terça-feira, 17 de novembro de 2015

MÚSICA (130)


JÁ OCUPOU SUA ESCOLA HOJE? VERDADE EXPRESSA NUMA VELHA LETRA DE MÚSICA E O PAPEL DO STELA MACHADO
A única linguagem que insensíveis aos níveis desse atual governador paulista, o queridinho do povo de São Paulo, Geraldo Alckmin entende é essa que os estudantes e familiares destes estão a promover no estado mais rico da federação: a ocupação das escolas. Se a decisão foi totalmente arbitrária, feita de cima para baixo, sem qualquer possibilidade de discussão, tudo feito para atender as insanas leis do mercado, as que clamam mais e mais por austeridade financeira em detrimento do atendimento da reivindicação das camadas populares, não existe mesmo outra saída a não ser partir para algo sensibilizador, um confronto que começou assim do nada, uma escola ocupada ali, outra acolá e tudo ganhando força, tomando conta, ocupando espaços e daqui a bem pouco tempo com todas as escolas, as fechadas e as ainda não fechadas devidamente ocupadas.

Em Bauru ocorre nesse exato momento a ocupação de uma das escolas mais tradicionais da cidade, a STELA MACHADO, lá ao lado do estádio do Noroeste. A magnitude de um ato como esse é que, diante da total insensibilidade de um governador totalmente desantenado com o que clama seu povo, a forma de fazer ele se tocar será pela mobilização, pela organização e uma decisiva força demonstrada em cada nova mobilização. Precisamos de muitos Stelas Machados e também como acabo de ouvir pela rádio, que seus diretores estejam ao lado dos alunos, pois o governador além de autoritário na decisão tomada é truculento e está colocando a Polícia Militar para desbaratar da forma mais violenta possível tudo o que vem em desacordo com suas arbitrárias decisões já tomadas e sem nenhuma possibilidade de reversão. Ou seja, sem pressão nada ocorrerá. Os estudantes perceberam isso e foram para as ruas. Povo unido jamais será vencido, cada vez mais me certifico disso e aqui uma real possibilidade de ver isso sendo implantado. Vamos todos para as ruas nos solidarizar com os alunos e professores paulistas e com a atual situação da Educação, cada vez mais achincalhada. Arbítrio se vence na união, com uma multidão nas ruas. Desunidos eles sempre conseguirão impor às suas vontades, mas quando tudo cresce eles são OBRIGADOS a voltar atrás. Essa a única possibilidade, a única linguagem que 'eles" entendem, nenhuma outra.

CAMINHANDO (GERALDO VANDRÉ):

Caminhando e cantando e seguindo a canção/ Somos todos iguais braços dados ou não/ Nas escolas, nas ruas, campos, construções/ Caminhando e cantando e seguindo a canção./ Vem, vamos embora, que esperar não é saber,/ Quem sabe faz a hora, não espera acontecer./ Vem, vamos embora, que esperar não é saber,/ Quem sabe faz a hora, não espera acontecer./ Pelos campos há fome em grandes plantações/ Pelas ruas marchando indecisos cordões/ Ainda fazem da flor seu mais forte refrão/ E acreditam nas flores vencendo o canhão./ Vem, vamos embora, que esperar não é saber,/ Quem sabe faz a hora, não espera acontecer./ Vem, vamos embora, que esperar não é saber,/ Quem sabe faz a hora, não espera acontecer./ Há soldados armados, amados ou não/ Quase todos perdidos de armas na mão/ Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição/ De morrer pela pátria e viver sem razão. Vem, vamos embora, que esperar não é saber,/ Quem sabe faz a hora, não espera acontecer./ Vem, vamos embora, que esperar não é saber,/ Quem sabe faz a hora, não espera acontecer./ Nas escolas, nas ruas, campos, construções/ Somos todos soldados, armados ou não/ Caminhando e cantando e seguindo a canção/ Somos todos iguais braços dados ou não/ Os amores na mente, as flores no chão/ A certeza na frente, a história na mão/ Caminhando e cantando e seguindo a canção/ Aprendendo e ensinando uma nova lição./ Vem, vamos embora, que esperar não é saber,/ Quem sabe faz a hora, não espera acontecer./ Vem, vamos embora, que esperar não é saber,/ Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

