segunda-feira, 12 de agosto de 2019

COMENDO PELAS BEIRADAS (75)


O FIM DO POÇO BRASILEIRO, A ARGENTINA ACORDANDO E COM UM DAIBEM NUM BOTEQUIM
1.) ESSA ÁGUA AINDA VAI ACABAR TAMBÉM ME AFOGANDO
Nas redes sociais, um empresário de Petrolina adverte o amigo, também empresário: "Rabelo, se seu presidente, Bolsonaro, não ativar as grandes obras e não botar os pobres pra trabalhar logo, metade das indústrias e das lojas de Petrolina vai falir... Se você ficar mandando coracãozinho para o Bolsonaro e não botar esse bosta para trabalhar, até você vai cair no bolo". São esses os tais saberes pragmáticos destes tempos quase obscuros. Esse capitalismo mais que doentio, está nos levando ao caos. Como, então, uma nação pode se tornar rica fazendo o que empobrece um indivíduo? Esse pensamento desnorteia o público. Se eu gastar minha renda para comprar algo que você pode fazer para mim, eu não aumentei minha própria renda, mas aumentei a sua. Se você responder comprando algo que eu possa fazer por você, então minha renda também é aumentada. Assim, quando estamos a pensar na nação como um todo, devemos ter em conta os resultados como um todo. Se todo mundo gasta mais, todo mundo é mais rico e ninguém é mais pobre.

Divagações do economista Luiz Gonzaga Belluzzo, no texto "A sabedoria, de Londres a Petrolina", publicado numa edição dessas de Carta Capital, sobre ideias de outro economista John Maynard Keynes.

2.) ALÍVIO ARGENTINO E LATINO
Bolsomínions agem da mesma forma e jeito.
Pelo visto, o neoliberalismo lá representado por Maurício Macri vai tomar na tarraqueta e na sequência, nos ajudará em muito para defenestrar também tudo o que tenha como pano de fundo algo lembrando esse triste período do capiroto Bolsonaro no Brasil. Novos ares na América Latina e hoje, na abertura do programa La Mañana, rádio AM750, Victor Hugo Morales e Gustavo Campana traçam algo da acertada escolha do povo argentino, repudiando quem lhe cravava a estaca. Um lindo momento do povo argentino e do rádio latino. Eis o link da fala de ambos: https://www.facebook.com/AM750/videos/470816473479756/?__xts__[0]=68.ARADcJnhzd-ccCN38QRLNxqRBBy7ekJ9x6pTbu1SUo7AJtRT1RZpafEvQtffP9L3GFzR_vfYyaP5_7b9rctNg4JcS3r9lBVRIh9CS2X2lAc7KSijAKfTNaLwHGpNv3eewZWdl_sU_d5XRHsMbl_8zOszL6B6j-4qPNO6ZsS9kzY8friBFaRDFWbQplVSdRdUdJ4EX1PtgynwxNYj6KHwhKbnrqA3632Oux81o3RyAdu_hQ_v5bEdsXeU7BnxseaRdn33A2IMKmaL2lF7jd5TXSzVS5XRAYf8MwgKiEWylyomJ_tO9AE27NKlhmazGmbZ6lyjCEC5-CYeyEKTrw6K&__tn__=H-R

