grupos que não se submetem às determinações do Papa e os dogmas da Santa Sé. Seus efeitos se assemelham à excomunhão, que é o impedimento aplicado para caso semelhante, quando se trata de punir uma pessoa que desacata a autoridade magna do Vaticano. Até onde a historiografia registra, Bauru é o único caso oficial e documentado de interdicto aplicado a uma cidade no Brasil. E foi até o ano de 1964.
O dia 13 de agosto de 1913, uma quarta-feira, foi a data que ficou registrada na história como o dia do Interdicto da cidade inteira de Bauru. Mas, afinal, o que é interdicto? È uma pena imposta pela igreja católica para grupos que não se submetem às determinações do Papa e os dogmas da Santa Sé. Seus efeitos se assemelham à excomunhão, que é o impedimento aplicado para caso semelhante, quando se trata de punir uma pessoa que desacata a autoridade magna do Vaticano. Até onde a historiografia registra, Bauru é o único caso oficial e documentado de interdicto aplicado a uma cidade no Brasil. E foi até o ano de 1964.
A letra:No meio do caminho do areião/ uma capela bem na contramão/ fez coronéis e até bispo cristão / pedir pro papa autorização
Eles pediram pra botar no chão / a igrejinha e em seu lugar / fariam imponente construção/ que a santa se iria se orgulhar / mas o vaticano disse não - 3 x
Então, na calada da madrugada/ a casa de deus derrubada / ninguém sabe e nem viu nada./ Não teve reza, promessa e oração/ que nos livrasse da condenação/ toda cidade, cada cidadão / do interdito, da excomunhão
E pra quem pensa que isso e passado / te conto tá muito enganado/ fé e poder inda vão lado a lado / pra nos manter, alienados./ Na cidade excomungada/ e os sete pecados capitais.
Eles pediram pra botar no chão / a igrejinha e em seu lugar / fariam imponente construção/ que a santa se iria se orgulhar / mas o vaticano disse não - 3 x
Então, na calada da madrugada/ a casa de deus derrubada / ninguém sabe e nem viu nada./ Não teve reza, promessa e oração/ que nos livrasse da condenação/ toda cidade, cada cidadão / do interdito, da excomunhão
E pra quem pensa que isso e passado / te conto tá muito enganado/ fé e poder inda vão lado a lado / pra nos manter, alienados./ Na cidade excomungada/ e os sete pecados capitais.
1) PRAZER, ENY - Eny Cezarino; Com um grande tino para os negócios, Eny Cezarino, que começou a vida na prostituição, em pouco tempo seu estabelecimento alcançou projeção nacional e internacional, fazendo da cidade uma referência e ponto de visitação quase obrigatório para grandes nomes da época, desde jogadores de futebol, até políticos, artistas, celebridades, padres, entre outros que podiam pagar pelo prazer sigiloso que ela oferecia. Viveu seu apogeu, entretanto, sem desfrutá-lo no final de sua vida, aos 69 anos, depois de perder tudo e ver a emancipação sexual das moças ditas “direitas”, como um dos fatores que levaram seu negócio à decadência. Outro importante fator de seu declínio foi um golpe que sofreu por parte do contador que administrava sua fortuna, quando o mesmo desviou boa parte de seu capital para tentar a sorte como transformista na Europa. Sem entrar no mérito das questões morais, Bauru teve em Eny uma mulher forte, que ocupava um lugar de poder e influência, e que enfrentou toda uma sociedade carregada de valores com os quais ela nunca se permitiu sujeitar. Não é relevante, neste momento, questionar a prostituição como profissão, a partir de conceitos atuais, ou negar suas implicações para as profissionais do sexo, quando optam ou necessitam levar uma vida onde seus corpos são transformados em produtos de comércio. Fato, sim, que se tornou diferencial, na época da Casa da Eny, em seu momento áureo, são alguns fatores que ela implementou, como melhorias nas condições de vida e trabalho de suas contratadas, como cuidados com a saúde, educação, cultura e conforto, sendo que a maioria delas, inclusive, falava duas línguas ou mais, pois assim sua clientela seleta o exigia.
