domingo, 23 de dezembro de 2018

CHARGE ESCOLHIDA A DEDO (141)


CARICATURAS DE REGINÓPOLIS DO FAUSTO, TEXTO DE HOJE DO AURÉLIO NO “REGIONAL” DO JC E EU COM ELE REVENDO A CIDADE E, PRINCIPALMENTE, AS PESSOAS

Na edição de hoje do Jornal da Cidade, o último dos moicanos pelo modal impresso em Bauru, a primeira parte que leio ao pegá-lo às mãos agorinha mesmo é o Caderno Regional, escrito sempre pelo brilhante jornalista e amigo Aurélio Alonso, o “Caricatura resgata autoestima – Cartunista Fausto Bergocce fez 120 caricaturas de tipos populares de Reginópolis, enquanto Diogo Ladeira criou o desenho afetivo em Pederneiras”. São três páginas de pura emoção e nelas uma frase escolhida pelo jornalista para abrir um dos textos resume o que sinto a respeito do assunto: “O chargista e ilustrador Fausto Bergocce levou muito a sério a frase do escritor Leon Tolstói: ‘fale de sua aldeia e estará falando do mundo’. É bem isso o que ele fez ao desenhar 120 caricaturas dos mais variados tipos populares de sua cidade: Reginópolis”. O texto todo já disponibilizado no site do jornal é esse: https://www.jcnet.com.br/…/caricatura-resgata-autoestima.ht…. Agora, a parte que me toca nesse cabimento. No começo da semana, como escrevi o livro sobre Reginópolis (eu escrevi e o Fausto desenhou, com mais de 250 ilustrações), fui convidado pelo Aurélio para dar um pulo juntos na vizinha Reginópolis e registrar os encontros com os três escolhidos por ele, dentre os 120 personagens.
Aceitei de pronto, pois rara oportunidade de rever a cidade, amigos lá deixados e colocar os pés no barro, estrada e reviver algo a me encher de alegria e contentamento. Estivemos com seu Alberto, o barbeiro, seu Zezinho, o do armazém na praça e seu Maurílio, o do escritório de contabilidade. Aqui publico três fotos do Aurélio tirando fotos deles, nove ao todo, todas de minha lavra e servindo para ilustrar esse outro lado do brilhante texto de um dos Cadernos mais saborosos dentro da atual fase do jornal, pois além de mostrar sempre algo regional, conta com a sapiência desse jornalista. Finalizo com algo mais, também retirado do texto e resumindo um pouco de algo pelo qual gosto muito de atuar e escrevinhar: “O poeta Ferreira Gullar conta que a história humana não se desenrola apenas nos campos de batalhas e nos gabinetes presidenciais. Ela se desenrola também nos quintais, entre plantas e galinhas, nas ruas de subúrbios, nas casas de jogos, nos prostíbulos, nos colégios, nas usinas, nos namoros de esquina. Ao destacar os tipos populares de Reginópolis, o cartunista Fausto Bergocce resgatou história de gente simples que faz o dia a dia da cidade”. É o que procuro fazer com o meu “Personagens sem Carimbo – O Lado B de Bauru”, que no começo de 2019 deve chegar ao milésimo escrito (sempre um foto e pequeno escrito) e, provavelmente, se transformando num livro com uns 200, previamente escolhidos.

Neste momento, meu sincero agradecimento ao Aurélio pela oportunidade e lembrança de tocar fundo em algo nunca adormecido dentro de mim, esse espírito pelas ruas, vielas, transversais, quebradas e tudo o que dela nasce, floresce, viceja e transborda pela aí. E por fim, Fausto Bergocce é merecedor inconteste de mais este afago. E que a matéria publicada hoje pelo jornal sirva de estímulo para que a prefeita de Reginópolis, Carolina Araújo de Souza Veríssimo, a Carol, dê o pontapé final viabilizando a exposição das caricaturas na cidade, em local apropriado e com grande visibilidade. Vai ser nova oportunidade para voltarmos lá e fuzarquearmos pela cidade afora e adentro.


OUTRA COISA

PERGUNTA AINDA NÃO RESPONDIDA NESTE FINAL DE ANO: ONDE ESTÁ O QUEIROZ?
Essa uma das grandes sacanagens em curso no momento. O motorista do filho do futuro presidente movimenta em sua conta algo inimaginável para um pobre mortal e assalariado, tudo é descoberto e as explicações são as mais esdruxulas possíveis. Tudo leva a crer num esquema não só envolvendo o filho, mas a família toda, toda ela se servindo do serviço público, seja ele onde estiver, faz um bocado de tempo. Depois disto novas descobertas. Alguns assessores nunca assessoraram nada, ou seja, foram sempre laranjas. Deram simplesmente seus nomes como servidores dos filhos e quando do pagamento, a retirada era integral, 100% para o dito como empregador, que na verdade era alguém prestando um serviço público e com benesses de poder ter a seu serviço alguém assalariado. O sujeito ficava com 100% do seu salário e quando encostado no muro para prestar esclarecimentos, diz nada saber e isso é lá com o empregado. Esse o fio do novelo sendo desvendado neste final de ano, sem nenhum alarde pelo Judiciário, tudo porque envolve o futuro presidente, costas mais que quentes daqui por diante. Vergonha explícita e sendo jogado para debaixo do tapete.

