domingo, 26 de outubro de 2025

PERGUNTAR NÃO OFENDE (227)


ANTES DE TUDO, LEMBREMOS DE VLADIMIR HERZOG
E TAMBÉM DA CORAGEM DE UM CARDEAL, QUE CORAJOSAMENTE DEIXOU A CATEDRAL DA SÉ À DISPOSIÇÃO DO ATO ECOMÊNICO
Eram tempos difíceis - não que os de hoje não o sejam -, onde a maioria das pessoas não tinha nem como reagir. A dita era muito dura, implacável, insana e cruel. Herzog foi assassinado quando foi, simplesmente depor, em algo trivial, porém, não saiu de lá vivo. Isso sendo quem ele era, um famoso jornalista e dirigindo uma emissora estatal de televisão. Imagina o que acontecia com os cidadãos normais que, ousavam levantar a voz. Cinquenta anos atrás estávamos todos envoltos neste véu nebuloso e mesmo o cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, prócer da igreja católica no Brasil, foi intimado a não ceder e disponibilizar a famosa catedral para o ato, mas ele corajosamente o fez e junto com outros de religiões diversas, lotou o local e não só fez História, como correndo seus riscos, mostrou um caminho para o desalento que, acometia a maioria das pessoas. Existia a necessidade de um alento, de um local, de algumas pessoas ousarem e mostar o que de fato acontecida nas entranhas doi país. Arns vai ser eternamente reverenciado com alguém com coragem desmedida. Suas palavras neste vídeo dizem mais que tudo o que ainda possa ser escrito sobre aqueles tempos. Eis seu vídeo: https://www.facebook.com/reel/1956332438543056

"DITADURA NUNCA MAIS! - 50 anos do assassinato de Vladmir Herzog
Há cinquenta anos, em 25 de outubro de 1975, o jornalista Vladimir Herzog foi assassinado sob tortura nas dependências do DOI-CODI, em São Paulo.
O regime militar tentou encobrir o crime, divulgando a versão de que o jornalista teria cometido suicídio.
A falsidade dessa narrativa, porém, provocou grande comoção nacional e internacional.
Poucos dias depois, o cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo de São Paulo, em conjunto com o rabino Henry Sobel e o reverendo presbiteriano Jaime Wright, organizou um ato ecumênico na Catedral da Sé, em homenagem a Herzog.
O evento reuniu milhares de pessoas e tornou-se uma das manifestações públicas mais expressivas de repúdio à violência do regime e de defesa dos direitos humanos durante a ditadura.
Historiadores reconhecem que esse ato de coragem e fé representou um marco na resistência civil ao autoritarismo e simbolizou o início do enfraquecimento da ditadura no Brasil. #ditaduranuncamais #atoecumênico #vladmirherzog", Paulo Teixeira. 

Herzog, presente! ✊🏽
Acontece hoje (25), em São Paulo (SP), o ato interreligioso na Catedral da Sé, dedicado não à memória do jornalista Vladimir Herzog e a todas as famílias que perderam entes queridos durante a ditadura.
O evento foi organizado pela Comissão Arns e o Instituto Vladimir Herzog no mesmo local em que ocorreu a histórica cerimônia de 1975, que desafiou o regime militar e se consolidou como divisor de águas na luta pela redemocratização do Brasil.
Naquele ano, mais de 8.000 pessoas se reuniram na Sé para a missa de sétimo dia em homenagem a Herzog. O gesto, conduzido por líderes religiosos como o cardeal D. Paulo Evaristo Arns, o rabino Henry Sobel e o reverendo Jaime Wright, com o apoio do jornalista Audálio Dantas, então presidente do Sindicato dos Jornalistas de SP, tornou-se marco na resistência democrática.
Ao #BrasildeFato, o jornalista Juca Kfouri ressaltou a importância do evento, principalmente como forma de chamar atenção dos jovens jornalistas para a história de luta pela democracia no Brasil e pelo que Vlado significa para o jornalismo brasileiro. Eis o vídeo com Juca Kfouri:
https://www.facebook.com/reel/1574721510607194