A letra - Prazer, Eny (letra):
Mulher da vida/ Por profissão/ E nessa lida/ Fez ascensão.
Poder, dinheiro/ Ostentação / Prazer à venda/ Com discrição.
Padre, artistas, magnatas e elites/ Até príncipe e políticos aqui/ Fez da Casa da Eny, na Sem Limites/ O maior bordel de todo esse país.
Fez riqueza, sofreu discriminação/ Mesmo dando o seu quinhão pra caridade/ Por fazer do sexo seu ganha pão/ Sem querer corresponder à sociedade
E foi na hipocrisia da velha moral/ Que fez sua freguesia sexual/ Mas numa cama de hospital/ Triste e sozinho.../ Foi seu final
Ninguém jamais/ Vai ser igual/ Quem faz história/ É imortal/ Prazer, Eny/ Pra sempre Eny/ Enigmática Eny
2) BAURU ORIGINAL - Sanduíche Bauru Feito primeiramente no Ponto Chic e, mais tarde, no Skinão, o sanduíche Bauru, hoje, também pode ser encontrado em diversos pontos da cidade. Orgulho do bauruense, se tornou patrimônio imaterial do estado, ganhou personagem, o Bauruzinho, e até estátua em sua homenagem. No carnaval, um bloco carnavalesco da cidade faz alusão à mudança dos ingredientes da receita original e, com humor, mexe com os brios dos seus moradores: o “Bauru sem Tomate é Misto”. Toda esta presença na cultura local leva seus cidadãos a também chamarem a cidade pela alcunha de Cidade Sanduíche. Pão francês, com rosbife, queijo derretido na água escaldante, picles e rodelas de tomate. Este é o verdadeiro Bauru, que tem até uma festa com o seu nome, a Festa do Sanduíche Bauru, no dia do aniversário da cidade, movimentando a economia local e fortalecendo diversas instituições, com a renda de sua venda. Casimiro Pinto Neto foi o bauruense criador desta marca registrada da cidade, que ultrapassou os limites locais, se espalhando por todo o território nacional.
A letra - Bauru Original
Bucho bauruense é muito exigente/ Só aceita o Bauru original/ Há quem diga: sem tomate é mixto quente/ Bula não com nossa gente, pra você não ficar mal
Casimiro, certa vez, na capital/ Não se deu por satisfeito e sugeriu/ Um lanche que não tinha no cardápio oficial/ O Bauru original, foi assim que ele surgiu
Quem provou, aquela nova sugestão sempre pedia outro igual/ Do Ponto chic caiu na boca do povo em território nacional/ Ganhou fama desse jeito casual/ Com o nome da cidade de seu criador/ E agora eu vou contar pra vocês/ A receita verdadeira como Casimiro fez
Corta ao meio o pão francês e tira o miolo/ Rosbife, tomate, picles, se derrete o queijo quente/ Diferente, não há cristo que aguente/ Não tira nem bota nada, respeita os ingredientes/ Hoje é nosso patrimônio cultural/ Rodopia, canta junto, rasta pé até o final/ Ganhou festa, virô personagem/ Tem até estátua em sua homenagem/ No forró do Bauru que agora é tradicional.
3) A RUA DOS ESQUECIDOS - João Batista de Carvalho e a Rua dos Esquecidos: João Batista de Carvalho foi um personagem importante da época da fundação da cidade de Bauru. Ele sabia disso, bem como seus contemporâneos. O fato histórico selecionado ilustra, com humor, a indisposição gerada com o proeminente comerciante que foi esquecido ao escolherem os nomes que seriam dados às ruas da cidade. Assim, se sentindo injustiçado, resolver se vingar de um modo, pelo menos, criativo, apregoando na rua em que morava uma placa com os dizeres “Rua dos Esquecidos”. Naquela época, ainda não havia chegado às terras bauruenses a moderna Estação Ferroviária da Noroeste, cuja construção foi finalizada apenas em 1939. Desta forma, o logradouro situado fora da região central, a baixada do Silvino (nos arredores de onde é, hoje, a Avenida Nuno de Assis, no cruzamento com a rua Araújo Leite), com a chegada da ferrovia, se tornou um ponto importante de circulação e comércio. Somente 3 anos após sua morte, em 1904, é que se fez justiça ao inconformado comerciante mineiro, sendo incluído no mapa da cidade a rua Batista de Carvalho, que daria origem ao verbo “batistar”, tão conhecido em Bauru e toda a região.
