sábado, 8 de agosto de 2020

ALGO DA INTERNET (167)



CHEGAMOS AOS CEM MIL, SOMOS TOP DOS TOPS*
Brasil = 100 mil Covid-19 - Linha do tempo, no Brasil, segundo o Congresso em Foco:
Bauru Sp, Calçadão Batista, 08.08.2020
Bauru SP, Calçadão Batista, 08/08/2020

26 de fevereiro de 2020 - Governo confirma o primeiro caso de coronavírus no Brasil. Paciente é um homem de 61 anos que viajou à Itália, e deu entrada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, no dia anterior.

11 de março de 2020 - A Organização Mundial da Saúde classifica as contaminações pelo novo coronavírus como pandemia.

16 de março de 2020 - O Ministério da Saúde confirma a primeira morte pela doença no país. Em junho, a pasta corrigiu a informação e apontou que a primeira ocorrência foi dia 12 de março.

24 de março de 2020 - Em um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, Jair Bolsonaro afirmou que minimizou a pandemia e disse que caso fosse contaminado pelo vírus não precisaria se preocupar, por seu histórico de atleta. “Nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho”, disse.

16 de abril de 2020 - Em discordância com o protocolo de uso da cloroquina, medicamento descartado pela OMS, o governo anuncia a saída do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. “Agradeço a toda a equipe que esteve comigo no MS e desejo êxito ao meu sucessor no cargo de ministro da Saúde. Rogo a Deus e a Nossa Senhora Aparecida que abençoem muito o nosso país”, escreveu Mandetta após se reunir com Bolsonaro no Palácio do Planalto.

15 de maio de 2020 - Menos de um mês após a saída de Mandetta, seu substituto, Nelson Teich, também anunciou o desembarque do governo. “A vida é feita de escolhas e eu hoje escolhi sair. Digo a vocês que dei o melhor de mim nesse período”, disse Teich.

20 de maio de 2020 - Cinco dias após a saída de Teich e sob o comando interino de Eduardo Pazuello, o Ministério da Saúde divulgou um documento estabelecendo novos critérios para uso da cloroquina no tratamento da covid-19. As recomendações permitiam o uso de cloroquina ou hidróxido de cloroquina já nos primeiros dias após a manifestação de sintomas. As normas anteriores liberavam a droga apenas para os casos mais graves da doença.

25 de maio de 2020 - A OMS suspende testes com cloroquina e hidroxicloroquina para o tratamento de covid-19. "O grupo executivo implementou uma pausa temporária do braço da hidroxicloroquina no ensaio Solidariedade, enquanto os dados de segurança são revisados pelo conselho de monitoramento de segurança dos dados. Os outros braços do ensaio continuam", informou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

06 de junho de 2020 - O Ministério da Saúde muda a forma de anunciar os dados sobre a pandemia e o governo diz que vai deixar de divulgar total de mortos e casos de covid-19. Após críticas da imprensa e da opinião pública, a pasta voltou a publicar os dados.

07 de julho de 2020 - O presidente diz em entrevista ao vivo que testou positivo para a doença e que estava se medicando com cloroquina, droga sem comprovação de eficácia contra a covid-19. Bolsonaro fez ainda mais dois exames ao longo das semanas que também deram positivo. Apesar do resultado, o presidente foi visto passeando pelo Planalto e cumprimentando servidores sem usar a máscara.

06 de agosto de 2020 - Governo assina termo de colaboração com a Universidade de Oxford e a AstraZeneca para produção da vacina contra covid-19. O acordo prevê transferência de tecnologia e as primeiras doses estarão disponíveis apenas em janeiro de 2021.

08 de agosto de 2020 - Brasil chega aos 100 mil mortos por covid-19. Os dados são de um consórcio de veículos de imprensa e ainda não foram confirmados pelo Ministério da Saúde. Até o fim da tarde de sexta-feira (7), o país tinha 95.572 mortos pela doença.
* Fonte: Dados levantados pelo Garoeiro, professor bauruense exilado em Natal RN.

