terça-feira, 29 de janeiro de 2019

BEIRA DE ESTRADA (103)


O ÓDIO SEM VOLTA DE QUEM JÁ ESTÁ MAIS QUE DOENTE E CONTAMINADO
Aqui de muito longe de minha terra, onde me encontro neste momento, abro somente neste final de noite as redes sociais e nelas a continuidade da doença pela qual o país foi acometido e não consegue mais se livrar, a do ódio contra quem um dias lhes ajudou e cegamente apóia quem hoje lhe crava a faca. A cegueira generalizada é mais que uma doença, algo de um insanidade beirando já a loucura. Quanto mais o atual desgoverno pratica algo contra os interesses da nação, mais uns insistem em apoiar. Não sei o que possa ser isso e até bem pouco tempo, desconhecia essa parcela da população tão fora de si e de como, de uma hora para outra colocaram as manguinhas de fora e desavergonhadamente explanam suas barbaridades da forma mais irracional possível, creio eu, sem fazer nenhuma análise de veracidade dos fatos ou mesmo de estarem dando uma decisiva contribuição para que o Brasil caminhe para um destino cujo conserto demoraria muitas décadas.

Leio aqui bem longe da terra brasileira algo sobre uma droga farmacêutica criada em laboratórios norte-americanos e que, em cinco dias de consumo causariam um dependência total e absoluta, dessas de deixar o sujeito totalmente despirocado, fora do prumo, da casinha e dos sentidos. Leio mais, que muitas pessoas ao tomarem contato com os primeiros efeitos acabam por consumi-la em doses acada vez maiores, aumentando a dependência, despirocando totalmente os sentidos.

Não sei da veracidade desta droga, mas sei que algo de muito sério está acontecendo com esses tantos movidos pelo ódio no Brasil, terra que um dia Sérgio Buarque de Hollanda, disse ser terra de gente cordial. Sua tese sempre foi controversa, mas agora, diante do momento atual brasileiro, creio foi colocada definitivamente por terra. A cordialidade de antanho, se é que existiu, hoje está revertida para um ódio, incutido de uma forma tão anormal na mente dos incautos, chegando ao ápice, com a perda do bom senso, ou de um mínimo de razão para analisar os acontecimentos. Não pode ser normal um presidente ter em seus quadros alguém como alguns dos atuais ministros de Estado. Eles não são fora da casinha, são muito mais que isso. Pior que eles são os apoiadores, os que sem noção nenhuma, sem querer analisar, sem checar, conferi nada, reproduzem mentiras, inverdades grosseiras, cospem o bafo do ódio por onde passam e estão ajudando decisivamente a destruir o que ainda resta de saudável nesta outrora até varonil nação.

Desolado e ainda me propor a responder a alguns, ando desolado e cada vez que me deparo com gente até então muito próxima de mim, me pergunto: "Como só fui descobrir agora da debilidade total de neurônios desses?". Já não aguento mais deletar tanta gente de minha vida, nunca fui obrigado a gir como o faço nesse momento. Para não ser contaminado pela droga do ódio, algo a me causar repugnância, prefiro cada vez mais me isolar. Não quero ser contaminado por essa doença e a imunidade é a mais absoluta distância de quem já chega babando e esbravejando ódio pelas ventas.


É melhor assim do que conviver com a demência.

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