A letra - Rua dos Esquecidos
E/ Quando era para fazer/ Eu também estava lá/ Tava todo mundo junto/ Quero ver quem vai negar/ Trabalho nunca faltou/ Pra cidade prosperar/ Mas lembrar, ninguém lembrou
E eu sei do meu lugar/ Toda a rua teve nome / Pra alguém homenagear/ Só este aqui que vos fala/ Foi deixado para lá/ Eu sou bom comerciante/ Não penduro, nem faço fiado/ Mas se alguém tá me devendo/ Eu cobro com juros, me paga é dobrado
Se engana quem pensar/ Que vou me importar/ Se alguém me julgar/ Só não vou deixar passar/ Difícil fazer/ Mais fácil falar/ João Batista de Carvalho/ Invejoso e ressentido/ Carta fora do baralho/ Mas não vai deixar passar batido
Vai vendo, amigo/ Que história tão contraditória/ O que fizeram comigo/ Presente de grego, cavalo de tróia/ Vou pendurar uma placa/ Não vou me dar por vencido/ De agora em diante essa rua tem nomeeee/ Pra ninguém esquecer / Rua dos esquecidos
La la ia la ia/ Aqui tem tudo pode acreditar/ La la ia la ia/ Não falta um desconto pra quem quer comprar/ La la ia la ia / Se falta dinheiro pra dá parcelar/ La la ia la ia / Trabalho mês inteiro pra pode gastar/ Tem loja, tem ambulante, carrinho de lanche pra fome matar / La la ia la ia/ Uns vão bater pernas e outros trabalhar/ La la ia la ia / Quem diria Batista no que ia virar/ La la ia la ia / Quem já foi esquecido hoje tem seu lugar.
E/ Eu vou batistar/ Batistar, virou verbo/ Que toda cidade sabe conjugar/ Eu batisto, tu batista/ Quem não batistou ainda vai batistar?
4) O TREM DA AMBIÇÃO - A chegada da Noroeste; A chegada da linha ferro Noroeste foi decisiva no crescimento da cidade de Bauru e conferiu à economia local sua característica de terra de passagem e perfil de comércio que atraiu muitos dos pioneiros que povoaram o local. Com a decadência da exploração do ouro nas Minas Gerais, muitos forasteiros decidiram se aventurar pelas novas terras, desbravando a boca do sertão, como era referida a região nos antigos mapas. Para tanto, enfrentaram a resistência de seus valentes moradores originários, povos indígenas de variadas etnias, dando origem ao distrito de Bauru. Consolidou-se a categoria de trabalhadores dos ferroviários. Se, por um lado, deu oportunidade a muitos cidadãos de constituir um ofício e sustentar suas famílias com dignidade, movimentando a economia e projetando seu comércio na região, por outro, simbolizou o genocídio de povos ancestrais que habitavam estas terras, a saber, caingangues, Guaranis e Xavantes, principalmente. Historicamente, a ferrovia, por sua localização estratégica, ligava os dois oceanos que banhavam o continente, sendo por muitos anos o maior entroncamento ferroviário do país. Dos tempos do café, suas muitas riquezas se consolidaram. Hoje, no entanto, a Estação principal, que já comportou a segunda maior plataforma de embarque da América Latina, atrás apenas da Central do Brasil, no Rio de Janeiro, encontra-se abandonada, mas muito da sua história pode ser visitada no Museu Ferroviário da cidade. No entanto, esta narrativa, quase sempre contada pela ótica da civilidade e progresso, será revista neste projeto, sob o ponto de vista daqueles que foram oprimidos, mortos e expulsos de seus territórios, fazendo uma mínima reparação aos que realmente sofreram o impacto de sua chegada, pois a história sempre tem, pelo menos dois lados, e um deles já é fartamente abordado e documentado.
