segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

FRASE DE LIVRO LIDO (173) e MÚSICA (207)


pegando leve
COMENTÁRIOS NECESSÁRIOS SOBRE O LIVRO DO AMIGO AURÉLIO, “O ÓVNI DE BADAGARU” – OBRA TODA CONCEBIDA, PRODUZIDA E REALIZADA NA ALDEIA BAURUENSE*
* Antes de começar o pega pra capar com as publicações políticas, dou meu breque e escrevo das coisas mais que saborosas desta vida.

É sempre mais que uma vitória, ainda mais nestes tempos bicudos, ver amigos conseguindo lançar livros. O jornalista AURÉLIO FERNANDES ALONSO acaba de conseguir esse grande feito e faço parte, ao meu modo e jeito, de sua obra. Saiu de sua cachola cheia de caraminholas e viagens pelo interior paulista, mais precisamente o sertão do estado de São Paulo, uma reunião de pequenas histórias, juntadas e misturadas, dando vazão ao seu “O ÓVNI DE BADAGARU – A LUZ QUE VEIO DO NADA”. Aurélio é jornalista de uma cepa inquebrantável, o de estar onde a matéria ocorre, ou seja, não gosta de escrever à distância. Esteve junto dos fatos até sua aposentadoria, ano atrás e em cada lugar por onde passava anotava algo da crendice, uma história mais que local. Quando encontrou tempo na vida, sentou a bunda na cadeira e escrevinhou não um livro, uma obra de ficção fantástica ou algo parecido, mas uma NOVELA. Um estilo que pode muito bem, ser transformada num enredo para um filme ou mesmo, uma longa trama. Os fatos estão todos ali reunidos, os de muitas localidades, juntados na sua cria, a tal da Badaguru, um pequeno distrito perdido aqui por estes lados do interior paulista, onde grassa histórias e estórias do arco da velha. A escrita do Aurélio é franca, límpida, transparente, gostosa e sem delongas. Ele resume tudo em apenas 98 páginas.

Eu tive o prazer de ler antes, pois o danado acabou me convidando, justamente eu, o dito como “esquerda gourmet”, para prefaciar sua cria. Li antes de todos e mais que isso, Aurélio me ligava e contava detalhes, leu a obra quase toda pelo telefone, com comentários de cada passagem. Eu, portanto, sei de algo mais, ou seja, onde e quando ocorreu algumas das passagens mais mirabolantes da trama. Um luxo estar situado dentro da obra. Assim me considero e hoje, com o livro nas mãos, graciosamente a mim presentado junto de uma caneca com a marca de Badagaru (seria a nossa Sucupira ou Boendía?), fico extasiado com o que vejo. Aurélio deu seu jeito para conseguir fluir uma bela obra e foi ao encontro de quem a realizasse dentro do que imaginava. O livreto ficou lindão. O cuidado com a edição ficou a cargo do livreiro e também editor Reginaldo Furtado, dono do sebo O Livtreiro, ali na Saint Martin. Reginaldo cuida disso tudo com o devido esmero, cuidado e sabe que, ouvindo atentamente o poponente, a cria sairá cheia de luz. Assim foi feito. Adorei tudo na edição da ainda modesta editora Clepsidra, inclusive na forma como numerou as páginas. Enfim, um livro também é recebido com empatia quando tudo dá certo. No do Aurélio, parece que tudo assim ocorreu.

Peguei meu exemplar ontem pela manhã lá na banca da Ilda, a do Aeroclube, deixada pelo autor com dedicatória: “Ao amigo Henrique Aquino. Este livro é sobre as inquietudes e crendices deste país, 15/01/2022”. Vim babando com ele nas mãos e lendo suas páginas iniciais, em voz alta, nas paradas de semáfaros. Podem ter certeza, falava sózinho enquanto dirigia. A história precisa ser conhecidas e a obra é encontrada lá na Ilda ou com o próprio autor, mas não aceite ele te doar o livro, por favor, compre, para ele conseguir pagar o que gastou e assim, consiga também imprimir logo mais uma segunda edição. Eu, um emotivo cidadão, agora que a coisa já está nas ruas, posso publicar aqui o meu texto, escrito sob pressão, pois Aurélio me deu um prazo para fazê-lo e devo ter ultrapassado os limites algumas vezes, até o dia em que, ligou e disse assim: “Sai ou não o prefácio?”. Saiu e assim ficou:

“Eu, daqui por diante só darei importância e lerei histórias pra lá de fantásticas. As normais são exatamente isso, normais, daí, cansam quem já as leu à exaustão. Não me chamam mais a atenção as triviais, relatando o dia a dia sem o algo mais, o incondicional, inusitado. Continuo lendo e muito, mas me tocar fundo, não tendo o algo mais, perco o interesse logo de cara.