CEM MIL MORTES, VOLTA DO FUTEBOL, DECISÃO DO PAULISTÃO E A SITUAÇÃO DOS PEQUENOS, DENTRE OS QUAIS, O TIME DE MINHA ALDEIA, O NOROESTE
Triste dia. Perdemos Casaldaliga e o país atinge a marca dos 100 mil mortes oficiais e muito perto dos 2 milhões de infectados. Num platô com mais de mil mortes diárias, nada devia ser tratado como normal, mas tudo aqui já está reaberto e em pleno funcionamento. O capitalismo não consegue parar alguns poucos meses. Ele impõe à força os retornos. Tudo volta e assim se dá também com o futebol. Esse apenas mais um dos itens. Voltou e cá estou neste dia diante da TV, vendo a final do Paulistão. Sou corintiano. Um pouco mais agora quando a Fiel torcida foi pras ruas e colocou pra correr os fascistas que dela se achavam donos. Fiquei orgulhoso destes. No Paulistão, que pouco assisti, a recuperação do time foi um feito extraordinário, pois quando tudo já era dado como perdido, renasceu das cinzas e vai pra final. Sentado na poltrona numa tarde de sábado, torço ao meu modo e jeito, aproveitando para pensar também em outros temas futebolísticos. Na qualidade de torcedor, ainda em quarentena, uso o mesmo como válvula de escape.

Enquanto a bola rola, jogo equilibrado, pegado, a mente foge das quatro linhas e me ponho a pensar no time de minha aldeia, motivo de minha maior paixão, o glorioso e centenário Esporte Clube Noroeste. Minha maior torcida é para este, paixão desde moleque. Enquanto o futebol dos grandes volta com todos os cuidados, o dos pequenos já está com data prevista, mas as condições para fazê-lo são bem outras. O Noroeste, quando da continuidade da pandemia, fechou literalmente as portas. Dispensou todo seu elenco e não conseguiu nem pagar seus funcionários do dia-a-dia. Feijoadas patrocinadas pela torcida organizada ocorreram e o atrasado vai assim sendo pago. Patrocinadores sumiram, presidente renunciou, grana evaporou e por lá uma só definição: só voltar ano que vem. Isso não vai mais ser possível. E agora?

Por sorte o técnico Luiz Carlos Martins continua sem time, parece estará com o time até o final do campeonato e está se movendo pra compor o elenco com a maioria dos antigos atletas. Deve ter pintado algo de grana, ainda desconhecida do público torcedor. Sempre pinta algo ou sai algum coelho de uma cartola onde o torcedor nunca fica sabendo dos detalhes. Neste momento ainda de indefinições, quero render homenagens a algumas pessoas. A torcida organizada Sangue Rubro nunca abandonou o time, tendo sua sede hoje defronte o estádio e nesse quesito feijoadas, alguns deles se destacaram e merecem um rasgado e público elogio. Numa foto, o torcedor e um dos organizadores da Feijuca do Norusca, Vitor Agrella, do portal Voz Noroestina, acerta junto com o clube, o salário de um dos funcionários, o roupeiro Neno Silva. José Roberto Pavanello, da Sangue Rubro é outro incansável abnegado, além de Guto Brasil e tantos outros. Num dos posts do grupo, a realidade dos fatos, nua e crua: “Depois de quitarmos o mês de abril de salários atrasados com a campanha da Vakinha em que os torcedores participaram doando dinheiro em prol dos funcionários do Esporte Clube Noroeste, hoje realizamos os pagamentos de mais um mês com o dinheiro arrecadado pela feijoada e também pelo corte de parte dos eucaliptos que estavam danificados (cupim) e curvados causando enorme risco de cair sobre o muro do clube, fiação e casa aos arredores do Alfredão. (...) Todos os pagamentos foram feitos em nome do Esporte Clube Noroeste com recibo feito pela Josi, financeira do clube. Dentre os treze funcionários, estão a equipe da cozinha, roupeiro, porteiros, serviços gerais, lavanderia e etc. O valor quitado equivale aos salários pendentes do mês de maio”. 