A letra – O trem da Ambição:
Sobre trilhos e dormentes/ Gigante de ferro vem/ Tão lustroso e imponente/ Apitando, óia o trem
Vagões da modernidade/ Com promessas de riqueza/ Pro futuro da cidade/ E de toda a redondeza/ tudo, passou por cima./ Terras, matas, rios e gente/ Por interesses se afirma/ Soberba dos indolentes
Mas quando a história é contada/ Quem conta é o vencedor/ Falando só da vitória/ Faz pouco caso da dor... do perdedor/ Esquece do mal que fez/ Não reza por quem morreu/ Não vê pecado entre os seus / Nem pede perdão a Deus
Pajés, caciques, guerreiros/ Com seu saber ancestral/ Contra os guardiões primeiros/ O progresso impôs seu mal/ Agora chegou a vez/ De quem aqui já viveu/ Muito antes de vocês/ Lutou, plantou e colheu/Quem era o dono da terra / Não é menos ser humano/ Nem quis sua covarde guerra/ Ou seu sistema tirano
O tempo, ironicamente/ Não pára, ele sempre passa/ Seu símbolo de progresso/ Pro meu povo foi desgraça/ Até a Maria Fumaça/ E a grandiosa estação/ Agora são só carcaça/ Que triste confirmação/ O trem mais cruel de todos / É o trem da ambição / Seguindo rumo ao abismo / Dos homens, da extinção / Alerto, não por vingança/ No fim somos todos iguais / Espero, não seja em vão/ Que seja tarde demais.
5) QUEM MANDOU MATAR AZARIAS - Azarias Leite e seu trágico fim; Em outubro de 1910, às margens do rio Bauru, foi assassinado o Coronel Azarias Ferreira Leite, ou apenas Azarias Leite, como é conhecido atualmente. Ele foi vereador por diversos mandatos, inclusive sendo o Presidente da Casa de Leis por três gestões. Travava uma luta constante para que a cidade se tornasse um Distrito de Paz, com direito a uma sede de governo, mas não pode ver este sonho concretizado em vida. Casado com Vicentina, que era sua prima e filha do Capitão Araújo Leite, Azarias também fez parte do grupo que armou a mudança de sede da Vila de Espírito Santo da Fortaleza para Bauru. Tinha trânsito e influência na política da capital, o que incomodava grupos rivais que disputavam o poder na cidade. Ainda que fosse comum a resolução de disputas políticas serem resolvidas na “bala”, o assassinato de Azarias Leite alcançou repercussão nacional por sua influência na capital. E a cidade acabou colhendo frutos deste desfecho dramático, pois após seu assassinato, houve uma mobilização que acolheu a demanda da nova sede de governo e, em apenas três semanas, este objetivo foi concretizado.
A letra - Quem mandou matar Azarias?
Quem matou matar/ Azarias / De noite e de dia me pergunto / Só quem sabe é o defunto / Mas quem vai chorar o leite / Derramado / Estirado / Dois tiros no corpo matado / Caído, calado/ Segredo guardado
Quem vai responder?/ Azarias/ Que era natural de Minas/ Por amor a sua prima/ Que se chamava Vicentina/ Largou tudo/ Com destino ao interior/ Rumo a Boca do Sertão/ E com ela se casou/ Fez família/ Pra essas bandas se aprumou/ Se tornou vereador/ E alguns incomodou
Extra! Extra!/ Foi notícia nacional/ Conseguiu depois de morto/ Ter sucesso no final/ Bauru ganhou sua sede/ De governo afinal/ Saiu pela culatra/ Aquele tiro fatal
(refrão)/ Homem de nome Joaquim/ Honorato, atirador/ Também teve mesmo fim/ Do tal do vereador/ O passado insiste em ser tão atual/ As notícias envelhecem no jornal/ Os mandantes seguem livres sem temor/ Escondidos por detrás do matador.
