sábado, 2 de fevereiro de 2019

COMENDO PELAS BEIRADAS (67)


FEIRAS SÃO MUSEUS A CÉU ABERTO - aqui duas londrinas 

1.) BOROUGHT MARKET - UMA FEIRA DE CULINÁRIA DEBAIXO DOS TRILHOS DO METRÔ
Primeiro você chega de metrô, desce na estação de London Bridge, sai dela e se depara com um edifício desses que você não enxerga o último andar (o tempo também estava nublado), o The Shard London e logo a seguir, parte debaixo dos trilhos, ocupando maravilhosamente os espaços criados pela trilha do trem, uma feira ao ar livre e nela produtos de boa parte do mundo, desde iguarias variadas, comidinhas variadas nas formas mais variadas possíveis e gente aos borbulhões. Tem muito turista, mas os locais preenchem quase todo o espaço. O melhor de tudo, além do cheiro que sobe pelas narinas e invade seu corpo todo, é o zum zum zum, o alarido provocado pelas conversações variadas, quase todas em voz alta. Impossível não se envolver com o clima criado e mantido no local. Vasculhei à procura de uma barraca brasileira e nada. Encontrei várias de café colombiano e uma de lanches argentinos, além de mexicanos. Muita coisa árabe, do Oriente, principalmente paquistanesa, além é claro, dos italianos e franceses. Como adoro feira, essa é mais uma dica recebida pela amiga fotógrafa Luciana Franzolin, dessas que valeu uma manhã quase inteira. Ela sabe que gosto de RUAR e vai instigando Ana a me levar pros lugares dentro do cardápio ao meu gosto. Mesmo arranhando muito pouco o inglês, num lugar desses você vai se safando com a linguagem universal das mãos e olhos. Por fim, como o roteiro do dia é grande, a gente sai de lá sempre contrariado e querendo mais e mais.


2.) PORTOBELLO MARKET, SÁBADO EM LONDRES
Por sorte bem aqui pertinho do hotel onde nos encontramos. Seguimos a pé até a estação do metrô Notting Hill e de mais algumas quadras começa o rebuliço semanal (ou seria sabadal?) deste feira, ou o algo mais ali proporcionado. Ela vai começando aos poucos e parece não ter mais fim. No princípio alguns comerciantes em locais fixos e depois das primeiras quadras a feira em si. Aqui não é um Mercado de Pulgas, mas algo mais rebuscado, para público turista e também local, porém mais com o caráter consumista que rueiro por natureza. Em todas suas esquinas rola um som, ou seja, bandas ou mesmo cantantes solos se apresentam e estendem o chapéu. Tem pra tudo e no meio da balbúrdia me deparei com um violinista brasileiro. Fui até ele e o descobri de São José do Rio Preto. Percorremos quase de cabo a rabo na manhã friorenta e com algum vento, esse cortante. O colorido, o burburinho e o contagiante clima proporcionado pelo ajuntamento de pessoas é algo que me inebria. Nessa não é diferente. Tem pra todos os gostos e preferências. Claro, parei num banca de CDs e lá encontrei uma seção só com brasileiros, dentre eles Naná Vasconcelos, Joyce, Baden, Hermeto, todos pouco conhecidos no seu país de origem, mas populares numa feira londrina. Paramos numa barraca de um simpático nigeriano, só com gravatas, presente para o amigo Adrian, da Universidade de Palermo. Tudo gera conversa, mesmo falando pouco inglês. Encontramos muitas bancas vendendo tipos gráficos, algo encantador dentro desse universo de possibilidades, onde se encontra de tudo um pouco. Mais uma, dentro de um roteiro onde pelo menos mais duas estão agendadas para o domingo.
Para algo mais delas, basta uma leve pesquisa no atual "pai dos burros", o google e uma imensidão de informações.

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