sábado, 22 de setembro de 2018

PALANQUE - USE SEU MEGAFONE (116)


PAPINHOS DE UM SÁBADO PRÉ-ELEITORAL


1.) SANTINHOS: EXEMPLO REPUDIADO E A SER SEGUIDO
Não gosto dos enrustidos, dos que escondem o jogo. Isso para tudo na vida. Jogar limpo, sem escamotear, esse um princípio mais que básico. Nos santinhos dos políticos nessa época de desbragada campanha eleitoral, algo a ser notado. Uns escondendo o verdadeiro jogo e outros jogando decalaradamente, sem medo de se dizer a que vieram. O exemplo clássico encontro na comparação com esses dois santinhos aqui no meu portão. O primeiro de um clássico candidato desta terra varonil, dita como capital da "terra branca", berço dos tais que fazem acontecem, as vestustas "forças vivas". No santinho do candidato local espalhado pelas portões e correndo de mão em mão somente o nome dele, com seu número e tal, nada mais. Sim, poderiam me dizer que, ele deixando em branco, o espaço para que escolham outros ao bel prazer, beleza isso, mas define o voto para sua estimada e prestimosa pessoa, nada mais e tão somente isso. Nem cita seu partido, nada e tão somente seu nome. No outro, algo mais palatável, com a coragem de se dizer a que veio e o que representa, o voto completo, de cabo a rabo, uma sugestão a ser aceita ou não, mas deixando claro o lado em que o candidato está. Prefiro estar muito mais com esses, os corajosos. Falta coragem em muitos do candidatos de hoje em dia, pois se mostram para todos sem ideologia, escamoteando o que verdadeiramente defendem. Sou eleitor à moda antiga, sempre estarei com os que se mostram por inteiro.

2.) CONVERSAS ELUCIDATIVAS NO CALÇADÃO...
Acabo de voltar de uma breve andança pelos lados do Calçadão da Batista, manhã de sábado, recheado de cabos eleitorais há duas semanas do pleito mais estranho desta República, louca para voltar a ser Bananeira. Reencontro uma velha amiga travesti e paro para o papo. Ela, como quase todas as sensatas mulheres me diz algo de sua profissão, dita como a mais antiga do mundo. Passou dos trinta, mas como diz o refrão da música: "continua em exposição". Sem vergonha de expor o que faz, conta de um antigo cliente que a contatou para um programa semana passada: "O cara chega e vejo no carro dele o adesivo do demo, do cara que todas nós repudiamos. Chega com o papinho de sempre, mas fico sem entender, pois na cama é um faz tudo e na cabeça algo o conduzindo para um lado que desdiz de sua ação prátrica. Penso comigo, hoje ele não vai ser ativo comigo de jeito nenhum. E não foi. Foi uma gazela, fez tudo como lhe impus e pelo que sei, gostou muito. Fiz dele gato e sapato e sai plenamente satisfeta, tendo ao final como extra pedido um brinde extra pelos serviços executados, diria, adicionais pelo desgaste proporcionado. Pagou sem pestanejar e evitamos de falar de política, pois não queria me irritar mais do que fiquei ao ver o adesivo". Rimos da história e disse que iria publicar. Ela diz que sem problema, desde que não a identifique e muito menos a ele (não fiz questão nenhuma de saber quem seja). O fato é que, nesse país de pernas para o ar, situações como essa estão se proliferando, ou seja, o cara se diz um conservador e defensor de tudo o que seja retrógrado, mas continua entre quatro paredes fazendo tudo exatamente ao contrário. Como diria meu velho, sábio e falecido pai: "Desconfie dos moralistas, esses os piores...". Me certifico disso em cada nova história que ouço.

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