3.) ELEIÇÕES NA ARGENTINA - VIVA ALBERTO/CRISTINA, OS VITORIOSOS DE HOJE
Estive semana passada neste lugar, exatamente domingo, Feira de San Telmo e lá conversando principalmente com os artesãos, a imensa maioria não aguentava mais o desGoverno neoliberal de Maurício Macri e quando me viam com o botton de Lula Livre, abriam um sorriso e me diziam que, a reviravolta na América Latina teria seu recomeço com a vitória de Alberto Fernandez e Cristina Kirchner. Hoje ocorreu o que aqui chamamos de Primeiro Turno e a derrota de Macri foi de lavada, coisa de 50% contra uns 25%. Muita água passará por debaixo da ponte até outubro, quando ocorrerá de fato a eleição, o escrutínio definitivo, pois os neoliberais são useiros e vezeiros em promover falcatruas, desde a enxurrada de fake news ocorrida aqui no Brasil, como as propagandas mentirosas divulgadas via mídia massiva, sempre ao lado dos piores, da minoria opressora. Esse vídeo da reação dos artesãos de San Telmo cantando alegremente na rua principal da feira, a Defensa demonstra claramente o que a população desassistida deseja neste momento. Serão dois meses intensos esses dois próximos até a vitória final. Viva a consciente Argentina!!! Eis o linda da festa em San Telmo: https://www.facebook.com/INFOnewscom/videos/373681576584334/?__xts__[0]=68.ARA4263B5y4pe4XAuhkgMydvNdt1E6UYXvLMqNDQDVkrrL50C-5kWrI7IWB7T00mCeKB5byuwOrwlKhvu4OYYAyKjL8PCygd4wZ6D7_vm3gTbtPG7MHrxCPUS7o4jew_8ewROLHUvWgv2A7UcThSHhmRCnX4__Dp4JK_-45wTqJbgcxqCTubt_rbgdbfpvt0kV3eseI3artJzquijVmNa0gTZnhGXyM-wXicClyHGbMtKfk2qH-ae19h8VaABIRWhd-JGMR4l7SX64qrNwtkG4UFjoTKh1JaJBGtB33084zPQ5VC5rzkHBUajyV8i_WgACjGaVWyMFCuBFTh_BAz&__tn__=H-R

4.) FALAR DE ISAÍAS E ANA DAIBEM É ASSUNTO QUE NÃO ACABA MAIS
Claudio Lago, João Paulo Daibem e este mafuento falando sobre Isaías e Ana Daibem num boteco nos altos do Jardim América (um que não sei mais voltar sozinho, mas adorei). Viva Isaías!!! Agora conheço a família inteira, faltava o João e a trombada se deu nesta segunda à noite, num culto noturno, desses sem cobrança de dízimo, regada à cerveja e torresmo, conversa em pé, dessas que não acabam mais e se deixar são prolongadas até o dia raiar. Tem pessoas cujas histórias de vida são algo inebriante, contagiante, militância pra todo o sempre. Começo praguejando para o João algo sobre seu pai: "Seu pai não merece perdão, o danado se foi muito cedo, nos deixou numa enrascada e sem bússola. Ele era uma das nossas bússolas e se foi sem avisar". E lascamos, deitamos falação sobre esse casal que se completava nas diferenças, ambos professores, ela com vida acadêmica enfronhada dentro da universidade e ele nas quebradas do mundaréu. Na junção dessas possibilidades, algo mais que alvissareiro, diria, retumbante. Em poucos minutos, de lembrança em lembrança duas existências que dariam um livro, já pensado e idealizado por outro bom de copo (não que o casal seja - ou fosse, mas digo dos três da foto), Antonio Pedroso Junior, devendo sair algo saboroso e envolvente, como deve ter sido das vezes em abrigaram no lar lá deles, primeiro Plínio de Arruda Sampaio, depois Lula e outros tantos de passagem pela aldeia bauruense. Enaltecer pessoas como esse casal é fácil, mamão no mel, vida sem desvios, guerreiros pra todo o sempre, gente que merece mesmo ter sua vida esmiuçada, para que outros tomem conhecimento de que vale muito a pena resistir, insistir e lutar, sem tréguas e esmorecimento. Foi uma noite e tanto e além de tudo, conheci o Daibem que faltava, o João, cidadão com a cara dos dois, numa mistura na proporção exata e num reduto e lugar onde pulsam histórias, um botequim. Antes de fechar os olhos e conseguir dormir, tive que sentar a bunda na cadeira e escrever algo disso tudo e por fim, saiu isso, sem correções, acarinhamentos necessários.

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