quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

PRECONCEITO AO SAPO BARBUDO (135)


“POR QUE NÃO MORRE UM CARA DESSES?”
Foi com essa frase que um desconhecido, após travar breve discussão pelas vias internéticas, encerrou o papo e cravou como esperava resolver a pendenga comigo. O cara surgiu do nada num post de minha lavra, se mostrou contrário a minha linda de pensamento. Tentei argumentar, mas quando vi ser perda de tempo, o cara cheio de ódio, só respondendo de forma grosseira, rude, insana, deve ter-lhe faltado argumentos para continuar e desferiu a frase intitulando esse texto. Deletei tudo e tive que bloquear o sujeito. Mas a frase desferida para comigo me fez pensar em tanta coisa. A primeira é que já estão desejando a nossa morte (é não é de hoje) e para dar uns tiros será um pulo. Eles não aceitam mais os diferentes, os que pensam por outras vias. São tacanhos em tudo o que fazem e nem se dão conta.

Ontem um amigo, num agradável papo noturno me disse mais ou menos isso: “Meu caro, perceba que os pobres são os que hoje vivem em comunidade. Onde moram, no ambiente recheado de dificuldades conseguem um ajudar o outro e vivem irmanados. Entre os mais ricos até pode existir isso de um ajudar o outro, algo bem diferente do ocorrido com os mais pobres, porém, entre os da classe média isso é praticamente improvável, impossível. Esses quando possuem algo não dividem com ninguém, deixam estragar, mas não repassam para outros. A posse para esses é algo insano. Não dividem o prato de comida, nada”.

Hoje cedo na farmácia comprando meus remédios mensais, totalizando uns R$ 320,00, voltei a pensar no cara de ontem e lhe envio um recado: Não queira me matar, pois a coisa já está muito bem encaminhada. Ando cheio de dores e problemas acumulados. Sinto isso no dia a dia e ele querer antecipar tudo é perda de tempo. Vai se complicar à toa. Esperando um pouco mais, terá atendido seus desejos. Enfim, como pode um cara gastando isso por mês querer ter uma sobrevida longa pela frente? Ou seja, a morte hoje me espreita de todos os lados. Primeiro pelo expresso desejo de um desconhecido, depois pelas dores e pela remediaiada a me entupir os poros.

Ainda na farmácia vejo o ainda anúncios dos remédios gratuitos distribuídos pelo Governo, algo muito incentivado pelos petistas e hoje, praticamente em vias de extinção. O pobre que votou em Bolsonaro vai ter que pagar pelo remédio até então gratuito e não vai ter para quem reclamar, pois nem o bispo vai ouvir seus lamentos. Ando com o pavio bem curto, explodindo fácil e o que me salva são os amigos, essa legião de gente me fazendo continuar botando o bloco na rua. Mesmo com dores, me esforço, saio do meu muro pessoal de lamentações e parto para as ruas. Quando pelas vias desse novo desgoverno, em vias de assumir logo ali na curva da esquina, o descalabro e o desalento, tudo o que me dá forças para seguir adiante são esses amigos. Esse meu remédio. Por causa deles e de estar com eles sigo vivo e resistindo nesse mar de bostas, dejetos espalhados por todos os lugares. Sim, Miguel Rep me mostra hoje em sua tira no Página 12, que mesmo no meio do lixo podem surgir belos arco-íris. Eu acredito e por causa disto, seigo, tropego e cruzando as pernas, mas sigo e esbravejando contra esses moinhos monstruosos à minha frente.

O POST É DO MEU FILHO, DAÍ: TAL FILHO, TAL PAI...
"Veio ao meu conhecimento que eu posso ter ofendido algumas pessoas ao fazer comentários e observações generalizantes nas últimas semanas. Nunca foi minha intenção causar equívocos, portanto, venho por meio desde post esclarecer algumas coisas: não acho que quem votou no Bolsonaro seja necessariamente fascista, bandido e/ou mau-caráter, só acho que é burro, ignorante, analfabeto político, imbecil, retardado, mula, asno, palerma, jumento e uma anta sem tamanho, daí alguns por acaso são fascistas, bandidos e/ou maus-caracteres. Sinto muito por qualquer mal-entendido!", Henrique Aquino.

NÃO DÁ MAIS PARA SER DIFERENTE...

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