Eu empresto de meu amigo, o jornalista Aurélio Alonso um livro bem elucidativo sobre o tema, o “Mara Lucia Vieira – Um crime sem prescrição”, dos santa-cruzenses Celso e Junko Sato Prado, que em 2018, após longa pesquisa junto aos documentos oficiais, ou seja, todo o levantamento policial ocorrido, em 172 páginas, descrevem tudo – mas tudo mesmo -, das entranhas do ocorrido. Uma obra mais que elucidativa. Diria mesmo, esclarecedora. Entenda ou tenha outra interpretação quem quiser, mas os fatos descritos no livro, não fazem parte de suposição, mas de material já comprovado como verdadeiro. O casal vasculhou pilhas de documentos e já no prefácio a constatação: “Algumas versões apontaram possíveis autores do crime, agora prescrito, e dois dentre eles destacados, o Nilton Paula Vilela Marques e Elivaldo Torres de Vasconcelos, vulgo Francês”. Álibis são desmontados pelos casal, tudo baseado no que leram nos autos dos processos, porém, motivado pela prescrição, tudo continuará impune ad eternum. Na sequência, ainda no prefácio, quando da reabertura do processo, outros nomes: “Dois outros suspeitos ganhariam foco: João Ugeda Medina e Milton Martinho Ribeiro”.
Esta uma das grandes vergonhas jurídicas desta terra, cheia de impunidades, acobertamentos e fingimentos de que nada está em curso e acontecendo. Quando os tais Donos do Poder constituído resolvem que tudo se dará de uma forma, contando com a eficiente cobertura de complacente mídia e sociedade, tudo acaba caindo no esquecimento. A elucidação se deu, os autores se ouvidos não possuem mais nenhuma dúvida. Os fatos estão todos muito bem descritos no livro, com edição esgotada, tiragem impressa por edição independente, custeada pelos próprios autores. São livros assim, precisos, diretos e retos, pesquisas eficientes, sem delongas, dando o verdadeiro tom do ocorrido. Se a solução dos que comandam as entranhas jurídicas deste rincão e país permitiram a prescrição, aqui mais uma vez, uma prova inconteste de que, com algum jeitinho ainda é possível se safar. Com bons advogados, fazendo uso até o extremo de recursos e meios jurídicos, se livram de penalizações.
Este escrito, neste momento, já ultrapassou o crime, mas quer colocar em discussão outros procedimentos. O mais evidente é este, o da demora, letargia e tudo culminando com a prescrição, ou seja, o arquivamento sem penalizações. No Brasil vigora algo, sempre ouvido pela aí, a de que quem tem dinheiro faz uso da Justiça no seu limite, sabe explorar todas as possibilidades e rotas de fuga. Neste caso, depois de tudo o que já sabia e lendo o livro, chego nessa exata conclusão: tendo bons amigos dentro das instituições e fazendo uso destes atalhos e meandros jurídicos, tudo é possível. MARA LUCIA continuará sendo um crime insolúvel para muitos, sem responsabilização e penalização. O passado explica também muito bem ocorrências mais recentes e envolvendo figuras proeminentes no nosso meio.
O livro deixa isso bem claro, pois entendendo como foi se construindo a trama dessa investigação, chegamos aos dias de hoje. Para ficar num só exemplo, não conseguimos nem desvendar direito como se deu a ação de um hacker, hoje exilado nos confins do mundo, contratado para não só escarafunchar a vida de opositores do poder atual constituído, mas com intenções outras. Enfim, o que mudou?
PERCEBAM COMO AGE A EQUIPE DO GOVERNADOR PAULISTA, A DO SR TARCISIO DE FREITAS
Semanas atrás, algo perturbador para quem se interessa pela solução do que venha ser isso do “crime organizado”. A morte do ex-secretário, cassador de integrantes do crime organizado lá no litoral paulista e o governador e seu secretário de Segurança Pública tentaram de tudo quanto é jeito impedir a presença da Polícia Federal ou de qualquer órgão federal nas investigação. Estranho, pois a ajuda seria para solucionar mais rapidamente o problema. Preferiam agir isolados e com recursos paulistas, sob hostes do governador.
O caso passou meio que batido, ou seja, a mídia não deu a devida importância. Agora, quando o governo do Rio de Janeiro promove a chacina junto à comunidades carentes, desponta algo criminalizando só os dos bairros populares, nunca os engravatados dos andares de cima, da beira mar e da Faria Lima. E o que faz o governador paulista? Ele determina que seu secretário, o Derrite, o tal da Segurança Pública deixe momentaneamente o cargo que ocupa e vá reassumir em Brasília como deputado federal, para comandar, capitanear e direcionar uma ação limitadora da Polícia Federal nas investigações de crimes dessa natureza.
Semanas atrás, algo perturbador para quem se interessa pela solução do que venha ser isso do “crime organizado”. A morte do ex-secretário, cassador de integrantes do crime organizado lá no litoral paulista e o governador e seu secretário de Segurança Pública tentaram de tudo quanto é jeito impedir a presença da Polícia Federal ou de qualquer órgão federal nas investigação. Estranho, pois a ajuda seria para solucionar mais rapidamente o problema. Preferiam agir isolados e com recursos paulistas, sob hostes do governador.
O caso passou meio que batido, ou seja, a mídia não deu a devida importância. Agora, quando o governo do Rio de Janeiro promove a chacina junto à comunidades carentes, desponta algo criminalizando só os dos bairros populares, nunca os engravatados dos andares de cima, da beira mar e da Faria Lima. E o que faz o governador paulista? Ele determina que seu secretário, o Derrite, o tal da Segurança Pública deixe momentaneamente o cargo que ocupa e vá reassumir em Brasília como deputado federal, para comandar, capitanear e direcionar uma ação limitadora da Polícia Federal nas investigações de crimes dessa natureza.
Ou seja, tem gato nessa tuba. As duas ações possuem muitas coisas em comum, estão híper relacionadas e demonstram claramente como agem Tarcísio em relação ao real combate ao dito crime organizado. Tem algo a ser desvendado nisto tudo e, se possível, o mais rápido possível. Por que fizeram de tudo para o Governo federal não participar das investigações do assassinato em São Paulo e agora, jogam pesado contra a ação até agora inerente da Polícia Federal de investigar a fundo o poderio do crime organizado?
Ou vamos a fundo e desvendamos estes mistérios ou entregamos tudo e deixemos que as futuras investigações ocorram somente por quem possua suspeitas de envolvimentos outros. Ou o Brasil destrói com a saúva ou a saúva destruirá com o Brasil. Vejo que, corre-se grande risco com fortalecimento de quem de fato, age para dificultar e esclarecer fatos escabrosos deste país. Vencemos estes, ou seremos vencidos por estes, daí, prevejo um “deus nos acuda”.
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| SE A POPULAÇÃO PERMITIR, O CRIME ORGANIZADO TOMARÁ CONTA DE TUDO À NOSSA VOLTA |






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