quarta-feira, 8 de julho de 2020

UM LUGAR POR AÍ (138)


QUANDO UM COMERCIANTE AFIRMA: "ACREDITO EM VACINA, TERRA REDONDA E NO PERIGO DESTE VÍRUS. SÓ VOU ABRIR QUANDO HOUVER SEGURANÇA PARA OS CLIENTES", SIGO AO SEU LADO E SEI, ESSES SÃO OS MELHORES
São muitas coisas juntas neste mesmo texto. Vou tentar juntar todas em poucas palavras. Essa livraria carioca na rua do Ouvidor, a Folha Seca, do amigo Rodrigo Ferrari e sua mãe Maria Helena Ferrari são mais que um oásis localizado no centro velho da cidade do Rio de Janeiro e do que dela resta de dignidade, sobriedade, fortaleza viva diante de um mar de desesperança nos cercando. Já contei aqui em outras ocasiões dos laços de décadas de amizade com o Digão, o dono deste maravilho negócio livreiro. Neste mês, a revista Piauí lhe dedicou um texto encantador, contando algo mais de como ele conseguiu se virar financeiramente em tempos pandêmicos. Ele ousou e conseguiu, mas isso só ocorre, de fato para os possuidores de sólida proposta, algo fincado e estabelecido como de relacionamento primoroso entre seres humanos de boa cepa. Sua experiência e algo de sua livraria estão contados clicando neste link, artigo "De volta à rua do Ouvidor - Uma pequena livraria no centro do Rio sobrevive à catástrofe econômica causada pela pandemia", escrito por Fernanda de Escóssia: https://piaui.folha.uol.com.br/materia/de-volta-rua-do-ouvidor-folha-seca/?fbclid=IwAR0JMc-oy7fkxAItONtrMSi8i07PUuAWlo5fdQaxXfv_QkQM4-ajODKx6Mo.

Não é só por ambos serem meus amigos de longa data, pelo negócio ser uma livraria e por tudo o que propiciaram para aquela região do Rio, mas pelo conjunto da obra. A citação que faço e a uso como título deste texto é de arrepiar, assim como outra, "a Folha Seca era mais que uma loja: era uma comunidade" e outra no mesmo texto, "A Folha Seca se tornou o estabelecimento-âncora de um novo cais no Rio, ao qual aportam músicos, artistas, intelectuais, jornalistas, escritores, historiadores, amantes do futebol e pessoas que têm em comum o amor pelos livros e o Centro da cidade". Ou seja, eles são um encanto dentro da devassidão no entorno. Ali naquele local se reúnem boa parte dos que enxergam a vida não como esse negócio pueril do rentismo e do neoliberalismo predatório. São os que vivem e querem, pregam a necessidade de outro mundo, mais igualitário, compreensivo e humano. Redutos como este existem e muitos. Ali mesmo no Rio, vejo outro texto, esse postado no blog de outra livraria, a Leonardo da Vinci, essa num subsolo na avenida Rio Branco, escrita pelo seu proprietário o livreiro Daniel Louzada: https://www.leonardodavinci.com.br/blog/?fbclid=IwAR2hjpAU5rL8ZRQ6sL_8CQ6NOGedVOdJPirCzf1f6q4JFkGw3mj1PufoePU. Duas experiências pulsantes e emocionantes.

Fotografei a ambas e aqui publico fotos da Folha Seca, mas quem quiser saber mais de ambas, cliquem lá na linha de consulta do blog Mafuá do HPA colocando o nome de ambas e verão o que já escrevi delas. Quero encerrar este texto sobre algo aqui de Bauru. Já tivemos algo assim em Bauru, muitos redutos de igual teor. A maioria se foi e hoje enxergo algo assim no Bar do Genaro, propriedade do querido sonhador, lutador e esgrimista destes tempos, o Fabricio Genaro. Seu bar captou essa coisa lúdica do sonho coletivo e assim seguia seus dias até a chegada da pandemia. Ele também bolou algo parecido quando diante das contas sob sua mesa e o bar fechado. Os abnegados e acreditando na proposta lhe pagariam uma espécie de voucher para utilização futura, valor entre R$ 50 e R$ 100 reais e na reabertura seriam ressarcidos com consumação do valor. Deu pros gastos iniciais, mas precisa ser retomado, pois tudo continua lacrado e sem boas perspectivas. Enfim, com estes três exemplos digo que, ao menos isso precisa ser preservado. Cada qual faz o que pode, tenta contribuir com aquilo que está ao seu alcance. Penso em outros redutos, como o Bar do Barba, na Feira do Rolo, a Banca do livreiro Carioca, ali no mesmo lugar, O Espaço Protótipo Tópico, Casa De Cultura Celina Neves, como alguns oásis dentro de uma cidade na contra-mão do que o Ferrari diz na frase que dá título para este texto.


Com estes aqui citados eu não só coloco a mão no fogo, como reparto o pouco que tenho, divido, multiplico a ideia, pois fazem parte do meu mundo. É o que posso diante de tanta perversidade advinda deste desGoverno Federal, fazendo de tudo e mais um pouco para sufocar os pequenos. Boas ideias, calcadas em ações já existentes tendem a dar certo, pois existe o envolvimento de uma uma causa por detrás de tudo. Confio nisso e espalho as mesmas com fervor.
OBS.: As fotos aqui ilustrando são todas da Folha Seca, pois ainda estou emocionado com o texto da Piauí, mas em breve reúno também as do Bar do Genaro e continuo algo aqui iniciado.

CONVERSANDO COM MÉDICO DESTA ALDEIA

Ele pode não representar a maioria, nem a minoria, mas está aí, atuando e espalhando suas ideias e modo de ação. Ele representa um estilo muito em voga hoje, esses rejeitando os cuidados com o COVID-19, desdizendo da coisa e espalhando não somente o vírus, mas um modo de encarar o momento e o mundo num todo como se apresenta para nós, os pobres mortais. De um médico quando de consulta em seu reservado consultório:

- Meu caro, eu não tenho medo, nem receio. Deve ter sido um dos primeiros a ter contato com o vírus. Atendo na ponta, estou lá com gente infestada ou em vias de se infestar. Os trato normalmente. Coisa de dois meses atrás, atendi uma paciente que tinha todos os sintomas e ainda por cima aidética. Não esperei pelos exames e lhe receitei os tais comprimidos. Se esperasse os resultados, seria tarde demais. Ela se foi e vieram outros, eu ali. Três dias depois senti algum desconforto, sabe o que fiz? Tomei também os comprimidos e continuei minha rotina. Quase um mês depois resolvi fazer o exame para me certificar se o que senti era o vírus. Era, mas já havia passado pela fase complicada e não parei de trabalhar. Os sintomas se foram e continuei minha rotina. Gosto dessa muvuca. Enfim, já que estamos conversando informalmente, posso fazê-lo sem a máscara? Creio que já passei do perigo de contaminar alguém.

- Mas existe alguma comprovação de que quem já teve pega novamente?

- Não existe, mas a gente adquire imunidade. Eu não fico apregoando nada, mas creio, iremos conviver com isso por muito tempo e daí, todos irão pegar. Pra que vacina? Deixa a coisa rolar. O que tiver que acontecer, que aconteça. Eu não parei um só momento, eu e a esposa não vivemos fechados, continuo com todas minhas atividades, com pedreiros em casa, entra e sai doméstico. Não alterei nada e aqui estou, inteiro a comprovar que assim deve ser feito. Ficar se escondendo dentro de casa por tanto tempo pra que? Os que apresentam com sintomas receito logo os tais comprimidos. Existe um burocracia enorme para comprá-los ou mesmo recebê-los gratuitamente. Um calhamaço de papéis, a pessoa precisa ficar assinando um monte de vezes aceitar o tratamento, enquanto não existe outra alternativa. Tem que tomar logo e pronto, não existem efeitos colaterais. Poucos, mas existe também a urgência e ela supera tudo. Pior do que estão não vão ficar. Vão é melhorar. Agora veja, esses aí eu receito sem problema, mas essa vacina chinesa me recuso a tomar ou mesmo receitar. Tudo o que vem deles é meia boca, imagine uma vacina. Isso sim é uma aberração, querer impor essa vacina chinesa.

Eu, 110 dias de quarentena me sinto atordoado, vindo de quem veio. Saio às tontas, respiro fundo quando nas ruas e volto para meu recolhimento e isolamento. Me faltou chão...

DESGOVERNO DA DESLAVADA MENTIRA

Tudo que fazem é proveniente de mentiras, farsa deslavada e pueril, algo grotesco, beirando a imbecilidade. Acredita quem quer, mas continuar se fingindo de morto e aceitando tudo, isso se tornou impossível e não é de hoje. Não é só pela nova farsa, a do exame positivo para o COVID-19, mas pelo conjunto da obra, todo calcado em mentira em cima de mentira, uma atrás de outra. Tudo começa com a grande farsa da facada, algo já praticamente desmontado, mas ainda sem que o acusem formalmente pelo grotesco teatro. Seu Jair, o Senhor Inominável construiu sua vida desta forma e jeito, mentindo, se esquivando da verdade e comendo pelas beiradas. Assim se passaram 30 anos dele em cargos públicos, todos eleitos por gente que bem o conhece, pensa e age exatamente como ele. A pantomina do exame e a encenação dele diante das telas com comprimidos salvadores à mão é mais um capítulo da insanidade a que estamos submetidos. Como ainda aceitar tamanha desfaçatez e insulto à nação como temos visto, uma atrás de outra e ainda inertes, sem irmos todos lá e o tirar no tapa, exigindo no mínimo, um dirigente sensato. O Brasil destes cansou a todos.

Existe um turba resistindo, mas ainda aquietada, contida e com pouca ação concreta. A cada dia uma nova gota d'água, depois mais uma e tudo cai no esquecimento, pois surge algo pior, dá-se atenção para a novidade e já não se fala mais da que era um escândalo até ontem. E assim seguimos, aceitando tudo, mentira em cima de mentira. É mesmo inacreditável tanta coisa de ruim toda reunida num só pessoal, mas isso é concreto, é para onde o Brasil desaguou. Eu não aguento mais um segundo sob essa farsa mal construída, ajambrada com pífio texto, construção de quinta categoria e todos nós aqui prostrados assistindo a encenação sem nada fazer. A insanidade a nos governar precisa ser contida e isso não é para hoje, é para ontem. Ficar aqui observando o resultado já esperado dele se dizendo curado pelos mequetréficos remédios, desacreditados pela medicina, mas estocados pelo Exército é muito para minha cabeça. Doente ele não está, pois sempre o foi. E a parte do país que nele apostou suas fichas também não são lá muito bem da ideia, pois avisos não faltaram. Encerro com trecho deste texto aqui compartilhado em link abaixo: "Como diz o ditado, não é porque sou paranóico que vão deixar de me perseguir. Por isso mesmo, e em se tratando de um genocida sociopata como Bolsonaro, se pode cogitar a hipótese de que o laudo apresentado por ele pode ser falso-positivo para [1] acobertar a falsificação de laudos anteriores, e [2] para ele fazer campanha midiática com objetivo de desovar as toneladas de dólares em cloroquina que o patrão Trump atulhou no Exército Brasileiro." Por fim, não era justamente nessa semana que teria que depor sobre falcatruas dele e dos seus? 

5 comentários:

Anônimo disse...

Sempre digo que nem todo conhecimento ajuda, as vezes atrapalha qdo a pessoa se senti dona da verdade.
Qto a vacina chinesa, acredito que em algum aspecto ele tem razão, posso estar desinformada, mas nunca ouvi nenhuma referência sobre boas pesquisas vindo da China, mas na situação onde o mundo todo encontra-se, se der algum resultado já será uma ajuda a mais.
Muito diferente do "remedinho" que ele citou, onde temos muitas pesquisas, de grandes cientistas e laboratórios, com médicos renomados que dizem que não faz efeito nenhum e ainda acarreta problemas graves nos pacientes.
Um ponto hoje eu concordo com ele, pois já mudei minha opinião, posso mudar novamente, pois só ignorantes não mudam suas opiniões, a quarentena não funcionou no Brasil, era para estarmos tentando voltar ao "normal" com números de casos diminuindo, mas fizemos o caminho inverso do mundo. Estamos saindo da quarentena e os casos aumentando absurdamente.
Por que mudei minha opinião qto a isso ? Porque realmente não dá mais para ficarmos escondidos dentro de casa. Quem puder fique, mas a população precisa trabalhar, o governo não ajudou, não cumpriu o mínimo para dar suporte ao povo brasileiro e não ajudou as pequenas empresas, que tbm são as que mais precisam, esses "pequenos" não conseguem empréstimos em bancos e muitos fecharam ou estão quase fechando suas portas. Eles nada mais são que trabalhadores comuns e não fazem parte da elite do país. Ainda temos um grande número de desempregados que aumentaram consideravelmente, as pessoas não sabem mais o que fazer para comprarem comida e colocarem na mesa para os filhos, para pagarem o aluguel. Para quem não está nessa situação e tem seu salário garantido como aposentado ou funcionário público nunca irá entender isso.
Se as pessoas não ficaram em suas casas qdo mais precisavamos, tbm não irão ficar agora, pois estão cansadas de ficarem fechadas, efeitos psicológicos da quarentena. Hoje ninguém mais vai segurar a população de sair de sua reclusão por causa da pandemia.
É triste dizer isso, mas é a verdade e temos que encará-la.
Hoje é cada um por si, cuidando de si mesmo e dos seus da forma que conseguirem.
Início de setembro as aulas retornarão, até o momento essa é a previsão, em alguns Estados mesmo com grandes números de doentes e faltas de leitos as aulas já retornaram.
E o vírus como ele disse, com certeza estará aí, pois países que foram bem na quarentena e tiveram um controle dele, ao reabrirem estão tendo que fechar muitos lugares novamente, pois o maior problema é que ele espalha-se muito rápido.
Enfim, chegamos no limite para tudo, agora não é mais o momento de obrigarmos as pessoas a ficarem suas casas, de não reabrir nada, pois isso não irá mais acontecer,
mas é o momento de pensarmos em uma forma de agirmos com mais consciência e sabedoria para tentarmos de todas as maneiras, formas mais efetivas de prevenção diante da reabertura, da circulação de pessoas em todos os lugares. Acredito que a forma de cobrança daqui para frente deve ser outra.
A vacina esse ano não chega, e qdo chegar será que realmente irá funcionar ?
Não podemos além de perdermos pessoas para o vírus, perdermos mais pela fome e miséria que está instalando-se no país com a ajuda desse governo irresponsável.
Não é possível que muitos não enxerguem isso e continuem insistindo no que não funcionou antes e tbm não irá funcionar agora.
Não é defender empresários, é ajudar nossa população a sobreviver. Portanto, vamos colocar tudo numa balança e refletir muito sobre o assunto.
Mary Moretto

Mafuá do HPA disse...

É o que tento fazer com meus escritos e o que faz de forma sincera, com argumentos bem consistentes. Obrigado pela participação.
henrique - direto do mafuá

Marcos disse...

Passei aqui para fazer um comentário sobre um outro assunto mas ao me deparar com esse post e principalmente com o comentário da cidadã acima, inevitável não expor alguns pontos.

O preconceito imposto no ocidente sobre os chineses parece que tirou até a curiosidade em se questionar e buscar informações de fato sobre o país oriental. As pessoas compram narrativas e passam a acreditar nelas, a China já faz tempo que é o centro tecnológico do mundo, da industria de ponta, líder no ranking da educação básica, centros de pesquisas entre os mais modernos do mundo, expertise no combate a pandemias e quase tudo o que o mundo consome hoje tem um "made in China" e todos parecem felizes com seus apetrechos tecnológicos feitos na China. Nem vou entrar agora nos problemas do governo chinês, apenas trazer uma luz sobre os preconceitos do ocidente que se acha o máximo contra o oriente.

Provavelmente a primeira vacina sairá de laboratório chinês e nenhuma vacina será comercializada sem ter eficácia, a ciência não funciona assim, quando um laboratório exibir uma vacina após todos os testes, ela será revisada por pares do mundo todo e a partir daí receber o ok da OMS e órgãos sanitários dos países.

Sobre quarentena no Brasil: não, o presidente psicopata não tem nenhuma razão, aliás, razão é algo que passa longe dele, quarentena não funcionou no Brasil porque nunca houve quarentena, desde o início o governo apostou no caos social, desinformou total uma nação que nunca primou pela educação e um pensar cartesiano...sempre fomos uma nação de idiotas e hoje um alvo fácil de manipulação através das redes anti-sociais diante de pessoas sem a capacidade de questionar a "informação".

A dificuldade de construir uma sociedade soberana, igualitária é porque educar a pensar como descreveu Descartes, é muito mais difícil, exige tempo de maturação da educação sendo que manter o povo na ignorância é muito mais fácil e o único esforço é o de não prover essa educação e cultura.

Cito dois casos de extremo sucesso no combate a pandemia que foram os casos do Vietnam e Nova Zelândia, o Vietnam logo quando estourou a pandemia em Wuhan, fechou as fronteiras, fez o lockdown total, rastreio dos primeiros infectados com testes em massa...trancaram tudo e sem hospedeiros o virus foi sumindo do país, uma nação com 95 milhões de habitantes registraram apenas 355 casos e nenhuma morte. A Nova Zelândia fez um processo parecido.

O Brasil teve todo o tempo do mundo para se preparar porque já tínhamos os exemplos do que se passava na Europa, era o governo fechar o espaço aéreo e fronteiras logo cedo, decretar lockdown, rastreamento e testes em massa, isolar regiões que apresentassem os primeiros casos positivos e garantir uma renda cidadã digna para os trabalhadores. Em 40 dias no máximo estaríamos com tudo funcionando, fronteiras seguiriam fechadas, mas a rotina de volta para todos.

A quarentena é a única arma que existe contra o vírus, mas ela nunca ocorreu aqui, desde o início sempre tivemos gente se aglomerando em supermercados, nas ruas, em festas residenciais, um levando o vírus para o outro, demoramos para fechar fronteiras e suspender os voos, desinformação vinda do governo federal mas também dos estados e municípios, em Bauru mesmo desde abril o sr. Wallace Sampaio tomando o protagonismo na desinformação e agitando as pessoas com carreatas da morte para quebrarem o pífio isolamento, aliás é inacreditável que numa pandemia os protagonistas sejam pessoas fora da área sanitária, em Bauru deixaram para canalhas como Walace e Cafeo, só poderia dar merda mesmo.

Surpresa seria se o Brasil fosse um sucesso no combate, tudo o que está acontecendo eu tinha certeza que seria assim, esse país sempre foi uma bagunça e de enfiar o pau no cu dos trabalhadores. Fizeram tudo errado desde o começo e de forma intencional do governo para promover o caos e acelerar uma política higienista, genocida nas comunidades carentes, sem-teto e povos indígenas.

Continua..

Marcos disse...

...A classe média que nunca se preocupou com a fome e com genocídio de negros e índios, agora vem com o papo de que é preciso ser flexível ou muitos morrerão de fome. A preocupação dessa classe não é com a fome, mas sim com a perda do padrão de vida, vejo sim naqueles que sempre souberam o que é viver em comunidade, viver coletivamente, um aumento da solidariedade e o alcance para que comunidades que nunca foram assistidas pelo Estado, não passassem ainda mais fome e pudessem ter alguma proteção nessa pandemia.

Vamos lembrar que essa classe média que já foi em massa nas ruas tempos atrás gritar pelo moralismo insano e que ajudou a eleger um psicopata, faz coro ao presidente, não pela fome, mas pelo orgulho ferido em descer um degrau na pirâmide social.

A sociedade capitalista ocidental destrói o senso coletivo do ser humano ao alienar desde cedo as pessoas para viverem de forma individualista, o tal "ser alguém", estudar para alienar sua mão de obra, ser apenas uma peça de reposição no mercado de trabalho.

A moral cristã que é o pano de fundo da alienação ocidental, nunca foi o de dividir o pão e vida coletiva, mas sim o do salve-se que puder, cada um por si em busca de sua própria salvação e essa moral segue na "moderna" alienação dos coaches da classe média com suas fórmulas mágicas nos lucrativos livros de auto-ajuda e cursos em como alcançar riqueza e sucesso pessoal, veja que sempre é uma construção perversa de mentes dentro de deploráveis costumes.

Por isso não espanta essa normalização da morte e o desprezo pela vida dos outros no cada um por si já que me aperta o calo. Essa sociedade capitalista é doente e a pandemia expôs a sua decadência.

Estamos rumo à um genocídio e higienização, só que dessa vez, não teremos um lunático austríaco enviando gente para os campos de concentração e nem colonizadores matando índios e chicoteando negros, hoje nos conformamos com a morte e a abraçamos em nome do capital cujo único "case" de sucesso será dos grandes patrões.

A esquerda brasileira capitulou, mas eu como revolucionário jamais farei coro com os canalhas e nunca serei um conformista, o Brasil pode ter cagado tudo e aceitado o genocídio, mas seguirei andando com a ciência e denunciando todos esses crimes que estão sendo praticados contra o povão brasileiro, jamais aceitar e fazer coro com os criminosos.

E lembre-se, a luta não é ao lado da pequena-burguesia que está nervosa com a perda do padrão de vida, mas sim ao lado dos povos indígenas, dos sem-teto e sem-terra, das comunidades carentes, pois esses sempre souberam no quase nada que possuem a ter o espírito solidário e viver de fato em comunidade. Todos nós que vivemos para o coletivo sabemos que não deixamos ninguém para trás.

Camarada Insurgente Marcos

Anônimo disse...

Henrique, Tens toda a razão - Bolsonaro tem uma equipe de marqueteiros bandidos - transformam eleitores em oportunistas idiotas - a direção artística dessa equipe não dá folga - todos os dias tem um absurdo que, o agora garoto propaganda da cloroquina, desempenha com segurança (após vários ensaios). Por fim Henrique. na mais é, como vc falou, do que mais uma facada nas costas da 'justiça' - malandro velho não perde pra juiz...
VENTURA PICASSO - ARAÇATUBA SP