quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

INTERVENÇÕES DO SUPER HERÓI BAURUENSE (140)


UM ANO MUITO DIFÍCIL, MAS TUDO PODE PIORAR - OU NÃO, ENFIM, BAURU CRÊ
Não existe como fazer prognósticos altaneiros para o país, pois diante da iniquidade de um desGoverno cada vez mais insano, tudo na decadência. Os reflexos podem ser vistos por todos os lados e em cada aldeia deste país, a perspectiva sombria de algo sem nada de alvissareiro a propor uma reviravolta, ou no mínimo um fio de esperança. Guardião, o super-herói bauruense, sempre atento e atuando muito nestes tempos de pandemia, ainda mais agora quando todos estão arrefecendo e tocando a vida como se nada estivesse em curso. "BAURU é só o reflexo de parte do que se passa no resto do país, sem tirar nem por. A perdição é nacional e o sentimento de demência instalado na mente da maioria das pessoas se dá por aqui com a mesma intensidade do que se vê pela aí. Por aqui com um agravante, Bolsonaro ganhou a eleição com 80% dos votos e no último pleito é confirmado o conservadorismo da cidade quando a candidata de uma partido declaradamente fundamentalista, o Patriota chega ao poder. Com apoio não só de evangélicos neopentecostais, mais também de católicos e todos os que, enganados, foram levados de roldão acreditando que, o novo, a mudança, a solução de seus problemas estaria no rostinho bonito, conhecido de todos pela TV", começa sua fala Guardião.

Ele continua: "O ano foi dos mais complicados e as dificuldades são imensas para conseguir fechar a tampa quando da passagem de um para outro. Um país sem perspectiva e agora, um cidade remando na mesma linha ideológica, a do reducionismo político. Ela venceu os barões da cidade e pelo que se vê até agora não topou sentar com estes, numa composição de interesses que sempre acaba ocorrendo. Escolheu os seus, mas nada que fuja do script. A reza será na mesma cartilha, a de governar com os olhos voltados para o atendimento do segmento mais abastado e dando lhufas para os que mais necessitam, sendo também a maioria. Com a crise instalada a nível nacional e as contas da municipalidade de pernas para o ar, um começo meio as cegas, acreditando que a máquina sozinha vai vencendo os obstáculos. Como ter esperança diante de tudo isso? Por que apostar as fichas e depositar esperanças quando já pelos nomes anunciados nenhuma mudança de rumo e propondo o atendimento das reivindicações da classe que mais padece? Enfim, mudará o que? Resolverão o que?".

A esperança bauruense reside diante de tantos problemas pela frente numa solução simples, ELA. Guardião fala sobre a simplista solução: "O ocorrido seria de grande monta, enfim, uma mulher e negra chegando ao poder numa cidade declaradamente conservadora, mas a escolhida nunca esteve presente em nenhum movimento reivindicatório em sua vida, só de louvação e mesmo, quando diante de um suposto e ainda não explicado caso de racismo, quando um movimento de agigante para repudiar o ato, ela desdiz de comparecer e opinar. Para seu partido não existe racismo no país, para os de sua fé idem, enfim, vencem todos os que se entregam aos ditames dos próceres das igrejas. Como querer no mínimo entender o que se passa de fato com este país, quando a mente atua de forma restrita, limitada e intransigente, sem enxergar o diferente como possível, mas como algo a ser repudiado e combatido? O confronto está mais do que estabelecido e não será de boas intenções e da boca pra fora que resolveremos os problemas desta cidade. Não quero gorar nada, mas diante de todos os problemas que teremos pela frente, querer resolvê-los simplesmente ao lado de quem foge do diálogo, creio ser o caminho certo para nada dar certo. A lua de mel da eleita para com a cidade tem prazo de vigência e quiçá algo a ilumine além da crença", conclui.
OBS FINAL: Com este texto o desejo deste mafuento HPA e do idealizador do Guardião, o artista Leandro Gonçalez para boas entradas e saídas para este ano - toc toc toc. Lembram-se da frase "Resistir é preciso", pois bem, em Bauru ela se renova com "Crer é preciso". A gente tenta, mas nada convence.

A GENTE SE VÊ
Não sei nem como consegui chegar até aqui, mas já que cheguei, confesso, não tem sido nada fácil. Se apareci em alguns lugares, devo me recolher novamente. Enfim, quero viver e daí só aumentando o isolamento. Até mais ver, um dia a gente volta a se ver, se assim for possível. Não dá pra ser feliz diante de tudo o que presencio acontecendo à minha volta. Impossível ser indiferente, impossível não adoecer quando pouca coisa ou quase nada se pode fazer. Empurro tudo bocadinho mais. Talvez consiga. Boas entradas e saídas, com baita abracito para tudo, todas e todos são os votos deste mafuento HPA.
OBS.: A ilustração é do genial amigo Gilberto Maringoni e expressa muito be mmeu sentimento natalino nesta altura do campeonato.

Um comentário:

Anônimo disse...

Caríssimo Henrique,
A postagem de hoje precisa ser bem arquivada porque aponta proféticas verdades para os próximos meses!
O Guardião dispara bem na mosca!
O andar da carruagem da realidade dissolverá a artificiosa cortina de fumaça manejada pelo fundamentalismo neopentecostalista cego.

"Como ter esperança diante de tudo isso?
Por que apostar as fichas e depositar esperanças
quando já pelos nomes anunciados
nenhuma mudança de rumo e propondo o atendimento das reivindicações da classe que mais padece?
Enfim, mudará o quê?
Resolverão o quê?"

É isso, Agapeá!
Falou e disse!

Que não se admita, lá na frente, ninguém vindo se queixar ...

Feliz Natal, para você, para a Bia, e para todos os mafuentos que resistem!
Garoeiro

EM TEMPO;
Maringoni, com esse Papai Noel sangrando antes de chegar, arrebentou ...