Pensava exatamente nisso quando me chega às mãos o texto do novo livro do amigo jornalista Aurélio Fernandes Alonso. Numa ligação telefônica, quando me convidou para escrever este texto de abertura, relata personagem por personagem, de como se dava a trama de seu primeiro livro, que não considera romance e sim, uma novela de cunho surreal, insólita e original. Na medida que ia revivendo cada passagem e os personagens, como cada qual foi introduzido no texto, aquilo me fez ir longe. Primeiro pensei em Dias Gomes e seu imortal texto “O Bem Amado”, da fictícia Sucupira e depois até em Gabriel García Márquez, na ainda mais imortal Buendía, do clássico “Cem Anos de Solidão”. São comparações mais do que justas, muito pertinentes. Em ambos, muito de realidade e ficção.
Despertou em mim, logo de bate pronto, o interesse pela leitura. Conhecendo Aurélio como o conheço, décadas de jornalismo estradeiro, colhendo histórias e desvendando estórias pelos cafundós do interior paulista, sei que durante todo seu tempo de ativo jornalismo, seu gosto era por escrever sobre exatamente essas histórias e personagens. Impossível para ele adentrar um lugar qualquer, tomar conhecimento de algo a movimentar aquele povo e não a querer desvendar, ir à fundo. Muitos dos seus textos são exatamente em cima desta tecla. Hoje percebo, ele não só escreveu, como colecionava histórias. Deve ter um lugar não só em sua memória, mas em algum caderno ou cantinho de computador, onde tudo foi armazenado para uso futuro.

Chegou o dia de colocar os bofes pra fora. Da mesma forma que me contou cada história que ia tomando conhecimento nas mais diferentes localidades, soube com primazia transportá-las para uma aldeia, diria mesmo, um pequeno distrito, onde coube todos. Ele buscou um fio condutor para citar todos, enfim, nenhum poderia ficar de fora e assim o fez com sapiência e maestria. A maioria dos relatos não tem sequência na estória, mas tem presença e importância bem definida. Confesso maravilhado ter viajado – continuo viajando – numa fértil imaginação de tudo o que se desenrola de histórias mirabolantes pelos quatro cantos deste seu mundinho – que também é o meu. Seu livro é isso, a abertura do seu baú de lembranças, com tudo o que tinha lá guardado, agora pululando pela aí, cada qual com vida própria, livres, leves e soltos.

Não consigo esconder minha euforia com textos desse quilate. Eu vibro com as histórias advindas deste mundo, surfando entre o real e o irreal - também, irracional –, o verdadeiro e o falso, o possível e o impossível, enfim, o dantesco. A danado do Aurélio soube juntar isso tudo, conduzir suas lembranças de forma saborosa e envolvente, encontrando num final caudaloso, o fechamento improvável para lacrar a tampa do caixão. Essa história contada em detalhes pelo Aurélio não tem fim, até porque, pelo que sei, ele tem muito mais registros e a tal tampa permanecerá sempre aberta. Com a mente regada em botequins, campos de várzea, prostíbulos, quebradas, vicinais, praças e ruelas, todos de ponta de vila e com muita gastança de solas e solas de sapatos, possui material para muito mais. Isso aqui é só o começo. Ainda bem, pois já estou com aquele gostinho de quero mais”.

O texto passou depois por um revisor e teve melhorias consideráveis. O que aqui tento é simples. Despertar o interesse para que muitos comprem, leiam e espalhem a ideia. Só assim o Aurélio vai se sentir estimulado a botar no papel tudo o mais que ferve e está lá espremendo seu cérebro. Precisamos contribuir para que ele possa colocar tudo pra fora o quanto antes.

pegando pesado
O PAU COME NA CASA DO NOCA - PREFEITA SUSSU, NOS PREPARATIVOS PARA SALTO ELEITORAL, QUER TUDO SÓ PARA ELA E OS SEUS
O pau come feio na Casa do Noca, ops, digo, na Casa da alcaide fundamentalista Suéllen Rosim, ou se não na casa, nas imediações, dentro do quintal. No famoso samba, “O Pau Comeu”, esse trecho é bem similar com algo ocorrendo também nas entranhas políticas de uma nova turma tentando se firmar no céu nada estrelado do firmamento local: “Todo mundo brincando, forró animado/ Quando um cabra armado, entrô com o Zé Minhoca/ Na casa de Noca e baixou o cajado/ E o pau comeu, comeu, comeu/ Na casa de Noca, o pau comeu”. Ocorrências nem um pouco inusitadas ou causando estranhamento andam em curso, causando estupor em alguns, mas tudo dentro da mais pura normalidade para outros.