6) QUE RAIO DE APAGÃO É ESSE - Apagão na América Latina: Tendo ocorrido há 24 anos, o maior apagão da América Latina, como ficou conhecido, colocou Bauru em evidência no cenário nacional e internacional, tendo se iniciado numa subestação da CESP, na cidade de Bauru, e se estendeu até o Paraguai, deixando quase 80 milhões de pessoas à escuras. Em discurso nacional, a justificativa para a queda energética foi atribuída a um fenômeno natural, um suposto raio que teria caído na região. Mais tarde, demonstrou-se equivocado o discurso que defendeu o Ministro das Minas e Energia da época, desmentido por especialistas do IPmet, bem como por professores do curso de Engenharia da Unesp, importante universidade pública estadual com campus em Bauru. Foi demonstrado que não havia nenhuma formação de nuvens que pudessem resultar em raios e que a real causa era falta de investimento na área de estrutura de distribuição energética nacional. O Brasil vivia uma época de boom econômico e consequente sobrecarga da rede, verdadeira causa do incidente. Deste episódio surgiram campanhas de racionamento de energia que atingiu a todos os brasileiros, até que os investimentos tardios voltassem a ser aplicados na promissora economia que, em pouco mais de uma década, se tornaria a 6ª maior do mundo.
A letra - Que raio de apagão é esse?
A minha mãe me fez uma ligação? Dizendo que Bauru estava na televisão/ Que um raio que caiu lá na sub-estação/ Deixou metade do país na escuridão/ De terno e gravata se achando o tal/ Até Ministro, em rede nacional, mentiu/ Falei pra ela que aqui raio nenhum caiu
Que raio é esse, mas que raio, ninguém viu/ E foi assim, no escuro do apagão/ Que ficou clara tanta esculhambação/ Dos governantes dessa grande nação/ Tentando enganar toda a população/ Mas essa conta, diz aí, quem vai pagar?/ Se a corda sempre estoura do lado de cá/ Dinheiro que nunca faltou pra investir/ Enchia o bolso de quem deixou a bomba explodir
Ô, Mãe/ Não acredita, não, nessa gente/ Tanta mentira logo se desmente/ Mas de que vale, se nas eleições/ O povo ainda vota inconsciente/ Mãe, não inventaram fake news agora/ Mas, porém, contudo, todavia, embora/ Já passou da hora do povo entender/ Para, outra vez, não se arrepender/ No fim das contas, vale mais a mais valia, lucro, capital/ E a avareza, dando as cartas sobre a mesa, finge que é normal
Em 16 de março de 1999 o governo brasileiro culpou um raio que nunca existiu/ Pelo maior apagão da América Latina até então/ E foram mais de 50 milhões no breu/ Se eles não são culpados, muito menos eu/ Todo mundo sem luz/ Sobrou pra Bauru carregar essa cruz/ Só que não ...
7) QUEM SABE MEU NOME? - Viaduto Falcão-Bela Vista: O viaduto que toda a cidade apenas conhece como “Viaduto Inacabado” tem um nome: Nicola Avalone, ex-prefeito de Bauru, entre os anos de 1956 a 1959. Diante de tanto tempo sem ser concluído, tendo passado por diversas gestões executivas da cidade, prefeitos seguiam adiante sem enfrentar o elefante branco que ele sugeria se tornar. A população desacreditava que a obra terminaria um dia, e muitos ainda se preocupavam com os riscos de queda que a obra apresentava. Preguiça é o pecado mais apropriado para definir a negligência administrativa envolvida no projeto de ligar dois importantes bairros da cidade: a Vila Falcão e o Bela Vista. Tanto que se tornou uma lenda local de permanecer eternamente inacabado e levou, em sua inauguração, muitos curiosos e céticos. A preguiça tardou, mas ele foi, após mais de 20 anos, finalizado. Ou parcialmente finalizado, considerando que foi planejado para aliviar o trânsito na região central da cidade, com circulação nos dois sentidos. Porém, até o momento, apenais vai. Quem se utiliza dele sabe que se tornou, indiscutivelmente, mais prático transitar no sentido Falcão-Bela Vista, escoando o tráfego na Avenida Nuno de Assis. Mas, ainda resta um segundo capítulo desta novela, tão desacreditado quanto o primeiro: quando será que o caminho de volta, no sentido Bela Vista-Falcão vai se consumar? Ou, será que vai se consumar? Pois ainda dá um trabalho danado e mil atalhos para fazer o trajeto contrário. No episódio da Preguiça, como já diz o próprio nome deste pecado, a morosidade continua.
