domingo, 1 de dezembro de 2019

RETRATOS DE BAURU (234)


ESCREVO DE ANTONIO IZZO FILHO
O vejo hoje pela manhã na feira e tiro algumas fotos dele e do seu séquito, os que os acompanham. Izzo, como a maioria dos políticos nativos não anda só. A imensa maioria deles prefere circular acompanhados, muitos ao seu lado. O vejo diante de mim no furdunço matinal por três momentos, ele indo e voltando, subindo e descendo a feira, sempre cercado pelos seus. Tem até um só para registrar os momentos dos encontros, fotografando tudo. Conheço alguns deles e nada mais me espanta nos dias atuais. Cada um escolhe quem deve lhe fazer companhia. Izzo fez as suas no passado, pagou caro pelas escolhas. Creio que, tudo o que passou deve ter promovido mudanças, no mínimo, para começar, em sua linha de acompanhantes. Mudar é preciso, todos o fazemos em muita coisa ao longo de uma vida inteira.

Não vejo outros políticos hoje na feira, somente ele, melhor, ele está indo em todas, circulando muito, marcando presença em tudo quanto é lugar onde suas pernas permitem. Nada diferente de tudo o que vejo outros fazendo, forçando os cumprimentos com desconhecidos e tudo o mais. Ele está em declarada campanha, como tantos outros, de forma antecipada, mas tentando ao seu modo e jeito voltar ao mundo da política. Conheço pouco Izzo, muito pouco, nunca tive uma conversa em particular com ele e nem teria motivo para tanto. Não posso concordar com o que ocorreu no passado, mas se está apto a voltar, que o faça e passe novamente pelo crivo popular. Tantos outros o fizeram, não me oponho a isso. O enxergo como um forte candidato, se conseguir o ser, que o faça e a partir daí, que se crie um forte estratégia para vencê-lo como adversário nas urnas.

Minha oposição é para comparações esdrúxulas e inconcebíveis. Izzo cavou as perseguições pelas quais sofreu, Lula também o foi, mas em situações bem distintas, nenhuma linha de comparação possível. Não coaduno com quem diz ambos terem sofrido as ditas perseguições por motivos parecidos, portanto, uma possível proximidade e até união de interesses. No momento vivido pelo PT, creio eu, existe a necessidade de seus candidatos fazerem uma defesa mais do que especial de Lula e mais que isso, do partido. Precisamos de candidatos dentro dessa linha, sabendo muito bem fazer o contraponto junto aos demais, demonstrando a existência de uma evidente diferença de estilo, linha de conduta e atuação. Escrevo por mim, não pelo partido, mas uma coligação como essa é inconcebível. Ponto final. Casa um deve seguir seu caminho, existem espaços para todos. Não juntos.

Não posso deixar de reconhecer em Izzo essa vontade de retornar e para tanto arregaçou as mangas das camisas e está na lida. O PT precisa, da mesma forma, de um candidato que o represente dignamente em Bauru e que se coloque nas paradas de sucesso. Que mais posso dizer de Izzo? Nada. Ele lá na dele, com seu séquito circulando pela aí e nós do lado de cá, em busca de alguém que nos represente dentro da grandiosidade do maior partido brasileiro. Ele nada mais é do que a cara de parcela significativa do povo e eleitorado brasileiro, merecedores de belos arrazoados escrevinhativos, laudas e laudas, nada do que estou propenso a fazer. Sou um mero observador das ruas e assim o vejo e registro, sem retoques. Se ele estiver na disputa, quase certeza, estaremos em lados opostos e cada um mostrando a que veio, propostas bem distintas. O PT tem por obrigatoriedade fazer coligação com partidos e propostas do campo progressista, nunca do "regressista". Cada um no seu quadrado, eles lá e a gente cá.

Nenhum comentário: