quarta-feira, 4 de maio de 2011

MEUS TEXTOS NO BOM DIA (122 e 123)

TRAJETÓRIA DE PEDRO - publicado diário bauruense BOM DIA, 23/04/2011
Pedro Tobias é deputado e médico. Libanês de nascimento aportou primeiro na França, aos 16 anos para estudar, levando consigo algo da constante ebulição de suas origens. Em Paris, no pós-68 ainda vivenciou parte da efervescência estudantil contestatória e participou do Médicos Sem fronteiras. Com tudo isso fervilhando dentro dele chega ao Brasil em 1979.Bauru abrigava alguns de sua família e aqui se estabeleceu. Chegou cheio de gás, querendo fazer e acontecer. Causou logo de cara problemas e preocupações, principalmente para o irmão Moussa. Mais ainda quando direciona algumas de suas ações para o campo esquerdista, deixando com os cabelos em pé os que esperavam dele exatamente o contrário. Que fazer com Pedro? Para os que se preocupavam o tempo acabou resolvendo tudo. Aplacou o ímpeto transformador para felicidade geral dos de sua convivência. Deixa de lado os arroubos revolucionários, adere de mala e cuia aos negócios da família e dessa forma sepulta de vez o passado do outro lado do continente.Pegou gosto pela coisa, ingressa na política e com dezessete anos de tucanato no comando do governo paulista, segue regiamente os ditames do neoliberalismo. O discurso mudou da água para o vinho. O que diria dele os antigos colegas dos bancos escolares franceses? Não tem como não comparar o ocorrido com algo dito por Plínio de Arruda Sampaio, num dos últimos debates da campanha presidencial, quando diante da então candidata Dilma Rousseff desfere: “Sim, vim da direita para a esquerda e isso é louvável. Ruim seria o contrário, ter saído da esquerda e hoje estar na direita. Esses irrecuperáveis”. Sei não, dizem os mais velhos, pois se registra casos, por alguma intercorrência da vida, um revival com a chegada dos anos e alguns podem voltar a agir como na juventude. Uns sim, outros não. E a torcida...

CUBA, SEMPRE ELA - publicado diário bauruense BOM DIA, 30/04/2011
Cuba, todos sabemos é uma pequenina ilha caribenha a provocar instigamentos mil na cabeça do planeta todo. Tudo por algo maravilhoso, ela rema contra a maré. Navega num mar revolto, contraditório e resiste como naquele ditado, “navegar é preciso...”. Lindo papel, lindo povo, linda lição para todos nós, tão enfronhados num mundo cada vez mais desumano e insensível. Será necessário mais do que aquilo para ser feliz?O problema maior não é esse, todos também sabemos. Abro minha revista semanal e lá algo a me provocar. “Terra de ninguém – Eis a América Central: superdependente dos EUA, afetada por desastres naturais, prisioneira de violência e do tráfico”, diz a manchete. Guatemala, México, Honduras, El Salvador, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Belize, Haiti, aliás o mundo todo, uns mais, outros menos, mas nenhum a escapar da sina, marcados como linha de frente do comércio ilegal de drogas e alvo do crime organizado. “Nenhuma região do planeta tem uma rotina de tantos assassinatos”, diz a reportagem.Pera lá, tem alguém diferente disso tudo. Cuba, só ela, sempre ela, exemplo para o mundo. Mas ela é dirigida por autoritários senhores, possui algo impensável nos dias atuais do resto do mundo, onde prevalecem medicina e saúde de ótima qualidade e tudo gratuito. Mas como isso é possível se os Castro são os insensíveis do planeta? Acredita nisso quem está acostumado a seguir os ditames do pensamento único a dominar o mundo. Viseira no rosto.Mas lá existe um dos últimos redutos do comunismo mundial, essa praga, comedores de criancinhas. Sim, a Cuba é comunista na acepção da palavra, com seus erros e acertos, insistindo e provando que justiça social é possível e que existe uma real e concreta alternativa de outro mundo viável. Basta querer. Não desmereçam esse exemplo, ele é único.



AINDA SOBRE OSAMA/OBAMA HQ - Escrevi ontem e foi publicado meu texto no JC sobre esse tema. Hoje ao abrir o site do jornal argentino Página 12, algo a demonstrar como não estou desantenado dos fatos realmente acontecidos. Igual a mim, muitos outros pensaram nessa ligação umbilical entre o fato da estranha morte às vesperas de campanha presidencial de reeleição de Obama e a renúncia de Super-Homem, o verdadeiro herói, que mandou às favas o American Way. Leiam um bocadinho do que foi escrito clicando no:
http://www.pagina12.com.ar/diario/elmundo/subnotas/167506-53421-2011-05-04.html

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