A minha mãe me fez uma ligação? Dizendo que Bauru estava na televisão/ Que um raio que caiu lá na sub-estação/ Deixou metade do país na escuridão/ De terno e gravata se achando o tal/ Até Ministro, em rede nacional, mentiu/ Falei pra ela que aqui raio nenhum caiu
Que raio é esse, mas que raio, ninguém viu/ E foi assim, no escuro do apagão/ Que ficou clara tanta esculhambação/ Dos governantes dessa grande nação/ Tentando enganar toda a população/ Mas essa conta, diz aí, quem vai pagar?/ Se a corda sempre estoura do lado de cá/ Dinheiro que nunca faltou pra investir/ Enchia o bolso de quem deixou a bomba explodir
Ô, Mãe/ Não acredita, não, nessa gente/ Tanta mentira logo se desmente/ Mas de que vale, se nas eleições/ O povo ainda vota inconsciente/ Mãe, não inventaram fake news agora/ Mas, porém, contudo, todavia, embora/ Já passou da hora do povo entender/ Para, outra vez, não se arrepender/ No fim das contas, vale mais a mais valia, lucro, capital/ E a avareza, dando as cartas sobre a mesa, finge que é normal
Em 16 de março de 1999 o governo brasileiro culpou um raio que nunca existiu/ Pelo maior apagão da América Latina até então/ E foram mais de 50 milhões no breu/ Se eles não são culpados, muito menos eu/ Todo mundo sem luz/ Sobrou pra Bauru carregar essa cruz/ Só que não ...
7) QUEM SABE MEU NOME? - Viaduto Falcão-Bela Vista: O viaduto que toda a cidade apenas conhece como “Viaduto Inacabado” tem um nome: Nicola Avalone, ex-prefeito de Bauru, entre os anos de 1956 a 1959. Diante de tanto tempo sem ser concluído, tendo passado por diversas gestões executivas da cidade, prefeitos seguiam adiante sem enfrentar o elefante branco que ele sugeria se tornar. A população desacreditava que a obra terminaria um dia, e muitos ainda se preocupavam com os riscos de queda que a obra apresentava. Preguiça é o pecado mais apropriado para definir a negligência administrativa envolvida no projeto de ligar dois importantes bairros da cidade: a Vila Falcão e o Bela Vista. Tanto que se tornou uma lenda local de permanecer eternamente inacabado e levou, em sua inauguração, muitos curiosos e céticos. A preguiça tardou, mas ele foi, após mais de 20 anos, finalizado. Ou parcialmente finalizado, considerando que foi planejado para aliviar o trânsito na região central da cidade, com circulação nos dois sentidos. Porém, até o momento, apenais vai. Quem se utiliza dele sabe que se tornou, indiscutivelmente, mais prático transitar no sentido Falcão-Bela Vista, escoando o tráfego na Avenida Nuno de Assis. Mas, ainda resta um segundo capítulo desta novela, tão desacreditado quanto o primeiro: quando será que o caminho de volta, no sentido Bela Vista-Falcão vai se consumar? Ou, será que vai se consumar? Pois ainda dá um trabalho danado e mil atalhos para fazer o trajeto contrário. No episódio da Preguiça, como já diz o próprio nome deste pecado, a morosidade continua.
A letra:
Quem sabe meu nome?/ De todos os pecados capitais / A preguiça é a mais lenta no que faz / E quando faz leva tempo até demais / Vai deixando pra depois até não aguentar mais
Passando pano e refazendo planos / É ano após ano e a mesmas promessas se renovando / E vai adiando os seus compromissos / É bicho-preguiça contando que o outro faça seu serviço
Aqui na Bauru City / Um exemplo perfeito de morosidade é lembrado / Por mais de 20 anos adiado / Fui parado e retomado e até desacreditado
É muita preguiça, / É pouco trabalho pagando dobrado/ Ainda incompleto, vai só para um lado/Por pouco eu podia até ter desabado
Me dá licença / Sou aliado da dona indolência / Peço um pouquinho mais de paciência/ Tenha fé na divina providência
Quem sabe meu nome? / Nicola Avalone/ Mas só sou lembrado/ Como o viaduto inacabado".