SEMANA DO HIP HOP - PARQUE VITÓRIA RÉGIA:
Renato Magu e Yuri de Freitas sabem que não escrevi nada da semana que se encerra nesse momento, não porque tenha algo contra essa manifestação cultural, mas porque o público deles já está mais do que mobilizado e preencheu as expectativas durante a semana toda, eventos mil e todos com casa cheia. E minha escrita, se não ocorreu antes, ocorre agora, no pós encerramento. Fui hoje lá no Parque Vitória Régia, conferi in loco o show de encerramento. Ouvi a homenagem do Magu feita à Prefeitura, consequentemente ao secretário Elson Reis. Curti a empolgação da animada e até comportada galera. Magu anunciou a perda de uma carteira, citou o nome da moça e volta ao microfone tempos depois para agradecer, pois haviam devolvido a carteira intacta. Gostei de permanecer ali no meio de todos, cheguei a esboçar aos 55 anos um levantar de braços, chocoalhar o corpo e confesso, cheguei a balançar levemente as cadeiras. Se me perguntarem se o Hip Hop é meu ritmo musical preferido, digo sem medo de constranger ninguém: Não. Nascido em 60, cresci ouvindo MPB, samba de raiz e deles não me afasto. E faço isso sem problemas. Porém respeito muito o que ouço saindo da boca de todos em forma de uma poesia, dura, martelando sobre um problema social mais do que latente, evidente. E adorei quando o Emicida colocou um trecho de um samba do Cartola e fez uma referência das mais respeitosas ao grande mestre do samba. Foi isso, vale pelo registro. E saio contente por ter constatado que aquela ideia nascida lá atrás, primeiro de organizar o movimento bauruense na Casa do Hip Hop, depois no Ponto de Cultura, se concretiza com vocês não só organizando, como agenciando e produzindo, cuidando de todos os detalhes. Dessa forma, podendo negociar eventos dessa natureza pelos mais diferentes lugares. Com vocês no comando disso, a certeza de que sempre teremos bons eventos pipocando por aqui. Amanhã posto aqui um trecho gravado da fala do Magu sobre o evento e a galera bauruense.

O CRESCIMENTO DO MOVIMENTO HIP HOP NA CIDADE E A FALA DO MAGU
Encerramento em Bauru da Semana de Hip Hop, que nesse ano ganhou uma proporção ainda não entendida por inteiro, mas agora já vislumbrada. Esse movimento começou na cidade como todos os outros, de forma incipiente, mas foi dia a dia ganhando força, conquistando e ocupando espaços e hoje, com a concretização dessa semana, um algo mais. Sua realização não foi propiciada por ninguém de fora, pois o movimento não só se organizou na melhor e mais ampla utilização dos espaços da Estação da NOB na praça Machado de Mello, como com a criação de uma empresa para eles mesmos, o próprio movimento HIP HOP organizar, promover e ser o instrumento de propagação de tudo. Conquistaram um patamar de vital importância dentro da organização cultural a que muitos se propõe, ou seja, não ficam só na vontade. Vê-los em ação e sacando assim de longe como se deu a organização interna do evento ocupando toda semana passada, uma clara demonstração da força de um movimento quando sabe se impor. Vejo isso com muitos bons olhos. Que outros tantos pipoquem por aí com a mesma garra, despreendimento e ação coletiva de fato. No pequeno trecho gravado por mim no domingo, Renato Magu, um dos proceres do movimento Hip Hop na cidade diz algo aos seus pouco antes do show do Emicida, que encerraria a Semana, algo sobre o que de fato os mobiliza. Deu para sentir a intensidade da coisa, vindo para ficar. Valeu!!!!!!!!!!!!!!!
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