PELA EXCELÊNCIA DA PROFISSÃO DE JORNALISTA, RESSALTO NESTE MOMENTO, DOMINGO, 16/10/2025, O QUANTO PRECISAM ABRAÇAR A CAUSA DA INVESTIGAÇÃO JORNALÍSTICA PERSISTIR E SER DECISIVA PARA DESMONTAR ALGO MAIS DO PERIGOSO HOJE EM CURSO. RESSALTO NESTE TEXTO DE FERNANDO REDONDO, A PONTA DO ICEBERG DOS ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS EM BAURU
Quando a concessão vira vitrine — e o edital, porta giratória da exclusão
Em Bauru, a licitação que dizia querer sanar o esgoto virou espetáculo de engenharia jurídica — e, pior: de exclusão empresarial. A Prefeitura, por meio da DAE, desenhou um edital para a concessão de 30 anos do sistema de esgotamento sanitário. Até aí, lógica comum. O que escapou da lógica — e entrou na zona da suspeita — foram as exigências técnicas: reservatórios cobertos de 62.500 m³, bombeamento 24h, drenagem urbana e piscinões misturados ao objeto principal. O TCE-SP bateu o martelo: apresentem justificativas ou parem o certame.
POR QUE ALGUÉM FARIA ISSO? Porque desenhar um edital com barreiras alta demais é convite para um mercado reduzido — e esse convite normalmente é aceito por quem já tem o currículo, o atestado, a estrutura. E não por quem ainda opera sob modelo “puro esgoto”. Por isso a Aegea e a Sabesp, colossos do saneamento, simplesmente não entraram — ou entraram como impugnantes, apostando que o jogo não era para todos.
Enquanto o edital exige “drenagem” — aquilo que normalmente cabe a uma prefeitura ou companhia municipal — como pré-requisito para quem vai tratar esgoto, a Prefeitura insiste: “é porque aqui há enchente e precisamos amortecer picos”. Certo. Mas o estudo técnico preliminar (EVTE) não demonstrou proporcionalidade entre a drenagem e o valor global da concessão — ou seja: o requisito pode estar fora de medida, favorecendo poucos.
Vamos fechar o ciclo: o marido da prefeita já presidiu o DAE; o novo presidente foi trazido de fora (engenheiro com trânsito privado). A Prefeitura insiste no edital — mesmo com sanções e suspensões — porque tem pressa. Pressa de assinar, de outorgar, de entregar. E entregar rápido é evitar debates, é evitar concorrência. É montar o tabuleiro e adiantar o xeque-mate.
Não se trata de dúvida técnica: trata-se de escolha política. Se a concessão fosse aberta, simples, separando o esgoto da drenagem, muitos mais competidores viriam — os preços desceriam, a supervisão se ampliaria, o risco seria menor para o município. Mas o que se quer é controle. Controle da estrutura, do contrato, da tarifa futura, da empresa que vai lucrar.
A sede da cidade — uma sede de dignidade, de água tratada, de saneamento decente — segue ali. Mas a água não chega. O esgoto não é tratado. O edital permanece em armadilha. E quem dirige isso? A Prefeitura que assina o edital, o legislativo que aprova a lei-base, o DAE que será entregue.
Mesmo sem água, a torneira da impunidade continua aberta. E alguém vai faturar.
Em Bauru, a concessão virou vitrine — e o povo, mais uma vez, não está no palco.
Fernando Redondo / Jornalismo Independente.

EM BAURU, NADA SE CONCLUI, TUDO É DEVIDAMENTE EMPURRADO COM A BARRIGA
Se me pedirem uma só foto para demonstrar como essa atual administração municipal, a da IncomPrefeita Suéllen Rosin toca a cidade e, consequentemente, as obras públicas sob sua responsabilidade, nesta foto do Mauro Landolfi, tudo concentrado num só click. O Calçadão da Batista, nessa obra, pífia, pequena, mas que nunca termina, mais que uma fratura exposta no meio da cidade, demonstrando da incapacidade de gerir, de fazer, de concluir e de tocar algo sério. O descalabro suellista tem essa cara e identidade.

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