OBS DESTE HPA: Ontem lá no "Viva la Vida", eis minha gravação com a dupla cantando todas as canções: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/1817362949142952 . Cátia neste vídeo conta algo mais de cada composição. O fato motivador de querer, não só compartilhar, como escrever a respeito é por constatar a grandiosidade do que estava ouvindo. Maravilhoso trabalho, ainda pouco conhecido, portando, difundido. Isso aqui, no meu entender, é mais que histórico. Cátia e Nel foram mais que felizes, quando tiveram a brilhante ideia, depois a felicidade pelas letras, pela positiva reprodução de fatos históricos, alguns polêmicos, escritos com precisão, picardia e originalidade. Isso aqui merece um algo mais, o registro de forma profissional, quem sabe através de um documentário, quando poderia ser juntado depoimentos sobre cada um dos oito itens e depois uma gravação musical deles. No momento, me vi na obrigação de compartilhar este trabalho, mais que histórico e depois, quero me colocar à disposição para ir buscar junto dos autores condições para perpetuarem tudo num registro definitivo.
sábado, 18 de outubro de 2025
sexta-feira, 17 de outubro de 2025
DICAS (262)
VIVA LA VIDA, CASA DE FRIDA, LOUCOS POR ALEGRIA E ROSE BARRENHAMeus amigos são todos muito inquietos. E acho isso mais que uma virtude. Muitos sonham na maionese, outros botam literalmente a mão no fogo, fazem e acontecem e assim tocam suas vidas. Não conseguem permanecer quietos. Precisam estar nas paradas de sucesso, mais que isso, precisam fazer algo, produzir, enfim mostrar a que vieram. Todos numa espécie de missão. Envolvidos dos pés à cabeça em projetos variados e múltiplos. Além de se desdobrarem, se doarem até não mais poder, por não pararem um só segundo, em alguns momentos, percebo, a canseira quer bater em suas portas, mas estes não lhe abrem a guarda e assim continuam, mesmo com baita olheiras. Conto do envolvimento de uma destas, dileta amiga, que tempos atrás, mesmo já estando atolada de coisas pra fazer, dentre atividades mil, fundou algo mais, a CASA DE FRIDA e essa hoje, lhe ocupa todas as horas do dia – da noite também. Digo de ROSE MARIA BARRENHA, um psicóloga, aposentada como servidora municipal em Bauru, atuando na Cultura, com intenso trabalho nas bibliotecas, quando essas ainda faziam e aconteciam na cidade.
Rose não é dessas que se contenta com pouca bosta. Já que vai se enlamear, se atola até o pescoço. Neste sábado, criou mais uma das suas, envolvendo todos os amigos, próximos e distantes, para junto dela possibilitar o FESTIVAL VIVA LA VIDA, reunindo todas as possíveis expressões culturais num só local, ou seja, muita celebração e congraçamento humano. A Casa de Frida é um Ponto de Cultura e acolhimento humano, acolhe, orienta, encaminha e aconselha, com rodas de conversa, saraus, debates, cinema, oficinas, consultas, ou seja, um espaço coletivo. Dentre as comemorações, serão 26 do grupo Loucos por Alegria e 3 anos da Casa de Frida, assim sendo, nada melhor do que, não sendo possível a realização da festança em sua sede no Jd Geisel, buscou-se um local amplo, onde tudo isso pudesse ocorrer. Desta feita, amanhã, sábado, 18/10, das 10 às 22h, com extensa programação, o festival ocorrerá no Espaço Coletivo Vila, Rua Antonio Alves nº 16-15.
Abaixo reproduzo como a mídia local está anunciando o evento de amanhã:
1 – TV Câmara Bauru, entrevista realizada pelo jornalista Nelson Gonçalves: https://www.youtube.com/watch?v=jcBVYPQgWmY&t=6s
2 – Programação Completa do Festival no Instagram: https://www.instagram.com/p/DP6Q4_ujqt4/...
3 – Lançamento de livros no Festival: https://www.instagram.com/p/DP6uOqqjbCO/...4 – TV Diário do Brasil/TV Preve, matéria realizada por Camila Fernandes: https://www.instagram.com/reel/DP69239DWMc/...