Esse Queiroz, o que a Justiça marca audiências e ele foge magistralmente, muito bem respaldado por "forças ocultas", essas fazendo de tudo e mais um pouco para que ele continue desaparecido e só aparecendo (se o fizer um dia) quando o papai estiver empossado e dando as cartas em Brasília. Enfim, Queiroz vai um dia ser obrigado a se explicar? Só deus sabe, mas como duvida-se da sua existência, não a do Queiroz, mas a do ser supremo, diante das circunstâncias envolvendo o que virá pelo aí na virada da esquina, ops, do ano, talvez esse motorista ganhe um belo de um cargo, desses ninguém sabe onde e nem sabendo quanto ganharia, mas tudo regulamentado e oficializado pelos mandarins do novíssimo e impoluto desGoverno capirotista. Comparem essa pantomina com o que fizeram um dia (e ainda fazem), com os filhos do ex-presidente Lula, na invencionice de uma riqueza nunca comprovada, mas muito falada, exposta e tangida pela mídia nativa como favas contadas. Dos filhos de Lula nada comprovaram, pois se algo ouvesse contra eles, já estariam com suas vidas mais que danadas. Mas com os filhos do capiroto, provas em abundância, A + B de documentos circulando pela mídia e tribunais, mas todos fingindo-se de bobos. Esse dois pesos e duas meidadas afunda o país, descrédito toal e absoluto. Vergonha mundial, fratura mais do que exposta de um regime apodrecido, carcomido pelo tempo, apodrecendo e louco para aprontar mais e mais.

Creio esse Queiroz está com a vida ganha. Teve a sorte de estar no lugar certo e na hora certa, principalmente com a gente certa. Deve estar a passar um alvissareiro Natal, assim como um Ano Novo em lugar incerto e não sabido para os pobres mortais, mas de conhecimento de uns poucos, os que lhe garantem o auspicioso momento. Queiroz é o cara, a cara desse novo país, dessa nova forma de governar, de comando e mando adentrando o campo de jogo. Viva o Queiroz e sua sapiência e saber movimentar a grana alheia, agradando tanto os patrões, a ponto de ser paparicado, escondido e a merecer tratos de estadista. Vamos nos acostumando, pois daqui por diante, outros tantos iguais a ele pipocarão pela aí. Quem faz a festa diante disso tudo são os cartunistas, esses se esbaldam, pois o assunto é dos mais sugestivos para verter, fazer fluir a criatividade, como se vê nessas charges publicadas por esses dias. Está na hora de surgir uma nova publicação no mercado editorial brasileiro, algo igual ao Pasquim, cheio de irreverência e picardia, algo mais que necessário nesses tempos. Quando o Pasquim se foi, me lembro bem, disseram que naquele momento não existia mais espaço para uma publicação naqueles moldes, pois todas eles já podiam fazer igual ao jornal alternativo. Hoje, como a maioria tem medo da exposição, rabo mais que preso, entrelaçado com quem faz a coisa feia, só mesmo um novo Pasquim corajoso e audaz, para publicar tudo o que precisa ser dito.

Ah, como seria bom algo assim nos dias de hoje. Com a imprensa massiva mais do que desacreditada, ruindo e tentando sobreviver fazendo negócios espúrios, atuando bem distante dos ditames do que vem a ser o jornalismo dentro da verdade factual dos fatos, restam poucas publicações e uma com a cara do velho e saudoso Pasquim, seria algo encantador. Sonho com isso, mesmo sabendo que isso seria algo não só de uma coragem fora do comum, como teria que ser também algo que iria buscar recuusos não sei de onde, pois diante do baú de maldades sendo prometido a quem não seguir a cartilha dos poderosos de plantão, de onde sairia a publicidade para fortalecer algo dessa natureza? Lembro quando o Ziraldo lançou o Pasquim 21 e o fez na cara dura, contando com a venda nas bancas. O projeto doi em frente, seguiu até onde pode, mas feneceu. Será que esse 50% descontente com o que está chegando como forma de governo não estria interessado em bancar uma loucura deliciosa com essa cara? Junto essas charges, alguns textos que ainda consigo ler pelas redes sociais e sites despojados e já enxergo eles todos juntos em algo de protesto, contestando a ordem estabelecida e destruindo a todos, não pela força das armas, mas pela da escrita, da arte, da fina ironia. Isso tudo quando unido, não existe regime duro, de cintura dura que aguente por muito tempo.

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