quarta-feira, 2 de outubro de 2019

UM LUGAR POR AÍ (127)


UMA POSSIBILIDADE, UM TOCANDO UMA REAL POSSIBILIDADE E A REALIDADE

1.) SERÁ QUE O MERCADO MUNICIPAL DE BAURU VINGA NESSA ADMINISTRAÇÃO? – FUI CONHECER O DE PIRACICABA
A promessa já não é mais uma mera promessa, pois o prefeito Clodoaldo Gazzetta já se convenceu e divulga por onde passe a intenção de realizar essa obra e entregar algo anunciando desde muito tempo e até agora só no campo das ideias, um Mercado Municipal em Bauru. Por onde você circule já existe, e não de hoje, algo com essa característica e em pleno funcionamento, menos aqui. Na maioria dos lugares o padrão desses Mercados é inspirado nos grandes com mercearias, lanchonetes, açougues e com lugares onde possa ser feito a degustação de iguarias variadas, como o famoso lanche de mortadela do paulistano e por aí afora. Bauru poderia inovar e realizar algo diferente desse padrão e é exatamente isso o que ouvi da boca do próprio prefeito meses atrás, quando dizia que o projeto já estava pronto e fugiria do convencional, pois seria basicamente para atender os pequenos agricultores da cidade, desde os provenientes da reforma agrária, como os atuando isoladamente, mas dentro de um padrão sem agrotóxicos. Será?

Ontem estive pela manhã em Piracicaba e lá circulei no Mercado Municipal deles, iguais a da maioria dos lugares. Lugar bonito, com tudo em cima, arejado, ponto central, bem consolidado na cidade, com tudo muito parecido com a maioria dos já existentes. Se o Mercado de Bauru quer inovar ele pode trazer esse algo novo, remar contra a maré e buscar preencher essa lacuna existente, a de priorizar algo sendo produzido nas cercanias da cidade. O local já está mais do que definido, projeto pronto (eu ainda não vi, mas dizem já estar rodando pela aí) e faltando alguns detalhes, creio eu, o dinheiro para sua viabilização. Talvez venha com esse empréstimo pretendido pelo prefeito e com viabilização sendo tentada junto aos vereadores, num trabalho de convencimento ainda não concluído. Claro que para essa obra, só uma pequena parte desse empréstimo. O fato é que esse Mercado já está mais do que na hora de vingar, com empréstimo ou sem empréstimo. Será?

O lugar escolhido é o barracão da Cia Paulista, aquele defronte a Feira do Rolo, ali bem ao lado da confluência das ruas Julio Prestes com Gustavo Maciel e Rio Branco. Será algo mais que auspicioso para a região do centro velho da cidade, necessitando mesmo de algo dessa natureza para ajudar na sua revitalização. Muito já se falou disso e agora o negócio é realizar, concretizar e mostrar serviço, fazer a obra e aguardar os louros, pois Bauru saberá reconhecer quem o entregar pronto. Ficaria tudo muito legal abrigando esses tantos agricultores locais, necessitando mesmo de um lugar pra chamar de seu. Integrar o espaço com a Cultura local, palco com shows, eventos e recuperar o largo onde ocorre a Feira do Rolo, não retirando os paralelepípedos, mas sim os nivelando e devolvendo para o centro da área o antigo bebedouro, que deve estar esquecido num almoxarife qualquer da Prefeitura. Integrar o Mercado com a feira dominical é algo mais do que importante, vital, uma contribuindo para o fortalecimento da outra.

O de Piracicaba está lá, como tantos outros e o de Bauru ainda mero projeto. O que falta para torná-lo realidade? Gazzetta sabe melhor que ninguém que, esse Mercado pode lhe ajudar muito em suas pretensões de reeleição. Deixando tudo isso de lado, já passou da hora desse assunto Mercado permanecer na promessa. Será que dessa vez a coisa acontece? É agora ou nunca. Já imagino a Maria Fumaça chegando nos fundos do Mercado, apitando e dando um charme a mais ao local.
Obs.: As fotos são todas do Mercado Municipal de Piracicaba.

2.) LUIZ É UM DA FAMÍLIA ZELANDO PELO TOBARO SUPERMERCADO
Sou inveterado frequentador de pequenos comércios, esses espalhados por todos os lados da cidade. Ao invés de frequentar os grandões de qualquer ramo, esses que a gente nem imagina em conhecer o dono ou quando conhece, sabe tratar-se de alguém com linha de pensamento e ação bem distante da sua, prefiro gastar meu suado dinheirinho em lugares onde além de comprar, bato papo com os proprietários, eles com problemas muito semelhantes dos meus e assim, trocando figurinhas a gente toca o barco, segue a vida, um escorado no outro. Essa proximidade com os pequenos comerciantes é enriquecedora e aproximativa, algo não possível com, por exemplo, o dono de uma rede de magazine e a daqui da cidade, dentre tantas, mais uma filial.

LUIZ KOKASHIGAWA, 57 anos é descendente de japonês e isso está bem claro só de bater os olhos em sua pessoa. Sempre sorridente, puxando conversa, bastou adentrar seu estabelecimento, o Supermercado Tobaro, na vila Universitária, entre a avenida Pinheiro Brisola e a rua Henrique Savi, lá está alguém da família a atender uma freguesia sempre crescente, pois a família é quem segue na frente do negócio, prestando um serviço bem próximo com seu público cliente. Luiz estudou, pensou em fazer outra coisa na vida, mas por fim, veio se juntar aos seus e juntos tocam o Tobaro, um principado como o de Mônaco dentro da Europa, sendo uma espécie de joia da coroa, aquele lugar frequentado por todos, desde os estudantes ali no entorno, as famílias mais abastadas, como as com menos recursos, todos batendo cartão numa das esquinas mais movimentadas do pedaço. Escrever do Luiz é uma espécie de homenagem para com todos, pois no lugar, conto dois funcionários e no mais, a família inteira na lida, pegando no breu, desde o serviço de caixa até o de repor estoques, incluindo limpar o chão da loja. Foi a cunhada Cecília, essa sempre no caixa quem começou uma tradição, a de presentear os clientes mais frequentes na saída com algum mimo. Na hora de pagar as contas ela pega algo, um doce, um salgado, uma coisinha e faz o agrado. É um diferencial, que vai além da simpatia de todos, incluído o Luiz e todos os demais. Ele, morador da vila Independência, dois filhos, tem sua vida toda envolvida com a história do Tobaro, uma pequena empresa de sucesso, tocada coletivamente por todos de uma família mais que unida pra continuar cativando todos do bairro com aquela atenção que todos gostam. Dai, voltar é só mais um detalhe. Tem lugar melhor do que, ao você chegar alguém já te pergunta algo dando prosseguimento na conversa iniciada no dia anterior. O papo continua, não acaba nunca e no dia seguinte só mais um capítulo.

3.) TURISMO EUROPEU E TURISMO AQUI (ARGENTINA E BRASIL)
Na tira de Miguel Rep, publicada ontem no diário argentino Página 12 a constatação mais triste tirada de nossas ruas: vamos para Europa ver o que restou de civilizações passadas e nos encantamos e na Argentina de hoje, também no Brasil, ambos com desGovernos neoliberais predatórios, o turismo para ir vendo os lugares outrora abertos, hoje meras lembranças, portas fechadas e desesperança tomando conta de tudo e todos. Nunca isso será revertido com mais neoliberalismo, pois esse atende somente os interesses do 1% da população, justamente o que nos oprime e nunca o do povo trabalhador.

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