Essa a realidade vivida por muitos times do interior paulista. Temo ao citar nomes dos torcedores acabar por me esquecer de alguns, pois sei que todos os envolvidos merecem neste momento o reconhecimento. Sabe o que acho disso tudo? Respondo: esses deveriam compor a nova diretoria do Noroeste. Experiências neste sentido existem por aí, a do São Bento de Sorocaba, talvez a mais recente. O atual presidente, após a renúncia do que caiu fora ao ver a viola em caco, o máximo que fez foi participar da entrega das feijoadas e receber a grana pela venda de parte dos eucaliptos vendidos – sim, parte deles foram vendidos, mas não todos. Creio que, o time seria muito bem administrado por estes aguerridos torcedores. As tais das “forças vivas” da cidade e do Conselho Deliberativo do time, sempre envolvidas em dificultar o povo na condução dos empreendimentos deve se retorcer só da ideia ser aventada, mas creio eu, diante de tanta iniquidade, esses quando lá poderiam propor algo como, uma parcela fixa num valor estabelecido, por exemplo, R$ 50 reais mês e se dez mil torcedores aderirem, mensalmente o time teria como receita para iniciar os trabalhos, caixa mês de R$ 500 mil reais. Algo assim é até possível, mas não com gente desconhecida no comando do time. Num coletivo de torcedores chego a pensar que isso seria a solução para o futuro nosso time. 

São as soluções possíveis dentro da atual situação do futebol pelo interior do estado mais rico da federação.
Em tempo: O Corinthians perdeu o campeonato, 1 x 1 resultado final, nos pênaltis e assim, após mais de dez anos, o Palmeiras volta a levantar o caneco paulista. O Noroeste, mesmo na nhaca em que se encontra, pode também se sagrar logo mais campeão da AIII. Eu acredito.

COISAS ACONTECENDO COM CERTA FREQUÊNCIA EM BAURU:
"Algo deu errado, me recordei de um episódio que vivi como bancária, no Banco Santander, em um bairro da zona sul em Bauru. Um dia, de muito movimento e fila grande, um político deputado e médico, que mora na cidade, desses eleito e reeleito como se política fosse profissão, entrou na agência, cortou a fila que eu estava atendendo, onde além de preferenciais, idosos e gestantes, tinham pessoas que estavam aguardando quase duas horas para ser atendidos, mas ele, o cidadão de bem, esse mesmo, de família tradicional, gritou...QUERO SER ATENDIDO AGORA, eu respondi educadamente, ENTRA NA FILA QUE QUANDO CHEGAR SUA VEZ, EU TE ATENDO! E aí veio a pergunta, VOCÊ SABE COM QUEM VOCÊ ESTÁ FALANDO?? Respondi, NÃO SEI, QUEM É VOCÊ?? Nesse momento, as pessoas gargalharam e um professor universitário da UNESP, que estava na mesa que eu estava atendendo, também sorriu, a satisfação das pessoas ali presentes foi grande, mas a minha, mesmo sabendo quem ele era, foi imensa, poderia significar meu emprego, uma suspensão e sim, fui repreendida pelo chefe, mas naquele dia, dei voz a várias pessoas , mostrei para aquele cidadão que dos quase 8 bilhões de pessoas que tem no mundo, ele é só mais um e nesse caso, mal educado e arrogante! Pessoas assim, sempre existiram, mas agora se sentem representadas pela liderança do executivo do Brasil, que é homofóbico, machista, truculento e claro, completamente incompetente!", bancária Priscila Rodrigues e a charge de Ribs, exemplificam bem o país que temos com Bolsonaro, sendo isso tudo o que não precisamos.

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