Vamos ao fato. Leio postado pelo servidor municipal Rafael Santana de Lima, sempre muito crítico com a atual administração (ele tem por hábito escrever tudo em caixa alta): “NOTÍCIA QUE NÃO ME SURPREENDE, POIS TÁ ESCRITO LA NA CÂMARA: O DIA DO FAVOR É A VÉSPERA DA INGRATIDÃO. FALTA DE ÉTICA, DE COMPANHEIRISMO, DE RESPEITO...OU SIMPLESMENTE "TRAIRAGEM" MESMO, POIS O NOBRE VEREADOR MARCELO AFONSO TEM UM ENORME MÉRITO NA VITÓRIA DESSE GOVERNO, E NÃO FOI SEQUER COMUNICADO DESSA ABSURDA E ESTRANHA "MUDAGÍLIA", MISTURA DE "MUDANÇA E TRAIRAGEM DE FAMÍLIA". PARABÉNS VEREADOR AO SE POSICIONAR, FAZ UM BELO TRABALHO, É UM INCANSÁVEL, QUE BUSCA RESOLVER OS PROBLEMAS DA POPULAÇÃO, E TRAZENDO O QUE EU MAIS VALORIZO NA POLÍTICA " RESULTADO ". PODEM DIZER O QUE QUISEREM, PORÉM NUNCA QUE NÃO CORRESPONDE AOS VOTOS DOS SEUS ELEITORES E AO NOME DE SEU PAI EX VEREADOR AFONSO, O QUAL DEVE ESTAR MUITO ORGULHOSO DE SUA ATITUDE. P A R A B É N S !!!”.

O furo foi dado pelo jornalista Nélson Gonçalves em sua coluna nas redes sociais: “Família Rosim assume comando do Patriota e PSC – Líder da prefeita anuncia que deixa função após ser excluído do novo comando do Patriota. Família Rosim assume a legenda e também o comando do PSC”. Nada mais do que uma movimentação do segmentos fundamentalista, fechando-se em copas entre si, excluindo todos os demais de participação no naco de poder. Evidentemente tudo sendo feito com intuito eleitoral. Antes de entrar no mérito da questão, quando li o que o amigo Rafael postou e logo a seguir em outro post, algo muito parecido, o de Alcides Mendonça II (também com hábito de escrever tudo em caixa alta): “BOM DIA - MINHA SOLIDARIEDADE AO VEREADOR MARCELO AFONSO QUE INOCENTEMENTE ABRIU A PORTA DE SUA CASA PARA ACOLHER ESSA ... DE BIRIGUI QUANDO JÁ TINHA UM GRUPO MONTADO, GRUPO ESTE QUE TRABALHOU NA CAMPANHA DESSA MULHER QUE ENGANOU A TODOS COM UM FALSO DISCURSO MORALISTA E CRISTÃO, A MASCARA CAIU, EM SUA ANSIA DE PODER ESSA GENTE DEMONSTROU QUE PASSAM POR CIMA DE TUDO E DE TODOS ATROPELANDO TODOS OS VALORES MORAIS PARA TENTAR ALCANÇAR SEUS OBJETIVOS, MAS JUNTOS NÓS NÃO DEIXAREMOS ISSO ACONTECER. FAMÍLIA ROSSIM, NÓS NÃO QUEREMOS VOCÊS EM BAURU, VOLTEM PARA O BURACO DE ONDE SAIRAM”.

Só a partir daí, postei um comentário neste post, algo bem simples, direto e reto, resposta de minha lavra e responsabilidade, até para deixar bem claro algo mais dessa movimentação de peças no tabuleiro do fundamentalismo bauruense: “Ninguém foi enganado, meu caro. Todos ali sabiam muito bem onde estavam enfiando seus pés e mãos. Não tem inocente nessa história”. Daí, me veio à mente a canção do “pau comendo na casa do Noca”. No caso, a Casa do Noca é a hoste fundamentalista, bolsonarista, negacionista, onde todos estão intimamente – ou seria umbilicalmente? - ligados com o retrocesso pelo qual a cidade Bauru atravessa com a atual administração. Sem tirar nem pôr, Patriota e PSL, para mim, são farinha do mesmo saco, representam a mesma linha de pensamento e ação, agem de comum acordo e se não estão mais se entendendo, o que está em curso são disputas fraticidas pelo poder. Nada mais que isso. Muito bom para a população bauruense enxergar mais nitidamente do que e de quem se tratam. No meu caso, diante de tudo o que vejo, continuo seguindo regra básica de conduta, o de me manter o máximo de distância destes todos. A Bauru que luto para ver vicejar, não possui nenhum destes como próceres. Só isso, nada mais. O imbróglio lá na Casa do Noca, pelo visto, é bem mais simples de ser resolvido do que os interesses eleitorias em curso.
OBS.: Qualquer semelhança com o ocorrido na Casa do Noca não é mera coincidência.

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