Este evento, com todos seus participantes tem a cara desta minha amiga, Rose Barrenha. A realização se deve a ela, através de seu empenho e determinação. Circulei hoje pela sua casa, senti a quantas andava a ansiedade e os preparativos finais. Sua casa, transformada também na sede da Casa de Frida, é muito mais do que uma simples sede. Lugar aconchegante e reconfortante, além de ter a sua cara, expõe algo bem singular hoje no país, um lugar onde as coisas acontecem. Rose é inquieta, faz e acontece e o que veremos amanhã é somente uma das tantas possibilidades pulsando lá pelos lados da Casa da Frida. Na verdade, ela queria muito realizar este evento lá na quadra de sua casa, mas a Prefeitura dificultou e assim sendo, foi atrás de um lugar onde tudo pudesse ocorrer, sem perder o aconchego proporcionado pelos seus frequentadores.
Amanhã, portanto, é dia da gente conferir até onde dá a inquietude dessa irrequieta Rose Barrenha.
“A contradição está em tudo e em todas as coisas, e a certeza, menos que a dúvida, seria a desgraça do homem: sem nada mais a buscar e a perseguir em sua curta passagem pela face das terra, que lhe restaria quando nada mais lhe fosse possível indagar?
O que é, afinal, a verdade? Quem a possui, e quem a possui integra, inteira? Ninguém, talvez, pois a verdade, como sabemos todos, pode ser manipulada. Quantas vezes, você próprio não transformou em verdade uma mentira inteira ou parcial, tão somente porque, no correr dos tempos, você insistiu em torna-la verdadeira? Ah, a verdade... Como pode ser manipulada, distorcida, ocultada, sonegada, diluída, diminuída ou exagerada, dissimulada através de um eufemismo, um véu, ou hiperbolizada ao extremo, dependendo das conveniências de quem a manipula. Ah, a verdade, a verdade, irmã gêmea da mentira, da coisa falsa, irreal.
Faço minhas as palavras do filósofo hindu Rahezla Pahalavi, em sua obra ‘A Verdade Eterna’: “Dêem-me um fato, um acontecimento insólito, qualquer coisa de espantoso ou, pelo contrário, vulgar e trivial. Eu o relatarei conforme meu entendimento, meu interesse e minha capacidade, esteja servindo a mim mesmo, ao meu senhor ou à causa humana. O que querem de mim? Eu sou o que sou. Sim, eu sou o que sou. E você, leitor, quem é?”.
Este trecho entre aspas acabo de ler quando saco um velho livro aqui da estante, um da colação d’O Pasquim, “A Rebelião dos Mortos”, do jornalista Luiz Fernando Emediato (editora Codecri RJ, 2º edição, 1978, 148 páginas). No que leio, sempre acabo encontrando, querendo ou não, sem querer ou não, algo sobre isto tudo acontecendo diante de nossos olhos. Estamos no meio de um mundo permeado pela mentira e onde mentirosos, gente falsa até a medula, investido de funções públicas, muitas vezes eleito por nós, dissimulando baboseiras, algumas enfeitadas, com o intuito de nos engambelar, passar a perna. Estejamos atentos, pois a mentira e os mentirosos, falsos até a medula, estão pela aí, rindo da nossa cara e cada vez mais cravando uma estaca nos reais interesses populares. Não nos deixemos enganar...
UM INCÊNDIO
Quinta à noite, num acidente na válvula do botijão de gás, um incêndio se irradia no trailler Point dos Amigos, instalado defronte a Unesp Bauru. Não foi contido por mais que seus proprietários, Rondinelli Moraes, 44 anos e sua mãe se esforçassem, junto de estudantes. O resultado, um dia depois é este, tudo consumido e um sonho desfeito. Estudantes, clientes do local, se reúnem e montam um grupo de ajuda para a reconstrução, com PIX divulgado e assim, aos poucos, um bocadinho de esperança desponta no ar.
Assinar:
Comentários (Atom)


.jpg)




.jpg)



.jpg)
.jpg)





.jpg)




















